Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE PSICOLOGIA RELATÓRIO FINAL DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO (AEC) FORTALEZA 2017 Resumo Este relatório tem como objetivo a aquisição de conhecimentos através da prática sobre o que estudamos na teoria da disciplina análise experimental do comportamento (AEC), onde temos acesso ao estudo da abordagem Behaviorista, que tem como seu autor pioneiro em psicologia experimental e propositor do Behaviorismo radical, Burrhus Frederic Skinner. Assim, para finalizarmos o conteúdo da disciplina, executamos exercícios laboratoriais com o programa Sniffy pro 2.0, o qual simula fielmente a caixa de Skinner e é o programa utilizado por nossa instituição de ensino, este foi criado com o intuito de tornar mais acessível e humana a aprendizagem dos principais conceitos dessa disciplina, como condicionamento, estímulo, reforço, modelagem, extinção, punição, dentre outros. Esse programa é um instrumento de aprendizagem e não de pesquisa. Todos os procedimentos foram analisados e registrados. A análise experimental do comportamento é também responsável pela produção e validação de dados científicos, levando em consideração que o ambiente está sempre interagindo com o sujeito. Palavras-chave: Skinner; Behaviorismo; Principais conceitos. Sumário 1. Introdução ............................................................................................................ 1 2. Método .................................................................................................................. 3 2.1Sujeito e ambiente .......................................................................................... 3 2.2 Equipamento e material ................................................................................. 3 3. Procedimentos ..................................................................................................... 4 3.1 Exercício 1 – Observação de nível operante ................................................. 4 3.2 Exercício 2 – Treino ao comedouro ............................................................... 4 3.3 Exercício 3 – Modelagem – Treino de pressão à barra .................................. 5 3.4 Exercício 4 – Extinção operante .................................................................... 5 3.5 Exercício 5 – Punição .................................................................................... 6 3.6 Exercício 6 – Treino discriminativo ................................................................ 6 4. Resultados ............................................................................................................ 7 4.1 Exercício 1 – Observação de nível operante ................................................. 7 4.2 Exercício 2 – Treino ao comedouro ............................................................... 8 4.3 Exercício 3 – Modelagem de pressão à barra ................................................ 9 4.4 Exercício 4 – Extinção operante .................................................................. 10 4.5 Exercício 5 – Punição .................................................................................. 10 4.6 Exercício 6 – Treino discriminativo .............................................................. 10 5. Discussão ........................................................................................................... 11 6. Referências ......................................................................................................... 12 7. Anexos ................................................................................................................ 