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Caso Concreto 1 A 9 DIREITO PENAL 2

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Caso Concreto 1 - Direito Penal II
Semana 1
CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriouse, em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública em que se achava lotado, os quais eram utilizados, diariamente, para a realização de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art.168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação?
Resposta:
 Não. 
 O Código Penal em seu art. 312 diz: ”Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.” Esta é a descrição do crime de peculato. Pela definição do Código, somente o funcionário público pode cometer este crime, via de regra. Mas existe uma hipótese em que uma pessoa que não ocupe tal função pode praticar este delito: se esta pessoa praticar o crime em concurso com um funcionário público. 
O concurso de agentes ou pessoas acontece quando dois ou mais agentes (pessoas) praticam em conjunto a conduta criminosa. A Teoria Monista (também chamada de Unitária) diz que: ”todos aqueles que colaboram para a prática de um crime respondem por esse mesmo crime.” Esta teoria foi adotada pelo Instituto Repressor. Sendo assim, já que Carlos é um funcionário público e praticou o peculato em conjunto com o Sérgio, que não é funcionário público, ambos respondem pelo mesmo crime, afinal, não pode se esquecer de que um dos requisitos para que haja o concurso é a unidade do crime, ou seja, devemos estar diante da prática de um único crime. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) A respeito do concurso de pessoas, assinale a opção correta. (TRE-PI 2016 ? CESPE) 
 a) As circunstâncias objetivas se comunicam, mesmo que o partícipe delas não tenha conhecimento. 
 b)  Em se tratando de peculato, crime próprio de funcionário público, não é possível a coautoria de um particular, dada a absoluta incomunicabilidade da circunstância elementar do crime. 
 c) A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio não são puníveis. 
 d)  Tratando-se de crimes contra a vida, se a participação for de menor importância, a pena aplicada poderá ser diminuída de um sexto a um terço. (X) 
 e)  No caso de um dos concorrentes optar por participar de crime menos grave, a ele será aplicada a pena referente a este crime, que deverá ser aumentada mesmo na hipótese de não ter sido previsível o resultado mais grave. 
 2) Sobre a participação em sentido estrito, é correto afirmar que: (Polícia Civil ? PA/ 2016) 
 a) adota-se, no Brasil, a teoria da acessoriedade máxima. 
 b) o auxílio material é ato de participaçao em sentido estrito, ao passo em que a instigação é conduta de autor. 
 c) assume a condição de participe aquele que executa o crime, salvo quando adotada a teoria subjetiva. 
 d) não há participação culposa em crime doloso. (X) 
e) na teoria do domínio do fato, participa é a figura central do acontecer típico.
Caso Concreto 2 - Direito Penal II
SEMANA 2
“SÃO PAULO - Uma farmácia foi assaltada quatro vezes pelo mesmo ladrão em São Carlos, a 229 km da capital paulista. Nesta quinta-feira, ele foi preso. As câmeras de segurança da farmácia gravaram a ação. O vídeo mostra o assaltante chegando à farmácia e pedindo um xarope à atendente. Em seguida, ele anuncia o assalto com uma faca e pede todo o dinheiro no caixa. Ele fez dois assaltos seguidos à farmácia: na manhã de quartafeira e nesta quinta-feira.
O cara virou meu sócio. Todo dia ele vem sangrar meu caixa. Eu não agüento mais - desabafou o dono da farmácia, Paulo César Castilho. Atos Henrique Pinto, de 26 anos, acabou preso.” (Fonte: Jornal O Globo, 08/04/2011).
Analisando a reportagem acima, podemos dizer que Atos responderá pelos crimes de roubo, em qual modalidade de concurso de crimes? Explique, inclusive se haverá exasperação ou cumulação das penas.
 
Resposta: Crime Continuado, artigo 71 do Código Penal. Quando o agente, “mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser hábitos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticos, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.” O código adota o sistema da exasperação para crime continuado. Paschoal (2015, p. 131) esclarece que, “para que a continuidade delitiva possa ser reconhecida, é necessário que, entre os crimes, não haja um intervalo de tempo muito grande. A prática dos delitos deve observar uma seqüência de tempo, lugar e maneira de execução, ou seja, deve haver semelhanças entre os delitos praticados e certa lógica na perpetração.” E nesse caso concreto, a farmácia sofreu quatro assaltos idênticos pelo mesmo autor, sendo dois, com intervalo de um dia. Vale ressaltar que a regra no concurso de crimes é a exasperação (aplica-se uma das penas se idênticas, ou a mais grave de diversas), mas se a soma dos crimes for mais benéfica do que a exasperação, então se utiliza a aplicação das penas de forma cumulativa, ou seja, somadas. Sempre em beneficio do condenado. 
