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Utilização do Gesso em Sistemas Construtivos

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Sistemas Construtivos
Gesso
Seminários Integrados | Professor(a): Andre Valladão
Curso: Engenharia Civil | UnESa – Niterói
Aluno: Luiz Carlos Augusto dos Santos 
Matrícula: 2006.02.18616-4
1. Introdução:
 
 O gesso é um mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento da gipsita, um mineral abundante na natureza, e posterior redução a pó da mesma. É composto principalmente por sulfato de cálcio di-hidratado (CaSO4•2H2O) e pelo hemidrato obtido pela calcinação desse. É encontrado em praticamente o mundo todo, e ocorre no Brasil em terrenos cretáceos de formação marinha, principalmente no Maranhão, no Ceará, no Rio Grande do Norte, no Piauí e em Pernambuco. Sua cor geralmente é branca, mas impurezas podem conferir a ele tons acinzentados, amarelados, rosados ou marrons.[1]
 Ao humedecer o gesso com cerca de um terço de seu peso em água, forma-se uma massa plástica que sofre expansão e endurece em cerca de dez minutos. Esta é utilizada na confecção de moldes, na construção, em acabamentos de reboco e tetos de construções, e, modernamente, na produção de rebaixamentos e divisórias, em conjunto com o papelão. Também é usado em aparelhos ortopédicos, trabalhos de prótese dentária, confecção de formas e moldes, imobilização, adubo (na forma de gipsita), retardador ou acelerador de presa no cimento Portland, e isolante térmico, já que seu coeficiente de condutividade térmica é 0,46 W/m·°C.
 O gesso cristaliza no sistema monoclínico, formando cristais de espessuras variadas chamados de selenita. Pode ser encontrado também na forma de agregados granulares chamados alabastro ou em veios fibrosos com brilho sedoso chamados espato-de-cetim.
 Apresenta grande impacto ambiental, pois seu processo de calcinação precisa de altas temperaturas, requerendo consumo energético, que e retirado da flora local, onde a maioria das empresas não se propõem em criar um plantio para esse fim devastando a flora, a fauna e a resiliência do lugar. Durante o processo é liberada grande quantia de água e resíduos da combustão, resíduos estes que não são utilizados gerando um impacto devido a deposição inadequada do mesmo, no processo de calcinação são liberados óxidos de enxofre (SOx) que reagem com a água, resultando em gás sulfídrico (H2S) e ácido sulfúrico (H2SO4) criando uma possibilidade de chuva ácida.
 
 
2. Objetivo:
 
 Este estudo tem como objetivo mostrar a utilização do mineral aglomerante “gesso” em sistemas construtivos brasileiros.
3. Sobre o gesso:
 O gesso é conhecido há muito tempo, sendo um dos mais antigos materiais de construção que exigem transformação no processo de obtenção, assim como a cal e o barro. Escavações na Síria e na Turquia revelaram que o gesso é utilizado desde há oito mil anos antes da era comum, na forma de rebocos que serviam de apoio a frescos decorativos, no preparo do solo e confecção de recipientes. Escavações em Jericó revelaram uso do gesso em moldagem há seis mil anos. A Pirâmide de Quéops, de aproximadamente 2800 a.C., preserva um dos mais antigos vestígios do emprego de gesso em construção. 
 No século XVIII houve grande generalização no emprego do gesso em construção, de tal forma que a maior parte das edificações terem sido construídas com painéis de madeira tosca rebocados com gesso. Entretanto, nesta época a produção do gesso ainda era rudimentar e experimental. Em 1768 Lavoisier apresenta à Academia de Ciências o primeiro estudo científico acerca dos fenômenos presentes no preparo do gesso.[1]
 No século XIX, vários autores realizaram trabalhos explicando cientificamente a desidratação da gipsita, principalmente os de Jacobus Henricus van't Hoff e os de Henri Louis Le Châtelier. Estes trabalhos serviram de base para uma profunda transformação nos equipamentos utilizados no processo. Apesar disto, apenas no século XX, devido à evolução da indústria, é que as transformações mais profundas foram introduzidas, resultando nos equipamentos atuais.
 
4. Novos sistemas construtivo em blocos: 
 São blocos pré-moldados de gesso especial, fabricados por processo de moldagem, apresentando acabamento perfeito nas suas superfícies. Assim, os blocos se encaixam perfeitamente e, após a montagem da parede, obtém-se uma superfície plana e pronta para receber o acabamento. Os blocos apresentam duas faces planas e lisas não necessitando reboco ou chapisco para dar o acabamento final. Utilizados na construção de divisórias internas ou paredes estruturais de inúmeras edificações, apresentam ranhuras e linguetas para facilitar seu encaixe no sistema macho e fêmea.
 O produto é fabricado em dois tamanhos: 40x50x10cm e 40x50x14cm, apresentando alvéolos que diminuem seu peso, melhoram o isolamento térmico e acústico das paredes além de facilitar a passagem de colunas internas e dutos hidráulicos e elétricos. A utilização de alvenaria em blocos de gesso em substituição ás tradicionais alvenarias em blocos cerâmicos ou de concreto se constitui em uma alternativa viável na vedação vertical de edifícios.
 Do ponto de vista do comportamento estrutural, as vedações em alvenaria em blocos de gesso mostram resistência e rigidez superior que as construídas com blocos cerâmicos argamassados, correspondendo a um melhor comportamento no travamento as movimentações horizontais da estrutura.
 Além disso, por serem mais leves sobrecarregam menos a estrutura conduzindo a uma economia em torno de 30% no concreto da fundação e 15% das armaduras da superestrutura. Do ponto de vista da sustentabilidade a adoção de alvenarias de blocos de gesso conduzem a uma redução em torno de 16% na energia interna incorporada dos materiais utilizados na estrutura, 63% da energia elétrica utilizada na mistura e transporte interno dos materiais e mais de 53% na água utilizada na construção dessas divisórias em relação as construídas com blocos cerâmicos argamassados. Em virtude do tamanho do bloco, da facilidade de montagem, aliado a precisão dimensional e de encaixe, a produtividade média para elevação das paredes é de 25m² homem/dia. A cola de gesso utilizada na união entre blocos possui excelente trabalhabilidade durante a execução, após seca possui uma excelente resistência mecânica e aderência, possibilitando uma união perfeita entre blocos e entre o bloco e demais materiais. Os blocos de gesso apresentam elevado índice de redução sonora para principais frequências de percepção humana, com um bloco de 100 mm de espessura por exemplo é possível obter redução de até 38 decibéis para frequências entre 500 a 800hz.
5. Estudo dos resultados:
 Vantagens do Bloco de Gesso:
• Produto Ecológico
• Maior Isolamento Térmico
• Maior Isolamento Acústico
• Anti Chamas
• Menor Absorção de Água
• Regulação Higrométrica
• Maior Resistência
• Mais Leveza
• Maior Produtividade
• Menos Etapas de Construção
• Menor Desperdício de Materiais
• Facilidade de Reforma e Ampliação
• Fácil Execução de Instalações
Bibliografia: Habitissimo.com.br

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