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ANESTRO PÓS-PARTO

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
ANDROLOGIA E GINECOLOGIA DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO
ANESTRO PÓS-PARTO EM BOVINOS DE CORTE
Belém
2017
	INTRODUÇÃO
O anestro pós-parto, também conhecido como puerpério, é o período que compreende desde o parto até ressurgimento dos sinais de estro das vacas. Dura em média 280-290 dias, dependendo do grupo genético da vaca e o sexo do bezerro (CERDÓTES, 2004) Em 35-40 dias pós-parto, o útero se reconstitui, juntamente ao reestabelecimento das funções ovarianas, por meio de processos fisiológicos concomitantes que reduzem o tamanho, reparam o tecido e eliminam o excedente, para que o mesmo esteja apto a receber uma concepção futura (HAFEZ, 1988). 
	O baixo desempenho reprodutivo em bovinos de corte é decorrente ao longo período puerperal oriundo de anestros prolongados (DOTE, et.al 1989). O objetivo dos rebanhos de cria é a propagação continua da espécie (YAVAS E WALTON, 2000). Para que a atividade mantenha-se economicamente viável, espera-se em média um bezerro/vaca/ano, e o desemprenho reprodutivo é a principal barreira na bovinocultura de corte, pois o anestro pós-parto prolongado, consequentemente aumenta o período de serviço das vacas, ou seja, estende o período de serviço (FERREIRA, 1992). 
	Santos (2000) afirma que as principais causas de déficit reprodutivo estão diretamente ligadas as perdas gestacionais e embrionárias e o anestro pós-parto prolongando. O puerpério está intimamente ligado a fatores nutricionais, idade, escore corporal e lactação, mas também pode ser influenciado pela raça, estação do ano, presença do macho, patologias puerperais e dificuldade de parto (SHORT et.al, 1999). 
	Com o objetivo de alcançar a potencial fisiológico reprodutivo máximo dos bovinos de corte, considerando a duração 365dia/ano e um período gestacional de 280 dias, a vaca tem como puerpério o tempo máximo de 85 dias após o parto para iniciar uma nova gestação (CERDÓTES, 2004). 
ANESTRO
	Durante a puberdade inicia-se a liberação de FSH pela hipófise promovendo o desenvolvimento e crescimento dos folículos ovarianos, que, concomitantemente, liberam ondas de estradiol. As ondas de FSH e estradiol se sincronizam e este ultimo sensibiliza os receptores neuroendócrinos do hipotálamo, levando-o a secretar pulsos GnRH, consequentemente, surgem picos de LH, devido sua interação sobre a hipófise, que estão ligado os diretamente a momento da ovulação (HOPKINS, 1986).
	É comum que a primeira ovulação pós-parto gere um corpo lúteo com baixa concentração de progesterona que reduziram seu tempo de vida no organismo, por consequência, a vaca pode apresentar um estro silencioso. Após esse evento, o ciclo estral se normaliza (HOPKINS, 1986).
	Devido ao longo período de gestação, o estoque de LH hipofisário no pós-parto imediato é insuficiente para gerar a frequência de pulsos necessária para realizar a ovulação do folículo dominante, sendo esta normalizada 15-30 dias pós-parto. Contudo, mesmo com a normalização da concentração do hormônio hipofisário, os estímulos oriundos do processo de amamentação e a condição corporal provocam um feedback negativo, a partir da interação hormonal (leptina, estradiol, glicocorticoides e neuro-hormônios), com o GnRH e, consequentemente, reduzindo os pulsos de LH. Com o intervalo de parto prolongado e as condições nutricionais adequadas, o organismo se reestabelece e a ciclicidade é retomada (YAVAS & WALTON, 2000).
	Durante o puerpério precoce de vacas que apresentaram alguma patologia puerperal há predominância hormonal de prostaglandinas 2α (PGF2α) liberada em grande escala pelo endométrio em resposta a contaminação uterina do pós-parto, sendo sua concentração intimamente relacionada com o processo de involução uterina, ou seja, só haverá possibilidade de nova ovulação quando os níveis desse hormônios estiverem próximos aos basais (KINDAHL et al.,1992) Sendo concomitante ao estudo realizado por Fredriksson et.al (1985) que constatou correlação negativa entre a PGF2α em vacas que não apresentaram quadros infecciosos no pós-parto, estas ciclando precocemente, ao passo que as fêmeas com infecção pós-parição levaram mais tempo pra ovular, ciclos estrais mais curtos e involução uterina incompleta. 
	Segundo Bó et.al (1995) e Burke et. al (2003) é possível estimular o surgimento de uma nova onda folicular, independente do estagio do folículo dominante, através do estabelecimento de protocolos de indução e sincronização de cio usando estradiol e implantes de progesterona sintéticos que simulam as condições fisiológicas do ciclo estral dando inicio aos pulsos de LH. 