13 1 1. Introdução O Behaviorismo é uma ciência que tem o comportamento como objeto de estudo, é uma abordagem psicológica que busca compreender o ser humano a partir de suas interações com seu ambiente. Tendo em vista que seu objetivo teórico é a previsão e controle de comportamento. “É necessário começar com uma definição. O comportamento é apenas parte da atividade total de um organismo. [...] O comportamento é o que o organismo está fazendo. […] é aquela parte do funcionamento do organismo encarregada de agir sobre, ou em ter comércio com, o mundo externo. […] Por comporta- mento, então, eu quero dizer simplesmente o movimento de um organismo, ou de suas partes, em um quadro de referência fornecido pelo próprio organismo ou por vários objetos externos ou campos de força. É conveniente falar [do comportamento] como a ação do organismo sobre o mundo externo, e é mais desejável lidar com um efeito do que com o movimento em si.” (BURRHUS FREDERIC SKINNER, 1938, p.6) Skinner era um home profundamente preocupado com as questões humanas. Trabalhou, incessantemente, para que a psicologia chegasse a um estagio tal que fosse possível, por meio dela, construir um mundo melhor. Ele trabalhou em seus laboratórios, mostrando a viabilidade de uma ciência do comportamento e da inclusão dos fenômenos subjetivos nessa ciência. Skinner acreditava que fosse possível conhecer o homem e a natureza de uma forma muito mais profunda que á proposta pela psicologia de sua época. “Suas ideias a respeito de como chegar a uma ciência do comportamento mostram um nítido contraste com a visão da maior parte dos behavioristas. Enquanto a principal preocupação dos outros eram os métodos das ciências naturais, a de Skinner foi à explicação cientifica. Sustentou que o caminho para uma ciência do comportamento estava no desenvolvimento de termos e conceitos que permitissem explicações verdadeiramente cientificas. Rotulou a visão oposta de behaviorismo metodológico, e chamou sua própria posição de behaviorismo radical.” (BAUM, 2006). Para exemplificarmos melhor os conceitos apresentados até aqui, vamos relembrar um conhecido experimento feito com ratos de laboratório. Vale informar que animais como ratos, pombos e macacos - para citar alguns - foram utilizados pelos analistas experimentais do comportamento (inclusive Skinner) para verificar 2 como as variações no ambiente interferiam nos comportamentos. Tais experimentos permitiram-lhes fazer afirmações sobre o que chamaram de leis comportamentais. Um ratinho, ao sentir sede em seu habitat, certamente manifesta algum comportamento que lhe permita satisfazer a sua necessidade orgânica. Esse comportamento foi aprendido por ele e se mantém pelo efeito proporcionado: saciar a sede. Assim, se deixarmos um ratinho privado de água durante 24 horas, ele certamente apresentará o comportamento de beber água no momento em que tiver sede. Sabendo disso, os pesquisadores da época decidiram simular esta situação em laboratório sob condições especiais de controle, o que os levou à formulação de uma lei comportamental. Um ratinho foi colocado na "caixa de Skinner" - um recipiente fechado no qual encontrava-se apenas uma barra. Esta barra, ao ser pressionada por ele, acionava um mecanismo (camuflado) que lhe permitia obter uma gotinha de água, que chegava à caixa por meio de uma pequena haste. 3 2. Método Foi utilizado o programa virtual “SNIFFY VERSÃO PRÓ 2.0” terceira edição que segundo os autores, Alloway, Wilson, Graham (2006), permite que você prepare e execute uma grande variedade de experimentos clássicos e operante, e lhe permite colher e dispor dados de uma maneira que simula o modo como os psicólogos trabalham em seus laboratórios,usando um rato de laboratório branco (S.E) que se movimenta espontaneamente no compartimento apoiando-se contra as paredes cuidando de si e tendo outros comportamentos típicos de um rato. 2.1 Sujeito e Ambiente Utilizamos o programa virtual Sniffy Versão Pró 2.0, terceira edição, dos autores Alloway, Wilson, Graham (2006), o qual pode ser executado uma variedade de experimentos clássicos e operantes, que nos permite colher e dispor de dados, usando um rato virtual o qual demos o nome de Guabiru, simulando assim o modo como os psicólogos analistas do comportamento trabalham em seus consultórios. Os experimentos foram realizados no laboratório de análise experimental do comportamento (LAEC), iniciamos na sala 201 do bloco C, depois mudamos para a sala 206 do bloco B, e finalizamos na sala 201 do bloco E, no Centro Universitário Estácio do Ceará, Unidade Via Corpvs. A sala possui 10 computadores com, ambiente climatizado e rede Wi-Fi disponível, sendo que na última sala que nos colocaram o nosso computador não foi instalado. 2.2 Equipamento e Material Utilizamos o programa SNIFFY, o laboratório de análise experimental do comportamento (LAEC), folhas de registro e cronômetro. 