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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre a importância dessa ferramenta na aprendizagem da criança no maternal I

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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Uma análise sobre a importância dessa ferramenta na aprendizagem da criança no maternal I.
RESUMO
O lúdico na educação infantil, tem por finalidade possibilitar ao educador entender a da importância das atividades lúdicas na educação. Acredita-se que por meio do lúdico a criança satisfaz seus interesses e necessidades particulares. As práticas exercidas pelos profissionais da educação ainda estão arraigadas a um modelo de ensino centrado em aulas expositivas. O lúdico é uma alternativa para uma aprendizagem mais prazerosa para os alunos. É necessário que as instituições cumpram suas reais funções pedagógicas, privilegiando a educação da criança. O ensino dos jogos e brincadeiras nas aulas deve proporcionar ao aluno a aprendizagem por meio da abstração reflexiva. A infância é necessária para o entendimento do contexto social onde a criança é destacada como sujeito e protagonista. A atividade lúdica proporciona um encantamento em crianças, em adolescentes e em adultos. Piaget afirma que o uso de jogos e brincadeiras tem um papel de grande importância para o desenvolvimento da inteligência humana. Vygotsky discuti que devemos levar em consideração as necessidades que as crianças possuem em determinado momento.O presente estudo corresponde a uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa. Além disso, utilizou uma revisão bibliográfica para relacionar com dos dados coletados por meio do questionário. As professoras responderam questões acerca de seus conhecimentos sobre o lúdico na sala de aula. Por meio da literatura especifica e de grande teóricos educacionais se sabe a importância de trabalhar o lúdico na educação infantil. O uso do lúdico na Escola Municipal Vinicios de Morais ainda é um limitante para o desenvolvimentos de algumas atividades lúdicas. A formação continuada é uma estratégia para aqueles professores que ainda não se sentem preparadas.
Palavras-Chaves: Lúdico; Piaget; Vygotsky.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	1
2	CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA	3
3	O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL	5
3.1	A importância do lúdico na Educação Infantil	8
3.1.1	Teoria Piagetiana e a ludicidade............................................................... 	10
3.1.2	Teoria Vygostkyana...................................................................................	14
3.2	Aprendizagem utilizando a ludicidade	15
4 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MATERNAL DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL VINICIUS DE MORAIS	17
4.1 Caracterização da escola	17
4.2	Percepção dos professores da Escola Municipal Vinicios de Morais sobre o lúdico em sala de aula	20
5 CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	27
APÊNDICE	31
INTRODUÇÃO
O lúdico na educação infantil, tem por finalidade possibilitar ao educador o entendimento do significado e da importância das atividades lúdicas na educação infantil, buscando provocá-lo, para que implemente o brincar em seus projetos educativos, tendo objetivos e consciência clara de sua ação quanto ao progresso e à aprendizagem infantil (DALLABONA; MENDES, 2004).
Seguindo essa premissa destaca-se o lúdico como uma das maneiras mais eficazes de envolver o aluno nas atividades, pois a brincadeira é algo inerente na criança, é sua forma de trabalhar, refletir e descobrir o mundo que a cerca. Acredita-se que por meio do lúdico a criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos particulares, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois expressa a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo.
Sabe-se que, na grande maioria das vezes a educação ainda é praticada de maneira tradicional, ou seja, as práticas exercidas pelos profissionais da educação ainda estão arraigadas a um modelo de ensino centrado em aulas expositivas, regadas por leituras extensas e exaustivas, além de na sua grande parte explorados apenas dos livros didáticos (MEIRELES, 2016).
Diante disso, na busca de métodos e técnicas que tornem a aprendizagem do aluno mais ampla e prazerosa, o Lúdico se apresenta como uma alternativa de ensino que visa buscar o despertar da curiosidade do aluno auxiliando o mesmo de maneira ativa na construção do seu conhecimento.
Maluf (2008) afirma que a importância das atividades lúdicas é comprovada por estudos e pesquisas, no desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças, proporcionando condições adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo e social. 
O brincar é definido por Ornelas (2002) como o conjunto de ações lúdicas desenvolvidas pelo homem que tem como intenção causar prazer e entretenimento a quem prática, manifestada por meio do jogo ou da brincadeira, com o uso ou não do brinquedo como suporte. 
São lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento. A criança se expressa, assimila conhecimentos e constrói a sua realidade quanto está praticando alguma atividade lúdica. Ela também espelha a sua experiência, modificando a realidade de acordo com seus gostos e interesses.
O brincar como atividade desenvolvida na escola não pode ser tarefa que o professor orienta e encaminha os alunos para desempenhá-la sem acompanhamento próximo. O trabalho do educador infantil precisa estar repleto de responsabilidades e compromissos, especialmente quanto as questões relacionadas ao lúdico. Conforme Rossler (2006), a brincadeira da criança não é instintiva, mas atividade objetiva que tem como referência a percepção do mundo adulto.
O professor precisa conhecer as situações em que estes objetos farão parte do universo da criança e da sua formação, para que realize a intervenção necessária e auxilie na compreensão da lógica em que são produzidos e transmitidos diferentes significados.
Visando a valorização do lúdico, se faz necessário que as instituições cumpram suas reais funções pedagógicas, privilegiando a educação da criança em uma visão criadora, espontânea e consciente, em que elas sejam vistas pelos educadores como sujeito que participa, compreende e conecta-se coma realidade em que vive (BROCK, 2011, p. 6).
No seu entendimento “[...] é preciso oferecer um ambiente favorável, que proporcione tempo e materiais para que as crianças brinquem interativamente e desenvolvam suas competências”. Dentro desta perspectiva, a escola de educação infantil aparece com o propósito de oferecer condições de aprendizado por meio do brincar. 
Para que a educação lúdica caminhe efetivamente na educação é preciso refletir sobre a sua importância no processo de ensinar e aprender. Diante do exposto, essa investigação teve como objetivo geral avaliar o ensino utilizando o lúdico e sua importância como ferramenta no processo de ensino aprendizagem da criança na educação infantil, em uma escola de um município maranhense. Os objetivos específicos são: a) descrever a concepção de infância; b) contextualizar a ludicidade na educação infantil; c) apresentar a utilização da ludicidade para a aprendizagem das crianças. Cientes da importância do lúdico na formação integral da criança, encaminhamos os estudos abordando a seguinte questão: Como se dá o lúdico na educação infantil e qual a importância das atividades lúdicas na educação infantil?
CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA 
A infância é observada enquanto necessária categoria estrutural para o entendimento do contexto social onde a criança é destacada como sujeito e protagonista na formação de se processo de desenvolvimento e identidade (MAYALL, 2013; QVORTRUP, 2010; WYNESS, 2012).
O olhar sobre a infância nem sempre aconteceu. As famílias via a mortalidade infantil como algo natural, ou como uma fatalidade, neste período os pais não tinham afetos pelo o filho que nasceu e logo veio a óbito, pois já acreditavam que logo teriam outro filho, assim seria substituído (SCHULTZ; BARROS, 2011).
A infância era invisível, antigamente não se tinha um pensamento de que a criança precisava viversua infância e passar por cada fase, não se tinha conhecimento sobre esse processo, onde era banalizado, fazendo com que a criança já trabalhasse desde muito cedo, se ausentando então do seu período infantil, passando logo para conhecer a vida adulta.
De acordo com Ariés (1981) a infância como um processo da vida, nem sempre foi vista como conhecemos hoje. A criança não era reconhecida por suas singularidades, ela se tornava invisível. Quando deixava sua dependência dos pais ou ama, a criança era introduzida no mundo do adulto e nesse contexto ela não era mais protegida de nada, passando e vendo de tudo. Somente a estatura da criança a diferenciava de um adulto.
Desta forma, a família não notava as necessidades específicas das crianças, não tinham uma visão voltada para criança como um ser que possui particularidade e que precisava de cuidados diferenciados. Logo cedo as crianças já se apresentavam com certas independências físicas, eram inseridas precocemente em trabalhos, juntamente com os adultos. Os filhos ajudavam seus pais na realização de plantações, a produção de alimentos nas próprias terras, pescas, caças, assim, os filhos já contribuíam para o sustento da família (DEL PRIORE, 2013).
A criança não experimentava as fases de brincar, estudar e se divertir, como acontece com as crianças da sociedade contemporânea, ou seja, não conheciam o período da infância e juventude. A criança tinha sua formação em meio aos adultos, educação escolar era apenas de técnicas, de aprender o como fazer, assim, realizando as mesmas tarefas que eles, carregando as mesmas quantidades que eles, sem diferenciação alguma.
Na sua obra, Ariès (1981) destaca elementos que proporcionaram que a criança pudesse ser reconhecida por suas particularidades, sendo separada do mundo dos adultos para vivenciar uma fase que hoje conhecemos como infância. É o que se identifica como sentimento de infância. Ocorreu transformações com esse sentimento novo acerca da infância, no modo de ver a criança e, quase que concomitante, notando assim a importância de separá-la do mundo dos adultos, onde a escola se tornou um ambiente que marcam muito bem esta separação.
Sindicalistas e a sociedade civil buscam efetivar ações de assistência e proteção à infância, dando abertura para debate a favor dos direitos das crianças, nos quais, como leis trabalhistas, pediatras e higienistas que reproduzia trabalhos voltados para a saúde e bem-estar das crianças. A ideia de infância onde se identificou as precisões específicas e peculiares para a existência e sobrevivência da infância e juventude. (HENICK; FARIA, 2015). 
No Brasil, a trajetória da criança e adolescente é apontada por diversas contenções e dificuldades. Ao buscar conhecer, estudando – a, denotam diversos problemas traçados por elas, tais como, maus tratos, abusos sexuais, mortalidade infantil, miséria, fome, crianças sem teto, sem família, escrava do trabalho, isso tudo sendo causado por negligência do Estado, da família e da sociedade em geral (HENICK; FARIA, 2015).
Conforme já declarado, considera-se que as crianças vivem diferentes tipos de infâncias. Tendo conhecimento da proporção histórica e cultural entrelaçada com o conceito de infância e criança, contudo, essa distinção acontece por variados caminhos; logo, a condição social é identificada um fator bastante determinante das experiências nesta etapa da vida.
De acordo com Veiga (2019), na história brasileira há uma condição de subordinação da infância muito presente. A autora anda argumenta que é “[...] fato histórico, a presença da condição de subalternidade de muitas crianças, com isso, tem -se a evidência que pode ser desenvolvido a criação de órgãos nacionais e internacionais em prol da melhoria da sua qualidade de vida”. Neste ínterim, mesmo com a criação desses órgãos, observa-se as incoerências presentes entre direitos humanos e permanência de desigualdades sociais, tomadas como problema político de governo.
É retratado pela autora como as ofertas diferenciadas de escola originaram diferenças da condição de ser criança, favorecendo para a geração de subalternidade das crianças pobres, negras e mestiças e do estigma de sua inferioridade (VEIGA, 2019) 
A infância emergida na pobreza, se intitula uma infância bastante diferenciada entre crianças de famílias definidas nobres. A autora destaca que o que define uma certa criança é a condição social e as possibilidades advindas dela, como também a partir de sua origem familiar (RIZZINI, 2011, p.98). 
É fortemente marcada pelas projeções a imagem e a ideia de criança, que o adulto e a sociedade fazem dela. Ao longo dos anos o adulto e a sociedade esperavam das crianças e o espaço que elas vêm conquistando tornaram-se objetos de estudo para diferentes áreas do conhecimento.
Atualmente as crianças vivem com agendas lotadas, atividades a todo tempo, são estimuladas a todo momento, são alvo da mídia e do capitalismo. Observa-se que as crianças vêm realizando várias propagandas sendo destinadas especialmente para elas, criando então uma necessidade de consumo imediato dos produtos anunciados (SOUZA, 2015). Desse modo,entende-se que diante o mundo globalizado, percebe-se que as crianças estão perdendo sua infância e desenvolvendo precocemente, acarrentando sérios problemas futuro como adulto. 
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Depois da família, o primeiro ambiente de socialização da criança é na escola, iniciando assim os conhecimentos culturais relacionadas à sua comunidade local. O processo educacional se dá nas interações entre as pessoas e nas relações com o meio em que está inserido. Nesse sentido, a escola se caracteriza como um espaço adequado e formal no qual os alunos adquirem uma educação diferenciada por disseminar saberes científicos, valores éticos que “complementam” os ensinamentos repassados pela família (BARBOSA, 2007). 