 
Questão objetiva 
 
 Assinale a opção correta, no que se refere ao concurso de crimes. 
a) Não se admite a suspensão condicional do processo se a soma da pena mínima como aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
b) Não se aplica a continuidade delitiva quando os delitos atingirem bens jurídicos personalíssimos de pessoas diversas, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
 c) O Supremo Tribunal Federal admite a continuidade delitiva entre os crimes de furto e roubo. 
d) Configura-se concurso material a ação única lesiva ao patrimônio de diversas pessoas. 
 e) Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, não se aplica o princípio da Consunção entre os crimes de falsidade e estelionato, por se tratar de caso de aplicação do concurso formal.
Caso Concreto 3 - Direito Penal II
SEMANA 3
Caso concreto.
O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado.
Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual(is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s) ?
Resposta: A defesa de Anatércia está equivocada em sua argumentação. A intransferência da pena é sim um princípio constitucional, porém, há exceção quanto à reparação do dano e ao perdimento de bens. Vejamos o inciso XLV do art. 5º da CF/88, verbis: “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, entendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do patrimônio transferido;”. Portanto, é completamente possível a execução pelo Estado, em relação à pena de perdimento quanto ao patrimônio deixado por Anacleto.
Questões objetivas.
1)São Princípios da pena criminal, exceto:
a) Humanização.
b) Individualização.
c) Intransmissibilidade.
d) Evitabilidade.
2) No que se refere à teoria da pena, assinale a assertiva correta:
a) o Brasil adotou a teoria absoluta.
b) a prevenção geral é direcionada ao criminoso
c) a prevenção especial é direcionada à sociedade
d) o Brasiladotou a teoria eclética
Caso Concreto 4 - Direito Penal II
SEMANA 4
CASO CONCRETO
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de uma grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da penal criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do crime.
Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial.
Resposta: Na fixação da pena, deverá o juiz levar em consideração as circunstâncias atenuantes previstas no artigo 65, III, b, d, e, do Código Penal. Porém, deverá o juiz, por força do artigo 59, II do Código Penal, fixar a pena dentro do limite legal em abstrato, não podendo fixá-la abaixo do mínimo nem acima do máximo. 
                Também, importante notar que não é a hipótese do furto famélico nem furto privilegiado.
                Nesse sentido, se todas as circunstâncias forem favoráveis ao réu, sendo ele primário com bons antecedentes, deverá o juiz aplicar a pena no mínimo legal.
                Portanto, a pena fixada é manifestamente ilegal.
QUESTÕES OBJETIVAS
1)Na reincidência:
a) O Brasil adotou o sistema da perpetuidade.
b) O tratamento se assemelha a maus antecedentes.
c) O Brasil adotou a especial ou específica.
d) O Brasil adotou a espécie ficta.
2) Um réu reincidente:
a) é possível ter inicialmente seu regime prisional semiaberto, desde que favoráveis as circunstâncias judiciais e sua pena seja igual ou inferior a 4 anos.
b) não pode ter progressão de regime
c) não poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída.
d) possui, necessariamente, maus antecedentes
Caso Concreto 5 - Direito Penal II
SEMANA 5
Caso Concreto
ANACLETO SOARES subtraiu para si coisa alheia móvel mediante violência contra a pessoa. Por se tratar de réu primário, com bons antecedentes, maior de dezoito e menor de 21 anos, o juiz, atento aos ditames do art. 59, do Código Penal, fixou a pena-base no mínimo legal (quatro anos de reclusão), desconsiderando, no cálculo da pena intermediária, a atenuante da menoridade prevista no art. 65, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada se o magistrado agiu corretamente de acordo com a jurisprudência majoritária.
Resposta: Em conformidade com a súmula 231 do STJ, não houve prejuízo para o condenado acerca da consideração de sua menoridade, uma vez que o juiz fixou a pena no mínimo legal permitido, portanto, não há qualquer prejuízo ao condenado.
Questão objetiva.
