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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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centro de ensino sistemas e tecnologia
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
ana maria ARAÚJO DA MATA FERRAZ
ivane matos de sousa cruz
O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO APRENDIZAGEM: ANÁLISE DA EXPERIENCIA VIVENCIADA NO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA-PA
2017
 
O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO APRENDIZAGEM: ANÁLISE DA EXPERIENCIA VIVENCIADA NO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Conceição do Araguaia-PA
2017
ana maria ARAÚJO DA MATA FERRAZ
ivane matos de sousa cruz
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ensino Sistemas e Tecnologias - CESTE, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga.
ana maria ARAÚJO DA MATA FERRAZ
ivane matos de sousa cruz
O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO APRENDIZAGEM: ANÁLISE DA EXPERIENCIA VIVENCIADA NO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ensino Sistemas e Tecnologias - CESTE, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga.
 
Aprovado em: __/__/____. 
 
BANCA EXAMINADORA
 
 Profº (a) Nome 
___________________________________________________________________ 
Profº (a) Nome 
___________________________________________________________________
Prof º (a) Nome 
DEDICATÓRIA
Ao supremo criador de todas as coisas: Deus, o nosso Senhor e Salvador que implantou em nós este sonho e possibilitou os meios para a sua conclusão.
À nossa família sempre presente nos momentos difíceis e bons, obrigada pela compreensão e apoio.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus pela oportunidade a nós concedida de podermos realizar este Curso de Graduação em Pedagogia. Para nós é uma grande conquista, um sonho alcançado.
Agradecemos aos nossos amigos e familiares por sua confiança, cumplicidade e conselhos positivos, os quais contribuíram para o nosso crescimento. 
Aos nossos colegas, muito obrigado! Sorrirmos e choramos muitas vezes, e ainda temos algumas lutas para travarmos juntos.
Aos nossos professores e coordenadora obrigada por compartilhar conosco os seus conhecimentos, que possamos fazer jus aos seus esforços.
“A brincadeira nos devolve a pureza original. O Paraíso é o lúdico. A inocência perdida nos condenou ao trabalho. Só o ócio primordial é a redenção do homem que não soube ficar criança.” 
Valter da Rosa Borges
RESUMO
Durante o desenvolvimento do curso superior em pedagogia, foi possível verificar a importância do lúdico na educação infantil. No período de estágio observou-se in loco, que nas salas de aula aonde o professor fazia uso do lúdico o desenvolvimento da aprendizagem era maior, assim o como as crianças se relacionavam muito consigo mesmo e com outros. Desta forma propôs-se realizar esta pesquisa científica, objetivando compreender como a utilização do lúdico pode contribuir para a aprendizagem na educação infantil. O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo de estudo de caso. Assim, durante o período de realização do estágio curricular obrigatório na educação infantil, fez-se uso da observação in loco, como forma de verificar as ações em sala de aula cuja metodologia de ensino tratava-se de atividades lúdicas e quais os resultados verificados junto aos alunos, após a utilização do mesmo. Após a análise dos resultados percebeu que a professora consegue atrair a atenção das crianças durante a realização das atividades lúdicas, as crianças demonstram satisfação em aprender a partir da brincadeira, o índice de satisfação é alto, há poucas brigas e discussão durante a aprendizagem, as quais foram facilmente contornadas pela professora através do diálogo. Logo, considera-se que o lúdico é muito eficaz no processo de ensino aprendizagem, sendo recomendado a sua utilização nas classes de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Toda criança gosta de brincar e o lúdico possibilita a criança aprender enquanto brinca o que produz satisfação e prazer na aprendizagem.
Palavras – Chaves: Lúdico, Educação Infantil, Brincadeiras, Ensino Aprendizagem.
ABSTRACT
SUMÁRIO
	
	INTRODUÇÃO 
	8
	1
	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
	11
	1.1
	HISTÓRIA DA CRIANÇA
	11
	1.2
	POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
	13
	1.2.1
	O que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação diz sobre a Educação Infantil
	
14
	1.2.2
	O que os Parâmetros Curriculares Nacionais comentam sobre a Educação Infantil
	
15
	1.2.3
	O Referencial Curricular para Educação Infantil – RCNEI
	17
	1.3 
	FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA EDUCAÇÃO INFANTIL
	18
	1.4
	AVANÇOS E PERSPECTIVAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
	
23
	1.5
	METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
	
24
	2
	METODOLOGIA
	28
	3
	ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
	32
	4
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	34
	
	BIBLIOGRAFIA 
	37
INTRODUÇÃO
Durante o desenvolvimento do curso superior em pedagogia, foi possível verificar a importância do lúdico na educação infantil. No período de estágio observou-se in loco, que nas salas de aula aonde o professor fazia uso do lúdico o desenvolvimento da aprendizagem era maior, assim como as crianças se relacionavam muito consigo mesmo e com outros. Desta forma propôs-se realizar esta pesquisa científica, objetivando compreender como a utilização do lúdico pode contribuir para a aprendizagem na educação infantil.
Nas ultimas décadas tem se feito muitos questionamentos, sobre até que ponto a utilização do lúdico na educação infantil pode contribuir com a aprendizagem. Sabe-se que durante a infância o brinquedo é algo primordial para a criança, desta forma, o seu uso contribui para a aprendizagem, como forma de produção de conhecimento. São nos jogos e brincadeiras que a criança desenvolve a noção do mundo que a cerca, interagem com as pessoas que estão ao seu redor, construindo o conhecimento, através da sua compreensão e de seus significados.
 Acredita-se que as crianças que são impulsionadas a desenvolver a sua aprendizagem a partir do brinquedo, se tornarão indivíduos com maior facilidade para resolver problemas e serão adultos saudáveis.
 É na brincadeira que a criança assimila os modelos sociais podendo tomar melhores decisões no futuro. Miranda (MIRANDA, 1964, pág. 83) diz que “O momento lúdico não é só um complemento, mas sim um auxiliar essencial no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. É um caminho que faz a criança, jogar, imaginar, brincar”. 
 Considera-se, portanto o lúdico como ferramenta importante no processo de ensino aprendizagem, que deve ser estudada e avaliada, como forma de garantir o bom desenvolvimento da criança, seja cognitiva, emocional e motor, contribuindo de forma significativa com a educação. 
Tem se como problemática identificada nesta pesquisa: Como possibilitar que a aprendizagem na educação infantil seja satisfatória de modo que o aluno tenha prazer em aprender enquanto brinca?
Acredita-se que o lúdico é uma ferramenta que pode proporcionar a aprendizagem de modo pleno por garantir ao aluno a satisfação e prazer em aprender.
Tem-se como objetivo geral identificar a importância da utilização do lúdico no processo de ensino aprendizagem da educação infantil. 
Assim foram elencados os seguintes objetivos específicos:
Analisar a história da educação infantil e do lúdico;
Verificar as políticas públicas que ampara a educação infantil;
Apontar como ocorre a formação dos professores para a educação infantil;
Ponderar sobre a importância da formação de professores.