Diante disso tem o ambiente escolar como um meio de socializar a criança, proporcionando uma educação de integral, sendo fundamental uma educação diferenciada buscando contemplar todos os déficits dessa criança, contribuindo no desenvolvimento deste ser juntamente com a família, preparando para a vida.
Em consonância com Costa (2005), “lúdico, é uma palavra que vem do latim ludos que significa brincar. Este brincar contempla os jogos, brinquedos e brincadeiras, a então palavra é relativa também à conduta da pessoa exerce o jogo, brincando e se divertindo”. Por tanto, o jogo possibilita o aprender do sujeito e o seu desenvolvimento.
Qualquer atividade lúdica da criança, possui regras. O imaginário e sua situação em qualquer maneira do brincar já possuem regras que demonstram características de comportamento, mesmo que de forma implícita (VYGOTSKY, 1984). 
Ainda, este mesmo autor enfatiza o jogo como atividade fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais. Dentre estes destaca os jogos de regras, que entre outras possibilidades, têm a capacidade de antecipar situações do dia-a-dia (VYGOTSKY, 1984).
O jogo se torna então uma forma para se concretizar objetivos educacionais utilizados em sala de aula, e o aluno, ao praticar nesse cenário, segundo Rau (2007) “sua forma livre se ausentaria, onde seria mantida de forma única pelo prazer de jogar”. Com isso tem vindo à tona discursos em questão da apropriação do jogo na escola, especialmente ao jogo educativo.
A utilização de brinquedos lúdicos no ensino tem o propósito de possibilitar que os alunos gostem e sintam prazer em aprender, diferenciando e acarretando mudanças na rotina da classe e despertando o interesse dos alunos. A aprendizagem por meio de brincar com jogos, como dominó, jogo da memória e outros que permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido (KISHIMOTO, 1997). Contribuindo com este pensamento de brinquedos no ensino da criança, Kishimoto reforça que:
O brinquedo, no senso comum, é definido como objeto utilizado na brincadeira, é um objeto que dá suporte e orienta a brincadeira, tem uma atribuição lúdica e pode ser usado como recurso de ensinoou como material pedagógico; assim o brinquedo contribui, juntamente com a brincadeira, para o desenvolvimento e construção dos saberes da criança (KISHIMOTO, 2002)
Para esta mesma autora, para o desenvolvimento da linguagem e do imaginário, tem-se o lúdico como um grande instrumento, a ludicidade é vinculada aos tempos atuais como uma ferramenta para expressar a qualidade de forma espontânea e natural da criança, sendo um meio favorável para observar essa criança, que expressa por meio dele sua natureza psicológica e suas inclinações. 
É fundamental compreender que a utilização do lúdico na sala de aula como recurso pedagógico pode apresentar-se como uma trilha para ir de encontro a formação integral das crianças e do entendimento de suas necessidades. Contribuindo com esta ideia do desenvolvimento holístico da criança e o papel da escola, Friedmann destaca que:
 
[...] a escola é um elemento de transformação da sociedade, sua função é contribuir, junto com outras instâncias da vida social, para que essas transformações se efetivem. Nesse sentido, o trabalho da escola deve considerar as crianças com os seres sociais e trabalhar com elas no sentido de que sua integração seja construtiva. (FRIENDMANN, 1992, p. 27).
A escola se faz necessário na vida da criança, proporcionando as mesmas transformações, aprendizados e valores, visto isso é fundamental que a escola desenvolva nos alunos a questões do meio social, tendo como apoio a utilização de jogos e instrumentos que facilitem e viabilizem maior integração dessa criança ao plano pedagógico desenvolvido, contribuindo então para uma aprendizagem efetiva.
O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. É de grande valor social, promovendo várias possibilidades educacionais, favorecendo o estimulo a vida psíquica e a inteligência, desenvolvimento corporal, contribui para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais tais como estão postos (KISHIMOTO, 1997, p.37).
Se faz necessário a implementação dos jogos visando a ludicidades no âmbito escolar, tendo em vista que é uma estratégia que fortalece o ensino – aprendizagem, favorecendo o meio psicossocial da criança, contudo, é fundamental que os professores tenham suporte para implementação desses métodos, para assim a criança sair do ensino infantil preparada.
Muitas vezes os professores se preocupam muito em realizar uma sistematização na educação infantil, visando a preparação do aluno ao ensino fundamental para suportar as condições de ensino que se apresentam. Porém, tem-se um lugar propício para que seja usado os jogos lúdicos e proporcionar a aprendizagem na educação infantil, porque a brincadeira faz parte do mundo da criança e participam das atividades com entusiasmo (BARBOSA, 2007).
A escola vem desenvolvendo um papel importante na formação de pessoas, visando proporcionar uma educação de qualidade, que atenda as necessidades de cada aluno e seja necessária para que o mesmo exerça o papel de sujeito crítico e transformador da sociedade, e possa estar preparado para atuar socialmente (ALMEIDA, 1998).
O jogo favorece a preservação da liberdade com a criança na prática pedagógica, sendo fundamental que o ambiente, objetos, brinquedos escolhidos e espaço físico se apresentem de forma adequada para a prática realizada. Podendo assim, propiciar qualidade e segurança nas atividades e ajudar nas habilidades do aluno na hora de manusear o brinquedo e compreender a brincadeira ou o jogo em questão.
Corroborando com a ideia do jogo como ferramenta que contribui na formação de um sujeito, Kishimoto (1994) o considera elemento facilitador para a aprendizagem na medida em que o professor transforma os assuntos conceituais abordados em práticas de ludicidade. Isso proporciona a interação dos conteúdos entre os alunos e a diversão. No entanto, ocorre a importância de o professor não centralizar sua abordagem nos resultados do jogo, mas em seu desenvolvimento durante a prática.
Dessa forma a aplicação de um jogo, desse modo, traduz o seu diferencial pelo seu caráter lúdico, é o “aprender brincando”, onde o jogo e a ludicidade caminham juntos, sendo importante que o professor aplique esse jogo na prática lúdica, podendo então proporcionar uma melhor aprendizagem dos estudantes.