4 3. Procedimentos 3.1 - 1º exercício: Observação do nível operante de resposta Observação do nível operante tem como objetivo a observação e o registro de alguns comportamentos emitidos pelo sujeito experimental (S.E) são eles: O – olhar em direção à barra; L- levantar próximo à barra; T- tocar à barra; P- pressionar à barra. Estes comportamentos seriam controlados através das condições emitidas no laboratório durante o experimento. O experimento aconteceu no dia 09 de outubro de 2017 durando apenas dez minutos, iniciando as 19h00min e encerrando ás 19h18min, onde no primeiro minuto o (S.E) levantou próximo a barra e tocou . No segundo minuto o (S.E) apresentou levantou próximo á barra. No terceiro minuto o (S.E) apenas olhou para a barra. No quarto minuto o (S.E) levantou próximo à barra apenas duas vezes. No minuto cinco o (S.E) voltou a pressionar a barra uma vez e também apresentou o comportamento de levantar próxima a barra três vezes. No sexto minuto ele (S.E) apenas olhou uma vez. No sétimo minuto o (S.E)levantou uma vez. No oitavo minuto ele (S.E) levantou próximo à barra apenas uma vez e tocou uma vez. No nono minuto tocou e levantou a barra uma vez. Por fim, no décimo minuto apenas olhou duas vezes e levantou uma vez. 3.2 - 2º exercício: Treinamento para uso do alimentador (Treino ao Comedouro) A partir deste experimento passamos a marcar nas folhas de registro “X” sempre que o reforço era liberado e seguido da resposta imediata do sujeito experimental de comer o alimento, quando o (S.E) não apresentava essa resposta imediata registávamos com “/”. O segundo experimento, treinamento para o uso do alimentador (treino ao comedouro), foi realizado no dia 16 de outubro ao 23de outubro de 2017nas aulas mesmo e extras 18 de outubro e 25 de outubro de 2017 nas monitorias comparecendo apenas Sâmya, pois as alunas Letícia e Lilian estavam em aulas nos horários das quartas AB noite, este exercício consiste em usar o procedimento de condicionamento clássico para transformar um estímulo que antes era neutro em um estímulo reforçador. O experimento só seria concluído quando o (S.E) associasse o som a liberação da comida. Não surgiram imprevistos 5 durante a execução do experimento e durou cerca de 50 minutos, iniciando às 18h42min e encerrando às 19h38min. Pausamos o experimento poucas vezes para esclarecimento de algumas duvidas, porém, sem grandes dificuldades conseguimos instalar o comportamento pedido no exercício em seu repertório comportamental e ao final do experimento o (S.E) já tinha aprendido o comportamento de pressionar sozinho à barra para obter o reforçador (alimento). Liberamos neste experimento um total de 676 reforçadores onde 517 foram seguidos da resposta imediata “X” do (S.E) e 159 não foram seguidos de respostas imediatas “/”. Encerramos o experimento quando as colunas (Sound food) e (Action strength) estavam em seus níveis elevados. 3.3 – 3º exercício: Modelagem – Treino de pressão à barra Treino de pressão a barra, foi realizado no dia 30 de outubro de 2017(em aula) ao 01de novembro (na monitoria) com a Sâmya, tendo inicio às 18h49min e encerrando às 19h54min. Este exercício consiste em ensinar o (S.E) a pressionar sozinho à barra para obtenção do alimento. Entretanto, ao concluirmos o experimento dois, treino ao comedouro, o sujeito já estava modelado a pressionar sozinho à barra para a liberação do reforçador, passando então a partir do segundo minuto do experimento para o modo automático que é quando o (S.E) pressiona a barra e o reforçador é liberado automaticamente. Não tivemos complicações e na maior parte do experimento apenas tivemos que observar o comportamento do sujeito, fizemos algumas pausas para esclarecimento de dúvidas. Foram liberados no primeiro minuto do experimento quatro estímulos, seguidos da resposta imediata “X” e partir do segundo minuto quando o (S.E) passou para o modo automático, contabilizamos 689 respostas de pressão a barra “X”. Encerramos o experimento quando todas as colunas (Sound food), (Bar sound) e (Action strength) estavam em seus níveis máximos. 3.4 - 4º exercício: Extinção operante O exercício não pode ser executado, pois a equipe ficou sem equipamento (computador do laboratório não foi instalado e/ou com defeito). 