Levando em conta as regras pertinentes à aplicação e execução das penas, é INCORRETO afirmar que:
a) no concurso formal perfeito de crimes é observado o sistema de exasperação da pena;
b) o condenado que for punido por falta grave perderá todo o tempo até então remido, começando nova contagem do período de remição a partir da data da infração disciplinar;
c) as causas de aumento de pena podem elevar a pena além do máximo abstratamente cominado ao crime;
d) a superveniência de condenação definitiva por outro crime durante o cumprimento de pena restritiva de direitos pode ser causa de sua conversão;
e) a pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
Caso Concreto 6 - Direito Penal II
SEMANA 6
Caso Concreto.
Carlos foi condenado pelas práticas de lesão corporal grave (art. 129, §2º, I, do CP), à pena de 02 anos de reclusão, e furto simples (art. 155, do CP), às penas de 01 ano de reclusão e 10 D.M., em concurso material. Há possibilidade de fazer incidir pena alternativa em qualquer das condenações? Qual o regime prisional a ser fixado, considerando que Carlos é primário, de bons antecedentes e menor de 21 anos?
Fundamente (XLII Concurso para Ingresso na Magistratura de Carreira do Estado do Rio de Janeiro).
Resposta:  
Soma das penas: 2 anos + 1 ano = 3 anos (+ 10 dias multa) 
 Carlos não pode ter a pena substituída devido ao crime de lesão corporal de natureza grave. Portanto, há um impedimento legal de substituição de pena. 
Carlos poderá cumprir a pena em regime aberto por força do art. 33 CP (§ 2º, alínea ‘c’), que prevê que o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá , desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Questões Objetivas.
 1) A pena de reclusão
a) é semelhante à pena de prisão simples
b) deve ser cumprida sempre em regime fechado.
c) pode ser cumprida, inicialmente, em regime aberto.
d) foi considerada inconstitucional pelo STF.
2) A pena de multa:
a) é uma espécie de restritiva de direito.
b) é calculada em dias multa e é direcionada ao Estado
c) não pode ser parcelada
d) pode ser convertida em privativa de liberdade.
Caso Concreto 7 - Direito Penal II
SEMANA 7
Caso Concreto
Jonas foi condenado às penas do art. 302 da Lei 9503/97 (CTB), em concurso formal próprio, por ter atropelado, na direção de veículo automotor, cinco pessoas que estavam paradas num ponto de ônibus. Considerando que Jonas já possuía em suas anotações criminais condenação transitada em julgado por crime de Latrocínio na forma tentada, cuja pena fora totalmente cumprida há dois anos, o juiz que o condenou pelos novos crimes cometidos, não substituiu sua pena privativa de liberdade definitiva por restritiva de direitos sob a fundamentação de se tratar de réu reincidente.
Considerando o caso hipotético, analise a decisão do magistrado quanto ao seu fundamento.
Resposta:  
Decisão incorreta. De acordo com art. 44, § 3º, do Código Penal: 
 As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: […] § 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
Questões Objetivas.
1) Assinale a assertiva INCORRETA sobre as espécies de pena:
a) o regime aberto baseia-se na auto-disciplina e senso de responsabilidade do condenado
b) é admissível trabalho externo àquele que está cumprindo pena em regime semi-aberto
c) condenado reincidente não poderá nunca cumprir a pena, desde o início, em regime semi-aberto.
d) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado.
2) São penas restritivas de direito, exceto:
a) multa
b) prestação pecuniária
c) perda de bens e valores
d) prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas
Caso Concreto 8 - Direito Penal II
SEMANA 8
1) Sobre o concurso material de crimes, assinale a assertiva correta: (Exame de Ordem ?1ª Fase. OAB/RS.2007)
a) Trata-se da hipótese em que o agente, por meio de um único golpe, atinge a integridade física de várias pessoas, querendo os resultados diversos.
b) Trata-se da hipótese em que o agente coloca uma bomba em um avião para matar apenas um passageiro e, quando a aeronave está ar, detona-a, matando todos os que estavam a bordo.c) Trata-se da hipótese em que o agente dispara dois tiros, que atingem pessoas diferentes, querendo ambos os resultados.
d) Trata-se da hipótese em que o agente pratica diversas ações (e, por conseguinte, vários tipos) nas mesmas condições de tempo,lugar, modo de execução e outras semelhantes, perfazendo, pelo seu conjunto, um único crime.