Compreender como ocorre a inserção do lúdico no processo de ensino aprendizagem na educação infantil;
Examinar a satisfação produzida pelas atividades lúdicas no processo de ensinoaprendizagem.
Este trabalho de Conclusão de Curso - TCC se justifica, por se tratar de uma análise sobre a importância do lúdico na educação infantil, como método de ensino aprendizagem, capaz de produzir o conhecimento de suas variadas formas possibilitando o bom desenvolvimento da criança, a sua integração no meio em que está inserido e contribuindo para a criação de valores e conceitos éticos e morais, os quais ele irá usufruir por toda a sua vida. 
	O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Assim, durante o período de realização do estágio curricular obrigatório na educação infantil, fez-se uso da observação in loco, como forma de verificar as ações em sala de aula cuja metodologia de ensino tratava-se de atividades lúdicas e quais os resultados verificados junto aos alunos, após a utilização do mesmo.
	Objetivando desenvolver a temática de modo satisfatoriamente, este TCC foi dividido nos seguintes capítulos:
O Capítulo 1 trata-se da fundamentação teórica da pesquisa. Neste capítulo é feito a abordagem a cerca da história da criança verificando como a mesma era considerada deste a antiguidade até a contemporaneidade no Brasil e no Mundo, sendo comentado posteriormente acerca das principais políticas públicas e a importância da formação de professores para a Educação Infantil. Este tópico é finalizado com uma ponderação sobre os avanços e perspectivas na Educação Infantil e as metodologias de aprendizagem que podem ser utilizadas em sala de aula pelo professor;
O Capítulo 2 trata da Metodologia, neste tópico foram abordados a metodologia e tipo da pesquisa, o Lócus e os sujeitos participantes e os instrumentos utilizados para o alcance dos resultados;
No capítulo 3 é feito a Análise e Discussão dos Resultados, desta forma, verificou-se se os objetivos desta pesquisa foram alcançados;
O Capítulo 4 trata-se das Considerações Finais, neste as autoras após a realização da pesquisa apresentam as suas ponderações sobre os resultados da pesquisa. 
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 HISTÓRIA DA CRIANÇA
	Para se realizar uma abordagem sobre a metodologia do ensino na educação infantil, faz-se necessário primeiramente, uma reflexão sobre a história da criança e do desenvolvimento da educação infantil ao longo dos séculos, enfatizando a realidade brasileira.
	Questiona-se como ocorreu a história da criança? Como essa criança era concebida pela sociedade nos séculos passados? Quais as principais concepções que ampliaram o conceito de infância no mundo? Quando o homem passou a pensar em um modelo de educação voltado para o infante?
	Para Ariés (1981), a infância no decorrer dos séculos passou diferentes concepções, podendo mesmo ser considerada por muitas sociedades antigas um adulto em miniatura. Em muitos casos sociais da antiguidade, a família pode ser percebida como sem sentimentos quanto à infância. A criança tinha uma importância exclusivamente financeira, a valorização da família não existia, nestas sociedades mulheres e crianças eram vistas eram vistas como seres inferiores, desta forma a infância era inferiorizada e permaneceu assim até metade do século XIII.
	É possível perceber que a criança era considerada pela sociedade como um instrumento controlado pelos adultos, mas, no momento em que elas demonstravam sua independência física, eram introduzidas no mundo do adulto. A criança não tinha infância em relação na sociedade antiga e a educação era assegurada através da realização de tarefas ao lado dos adultos.
A descoberta da infância começou sem dúvida no século XIII, e sua evolução pode ser acompanhada na história da arte e na iconografia dos séculos XV e XVI. Mas os sinais de seu desenvolvimento particularmente numerosos e significativos a partir do fim do século XVI e durante o século XVII. (ARIÉS, 1981 p. 65)
	Conclui-se que somente a partir do século XIII, a criança passa a ser vista como alguém com necessidades e forma de pensar diferentes dos adultos, requerendo assim, uma metodologia de ensino voltado para a sua realidade.
	No que se refere ao Brasil, segundo Gomes (2013), a educação infantil no Brasil até o século XX, não era vista como prioridade pela sociedade. A criança brasileira, assim, como em outras sociedades, era concebida como um pequeno adulto e aquilo que aprendia, quase sempre, era através dos pais, os quais eram incumbidos de lhe ensinar o oficio da família. Para Oliveira (2002), com a revolução industrial, a mulher foi inserida no mercado de trabalho, e as crianças ficavam em situação de marginalização nas ruas, o que levou a criação das primeiras creches no Brasil, no final no século XIX.
	Oliveira (2002) comenta que em 1875 e 1877, foram criados os primeiros jardins de infância no Rio de Janeiro e São Paulo. Estes jardins de infância atendiam somente pessoas com uma situação financeira superior ao da grande maioria, o que deixava claro as desigualdades entre classes no Brasil. Os professores, neste período, preocupados com a qualidade do ensino passaram a apoiar o movimento pedagógico denominado de Escolanovismo, o qual trazia uma renovação pedagógica na educação em 1924. Com base no Escalanovismo, foi fundada em 1929 a Associação Brasileira de Educação. 
	Conforme cita Medeiros et al (2012), as transformações econômicas, políticas e sociais, ocorridas no século XX, foram as principais cooperadoras para o desenvolvimento da educação infantil no Brasil. Isto porque, com a valorização do gênero feminino e a sua inserção no mercado de trabalho, fez-se necessário a criação de um espaço, aonde a criança pudesse ser cuidada e educada, enquanto, os seus pais trabalhavam.
	Lucas & machado (2012) apontam que durante a ditadura militar até o inicio das eleições diretas, no inicio da década de 90, houve inúmeras mudanças no campo político de extrema importância para a educação infantil, sendo este período um marco histórico na produção de documentos fundamentais que reconheceram os direitos da criança e do adolescente. Podem ser citados como os mais importantes: a Constituição Federal- CF (1988), o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990) e a Política Nacional de Educação Infantil – PNEI (1994).
	Segundo Correa (2011), as inúmeras mudanças ocorridas na educação infantil em pouco mais de um século, foram frutos das reivindicações da grande massa popular, os quais exigiram do governo, a assistência e educação da criança e a construção e aceitação de novos paradigmas educacionais, os quais contribuíram para da qualidade do ensino infantil no Brasil. Lucas & machado (2012), comentam que nas ultimas décadas, a educação infantil, sofreu uma série de transformações históricas. Atualmente, houve uma ampliação da sua demanda sendo esta considerada como o um direito de todos.
	
1.2 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
	Para Medeiros et al (2012), somente na década de 80 que a população brasileira começou a reivindicar os seus direitos, e foi neste contexto que surgiram os principais documento de proteção a criança e garantia a educação infantil, como a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a partir da lei nº 9394/96. Todas estas políticas públicas garantiram em seus artigos a educação infantil como direito da criança e dever do estado, sendo a primeira etapa da educação básica. 