A importância do lúdico na Educação Infantil
O ensino dos jogos e brincadeiras nas aulas deve proporcionar ao aluno a aprendizagem por meio da abstração reflexiva, ou seja, deve-se dar a ele a oportunidade para ir além da inteligência prática sobre e por meio desse conteúdo, considerando-o como um conhecimento socialmente construído e historicamente contextualizado.
Dentro do cotidiano infantil os jogos e brincadeiras merecem destaque, pois é um elemento de grande importância, e conseguir conciliar suas características de espontaneidade e sua função educativa é papel fundamental do educador. Esse educador muitas vezes sente-se limitado e impossibilitado de dar sentido ao que é ensinado por conta de estar arraigado a uma prática deficitária e pobre de meros aperfeiçoamentos de habilidades técnicas e motoras, vendo este conteúdo de forma utilitária associado ao quadro tradicional do ensino formal. (SANTIN, 1994).
Os jogos e brincadeiras vão muito além de preceitos técnicos e motores, e se fazem presentes, propiciando vivências significativas e não apenas imitações de gestos ou mera distração. Por si só a criança joga, brinca, imagina e abstrai-se numa intensa e constante prática de atividades motoras sendo assim, devemos considerar a possibilidade de fazer deste conteúdo estratégias metodológicas intencionais objetivando ensinar alguma coisa para alguém, considerando-o como um momento de criação e construção, mas mantendo sua característica lúdica e valorizando sua espontaneidade, sendo capaz de proporcionar prazer, alegria e facilitar o entendimento dos jogos e brincadeiras como ato simbólico e social.
 A atividade lúdica proporciona um encantamento em crianças, em adolescentes e em adultos. Segundo Chateau (1987), faz parte da natureza humana o ato de brincar e jogar, com a vantagem de favorecer o desenvolvimento da criança e mesmo dos adultos. Estes se realizam plenamente, entregando-se por inteiro ao jogo e ao brincar. Já para a criança quase toda atividade é jogo e brincadeira e é por estes que ela adivinha e antecipa as condutas superiores. Portanto, o jogar e o brincar são atividades inerentes ao ser humano.
O ato de brincar é um elemento importante para a aprendizagem da criança, onde as mesmas vivenciam um período específico da vida, a infância. O brincar possibilita que a criança desperte para o mundo podendo conhecer e entender como a construção e a desconstrução funciona, trabalhando a organizar e remontar tudo a sua volta à sua forma de ver. Neste sentido, observamos a importância do lúdico, por proporcionar um desenvolvimento mais holístico e de um mundo mais real.
Desta forma surge uma realidade por meio de observações e diálogos em grupos de professores, no qual a ludicidade ainda não é tão aplicada nas escolas, principalmente no que diz respeito aos anos iniciais do Ensino Fundamental, mesmo com recomendações que a educação para crianças deve ser realizada através de atividades de aprendizado atreladas a vivências infantis, a partir de brincadeiras, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental, como diz no o marco legal sobre a Educação Infantil (ROCHA, 2018).
 Compreende-se que o brincar promove desenvolvimento integral para a criança, porque essa prática proporciona a ela momentos de prazer e motivação em realizá-la, favorecendo assim o aprimoramento cognitivo, tendo em vista que é pelo o ato de brincar que as crianças se esforçam para resolver obstáculos tanto cognitivos quanto emocionais, e com isso elas começam a dar significados ao meio social em que se encontram inseridos, como também exploram por meio das brincadeiras a sua espontaneidade criativa.
O lúdico possui papel importante na vida humana, e cabe aosprofissionais levarem consigo o espírito do riso para sala de aula. Para possibilitar o lúdico para sala de aula é fundamental acreditar em si mesmo, conseguir se exibir na sala de aula e ter autoconfiança, sem medo ou vaidade. Em nosso cotidiano profissional o lúdico é algo que deve estar presente. Em sala de aula essa ferramenta proporciona muitos pontos positivos. O brincar, fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia (ALMEIDA, 1995, p.11).
Destaca-se a importância do jogo no âmbito da pedagogia, do brinquedo e da brincadeira, o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, e no desenvolvimento infantil, permitindo, por meio do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A proposta do lúdico é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo, e promover uma alfabetização significativa na prática educacional. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido ROCHA, 2018).
Maurício (2008) enfatiza que o jogo deve ser visto e considerado como uma fonte importante na educação escolar, e não apenas como uma ocupação ligeira para chamar a atenção do aluno e dessa forma acalmá-lo, no qual, essa ferramenta estimula o desenvolvimento intelectual, a observação, a capacidade analítica, lógica e criativa.Desse modo, compreende-se que o jogo não deve ser utilizado apenas na diversão e passatempo, deve ser utilizado como um instrumento pedagógico que irá estimular o seu desenvolvimento e aprimorar suas capacidades cognitivas, lógicas, entre outros.
Teoria Piagetiana e a ludicidade
A teoria de Jean Piaget (1896-1980) retrata em seus estudos sobre o desenvolvimento da inteligência do indivíduo, que o uso de jogos e brincadeiras tem um papel de grande importância para o desenvolvimento da inteligência humana, pois a construção do conhecimento está intimamente relacionada com as ações que o individuo desenvolve e o meio em que convive. Ao se estudar o desenvolvimento do intelecto da criança ele separou em diferentes etapas de acordo com complexidade relacionada, dessa forma o pensamento sensório-motor ocorre até os dois anos de idade do indivíduo; o pré operacional de dois a sete anos; o operacional concreto ocorre dos sete aos 11 anos e o operacional formal ocorre a partir dos 12 anos. Piaget foi responsável por revolucionar a pedagogia ao afirmar que a inteligência só é desenvolvida quando motivada quando se faz necessário preencher alguma necessidade especifica. É nessa ideia que se concentra os estudos da ludicidade, onde os jogos e brincadeiras estão relacionadas com a busca da descoberta do conhecimento do indivíduo, proporcionando o a criança investigar, pensar, construir e produzir conceitos que estimulam sua inteligência (RAPPAPORT, 1981).