NUTRIÇÃO
	Segundo Arthur et. al (1989) a nutrição corresponde ao primeiro lugar dentro os fatores que interferem no retorno da ciclicidade dos bovinos de corte, seguido da amamentação, clima e patologias puerperais. Certamente a nutrição é a maneira fisiológica mais correta de corresponder às exigências do período pós-parto. Nutrição insuficiente ou de má qualidade são os principais limitantes no desemprenho reprodutivo de bovinos de corte, devido sua influencia sobre o retorno de ciclicidade desses animais, prolongando o anestro pós-parto (JOLLY et. al, 1995).
	Falhas nutricionais que envolvem carência ou excesso de macro e/ou microelementos como vitaminas e minerais, estão entre as principais causas não infecciosa das perdas reprodutivas e o baixo desemprenho em criações de bovinos de corte. (MAYNARDI et al., 1984; LOTTHAMMER, 1988; YAGER et al., 1998; RESENDE, 2001)
	O organismo atua por mecanismos complexos de competição por nutrientes para desenvolver atividades fisiológicas, dentre elas está á reprodução. Não são apenas quantidades suficientes para suprir, o organismo reconhece e exige qualidade nutricional para potencializar seu funcionamento. (SHORT et.al, 1990). 
	A baixa oferta de alimentos de qualidade leva o animal a perdas de peso, devido ao balanço energético negativo, levando ao déficit da condição corpora, longo período parto-ovulação, redução da atividade luteal, por consequência o anestro (FERREIRA, 1993). 
	A nutrição tem efeitos diretos sobre o folículo dominante, visto que a baixa condição corporal no período do pós-parto resulta em folículos relativamente grandes, porém estes tem uma síntese de estrogênica inferior quando comparados aos de animais com bom score corporal (MURPHY el.at, 1991; PRADO et.al, 1990).
	Dietas com baixa densidade energética tornam os ovários pouco responsivos aos efeitos dos picos de LH, mesmo que estes estejam presentes na frequência e intensidade necessária para provocar a ovulação. Além do que a nutrição exerce efeitos influentes sobre a sanidade do animal, visto que dietas mais balanceadas reduzem o tempo de puerpério e patologias uterinas, como a retenção de placenta e metrite. Vale ressaltar também que dietas excessivas não são ideais (MORROW, 1980). 
BALANÇO ENÉRGETICO
	A disponibilidade de energia é diretamente proporcional a disponibilidade alimentar, contudo no período final da gestação esse balanço é comprometido pela limitação alimentar totalmente, refletindo no desempenho reprodutivos desses animais (GONZÁLES, 2004)
	O balanço energético é a diferença entre a energia consumida na forma de alimentos subtraindo-se a demanda energética de manutenção dos processos fisiológicos do animal (FERREIRA, 1993). As ultimas semanas de gestação e amamentação o balanço energético negativo torna-se mais evidente devido ao direcionamento dessa energia para o processo de parição e produção leiteira, logo o organismo mobilizará as reserva energéticas para dar sustendo a esses processo, não restando o necessário pra iniciar um novo ciclo estral (GRIMARD ET AL., 1995; SANTOS, 2000).
	As atividades ovarianas estão interligadas a disponibilidade energética do animal (FREETLY, 1999) Na escala de prioridade energética, o metabolismo basal, crescimento e manutenção de reservas corporais estão a frente das necessidades reprodutivas (YAVAS& WALTOM, 2000), sendo assim em momentos de insuficiência energética o animal é impedido fisiologicamente de ciclar, dando prioridades as suas necessidades vitais mais urgentes
	Animais com balanço energético negativo apresentam níveis plasmáticos de glicose e IGF-I inferiores, menor frequência de intensidade de pulsos de LH, e pouca progesterona plasmática, desta forma o crescimento folicular, ovulação, maturação do oócito e a função luteal são prejudicadas (SANTOS &AMSTALDEN, 1998).
	Gonzáles (2004) propõe o fornecimento de dietas com alta densidade energética, que reduza os efeitos do balanço energético negativo e potencialize o consumo de energia, Dietas essas que aumentem a produção do ácido propiônico ruminal, elevando os níveis de IGF-I, insulina e glicose plasmáticos, permitindo o consumo do excedente para outras atividades, dentre elas as reprodutivas. 
	Em experimentos executados por Lammoglia (1996), De Fries (1998) e Beam e Buttle (1998), constataram que a adição de extrato etéreo na dieta das vacas, como fonte de energia, levou ao aumento de peso dos bezerros desmamados, aumento do desempenho reprodutivo e aumento na produção de leite, respectivamente. A adição de gordura a dieta das vacas no pós-parto promove o crescimento folicular em tamanho e número e a reatividade ovariana, acelerando o período acíclico do anestro pós-parto (LAMMOGLIA, 1996; DE FRIES , 1998). 