	Cesiara (2002) comenta que a Constituição Federal de 1988, foi o primeiro documento oficial a reconhecer a infância, sendo o responsável pelos demais documentos que se seguiriam após a sua promulgação, todavia, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9394/96), estabelece o direito a um a educação que não seja somente assistencialista, mas, que apresente qualidade, educando a criança para a sociedade.
	No entanto, segundo Paschoal & machado (2009) há um grande afastamento, entre o que é regulamento e o que é praticado na maioria das escolas infantis. Isto, porque, conforme cita Tebet & Abramawicz(2010), embora haja por parte do governo, o reconhecimento da importância da educação infantil e de seu importante papel no desenvolvimento total da criança, o mesmo não funciona na pratica.
	Para Medeiros et al (2012) a falta de valorização da educação infantil pelo poderes públicos, especialmente, no que se refere a melhoria da qualidade dos serviços prestados, contribuí para o baixo numero de crianças atendidas pela educação infantil no país. Os autores comentam, que na busca pela qualidade dos serviços prestados na primeira etapa da educação básica, foi elaborado o Plano Nacional de educação, o qual estabelece algumas metas a serem cumpridas até 2020, inclusive pela educação infantil.
	Desta forma, percebe-se que, embora o Brasil apresente inúmeros documentos oficiais, que asseguram á criança o direito à infância e a educação de qualidade, na prática estas políticas públicas não são implementadas, o que coopera para o baixo numero de oferta na educação infantil, e a má estrutura física e de recursos humanos para atender a esta demanda da educação. 
1.2.1 O Que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Diz Sobre a Educação Infantil
	A Lei de bases e Diretrizes da Educação – LDB (Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996) é considerada a maior lei da educação do país. No que se refere à educação infantil, a mesma enfatiza a Constituição Federal de 1988, ao afirmar que toda criança tem direito a educação. A LDB 9394/98 aborda sobre a educação infantil, como a primeira etapa da educação básica, sendo que a mesma deve iniciar ainda nos primeiros anos de vida da criança. Em seu artigo 22 diz que: “A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar – lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer – lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores,” logo, a educação ganhou um destaque na LDB 9394/96, como nunca antes havia sido tratada em outras legislações. 
	A LDB 9394/96, considera em seu artigo 29 que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, e que, portanto, precisa possibilitar o desenvolvimento absoluto da criança de zero até os seis anos de idade, em seus aspectos físicos, cognitivos, intelectual e social.
	Desta forma, a LDB 9394/96, prevê em seu artigo 30, que a educação infantil deve ser oferecida na etapa I, ou seja, até os três anos de idade, nas creches ou entidades equivalentes e na etapa II, ou seja, de quatro a seis anos de idade na pré-escola.
	A avaliação do educando, por sua vez, conforme cita o art. 31, será feito através do acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, objetivando, a qualificação do mesmo para o ensino fundamental.
	LDB 9394/96, prevê a participação da família e da comunidade no processo educacional infantil, deixando clara a necessidade da articulação na busca pelo constante dialogo com os mesmos. A mesma também é contraria as práticas que reprova crianças que estão na pré-escola, impedindo que as mesmas tenham acesso ao ensino fundamental aos sete anos de idade.
	A formação de professores é garantida na LDB 9394/96, em seu art. 61, aonde cita que a formação de professores para atuar na educação básica será feita mediante o acesso aos cursos superiores de formação em licenciatura, sendo que para o exercício na educação infantil e nas quatro primeiras etapas do ensino fundamental, será aceito a formação de nível médio em magistério.
O Que os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs comentam Sobre a Educação Infantil?
	A função dos PCNs é contribuir com as politicas e programa da educação infantil. Foram escritos como referenciais de orientação pedagógica para os profissionais docentes, podendo ser utilizados em consulta, anotações, elaboração de projetos e discussões de grupos.
	Quanto à educação infantil, os PCNS garantem: o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, levando em consideração as suas diferenças; o direito da criança a brincar, como forma de expressão dos seus pensamentos e sentimentos, bem como, a garantia da sua inserção no meio em que está inserida; o acesso da criança aos bens socioculturais disponíveis; O atendimento aos cuidados essenciais para sua sobrevivência e desenvolvimento da sua identidade, sendo que, sobretudo a criança tem o direito de viver experiências prazerosas na instituição em que está inserida.
	Os PCNs abordam que a criança deve ter acesso a práticas escolares que lhe garantem o desenvolvimento social e cultural, garantindo as mesmas o contato com diferentes fenômenos e acontecimentos, o que contribui para que as mesmas tomem o conhecimento de mundo de diferentes maneiras em cada etapa do seu desenvolvimento. 
	Os PCNs apresentam uma grande diversidade de temas, o que torna necessário ao professor a escolha certa dos assuntos mais importantes para a criança e o seu grupo social. Aborda ainda a importância do professor como mediador, afirmando que o mesmo deve ter consciência que o conhecimento não se consolida nesta etapa do ensino, mas que o mesmo, é construído gradativamente, à medida que as crianças são instigadas á curiosidade, crítica e construção de respostas para a diversidade dos fenômenos observados.
1.2.3 O Referencial Curricular Para a Educação Infantil - RCNEI
	O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil organizado pelo Ministério da Educação e do Desporto foi desenvolvido para meditação e orientação de docentes de creches (0 a 3 anos) e pré-escolas (4 a 6 anos). O Referencial destaca que a educação infantil é a principal etapa da educação básica, sendo um dever do estado e um direito de todas as crianças, com atendimento adequado e gratuito.
	Tem como função de assessorar o professor na prática de suas funções pedagógicas com conteúdos e orientações didáticas, contribuir para o planejamento, desenvolvimento, e avaliações de práticas educativas respeitando as diferenças sociais e culturais das crianças brasileiras, favorecendo a construção de propostas educativas que respondam as demandas das crianças e seus familiares, respeitando os estilos pedagógicos e as diversidades culturais brasileiras. Buscando melhorias na educação infantil, contribui para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de sua identidade e sejam capazes de crescerem como cidadãos.
	Possui três volumes, sendo estes: Introdução; Formação pessoal e social e Conhecimento de Mundo. Aborda em seu conteúdo a diversidade cultural das crianças brasileiras, princípios de criança, cuidar, brincar, relação creche familiar, professor de educação infantil, a educação de crianças especiais, a instituição de ensino e o projeto educativo. Em seu volume I, faz referencia a criança e dos seus processos e formação como ser humano em seus diferentes contextos sociais e culturais. O volume II e III, faz referencia a formação social e pessoal, bem como ao conhecimento do mundo. 
	O RCNEI é uma importante ferramenta na metodologia de ensino da educação infantil, deve, portanto, ser a base para que o professor compreenda a sua importância no desenvolvimento infantil e possa conduzir o processo de ensino aprendizagem de forma clara e proveitosa para o educando.