2) Francisco teve seu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. Fernando desferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime de:(Promotor de Justiça/ PE)
a) furto e crime de lesões corporais graves, em concurso material
b) roubo impróprio.
c) roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves.
d) furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação.
e) roubo simples e crime de lesões corporais graves, em concurso material.
3) Segundo o Código Penal (CP) brasileiro, quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, ele deve responder como se tivesse praticado o crime contra aquela. No caso de ser, também, atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase)
a) concurso material.
b) concurso formal.
c) crime continuado.
d) crime habitual.
4) João ingressou em um Shopping Center, tarde da noite, burlando a vigilância do local. Invadiu cinco lojas de proprietários diversos, valendo-se, para tanto, de chaves falsas. De cada uma das lojas, subtraiu inúmeras peças de roupas. Após a ação, deixou o local e foi preso passada meia hora, abordado por policiais militares que estranharam o volume de pacotes que carregava. João foi denunciado e condenado por cinco furtos qualificados. Na fixação da pena, o Juiz deve considerar as condutas como praticadas:
a) em concurso formal.
b) como crime continuado.
c) como crime único.
d) em concurso material.
5)Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase).
a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege.
b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais favoráveis ao acusado.
c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do patrimônio transferido.
d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis.
6) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, intimado a pagar a pena de multa que lhe fora fixada, mas não o fazendo, o condenado poderá:(Exame de Ordem Cespe/UnB. Março 2008):
a) Ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade.
b) Ter sua dívida inscrita na fazenda pública, com a conseqüente execução fiscal.
c) Ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos.
d) Ter o valor da pena de multa aumentado
7) Sobre a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, assinale a alternativa INCORRETA: (132° Exame OAB/SP? 1ª Fase). 
a) Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
b) Deve ser aplicada nas condenações acima de 01 (um) mês e até 02 (dois) anos de privação de liberdade.
c) Dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
d) Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo, nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade
fixada.
8) Sobre a aplicação da pena (CP, art. 59 a 76), assinale a alternativa INCORRETA: (Juiz de Direito/PR)
a) no concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz deve levar em consideração todos os aumentos e/ou diminuições, não podendo limitar-se à causa que mais aumente ou diminua a pena.
b) segundo o entendimento majoritário, inclusive sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
c)verifica-se a circunstância agravante da reincidência quando o agente comete novo crime, mesmo que a condenação anterior já transitada em julgado seja no estrangeiro.
d)o rol das circunstâncias atenuantes não é taxativo, eis que o Código Penal expressamente admite outras hipóteses, mesmo que não previstas em lei.
9) Com relação à aplicação da Pena é CORRETO afirmar que: (Juiz de Direito/ MG)
a) se o réu é primário e de bons antecedentes, a pena deve ser fixada no mínimo legal.
b) as circunstâncias atenuantes e agravantes devem ser levadas em consideração na fixação da pena-base.
c) a circunstância atenuante pode reduzir a pena aquém do mínimo legal, assim como a agravante pode aumentá-la além do máximo cominado.
d) é possível considerar as circunstâncias que qualificam o homicídio com as que o tornam privilegiado, desde que sejam aquelas de natureza objetiva.
10) (JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da pena privativa de liberdade quando:
a) A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo.
b) O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
c) A condenação for igual ou inferior a 1 (um) ano substituindo-se a pena privativa de liberdade por prestação pecuniária ou por uma restritiva de direitos.
d) A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos.
11) Assinale a alternativa correta: (UFPR - 2013 - TJ-PR - Juiz)
a) É admissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto.
b) É vedada a utilização de inquéritos policiais para agravar a penabase, sendo permitida, entretanto, a utilização das ações penais em curso.
c) É admissível a chamada progressão por salto de regime prisional.
d) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007, sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
12) Fulgêncio, com animus necandi, coloca na xícara de chá servida a Arnaldo certa dose de veneno. Batista, igualmente interessado na morte de Arnaldo, desconhecendo a ação de Fulgêncio, também coloca uma dose de veneno na mesma xícara. Arnaldo vem a falecer pelo efeito combinado das duas doses de veneno ingeridas, pois cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo a conclusão da perícia. Fulgêncio e Batista agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano do outro.