No que se trata do primeiro estagio da construção da aprendizagem, o sensório-motor ocorre já nos primeiros reflexos de que o bebe demonstra, como ser capaz de perceber formas, conseguir diferenciar o rosto da mãe para o de outros indivíduos, a compreensão do ambiente (TABILE;JACOMETO, 2017). Suas ações básicas caracterizadas pelo ato de olhar, agarrar, morde e chupar objetos estão relacionadas com seus primeiros aprendizados. Durante essa fase que começa a acontecer as primeiras distinções do tempo, espaço e objetos, sendo caracterizadas pelas ações físicas e respostas motoras desenvolvidas, aprendendo e a engatinhar e até mesmo a andar, consegue distinguir os objetos e as pessoas (TABILE; JACOMETO, 2017).
É nesse momento que se atribui a compreensão de objetos, sobretudo como Piaget descreve a capacidade de distinguir a sua existência mesmo não estando a vista da criança, uma que que inicialmente o que existe é apenas aquilo que se ver, ao ser capaz de distinguir a existência de objetos que não estão em sua presença ocorre o desenvolvimento da inteligência de tal modo que inicia-se o processo de atribuição de nomes e palavras as pessoas e objetos a sua volta (TABILE e JACOMETO, 2017; LOPES, 1996; DE MACEDO, 1994).
O segundo estágio conhecido como pré-operário não descarta a atividade sensório-motor, o que ocorre é que a criança passa a refinar esse estágio. É nessa segunda etapa que começa o desenvolvimento do conhecimento simbólico da criança, por essa ração também é conhecido como inteligência simbólica. Agora os indivíduos conseguem de maneira mais fácil utilizar as palavras e imagens apera representar os objetos a sua volta. apesar dos primeiros indícios da linguagem ocorreram no estágio anterior. É nesse estagio que ela se desenvolver, sendo uma das principais característica obtidas durante seu desenvolvimento nessa etapa (MACEDO, 1994; PIAGET, 1975).
O egocentrismo é outra característica presente no pré-operacional, pois a criança tem sua atenção toda direcionada a suas necessidades individuais, isso ocorre pois a mesma não é capaz e de compreender e se colocar no lugar do outro, seu aprendizado passa por um processo de crescimento e melhoria exponencial, e isso também se integra o momento da vida em que não é aceito a ideia de acontecimentos ao acaso, sendo retratada pelos primeiros questionamentos da vida através dos “por quês”, a necessidade de compreensão geral e de detalhes é muito mais presente do que os próximos estágios (TABILE;JACOMETO, 2017).
O estágio operatório concreto é marcado por uma característica muito importante para a construção do conhecimento do indivíduo, a lógica. Nessa etapa é capaz de ter pensamento logico, porem ainda preso ao concreto, um exemplo disso é o desenvolvimento do raciocínio, onde consegue obter informações específicas baseadas em um principio geral de acontecimentos. Aqui começa o surgimento da reversibilidade e o seu domínio, a capacidade de uma ação e o seu inverso assim como a natureza dos princípios da anulação, compreender como uma ação inversa é capaz de anular uma observação anterior. O processo de abstrair dados da realidade estão mais presentes, sendo característicos pela distinção de distancias, quantidades, peso e volume (TABILE;JACOMETO, 2017; CAVICCHIA, 2010). 
Nessa etapa em que criança começa a perder o egocentrismo, passa a compreender como outras pessoas pensam e veem o mundo, percebe que seus pensamentos são apenas seus e as demais pessoas podem não compartilhar das mesmas opiniões e pensamentos, aqui ocorre o equilíbrio cognitivo entre a criança entre a crianças a realidade comumente visto os estagio operatórios, contudo muito mais aberto e variado, capaz de desenvolver a moção de velocidade, ordem e casualidade (CAVICCHIA, 2010; NITZKE; CAMPOS; LIMA, 1997)
O ultimo estagio, conhecido como operatório-formal, se dá pelo início da adolescência, sendo capaz de raciocinar e usar a lógica sem precisar de observações da realidade, seu pensamento está desenvolvido a ponto se der capaz de formular hipóteses e soluções sozinho. Esse é o nível altos de desenvolvimento cognitivo, começa o inicio da compressão do abstrato, rompendo dessa forma a necessidade da observação concreta. Nesse momento compreensão de individuo dentro de uma sociedade começa a ser mais presente de tal forma que se inicia o processo de criação dos conceitos e temas que remetem ao seu perfil inicial de cidadão (TABILE; JACOMETO, 2017; CAVICCHIA, 2010; WADSWORTH, 1996). 
Conhecendo os estágios de desenvolvimento do intelecto da criança, podemos compreender agora como o lúdico estão relacionadas a elas, Piaget (1971) faz observações pertinentes sobre o desenvolvimento da criança ocorrer através do processo do lúdico, onde “ela precisar brincar para crescer”. É através do ato de brincar que a criança trabalha seus aspectos sensores e motores, de tal forma a saciar seus desejos de explorar o ambiente que a acerca. O ato brincar faz com que se estimulem todos os aspectos cognitivos da criança, auxiliando não somente seus aspectos individuais como sociais através da comunicação e expressão.
As crianças, com a ludicidade entramem um mundo mágico. O corpo, meio, a infância e a cultura fazem parte de um só mundo. Esse mundo pode ser pequeno, mas é eminentemente coerente, uma vez que o lúdico caracteriza a própria cultura, a cultura é a educação, e a educação representa a sobrevivência (ANDRADE, 2013, p.17). 
No processo educativo o lúdico é capaz de proporcionar alegria para as crianças, como citado por Andrade (2013), a criança se envolve em mundo só seu, onde a imaginação toma forma, instigar elas a agregaram a busca do conhecimento e o prazer de estudar facilita com que o aluno adquira interesse para os estudos. Ao utilizar metodologias agradáveis aos olhos da criança e que tais atividades sejam atreladas ao seu mundo magico de maneira que trabalhe conceitos e incentive a busca de raciocínio é importante para o seu conhecimento e desenvolvimento cognitivo.
O jogo e o brincar, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, proporciona uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando e brincando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil (PIAGET 1976, p.160). 