	O incremento de ácidos graxos poli-saturados de cadeia longa a permite a chegada de maior quantidade de ácido linoneico ao intestino de forma integra para serem absorvidas, visto que não são totalmente hidrolisadas no rúmem. Estes são precursores da síntese de progesterona, PGF2α e colesterol, responsáveis também pela atividade reprodutiva (LAMMOGLIA, 1996; DE FRIES, 1998; BEAM E BUTTLE, 1998).
CONDIÇÃO CORPORAL
	Santos (2000) considera o índice de escore corporal como uma escala eficaz, mesmo que subjetivo, de se determinar as reservas energéticas do animal, baseado no abaulamento da carcaça e não visibilidade de extremidades ósseas diretamente proporcionais a deposito muscular e de gordura.
	A manutenção da condição corporal das fêmeas por meio da disponibilidade de nutrientes é de suma importância para o animal, devido a sua forte influencia sobre o desempenho reprodutivo do mesmo, visto que favorece o retorno do ciclo estral mais precoce pela ausência do estresse nutricional que muitos animais passam após a parição com perda de peso considerável (Short & Adams, 1988; Short et al., 1990; Williams, 1990)
	Em estudo feito por Selk et.al (1988) e Bishop et.al (1990) a condição de escore corporal tem correlação positiva com o crescimento dos folículos no pós-parto, a concentração, pulsos e frequência de LH hipofisários, concentração de IGF-I, além de redução do intervalo parto-estro. A elevação do escore corporal de vacas primíparas ainda no pré-parto é capaz de aumentar a taxa de prenhez na próxima concepção (SPTIZER, 1995). Viscarra et. al (1998) complementa a informação com um estudo que afirma que novilhas que pariam com condição corporal a cima da média, recebendo dieta para ganho de peso, iniciaram a atividade luteal primeiro que as novilhas que pariram com peso a baixo ou na média.
	Animais que apresentarem bom escore corporal ao parto e conseguirem manter um nível aceitável de peso durante o pós-parto geralmente tendem a apresentar maiores níveis séricos de GnRH, consequentemente, melhores pulsos e frequência de LH, que acarretam em redução do intervalo parto-estro (RUTTER & RANDEL, 1983).
 	Do ponto de vista financeiro, as demandas energéticas de vacas com baixo escore corporal são maiores das que tem índices bom ou ótimo, tornando a dieta de manutenção menos onerosa quando comparada a de ganho (MACHADO, 2008).
AMAMENTAÇÃO
	Randel (1990) afirma que a amamentação é um empecilho para o retorno da ciclagem, reatividade ovariana e o aparecimento dos sinais de estro pós-parto em bovinos de corte, podendo está estar isolada ou aliada a outros fatores responsáveis por prolongar o período puerperal em vacas. 
	O mecanismo pelo qual esse bloqueio ocorre ainda não foi totalmente esclarecido, mas acredita-se que a presença do bezerro e os estímulos de sucção sobre os tetos, criam sinais sensoriais e olfativos que geram reflexo fisiológicos, metabólico e neurais, por meio presença de glicocorticoides e opióides endógenos na circulação, desestimulando o hipotálamo a liberar GnRH, inibindo a liberação do LH pela hipófise, impedindo que a fêmea cicle novamente (GRIFFITH & WILLIAMS, 1996; SHORT et.al, 1990; WIILLIAMS, 1990). Esses efeitos são maiores quando a vaca amamenta seu próprio bezerro (LALMAN ET AL., 1997)
	Rovira (1996) propõe o desmame, seja precoce ou temporário, como solução para o bloqueio hipotalâmico, visto que a retirada do bezerro sessa os estímulos de amamentação e a vaca, por processos fisiológicos, voltará a ciclar. Dessa forma, o desmame facilita o ganho de peso, permitindo ao animal reconstituir sua condição corporal, melhorando sua eficiência reprodutiva. Vale ressaltar que as condições climáticas e alimentares precisam estar unidas ao desmame para apresentarem resultados satisfatórios.
	O método do desmame precoce aliado ao fornecimento de pastagens de boa qualidade no período pré e pós-parto para vacas primíparas apresentam resultados positivos no quesito redução no intervalo entre partos, concentrando as parições no inicio a estação de partos, permitindo maior tempo de descanso uterino e melhores condições de descanso até a próxima estação de monta (LOBATO et.al, 1999).