1.2.4 Fundamentação Legal Para a Educação Infantil
	Segundo a lei de fundamentação da educação no Brasil: 
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições e pesquisa. Nos momentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações. (LDB n9394 /96)
 	De acordo com essa lei, a educação é a porta de entrada para o cidadão na sociedade, em todos os aspectos de sua vida social. Com base nisso o olhar para educação infantil deve ser prioridade, já que, o primeiro contato na vida escolar de cada pessoa depois das leis de regulamentação e na educação infantil. Essa regulamentação possibilitou ampliar o olhar pela educação de forma informal, que a partir da educação na sala de aula, o professor forma cidadãos que farão a diferença no meio social em que vive. Como passar de tempo às leis foram se ampliando e se modificando, como por exemplo, a lei n 5.692 de 11 de agosto de 1971 diz:
Art.1: O ensino de 1° e 2° graus tem por objetivo geral proporcionar ao educando formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto realização, qualificação para o trabalho e preparo para o exercício consciente da cidadania.
	Nota-se que a educação infantil não tinha regulamentação legal, que as escolas ofereciam o 1° e 2° grau. Nessa época a prioridades era a mão de obra rápida e qualificada. O olhar pela educação era visto como um meio mecânico e disciplinar de formar trabalhadores de forma rápida. Mais como já vimos acima a educação teve mudanças e a legalização que priorizaram a educação infantil, pois a criança sendo um ser social , tem seus direitos e deveres .
	O desenvolvimento de uma criança que passou pela educação infantil e diferenciada, como por exemplo, a socialização com os outros colegas de sala, o desempenho nas atividades proposta pelo professor, tendo a criança como base a escola e a família.
A educação, dever da família e do Estado, inspirado nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação. (LDB 9394 96)
	A família também é responsável pelo processo de desenvolvimento da educação, como vimos acima. O meio familiar é à base de todos os meios de educar, pois uma criança que tem um acompanhamento em casa, com as atividades proposta em sala de aula, faz toda diferença, visto que é uma complementação no aprendizado do aluno. 
	Com o passar dos anos as leis foram cada vez mais favorecendo a educação infantil. As Diretrizes curriculares Nacionais para a educação infantil deixam claro: 
 Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como os espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgãos competente do sistema de ensino e submetidos a controle social . (Diretrizes curriculares Nacionais para Educação Infantil, 17de dezembro de 2009 P.12)
 	Neste contexto o direito da criança é de esta matriculada na educação básica, e espaços que supram as necessidades da criança. As regulamentações deixam claro que o pensar na educação de qualidade e gratuita, pode sim ser, uma porta de entrada para cidadãos de bem. Esse repensar na educação infantil possibilitou o processo de ensino e aprendizado da criança logo nos primeiros anos de vida, dando espaço para educação desenvolver seus métodos e ter eficácia mais adiante nas series mais complexas.
1.3 FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
 	As mudanças ocorridas na Educação Básica no Brasil, consequentemente, trouxeram mudanças na formação de professores. Os meios tecnológicos, o mundo contemporâneo cada vez mais evoluindo, com isso as metodologias no processo de ensino e aprendizagem sofreram modificações, visto que antes a educação de crianças era repassada pelo Magistério, já que o profissional ao concluir seu ensino médio, já era habilitado para ministrar aulas do ensino fundamental ao ensino médio, com as leis de regulamentação do profissional da educação básica discorre da seguinte lei: A LDB 9394/96 dispõe, no título VI do art. 62 que: 
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. 
	Neste contexto a especialidade da educação básica sofreram grandes mudanças na formação desse profissional da educação. Abriram se novos meios de aprendizado para esse professor, a educação infantil, que é a primeira fase da educação básica, recebe esse profissional como um mediador físico, psicológico, intelectual e social da criança em seu primeiro contato na vida escolar. 
	De acordo com o Plano Nacional da Educação, a meta 13, apresenta: 
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
 
	A formação dos professores na graduação e ampliada com o corpo docente de profissionais especializados e doutorados, oferecendo um ensino que supra as necessidades na formação do professor. Uma educação de qualidade exige professores bem qualificados, que assumam o compromisso de ensinar fazendo a diferença dentro da sala de aula. O ensinar e um processo que exige uma boa formação e responsabilidade do educador, visto que, é sua responsabilidade juntamente com a família educar a criança. 
	As demandas da reforma da Educação Básica para a formação de professores é de grande valia para compreender melhor esse processo de formação.
Melhorar a formação docente implica instaurar e fortalecer processos de mudança no interior, das instituições formadoras, respondendo aos entraves e aos desafios apontados. Para isso, não bastam mudanças superficiais. Faz-se necessária uma revisão profunda dos diferentes aspectos que interferem na formação inicial de professores, tais como: a organização institucional, a definição e estruturação dos conteúdos para que respondam às necessidades da atuação do professor, os processos formativos que envolvem aprendizagem e desenvolvimento das competências do professor, a vinculação entre as escolas de formação inicial e os sistemas de ensino. (MEC, 2000, pg).
	O sistema de formação de professores traça um dialogo de conhecimentos que possibilita ampliar a diversificação, a autonomia, a interdisciplinaridade e a contextualização do professor na pratica escolar, desenvolver de atividades pedagógicas requer dos professores habilidades quem trazem conhecimento desde sua formação, visto que a educação infantil foi diretamente relacionada na valorização das crianças, que por muito tempo foi comparada a um adulto em miniatura. 
	Essa valorização da criança trouxe para educação um novo olhar para educação básica, como vimos nas leis que já foram citadas. Esse novo horizonte educacional exigiu do profissional da educação o ensino superior, a licenciatura em pedagogia, que habilita esse profissional trabalhar na educação infantil e nas series do ensino fundamental.
	Quando se comenta sobre a identidade do professor da educação infantil, questiona-se: O que é realmente uma identidade? Como a mesma é construída? O que afinal difere um educador das demais profissões? Como posso identificar esse personagem tão importante dentro do processo de ensino aprendizagem?
	Sabe-se que a identidade é muito mais que um documento, ela simboliza aquilo que alguém é, traz consigo uma bagagem um peso social, que será responsável por caracterizar um determinado sujeito. Ciampa (2004) comenta que quando somos questionados por alguém sobre quem somos, pensamos imediatamente em uma resposta que poderia descrever a nossa personalidade, porém ao final de uma resposta ainda não é possível conhecer integralmente um individuo.
	Segundo Gatti (1996) a identidade do ser humano é construída a partir das interações sociais, que interagem nas aprendizagens nas formas cognitivas e nas ações dos indivíduos. Assim, a identidade profissional, pode ser definida ao longo da vida de cada pessoa, sendo a escola uma das principais responsáveis por esta identidade.
	Dubbar (2005) comenta, nesse sentido que a construção da identidade de uma profissional varia conforme os paradigmas das sociedades, desta forma, pode-se dizer que ao longo da história, a identidade do professorda educação infantil sofreu modificações ou mesmo desconstrução de identidade. Assis (2009), comenta que as mudanças referente a forma de compreender a criança, a educação, o atendimento e o papel profissional, contribuíram para que houvesse uma significativa mudança na identidade do professor da educação infantil. O autor menciona que no princípio da educação infantil no Brasil, a mesma, de um caráter exclusivamente assistencialista, o educador era exclusivamente mulheres, as quais recebiam um salário baixo e não tinha conhecimento de sua importância, enquanto educador.