Dessa forma para Piaget (1978) o uso de atividades lúdicas é obrigatório para o desenvolvimento intelectual, diferente do que muitos pensam que só se dá para entreter e gastar o excesso de energias que as crianças possuem. Durante o processo de aprendizagem as crianças não possuem um papel apenas passivo relacionado ao ambiente em que se encontram, mas se adaptam a ele, de tal modo que suas respostas estão sujeitas aos diferentes estímulos obtidos durante o processo de aprendizagem (SOUZA; MARQUES; BRAIT, 2008).
O uso de jogos e brincadeiras no processo de ensino e aprendizado das crianças proporciona o desenvolvimento psicossocial pois trabalha no ínvidos a compressão e necessidade da socialização com outros, também é importante para facilitar o aumento intelectual através do uso da imaginação e proporciona habilidades diferentes para que se possa expressar (FRIEDMANN, 2002).
	Portanto, é através dos jogos que podemos desafiar as crianças a enfrentar diferentes problemas individuais e sociais, instigar habilidades especificas para favorecer a compreensão do mundo, incentivar o levantamento de hipóteses e a busca de soluções concretas e abstratas, atentando-se sempre para os diferentes estágios do conhecimento.
Teoria Vygostkyana 
Lev Vygotsky (1896–1934) foi um psicólogo que teve inúmeros trabalhos relacionados ao desenvolvimento humano. No que se trata ao desenvolvimento da criança devemos levar em consideração as necessidades que elas possuem naquele determinado momento, tal qual, é necessário incentivar a mesma para que coloque ações em pratica em prol de sanar suas necessidades e favorecer o seu desenvolvimento. Quando observadas as necessidades específicas é perceptível uma clara diferença para as motivações de um bebê e de uma criança maior, pois essa última não possui os mesmos interesses da anterior, de modo suas necessidades são diferentes e precisam de abordagens distintas (Vygotsky, 1998).
Um dos seus principais estudos está relacionado ao papel do brinquedo no desenvolvimento psíquico da criança, quando se utiliza brinquedos e símbolos os indivíduos são capazes de demonstrar um desenvolvimento mais avançado do que se estivesse trabalhando apenas atividades do cotidiano relacionada a vida real, isso ocorre, pois, a criança está em meio a um mundo imaginário (VYGOTSKY, 1989).
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se à regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo (VYGOTSKY, 1998, p. 130). 
A partir desse momento a criança passa a ter um contato mais íntimo com o brinquedo de tal forma que eleva a sua imaginação proporcionando o ato de experimentação e descoberta, é através da brincadeira que se intensificar o processo de ensino e a a possibilidade do professor de instigar a criança a buscar pelos seus próprios gostos.
Aprendizagem utilizando a ludicidade
A Educação Infantil, se caracteriza como a primeira etapa da educação básica, sendo fundamental para o desenvolvimento das habilidades e competências onde viabilizam que as crianças tenham compreensão de mundo a sua volta. Neste interim, é importante que os profissionais dessa área trabalhem com essa ferramenta, como atividades interacionais visando a aprendizagem de forma integral desses pequenos por meio de jogos e das brincadeiras.
A aprendizagem da criança se relaciona com o meio, está aprendizagem e desenvolvimento agem conjuntamente, isto é, por meio da interação, em um ambiente social, a criança aprende e se desenvolve em conjunto. Partindo dessa concepção, Vygotsky destaca que “o aprendizado humano pressupõe um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que as cercam tendo uma natureza social específica” (VYGOTSKY, 2007, p 100).
Nesse contexto, a ludicidade possibilita de maneira eficaz o pleno desenvolvimento das potencialidades precisando ser melhor trabalhada, no período de 0 a 5 anos de idade nas salas de Educação Infantil, no qual é nessa etapa que as crianças estão mais propensas a desenvolver o pensamento, a socialização, a criatividade, a imaginação, a autoestima, a linguagem, dentre muitas outras habilidades. 
É por meio do brincar que a criança consegue se expressar, construir sua realidade e assimilar seus conhecimentos. De acordo com KISHIMOTO (2003, p.57) “Cada criança em suas brincadeiras comporta-se como um poeta, enquanto cria seu próprio mundo ou, dizendo melhor, enquanto transpõe elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e conveniente para ela.”
Porém, na realidade atual, infelizmente ainda existe na Educação Infantil despreparo de muitos profissionais, tendo também desafios, em consequência da desvalorização por parte dos governantes, pela falta de estudos contínuos ou até mesmo por alguns professores se acomodarem e, como também pela falta de estrutura e matérias no âmbito escolar, consequentemente, acaba sendo deficitário o processo da base educacional das crianças.
Devemos ter em mente que esse processo é dinâmico quando paramos para refletir na formação dos profissionais da educação. Se faz necessário, enquanto profissionais da área, que tenhamos entendimento sobre todo o conjunto desse processo, na qual estão envolvidos os aspectos pedagógicos, técnicos, políticos, éticos, financeiros, administrativos, além das suas dimensões e seus significados.
O papel da escola é complementar a ação da família no desenvolvimento da criança em sua integralidade, potencializando o coletivo, onde a mesma é construída na base de ciclos. Portanto, cabe ao professor de Educação Infantil conhecer as propostas pedagógicas que consiste no sentido de enriquecer seus conhecimentos, podendo então promover um bom trabalho para que as crianças desenvolvam atividades interativas e cognitivas. 
O professor é o protagonista desse processo criança e escola, Soler afirma que o professor deve “[...] ser o mediador entre o aluno e o processo de conhecimento, atuando como orientador, facilitador e aconselhador da aprendizagem, e deve integrar, no desenvolvimento de atividades, os aspectoscognitivos, afetivos, psicomotores e sociais” (SOLER, 2003, p.40).
Aprender sobre algo vivenciando experiências pré-existentes e frequentes no cotidiano das pessoas tende a tornar o tópico mais interessante, encorajando o aprofundamento teórico a partir de novas descobertas oriundas da prática e, sobretudo, tornando o que se aprende melhor absorvido e disponível pela facilidade de lembrança e eventual reutilização. 