6 3.5 - 5º exercício: Punição O exercício não pode ser executado, pois a equipe ficou sem equipamento (computador do laboratório não foi instalado e/ou com defeito). 3.6 - 6º exercício: Treino discriminativo O exercício não pode ser executado, pois a equipe ficou sem equipamento (computador do laboratório não foi instalado e/ou com defeito). 7 4. Resultados 4.1 - 1º exercício: Observação do nível operante de resposta O gráfico do primeiro exercício mostra os comportamentos emitidos pelo Sujeito Experimental Guabiru (S.E.G) durante o período do primeiro contato com as condições ambientais controladas no laboratório, são eles: O – Olhar para a barra, L – Levantar próximo a barra, T – Tocar a barra e P – Pressionar a barra. Observamos a maior incidência do comportamento de levantar próximo à barra. 0 1 2 3 4 N ú m er o d e R es p o st as E m it id as Comportamentos Observados Observação do Nível Operante de Resposta O L T P 8 4.2 - 2º exercício: Treinamento para uso do alimentador (Treino ao Comedouro) No gráfico do segundo exercício as colunas de Sound Food e Action Strength estão em seus níveis elevados, mostrando assim que o sujeito experimental associou o som (o barulho do “dispenser”) à liberação da comida. 9 4.3 - 3º exercício: Modelagem – Treino de pressão à barra GRÁFICO 3.1: OPERANT ASSOCIATIONS O gráfico 3.1: “Operant Associations” do terceiro exercício nos mostra todas as colunas em seus níveis máximos, provando então, na primeira coluna (Sound Food) que o sujeito associou o som a liberação da comida, na segunda coluna (Bar Sound) associou a barra ao som emitido e a terceira coluna (Action Streng) ele estabeleceu um único padrão de comportamento para a obtenção de reforçador.GRÁFICO 3.2: CUMULATIVE RECORDS O gráfico 3.2: “Cumulative Records” do terceiro exercício indica o número de respostas de pressão a barra (RPB) que o (S.E.G) emitiu através de traços diagonais em uma linha que indica a passagem do tempo. 10 4.4 - 4º exercício: Extinção operante O exercício não pode ser executado, pois a equipe ficou sem equipamento (computador do laboratório não foi instalado e/ou com defeito). 4.5 - 5º exercício: Punição O exercício não pode ser executado, pois a equipe ficou sem equipamento (computador do laboratório não foi instalado e/ou com defeito). 4.6 - 6º exercício: Treino discriminativo O exercício não pode ser executado, pois a equipe ficou sem equipamento (computador do laboratório não foi instalado e/ou com defeito). 11 5. Discussão Para colocarmos em prática todas as teorias estudadas durante a disciplina e transformamos esse conhecimento em ciência, é muito importante que tenhamos a experiência dentro do ambiente laboratorial, somente assim a aquisição do aprendizado será possível e terá maior eficácia. No entanto, nossos laboratórios realmente necessitam de equipamentos compatíveis para essa prática. Durante os primeiros experimentos tivemos dúvidas com a execução do programa e nosso primeiro exercício quase se iniciou fora dos paramentos que pedia o enunciado. Diante disto, a participação e presença dos monitores juntamente com o professor foi de grande valia para que pudéssemos executar as atividades de acordo com o solicitado. Após as primeiras semanas do início começamos a ter dificuldades, logo que a sala começou a ser reformada e fomos mudados para outro laboratório só tivemos a oportunidade de realizar mais um exercício, fomos mudados novamente de sala e o computador apresentou problemas que se estenderam até a semana de início das AV2, dificultando assim a realização dos exercícios 4, 5 e 6. As atividades 1, 2 e 3 foram realizadas com êxito, observando as classes de comportamentos desejados e também os comportamentos do sujeito experimental Guabiru no ambiente manipulado, proporcionando assim uma compreensão dos princípios de aprendizagem nos permitindo verificar a veracidade e a aplicabilidade das teorias utilizadas. 12 6. Referências ALLOWAY, Tom; WILSON, G e GRAHAM, J et al. Sniffy, o Rato Virtual: Versão Pro 2.0. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2006. WATSON, John B. Clássico traduzido: a psicologia como o behaviorista a vê. Temas psicol., Ribeirão Preto, v.16, n.2, p. 289-301, 2008. MOREIRA, Marcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios Básicos da Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. 13 7. Anexos
Compartilhar