	Segundo Imbernón (2005), não se aprende a ser professor, mas, podem-se construir conhecimentos sólidos que cooperem para as práticas e ações a serem realizadas em sala de aula.
	Para Cruz (2010) a construção da identidade do professor da educação infantil, deve estar pautada nas concepções de educação infantil, interesses e motivações, uma vez que o trabalho docente é ativo e rodeado de problemas, aonde a reflexão e a criticidade muitas vezes compromete o papel pedagógico, podendo ser trabalhos flexíveis, conforme as suas necessidades metodológicas.
	Compreende-se que a identidade do profissional da educação infantil, constrói-se a partir das suas experiências práticas e teóricas, que esta identidade não é rígida, mas flexível podendo ser modificada, conforme os paradigmas da sociedade pedagógica.
	No que se refere ao papel do educador na educação infantil, Lima (2008), comenta que ser educador não é somente uma profissão, mas é primeiramente uma prática social, pois, o educador tem o importante papel de intervir na realidade social em que está inserido, pois, a atividade pedagógica não é somente uma prática, mas é também, uma ação. 
	A qualificação e capacitação do professor nunca estiveram tão amplas na sociedade brasileira, como atualmente, todavia, segundo Imbernón (2006), ainda existem professores que resistem ás mudanças e se impõe sobre a educação, especialmente no que se refere às novas tecnologias.
É o professor que não leve a sério sua formação, que não estuda, que não se esforce para estar à altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe. Isto não significa, porém, que a opção e a prática democrática do professor ou da professora sejam determinadas por sua competência científica [...] O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor (FREIRE, 1996, p. 92).
	O educador precisa ser primeiramente um estudador, pois o conhecimento é a sua principal ferramenta de trabalho. Freire (1996) deixa clara a importância, de que todo professor, seja um investigador, um pesquisador, que levante hipóteses e busque soluções para as problemáticas identificadas. Imbernón (2006) complementa este pensamento, ao afirmar que, o educador precisa ser um agente social, que planeje e administre o processo de ensino aprendizagem, intervindo, quando necessário, nos sistemas que formam o complexo social e profissional.
	Linhares (2012) diz que apenas a formação em pedagogia do professor da educação infantil, não é o suficiente para que este profissional atenda a sua demanda, é necessário que este professor pedagogo, através de sua experiência de mundo integre a teoria e a prática, dando continuidade a sua formação, contribuindo para a identidade social do seu aluno, proporcionando aulas prazerosas que desperte o interesse do educando, com variedade de atividade, possibilitando a criança interagir com os demais colegas, aprendendo e desenvolvendo habilidades comuns da infância, como: coordenação motora, reconhecimento das cores, dos números, capacidade de elaborar e pintar desenhos etc. 
	Para Gadotti (2004), o professor precisa romper com os padrões sociais, inovando e praticando a educação de maneira ousada, formando cidadãos críticos, capazes de participara da construção de uma sociedade de direitos iguais. O pedagogo é então aquele que participa e dirige por meio de uma pedagogia direta.
	Finalizando, Freire (1996), menciona que o professor deve valorizar que os saberes do educando trazem de casa, do meio no qual eles estão inseridos, valorizando desta forma o conhecimento das crianças que estão inseridas na educação infantil.
	Conclui-se que o principal papel do professor é garantir que as metodologias da educação infantil sejam cumpridas, colaborando para a eficácia na educação, educando para o mundo, contribuindo para que a criança se torne um cidadão que interagem na sociedade de forma crítica, contribuindo para que ocorram mudanças quando necessárias, no sistema social.
1.4 AVANÇOS E PERSPECTIVAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
	A educação infantil apresenta ao longo da história no Brasil, inúmeros avanços, bem como ainda está rodeada de vários desafios. Desta forma, este tópico, tem por objetivo fazer uma análise destes avanços e perspectivas para a educação infantil.
	Segundo Mathias e Paula (2009), pode-se afirmar como os maiores avanços para a educação infantil, a Constituição Federal de 1988, que passou a figurar a educação infantil, como um direito do cidadão e dever do estado e foi uma resposta as manifestações populares da década de 80. A Lei, ainda garantiu a criação de creches, e a expansão do carácter das mesmas, as quais se tornaram menos assistencialistas e mais educadoras. Em 1996, com a criação da LDB, a educação infantil passou a ser considerada como a primeira etapa da educação básica. Machado (2005), afirma que a partir da LDB, contribuiu para o reconhecimento do trabalho pedagógico com a criança de 0 a 06 anos, possibilitando ao pedagogo o reconhecimento no sistema educacional, enquanto agente na construção e exercício da cidadania. 
	Sabe-se, conforme citações anteriores, que até a década de 90, a educação de crianças de 0 a 6 anos, tinha um caráter assistencialista, sendo que o cuidador, não era considerado por muitos como um educador, também e foi a partir do reconhecimento da importância da educação infantil e de sua inserção como primeira etapa da educação básica, que o professor deixar de ser definido pela sociedade como cuidador e passa ser reconhecido como educador. 
	Tiriba (2005), afirma que ao atrelar uma concepção de criança a qualidade dos serviços oferecidos a esta, ocorre também a mudança da concepção do papel do pedagogo. 
	Quanto as perspectivas para a educação infantil, Zabalza (1998), diz que uma educação infantil de qualidade é possível a partir de três dimensões, que são:
Uma escola para criança: na escola a criança toma consciência da sua identidade, da sua relação com a família e com as demais pessoas;
Uma escola para as experiências e conhecimentos: O ensino possibilita as experiências e o conhecimento;
Uma escola baseada na participação na sociedade e comunidade: A integração promove a consolidação das relações consigo e com os outros.
	Desta forma, o autor diz que ao afirmar a autonomia, identidade e competência da criança, possibilita-se o alcance dos resultados esperados na educação infantil. O autor, conclui que a qualidade do ensino, está também, intimamente ligada ao funcionamento do estabelecimento e ao preparo dos seus agentes.
Para Mathias e Paula (2009), uma vez que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, estabelecem às bases da personalidade, da inteligência, da emoção e da capacidade de se relacionar do ser humano, estes fatores cooperam, para o acumulo considerável da reflexão e prática pedagógica. É um ramo da educação que cresce atualmente em todo o mundo, uma vez que com a alta demanda de mão de obra para o mercado de trabalho, os pais deixam os seus filhos nas creches e pré-escolas, para poderem trabalhar. 
Por fim, Mathias e Paula (2009), afirmam que diante da pobreza e da baixa qualidade de vida de muitas crianças brasileiras, a educação infantil, pode ser assinalada como um meio de garantir, além da educação, o alimento e o cuidado a estas crianças, sem, no entanto, retira-la do seu convívio social, das suas famílias. Desta forma devem ser fomentadaspolíticas publicas mais abrangentes para a educação infantil, considerando, além da educação, a saúde, a nutrição, o trabalho, o emprego, a renda, a moradia e os espaços de convívio social, a cultura e o lazer, pois todos fazem parte da vida e do crescimento da criança.