A aprendizagem significativa incentiva o aluno a compreender o que se ensina e a buscar formas naturais para o entendimento real dos conteúdos (DUNLOSKY et al, 2013). Com a utilização de cenários reais em aulas práticas, portanto, propõe uma melhor absorção dos conceitos teóricos, um dos objetivos centrais da teoria de aprendizagem significativa. Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil -DCNEI (BRASIL, 2009), o lúdico pauta-se nas brincadeiras e nas interações, apresentando-as como eixo sobre as propostas pedagógicas e a prática docente.
A criança obtém conhecimento e consegue desenvolver as habilidades de interpretar e propor métodos para a resolução de problemas, pois o lúdico auxilia o aluno a analisar, entender e propor soluções que podem resolver um determinado problema proposto pelo professor nos exercícios em sala de aula. O lúdico não deve ser utilizado sem outro método pedagógico, mas seu uso faz com que o aluno tenha uma interpretação melhor da sua realidade (CUNHA; SILVA, 2012).
Devido á maioria dos jogos serem coletivos, o lúdico auxilia ainda na construção dos relacionamentos interpessoais e no desenvolvimento de características importantes na interação com outras pessoas, como o respeito, a cooperação, o auxílio, a participação, desenvolvimento comportamental, entre outros (MUNIZ, 2010).
Nesse sentido, o professor precisa garantir uma aprendizagem pautada em linguagem integralizada, o que implica a necessidade da formação do professor para tornar o processo fluido e prático. Carece então uma grande observação e analise do ambiente em que a criança está inserida, como o seu contexto educacional e cultural. o que implica a necessidade da formação do professor para tornar o processo fluido e prático.
4 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MATERNAL DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL VINICIUS DE MORAIS
4.1 Caracterização da escola
O estudo ocorreu na escola Municipal de Educação Infantil Vinicios de Morais, situada na Vila Ildemar no município de Açailândia no estado Maranhão. Unidade Executora CNPJ: 25.520.551/0001-81, INEP: 21276340. Escola pública, sem fins lucrativos e mantida pelo governo público municipal. A escola foi fundada no dia 05 de janeiro de 2013, iniciando sua atividade ainda em 2012 em prédio alugado.
O nome da instituição foi escolhido pela Secretaria Municipal de Educação, e foi criada com o objetivo de atender um grande de crianças, onde muitas crianças na comunidade se encontrava fora da escola.
A cidade no qual a escola se encontra, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em (2020) o então município conta com uma população estimada de 113.121 pessoas, apresentando densidade demográfica de 17,92 hab/km² conforme o último censo efetuado no ano de 2010 (IBGE 2010).
A educação infantil oferecida por essa escola está organizada em três níveis: Maternal de nível (I) e maternal de nível (II), e distribuída acordo com a faixa etária das crianças atendida entre 3, 4 e 5 anos de idade, distribuídas em 22 turmas de educação infantil.
O espaço físico oferecido às crianças, na medida do possível é organizado no sentido de garantir sua segurança, permitir acessibilidade parcial dos que apresentam desenvolvimento.
A escola proporciona as crianças as rotinas de:
· Acolhimento inicial
· Leitura permanente
· Roda de conversa 
· Hora do Lanche 
· Hora do recreio
· Periodicidade das reuniões dos pais
Atualmente a instituição conta com um quadro de funcionários formado por 32 funcionários, com cargos de: Auxiliar maternal, gestora, cuidadora, assistente de serviços gerais, supervisor, professores, agente de portaria, auxiliar de secretária escolar, secretária da unidade escolar e auxiliar. Com formação de ensino fundamental incompleto, ensino médio, ensino superior e pós-graduação.
A escola funciona em um prédio alugado, mantido pelo Governo Público Municipal, e dispõe de 11 salas de aula que abrigam 22 turmas de educação infantil, atendendo um total de 431 alunos matriculados e frequentes, com turnos matutino e vespertino. A escola oferece alimentação escolar para os alunos, água filtrada, energia da rede pública, fossa, e lixo destinado a queima.
Sua instalação física possui uma cozinha, uma secretaria, um pátio descoberto, uma sala de leitura, quatro banheiros e um deposito, e 11 salas de aula. A escola está inserida em uma comunidade carente, onde as famílias, em sua maioria, enfrentam dificuldades em sua maioria, enfrentam dificuldades na estrutura familiar.
A escola possui conselho de classe, onde é realizado a cada bimestre, com o objetivo de avaliar o trabalho que vem sendo desenvolvido, tendo como base o desempenho dos educandos para posteriores ajustes e tomadas de decisões das práticas pedagógicas e administrativas da escola.
Sendo assim, a metodologia utilizada nesta pesquisa é de campo com abordagem qualitativa. Além da revisão bibliográfica, o instrumento de coleta de dados foi o questionário, no sentido de abonar também a qualidade da pesquisa ao analisar os dados com cuidado e respeitar, da melhor forma possível, a manifestação por escrito das pessoas. 
[...] muitas vezes, as fontes secundárias apresentam dados coletados e processados de forma equivocada. Assim, um trabalho fundamentado nessas fontes tenderá a reproduzir ou mesmo ampliar os erros. Para reduzir essa possibilidade, convém os pesquisadores assegurarem das condições em que os dados foram obtidos, analisar em profundidade cada informação para descobrir possíveis incoerências ou contradições e utilizar fontes diversas, cotejando-as cuidadosamente (GIL, 2002, p.45)
Para que um instrumento se torne válido e fidedigno de investigação é necessário seguir um método científico, sistematizado e planejado. Os bons investigadores são os que têm consciência de seus fundamentos teóricos, “[...] servindo-se deles para colher e analisar dados” (BOGDAN; BIKLEN, 1994. p.52). Os autores afirmam também que a investigação tem implicação de verificação rigorosa e sistemática, em registros detalhados daquilo que descobrem.
Ludke e André (1986, p. 45) afirmam que, para essa modalidade “[...] analisar dados qualitativos significa ‘trabalhar’ todo o material obtido durante a pesquisa”. Assim, os autores destacam que, ao analisar os dados coletados é necessário trabalhar as informações no decorrer da pesquisa, para isto, faz-se importante uma organização em partes. Eles ainda esclarecem que o processo de coleta se assemelha a um funil, inicialmente mais aberto e gradativamente delimitando a problemática.
