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FICHAMENTO - DURKHEIM, É, Formas Elementares da vida religiosa conclusão

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DURKHEIM, É. As formas elementares da vida religiosa: O sistema totêmico na Austrália. Conclusão (pág.457 – 496)
- No sistema totêmico australiano, apesar de simples encontram-se todas as ideias e todas as principais atitudes rituais que estão na base das religiões, inclusive as mais avançadas: distinção entre sagrado e profano, noção de alma, de espírito, de personalidade mítica, de divindade nacional e mesmo internacional, culto negativo, ritos de oblação e de comunhão, ritos imitativos, ritos comemorativos, ritos piaculares. Portanto pode-se deduzir que os resultados obtidos com ela são comuns a todas as religiões.
- “Se em alguns povos, as ideias de sagrado, de alma, de deuses se explicam sociologicamente, deve-se cientificamente presumir que, em princípio, a mesma explicação vale para todos os povos nos quais as mesmas ideias se verifiquem com os mesmo caracteres essenciais.” (pág. 458)
- Na maioria das vezes os teóricos consideravam a religião em termos racionais, as representações eram consideradas como o elemento essencial da religião e os ritos como sua tradução exterior.
- Para o fiel a função da religião é nos fazer agir, nos ajudar a viver. Em comparação com o não-fiel, aquele é um homem que pode mais. Ele sente em si mais força, seja para suportar as dificuldades da existência, seja para vencê-las. – como isso é possível?
- para que isso ocorra é necessário um meio de que essa energia da religião se interiorize em nós, e isso se consegue pela esfera da ação. Essa é a importância do conjunto de atos regularmente repetidos que constitui o culto.
- “admitamos, portanto, que as crenças religiosas se baseiam numa experiência específica cujo valor demonstrativo, num certo sentido, não é inferior ao das experiências científicas.” (pág. 460)
- “essa realidade, que as mitologias conceberam sob tantas formas diferentes, mas que é a causa objetiva, universal e eterna das sensações sui generis que compõe a experiência religiosa, é a sociedade [...] Assim se explica o papel preponderante do culto em todas as religiões, sejam quais forem. É que a sociedade só pode fazer sentir sua influência se for um ato, e só será um ato se os indivíduos que a compõe se reunirem e agirem em comum. É pela ação comum que ela toma consciência de si e se afirma; ela é, acima de tudo uma cooperação ativa.” (pág. 461)
- inclusive as categorias fundamentais do pensamento, logo a ciência, têm origens religiosas. Todas as grandes instituições sociais nasceram da religião. Se a religião engendrou tudo o que há de essencial na sociedade, é que a ideia de sociedade é a alma da religião.” (pág. 462)
- o papel dos ritos é de atingir as consciências e discipliná-las
- Existem deuses bons e maus em todas as religiões “portanto, longe de ignorar a sociedade real e de não levá-la em conta, é a imagem dela, reflete todos os seus aspectos, mesmo os mais vulgares e repulsivos.” (pág. 464)
- “se a vida coletiva, quando atinge um certo grau de intensidade, desperta o pensamento religioso, é porque determina um estado de efervescência que muda as condições da atividade psíquica [...]ao mundo real no qual transcorre sua vida profana ele sobrepõe um outro que, num certo sentido, existe apenas em seu pensamento, mas ao qual atribui, em relação ao primeiro, uma espécie de dignidade maior. Trata-se, portanto, sob esse duplo aspecto, de um mundo ideal.” (pág. 466)
- “Assim, a formação de um ideal não constitui um fato irredutível, que escapa à ciência; depende de condições que a observação pode alcançar; é um produto natural da vida social” (pág; 466)
- uma sociedade só pode se criar e recriar através da criação de um ideal.
- “Pois uma sociedade não é constituída simplesmente pela massa dos indivíduos que a compõe, pelo solo que ocupam, pelas coisas que utilizam, pelos movimentos que realizam, mas antes de tudo, pela ideia que ela faz de si mesma.” (pág. 467)
- o indivíduo aprendeu a idealizar no próprio convívio social
- não confundir a teoria com o materialismo histórico, a religião não exprime simplesmente as formas materiais da sociedade, a consciência coletiva é mais do que isso. “Para que a primeira (Cons. Col) se manifeste é necessária uma síntese sui generis das consciências particulares.” (pág. 468)

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