1.5 METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 	A criança na educação infantil precisa se desenvolver completamente, nos cuidados referentes à aparência biológica do corpo, incluindo a alimentação, saúde e tudo que esta relacionada: creches e pré-escolas são modelos de educação infantil a realização desse trabalho nesse meio é muito importante, pois tem que garantir assistência, saúde, alimentação e segurança, em condições materiais que leve beneficio social e cultural.
Antes de tudo estar comprometido com o outro com sua singularidade ser solidário com suas necessidades, confiante em suas capacidades e isso depende da construção de um vinculo entre quem cuida e quem e cuidado (RCNEI, 1998, p.25)
	Por isso é de extrema importância que o educador deva estar sempre observando e vigiando, para não transformar suas ações em rotinas mecanizadas, dirigidas por regras, a consciência é principal ferramenta prática. A criança já vem completa no meio social na sua construção como ser humano, cuidar e educar revela alcançar o espaço e tempo que a criança vive e o adulto tem o papel de proporcionar novos ambientes que são capazes de estimular a curiosidade com consciência e responsabilidade, cuidar e educar anda junto de forma simultânea, as duas constroem a autonomia e identidade da criança.
 	A educação infantil no Brasil hoje, esta inserida no cotidiano e não pode ser visualizada como uma opção de cuidado e sim como um direito que toda criança deve ter. O cuidar vai muito além de carinho, vai além do emocional, vai além das habilidades motoras e cognitivas, queremos dizer que algo e essencial para a criança, os cuidados com a higiene pessoal e toda criança precisa ser orientada sobre higiene.
 A saúde da criança que frequenta instituições de educação infantil revela sua singularidade como sujeito que vive em determinada família, que por sua vez vivem em um grupo social, tendo assim uma história e necessidade de cuidados específicos. Revela, também, a qualidade de sua vida na creche ou pré-escola. O ambiente coletivo demanda condições ambientais e cuidados adequados ao contexto educacional. (RCNEI, vol.2, 1998, p.5).
	Portanto é de grande importância que os educadores trabalhem questões de higiene pessoal e com o ambiente que a envolve, isso deve fazer parte do planejamento que envolve cuidados com o corpo e saúde.
	O Brincar faz parte da infância, mais para muitos adultos a brincadeira e menosprezada e não é levado a serio pelos professores quando elaboram seus conteúdos, mais com o passar dos anos houve uma mudança, o brincar conseguiu importância nas escolas e creches utilizando o brincar para a construção de conhecimento. O brincar é próprio da criança, através de atividades lúdicas os alunos demonstram interesse nas aulas, esse processo e muito interessante, pois além de desperta-los para a aprendizagem, e trabalhado a atenção a memória, imaginação e esse trabalho pode ser a solução para muitos alunos que tem dificuldades, e através dessas atividades lúdicas o sucesso chegara no aluno e no professor.
O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da Criança. No
brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento
habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo
é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma
lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do
desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande
fonte de desenvolvimento. (VYGOTSKY, 1991 P.117).
	O ato de brincar permite o desenvolvimento da imaginação da criança, aflora a fantasia, possibilitando a reorganização das práticas pedagógicas pelo educador. Desta forma o lúdico torna se quando aplicado na escola uma importante ferramenta de aprendizagem, não podendo se limitar na visão escolar como uma mera diversão ou relaxamento das práticas docentes, assim, o mesmo precisa ser inserido nas atividades escolares, como uma forma descontraída e prazerosa de possibilitar a aprendizagem pelo aluno. Cabe aqui, ressaltar que o lúdico na educação infantil é fundamental para o desenvolvimento intelectual do ser humano.
	Segundo, Piaget (1998), através do brinquedo ocorre a construção do conhecimento, assim, crianças desde pequenas, estruturam o seu espaço e o seu tempo, desenvolvendo a casualidade e chegando finalmente à lógica. Nos jogos, Piaget (1998), menciona que as crianças são impulsionadas a utilizar a sua inteligência, pois, esforçam-se para superar obstáculos. Nesta perspectiva Campos (2011), salienta que os professores precisam ter consciência de que a brincadeira é importante para o desenvolvimento intelectual da criança e traz enormes contribuições para a capacidade de aprender e pensar.
	Para Vigotski1 (2007), brincar trás a realização de desejos que não conseguiríamos de imediato a serem realizados, e o brinquedo tem esse papel ilusório e estão a todo o momento de que um desejo possa ser realizado, a situação imaginária e as regras são duas principais propriedades colocadas pelo autor. A brincadeira de casinha é um exemplo do brincar das crianças pequenas, em que nas brincadeiras, seguindo a teoria quando crianças com menos idade brincam, elas usam mais a imaginação, mais mesmo assim as regras não deixam de existir.
	Vygotsky (2007), afirma que criança quando nasce já está inserida em um contexto social, e a brincadeira tem grande importância para ela justamente na sua adaptação ao mundo, desse ambiente externo a ela. Para Brougère (2002) o brincar deve estar junto com as influencias do mundo, pois não e uma atividade interna da pessoa, para o autor a criança é um ser social quando aprende a brincar, mesmo que uma brincadeira esteja imensa em um determinado lugar, pois eh subjetivo, porque os significados dos comportamentos podem ser diferentes. “A criança não brinca numa ilha deserta. Ela brinca com as substâncias materiais e imateriais que lhe são propostas, ela brinca com o que tem na mão e com o que tem na cabeça” (BROUGÈRE, 2001, p.105).
	 Visto que a brincadeira está concentrada em um determinado contexto social, ela e subjetiva, dependendo dos diferentes tipos de comportamento e podem ter significados diferentes. Freire (2002) o jogo pode ser trabalhado como um fenômeno concebido por suas regras não podem ser separadas, o importante e juntar tudo a espontaneidade, a imaginação e construir o jogo, para Freire (2002), é no agrupamento dessas características, e outras, que ele acaba surgindo. O autor explica que:
Tudo no jogo aponta para o mundo interior do sujeito, invisível aos nossos olhos, e a tradução exterior dessa atividade, no plano da nossa razão, confunde-se com expressões de qualquer outra atividade (FREIRE, 2002, p.67).
	O sujeito da ação é o único capaz de afirmar se realmente esta brincando, pois e no momento da brincadeira com outras crianças que ele e capaz de se encontrar, muitas vezes mesmo estando com um brinquedo na mão, ele não está envolvidos com a brincadeira, da mesma forma que uma criança quieta em algum canto, pode estar brincando, mergulhando na sua imaginação.
2 METODOLOGIA 
Para êxito desta pesquisa fez-se necessário o uso da metodologia científica como forma de garantir o alcance dos resultados esperados. Para Fiorese (2003), a metodologia científica é um conjunto de métodos pelos quais se torna plausível o desenvolvimento dos artifícios necessários para o alcance de um determinado objetivo. Assim, pode se dizer que a metodologia é o caminho que o pesquisador irá utilizar para chegar ao seu destino.