	Restle et.al (2001) relata que a retirada do bezerro aos 3 meses de vida permite, principalmente as vacas mais jovens, uma reabilitação no período entre parto melhor, com ganho de peso e condição corporal, aumento da porcentagem de cio e taxa de prenhez e redução do intervalo parto-cio. 
	Os efeitos benéficos do desmame são observados de forma mais acentuada em vacas primíparas, onde é possíveis notar as diferentes intensidades do mesmo de acordo com a idade que o bezerro foi desmamado, sendo melhor para a vaca quanto mais precoce for o desmame (MOLETTA & PEROTTO 1997).
PATOLOGIAS REPRODUTIVAS
	As patologias reprodutivas são outro fator que prolonga o período de anestro pós-parto. Dentre as enfermidades mais relatadas estão: a retenção de placenta, metrite, gestação gemelar e hidropsia dos anexos fetais, além de doenças debilitantes como as frieiras e doenças do abomaso (HOPKINS, 1986).
	As primeiras duas semanas pós-parto são as mais criticas devido a de grande ocorrência de complicações e a possibilidade dessas de infertiliza as matrizes. As metrites variam de suava a severa, colocando em risco a vida da vaca. As formas mais severas de metrite surgem na forma gangrenosa, toxica e séptica, tornando o período de involução uterina mais demorada (OSLON et.al, 1986).
	Outra complicação de grande ocorrência são as retenções de placenta, podendo estarem associadas ou não aos quadros de metrite, que evoluem rapidamente para infecções uterinas. Restos placentários no interior do útero podem ser reconhecidas como corpo estranho desencadeado uma reação inflamatória, além de impedir a correta drenagem do conteúdo uterino, contudo, ainda é desaconselhável a retirada dos resquícios devido ao estresses e traumas endometriais que podem ser causados, prolongando a involução uterina (OSLON, 1986)
MANEJO REPRODUTIVO
	Na bovinocultura de corte, o manejo reprodutivo exerce forte influencia sobre o desempenho econômico da fazenda, visando a gama de fatores capazes de interferir nas taxas reprodutivas da mesma. As possibilidades de manejo incluem questões genéticas, nutrição e índices zootécnicos, podendo ser facilmente identificados quando incorretos e retificados (JUNQUEIRA & ALFIERI, 2006).
	Dentre as medida a serem adotadas em busca de um melhor desempenho pode destacar o ajuste do período de parição para época de melhor pastagem, estabelecer um sistema de avaliação do escore corporal dos animais, lotear as fêmeas de acordocom a data prevista para parição, realizar técnica do desmame precoce e realizar descarte de vacas de baixa eficiência. Todo e qualquer manejo, vai depende das condições da fazenda e do tipo de sistema de criação, avaliando o custo-benefício da mesma (KUNKLE ET AL., 1994; SHORT ET AL., 1994). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Anestro é o fator de maior impacto negativo sobre a economia de bovinos de corte devido inatividade do ciclo estral, correspondendo a um período improdutivo pós-parto, sendo este prolongado por estímulos externos como a amamentação e erros de manejo nutricional, com a ausência do suprimento das demandas metabólicas básicas da vaca pós-parida, levando um déficit no escore corporal e consumo das reservas energéticas (HESS ET AL., 2005; SANTOS, 2000)
 
O período puerperal caracterizado por uma gama de processos fisiológicos que alteram no intuito de reestabelecer a genitália feminina, modificada durante a prenhez, e torna-la apta a receber uma nova gestação	 (GRUNERT e BIRGEL, 1982) A involução uterina é responsável por essas alterações, que incluem contrações uterinas, perda do excedente tecidual e epitelização tecidual (SCHIRAR e MARTINET, 1982).
Roche et al. (1992) afirma que o bloqueio somaticossensorial do efeito da mamada, aliado a deficiência nutricional ou não, juntamente ao longo período de repouso do eixo hipotalâmico-hipofisário para produção de LH gera transtornos significativos sobre o período puerperal levando o folículo dominante a atresia ao invés da ovulação
	As fazendas de bovinos de corte, atualmente, buscam a todo o custo o aumento da eficiência reprodutiva das suas fêmeas, contudo o empecilho maior está no período do anestro prolongado oriundo de diversos fatores que impedem que a vaca cicle por um longo período. A busca da quebra desse bloqueio fisiológico que acarreta em um período improdutivo levou pesquisadores a desenvolver diversos programas nos mais variados sistemas de produção e entre as formas mais viáveis de minimizar esse problema encontram-se medidas de manejo nutricional e o desmame precoce (SILVEIRA).
Independentemente etiologia ou da origem da patologia reprodutivo, se infeccioso ou não, a consequência será a redução da taxa de natalidade do rebanho, o menor número de bezerros, acarretando na redução da arrecadação da fazendo e custos com atividades (Junqueira, 2006).
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