Pergunta-se:( Juiz de Direito ? MG).
a) Fulgêncio e Batista respondem por tentativa de homicídio doloso qualificado.
b) Fulgêncio e Batista respondem, cada um, por homicídio culposo.
c) Fulgêncio e Batista respondem por lesão corporal seguida de morte.
d) Fulgêncio e Batista respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado.
13) Cleomar e Ricardo acordaram previamente a prática de um roubo contra um taxista, tendo simulado o interesse em fazer uma corrida, e já no veículo o primeiro anunciou o assalto empunhando um estilete, quando a vítima entregou a carteira com dinheiro e documentos pessoais a Ricardo. Este saiu correndo e Cleomar permaneceu no veículo por mais alguns instantes, momento em que com estocadas feriu gravemente a vítima a qual veio a falecer. Os doisforam denunciados pelo crime de latrocínio. De acordo com a legislação penal vigente, é correto afirmar que: (Defensor Público ? RN).
a) Ricardo será punido pelo crime de latrocínio, pois a morte do taxista era resultado previsível da ação;
b) comprovado que Ricardo quis participar do roubo na sua forma simples, o juiz poderá reduzir a pena do latrocínio até a metade;
c) Ricardo, comprovado que desejou participar apenas do crime de roubo, mas sendo previsível o resultado, será condenado na pena do roubo na forma simples, a qual poderá ser aumentada até a metade.
d) Ricardo deverá ser punido pelo crime de latrocínio, tendo em vista que, considerando a relação natural entre o acordo para o roubo e a morte da vítima, independe se houve ou não prévio acordo sobre este último resultado.
14) Assinale a opção correta acerca da ação penal.(136° Exame OAB/SP ? Cespe/UnB)
a) Se, em qualquer fase do processo, o juiz reconhecer extinta a punibilidade, deverá aguardar o requerimento do MP, do querelante ou do réu, apontando a causa de extinção da punibilidade, para poder declará-la.
b) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, não se estende aos demais agentes.
c) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP velará pela sua indivisibilidade.
d) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, inclusive ao querelado que o recusar.
15) No crime de corrupção ativa, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público Juiz de Direito ? AL ? 2007)
a) não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular.
b) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular.
c) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este desconheça a condição daquele.
d) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele.
e) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação, ao concorrente particular
Caso Concreto 9 - Direito Penal II
João Inácio, 27 anos, mora com seu tio, Franklin Galvão, 63 anos, há exatos três anos. A Residência emque se dá a referida coabitação é situada numa área nobre da cidade do Rio de Janeiro. Em viagem deférias, pelo sul da Bahia, neste último verão, junto com seu referido sobrinho, Franklin Galvão sentiu faltade seu relógio de ouro. Chegando ao Rio de Janeiro, João Inácio, mostrando-se arrependido, confessou aum amigo seu que foi ele quem subtraiu o relógio de seu tio objetivando o vender para comprar drogas,fato este que realmente aconteceu no âmbito de seu passeio pelo sul da Bahia. O amigo de João Inácio,advogado criminalista, sugeriu-lhe contar todo o ocorrido ao seu tio, mostrando seu real arrependimento,até porque se trata de fato penal que desafia ação penal pública condicionada à representação.Considerando o caso acima, indaga-se se assiste razão ao advogado amigo de João Inácio. 
Responda fundamentadamente!
 
Resposta: 
 Art. 183 - Devemos observar a idade da vítima, logo a Ação é Pública incondicionada
Considerando o caso em apreço, é possível afirmar que a sugestão oferecida pelo advogado amigo de João Inácio não possui razão em sua justificativa, mas pode, por outro lado, reduzir a sanção pelo crime de furto.
Ainda que João Inácio realize a confissão e demonstre arrependimento pela subtração do relógio de seu tio, não está afastada a possibilidade de ser indiciado pelo furto. Isto porque não se trata se crime de ação penal pública condicionada a representação da vítima. 
O furto é um crime de ação penal pública incondicionada, ou seja, não é necessária a representação da vítima para que ocorra a denúncia. É o Ministério Público que detém, por si só, competência para denunciar quando tiver conhecimento do autor do fato e indícios de materialidade do crime.
Por outro lado, a confissão e a demonstração de arrependimento, com a devolução do bem subtraído, caracterizam a figura penal do arrependimento posterior, que pode reduzir a pena do agente de um a dois terços, se realizada antes do recebimento da denúncia ou queixa.

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