Barros e Lehfeld (2003), afirma que a pesquisa científica é a exploração, o questionamento e é o artifício ordenado e claro que tempor fim, identificar, encontrar e compreender os casos que estão implantados em uma determinada realidade. Desta forma a pesquisa exige de seu executor certa formalidade, levando em consideração os métodos e os tipos de pesquisa a serem realizadas.
Para Severino (2007, pág. 102) no método científico “não basta ver é preciso olhar,” observar um problema já identificado de forma racional.
O problema se formula então como a questão pela causa dos fenômenos observados, qual a relação causal constante entre eles. “Aí entra em ação novamente o poder lógico da razão, com a sua criatividade, que formula uma hipótese, ou seja, propõe uma determinada relação causal como explicação”. (SEVERINO, 2007, pág.103).
Assim, pretende-se através do método científico, comprovar, testar as hipóteses levantadas durante a aproximação da realidade educacional da escola pesquisada identificando como os professores fazem uso do lúdico na aprendizagem e quais os níveis de satisfação das crianças durante este processo de aprendizagem.
Este trabalho trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que apresenta como vantagens, segundo Polit et al (2004), o aprofundamento da pesquisa buscando compreender o contexto do fato, coleta dados sem instrumentos formais estruturados, não tenta controlar o objeto da pesquisa, mas captar o máximo possível de dados, destaca o individual como forma de tentar compreender e comentar as experiências, analisa as informações registradas de forma organizada.
Para Gerhardt e Silveira (2009), as características da pesquisa qualitativa
são:
Objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, recisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; e oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências. (Gerhardt e Silveira, 2009, pág. 32)
Desta forma, acredita que a pesquisa qualitativa, será importante e poderá fornecer a metodologia necessária para o alcance dos resultados propostos neste trabalho científico. Ainda nesse sentido, Gerhardt e Silveira (2009. Pág 31) apud Minayo (2001), enfatiza a importância da pesquisa qualitativa a descrever que a mesma trabalha com “o universo de significado, motivo, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações e dos fenômenos e que não pode ser reduzida a operacionalização de variáveis.” 
Assim, a mesma é o tipo de pesquisa ideal para área de humanas, por possibilitar o aprofundamento das hipóteses bem como a solução das respostas levantadas, garantindo ao pesquisador o alcance de vários dados em curto espaço de tempo.
Com relação à pesquisa em Educação Weller e Pfaff (2010), afirmam que: O uso dos métodos qualitativos trouxe grande e variada contribuição ao avanço do conhecimento em Educação, permitindo melhor compreensão dos processos escolares, de aprendizagem, de relações, de processos institucionais e culturais, de socialização e sociabilidade, do cotidiano escolar em suas múltiplas implicações, das formas de mudanças e resiliências presentes nas ações educativas. (Weller e Pfaff, 2010, p.34).
Quanto ao tipo de abordagem, esta pesquisa é exploratória, pois conforme cita Gil (1991), amplia, explana e transforma opiniões, tendo como produto final o esclarecimento de um problema, mediante métodos sistematizados, produzindo maior familiaridade com um problema, através da análise documental e aplicação de entrevistas.
Os procedimentos utilizados para o alcance dos resultados foram: pesquisa bibliográfica, estudo de caso e pesquisa de campo, o que possibilitou um bom alcance dos resultados, contribuindo com os objetivos propostos. A pesquisa bibliográfica conforme cita Fonseca (2002) é realizada através do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas sejam por meios eletrônicos ou escritos. Neste sentido fez se a análise de obras, periódicos, documentos instrumentais, revistas e artigos, buscando garantir o embasamento teórico para a pesquisa.
O estudo de caso por sua vez, tem sua importância para o campo das ciências sociais e humanas por possibilitar a observação do individuo pesquisado.
Para Fonseca (2002), o estudo de caso tem por objetivo conhecer com profundidade no como e porque de uma determinada situação, desta forma, o pesquisador não pretende intervir sobre o objeto estudado, mas, compreendê-lo, identificando a forma ver o mundo dos seus participantes.
Quanto ao objeto do estudo de caso Alves-Mazzotti (2006, p. 640), diz que pode ser um “individuo, um pequeno grupo de indivíduos, uma instituição ou um evento.” Desta forma pretende-se realizar a observação in loco, sem a intenção de modificar o lugar da pesquisa, das práticas cotidianas da escola pesquisada no uso das metodologias para a educação infantil.
Com relação a pesquisa de campo, segundo Fonseca (2002) é um tipo de pesquisa que tem como característica principal a investigação, através da coleta de dados juntos aos sujeitos da pesquisa.
A pesquisa foi realizada Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Maria de Fatima, localizada na rua 05,s/n, na Vila Cruzeiro, neste município, a mesma foi fundada em 1993. A escola oferece atualmente as modalidades de ensino: pré escola, anos iniciais do ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos(EJA) 2ª,3ª e 4ª etapa, Funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno. A escola possui regimento interno e o PPP (projeto politico pedagógico ) para ajudar melhor nos andamentos das atividades.
A equipe gestora da escola e composta por uma diretora, um orientador pedagógico e uma secretario escolar. 
A estrutura física da escola esta dividida em 18 ambientes sendo estes: 5 salas de aula,01 sala de direção,01secretaria ,01 cozinha,01 refeitório,01 e 01 biblioteca,01 ambiente exclusivo para arquivo,01 laboratório de informática, 01 sala de recursos multifuncionais,01 quadra coberta,01 sala de professores,01 cantina. Os muros e as pinturas da escola estão um pouco precário precisando de alguns reparos.
Foram sujeitos da pesquisa: 01 professora e 29 alunos da educação infantil. 
	A pesquisa trata-se de um estudo de caso a cerca da importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem de uma escola pública do município de Conceição do Araguaia/PA. Desta forma, foram utilizados os seguintes os seguintes instrumentos de coleta de dados:
	Na fundamentação teórica, fez-se uso da pesquisa bibliográfica, como forma de fundamentar a referida pesquisa e compreender sobre a importância do lúdico para a aprendizagem na educação infantil.
	Durante o estágio curricular foi utilizado a metodologia de estudo de caso, através da observação das praticas lúdicas e da satisfação das crianças em aprender a partir da brincadeira.
	Os dados alcançados durante a observação foram apresentados neste trabalho, através de relato no tópico de análise e discussão dos resultados.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A pesquisa foi realizada junto a uma turma da Educação Infantil da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Maria de Fatima, entre os dias 03 e 18 de novembro de 2016. Durante o estágio foi feito a observação das práticas lúdicas e dos seus efeitos sobre o processo de ensino aprendizagem, bem como o grau de satisfação das crianças em aprender a partir da brincadeira.
A turma da Educação Infantil pesquisada era composta por 01 professora e 29 alunos com idade entre 04 e 05 anos. A professora foi entrevistada durante a realização da pesquisa. 
Perguntou-se sobre a sua formação acadêmica, ela respondeu que era licenciada em pedagogia e especialista em Educação Infantil. Questionou-se sobre a sua experiência em sala de aula, segundo a mesma, estava em sala de aulahá 07 anos. 
Desta forma, foi requerido que a mesma comentasse sobre as atividades lúdicas realizadas em sala de aula. Disse considerar importantes sendo que são fundamentais para o desenvolvimento da criança, fazendo parte do processo educativo. Citou como práticas lúdicas comumente realizadas em sala de aula: alfabetização com letras presas em prendedores, gravuras e colagem de figuras e o uso de dado e dominó no ensino da matemática. 
Durante o estudo de caso foi possível diagnosticar a utilização de diversas atividades processo educativo. A aula inicia geralmente, com uma oração a qual é dirigida pelo professor, logo, após, é cantada algumas músicas onde o aluno é incentivado a fazer gestos com as mãos e os pés integrando-se com os demais colegas da sala de aula. 
No ensino de português, pode-se perceber a utilização de um varal de palavras, onde o aluno ia pendurando as sílabas até formar uma palavra, a presença dos cânticos, danças e jogos é continuo e em quase todas as atividades a professora fez uso destas práticas na abertura das atividades. Notou-se que as crianças eram impulsionadas a aprender e fazia do ensino um momento prazeroso entre elas. 
Notou-se a utilização do lúdico no ensino da matemática, com a utilização de jogos de dominó e dado para ensinar e no ensino de geografia, com a utilização de pinturas e desenhos para descrever localidades.
Verificou-se há uma parceria e um relacionamento amigável entre a professora e os alunos, as brincadeiras fazem parte do processo de ensino aprendizagem. Em diversos momentos a professora faz uso do mesmo.
A sala é composta por alunos agitados, o que torna imprescindível o uso de metodologias que possibilita a concentração dos alunos durante o processo de ensino aprendizagem. São atividades lúdicas desenvolvidas em sala de aula:
Para o desenvolvimento da linguagem e expressão, é utilizado o teatro com fantoches, cantigas de roda e apresentação de filmes infantil na sala de vídeo. Para o desenvolvimento cognitivo e motor são utilizados cantigas de rodas, danças, brincadeira como pega e esconde-esconde etc. Para o ensino da matemática, são utilizados jogos de raciocínio lógico. No ensino de religião, ciências e geografia, são utilizadas, além do teatro de fantoche, apresentação de filmes, cantigas de rodas, brincadeiras e danças, pintura de desenhos e colagem de figuras e apresentação oral de histórias sobre amor, perdão e solidariedade.
Observou-se que a professora consegue atrair a atenção das crianças durante a realização das atividades lúdicas, as crianças demonstram satisfação em aprender a partir da brincadeira, o índice de satisfação é alto, há poucas brigas e discussão durante a aprendizagem, as quais foram facilmente contornadas pela professora através do diálogo.
 Logo, o lúdico é muito eficaz no processo de ensino aprendizagem, sendo recomendado a sua utilização nas classes de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Observou-se que toda criança gosta de brincar e que o lúdico possibilita a criança aprender enquanto brinca o que produz satisfação e prazer na aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação infantil desde os primórdios da humanidade, até o inicio desse século, era exclusivamente tarefa dos pais, sendo que as sociedades antigas não viam o infante como um ser com características diferenciadas, as quais deveriam ser valorizadas, mas sim, a criança era considerada como um pequeno adulto, o que contribuiu para a exclusão socioeducativo da criança durante séculos.
 No Brasil a concepção a respeito do direito a infância e a educação, começou a sofrer mudanças, a partir do século XX, isto em virtude do crescimento industrial do país, o que exigiu que a mulher começasse a desempenhar outras funções além da função materna. Nesse período as crianças ficavam expostas a diversos perigos em especial a marginalização, o que exigiu do governo a construção das primeiras creches no Brasil, uma vez que era necessária a existência de um espaço aonde as crianças pudessem ficar, enquanto as suas mãos trabalhavam. 
Dentre as inúmeras leis e politicas públicas que fortaleceram a educação infantil, pode ser citada a Constituição Federal, a qual definiu a educação como um direito da criança e um dever do estado, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Política Nacional da Educação Infantil e os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Sobre a capacidade da criança de adquirir o conhecimento e aprender, Vigostsky, Piaget e Wallon, fazem importantes contribuições para a inserção do lúdico na educação infantil ao afirmar que esse é um processo dinâmico que se constitui a partir das trocas de informações entre o aluno e o meio ambiente, sendo este um processo que ocorre de forma integrada e simultânea. 
Desta forma a formação do professor para a educação infantil é fundamental como forma de garantir o bom desenvolvimento da criança. O lúdico é, portanto, uma ferramenta extremamente importante no processo educativo das crianças, por possibilitar o envolvimento da mesma com o meio na qual está inserida. 
Considera-se que a utilização das atividades lúdicas na aprendizagem de crianças, proporciona, uma melhor relação da criança consigo mesmo e com o mundo no qual está inserida. 
O lúdico traz diversas contribuições, pois além do desenvolvimento cognitivo, a brincadeira permite à criança desenvolver valores sociais ao estabelecer padrões, resolver conflitos, superar os seus limites e descobrir novas formas de intervir no mundo, estabelecendo relações no universo imaginário da fantasia. 
Assim, é papel da escola proporcionar os meios necessários para que o lúdico venha se tornar parte integrante da aprendizagem da criança e é importante que o professor faça uso do lúdico, favorecendo a aprendizagem.
Durante a realização do estudo de caso, foi possível verificar a importância da utilização do lúdico em sala de aula, na Educação Infantil, para a aquisição do conhecimento. Verificou-se que a turma é formada por alunos agitados e que a utilização do lúdico, possibilita a professora atrair a atenção dos mesmos, de forma que a aprendizagem seja plena.
Os alunos demonstram satisfação em aprender através do lúdico, isto porque, a brincadeira, jogos, musica e contos possibilitam ao aluno o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. Acredita-se que a criança aprende muito mais quando brinca, a brincadeira é, portanto uma ferramenta eficiente de ensino-aprendizagem.
No que se refere a educação infantil, considera-se muito insatisfatório a ideia de um metodologia rígida de ensino, sem o uso do lúdico, pois o brincar faz parte da formação do cotidiano da criança, logo, a criança que não brinca tende a ter dificuldade de concentrar-se no ensino, ficar insatisfeitas e entristecida e logo não desenvolver-se plenamente. 
 Logo, a inserção das atividades lúdicas nas práticas escolares é um grande desafio, as quais o professor e a escolar devem aceitar como forma inovar no ensino e prender a atenção do aluno por meios prazerosos de aprendizagem. A escola e a professora que faz uso do lúdico na sua metodologia de ensino tende a apresentar muito mais êxito do que as práticas tradicionais e rudimentares de ensino, onde o aluno é como uma folha em branco que precisa ser preenchida e o professor é o detentor do conhecimento.
 
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