Outra característica que considera-se importante em uma pesquisa qualitativa é a compreensão dos significados, que devem estar atrelados à interpretação de dados. Isto é, compreender a explicação da interação que gera o “[...] significado que as pessoas atribuem as suas experiências, bem como o processo de interpretação, são elementos essenciais e constitutivos não acidentais ou secundários aquilo que é a experiência” (BOGDAN; BIKLEN, 1994. p.55).
4.2 Percepção dos professores da Escola Municipal Vinicios de Morais sobre o lúdico em sala de aula
Visando realizar uma análise da percepção dos professores da Escola Municipal Vinicios de Morais acerca do conhecimento e aplicação do lúdico em sala de aula, foram realizados questionários, destinados exclusivamente aos professores atuantes (ver APÊNDICE A).
A pesquisa contou com 5 professoras, todas do sexo feminino, a predominância das mulheres na educação infantil já é um fato comum, até mesmo hoje ainda sendo considerada como uma supremacia feminina no magistério (FERREIRA,1998; DE ALMEIDA, 1996), a idade das professoras variou entre os 58 anos (40 %) e os 26 anos (20 %), demonstrando um equilíbrio de idade entre o perfil das docentes entrevistadas e atuantes na escola campo (Figura 1).
Figura 1. Pergunta do questionário em relação a idade das docentes.
Fonte: Elaborado pelo autor.
A idade das professoras pode estar diretamente ligada com a forma de ensinar e da didática aplicada em sala de aula, é perceptível a resistência de professores mais velhos diante das novas tecnologias, o uso de TICs na formação dos professores só veio ser exigida com avanço da tecnologia, e por sua vez apenas os novos professores foram de fato preparados para aplica-las em sala de aula (MACHADO; LIMA, 2017; ARAÚJO;SANT’ANA, 2011). Outra relação que se observou em relação a idade foi o grau de titularidade das professoras, aquelas que possuem idade acima de 40 anos afirmaram possuir uma pós graduação, enquanto as demais possuem somente a licenciatura.
As professoras também responderam sobre seu conhecimento em relação ao lúdico na sala de aula, nenhuma das entrevistadas respondeu “regular”, isso é favorável pois todas apresentam ao menos um conhecimento mínimo acerca do assunto, 40% das respostas foram “muito bom” e 40% responderam “bom”, somente 20% respondeu “ótimo” (figura 2). O conhecimento sobre o lúdico pode ajuda a entender como se aplica os jogos nos diferentes perfis das crianças, especialmente nos meninos e se eles podem diferenciar alguns jogos da agressão em determinadas atividades que exigem embate físico (LEVANDOSKI;CARDOSO, 2010).
Figura 2. Respostas em relação ao conhecimento das docentes sobre o lúdico em sala de aula
Fonte: Elaborado pelo autor.
Ao solicitar que descrevessem com suas palavras seu entendimento por ludicidade, apenas duas apresentam respostas aproximadas do conceito esperado, a professora “T” respondeu: “ O lúdico é uma metodologia pedagógica que ensina brincadeiras”, de fato seu apontamento está correto, como vimos nas seções anteriores o ensino pode ser realizado com o uso de brincadeiras e jogos, a professora “E” descreveu a ludicidade como “aprendizagem através de jogos e brincadeiras com atividades que envolva a criança na sua imaginação e fantasias”, da mesma forma como pé interpretado por muitos e visto durante o estudo da Teoria Piagetiana. As demais professoras frisaram o processo de aprendizagem infantil, entretanto sem nenhuma menção clara ao uso de jogos e brincadeiras durante o processo de ensinar, de tal modo que apesar de suas colocações estarem corretas, não pode concluir no contexto amplo da palavra que se trata de ludicidade.
Quando se questionou “o brincar ajuda no desenvolvimento da criança?” as respostas foram unânimes com “sim”, uma das resposta que chama a tenção foi uma das professoras complementou “ que a criança aprende muito com a brincadeira, por ser uma forma prazerosa, ajudando nos processos naturais e o desenvolvimento da linguagem”, é importante ressaltar como alguma brincadeiras estão diretamente ligadas com o desenvolvimento da linguagem através do conhecimento simbólico dos objetos, muito presente no estágio pré-operário onde as crianças começam a relacionar as palavras com as imagens que estão vendo (MACEDO, 1994).
Diante essa perspectiva, Piaget (1998) destaca que a atividade lúdica é imprescindível das atividades que desenvolvem o intelectual das crianças, uma prática educativa que promoverá pontos positivos quanto a relação e ambiente que as crianças se encontram. Friedmann (1992) destaca a colocação de Piaget quanto ao desenvolvimento de maneira integral, seja nos aspectos cognitivos, afetivos, físico-motores, morais linguistos e sociais. 
Nessa mesma linha de pensamento, afirma-se em Brock (2011), que muitos professores concordam e destacam a importância de brincar para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. 
Para Brock (2011) a maioria dos profissionais da educação infantil ao redor do mundo concorda que brincar é importante para o desenvolvimento, para a aprendizagem e para o bem-estar físico e psicológico da criança.Entretanto, apresenta-se em sua pesquisa que as crianças não fazem a distinção entre brincar, trabalhar, e, no faz de conta, os professores devem aproveitar esse momento para promover ambientes lúdicos para as brincadeiras espontâneas permitir que desenvolvem e possibilita o seu bem-estar no ambiente. 
Alguns consideram que o brincar é uma questão ligada ao desenvolvimento, e não à educação; outros que brincar é somente para crianças pequenas; ou que o brinquedo não deve ser contaminado pela nterferência dos adultos, sendo livremente escolhido pelas próprias crianças; ou que divertir-se é o elemento-chave para definir o que é brincar (BROCK, 2011, p. 5)
	Sendo assim, entende-se que para que o desenvolvimento ocorra, é preciso promover um ambiente, estruturada e organizada em busca de concretizar esse desenvolvimento. No entanto, a escola deve oferecer materiais lúdicos que contribuirão para o desenvolvimento e aprendizagem. 
Está presente no questionário a respeito dos materiais, dentre as respostas “se a escola oferece materiais lúdicos que auxiliam no ensino das crianças”, é informado que a escola mesmo sendo precária ela ainda prove alguns jogos, principalmente voltados ao ensino infantil, dentre os jogos foram citados: alfabeto móvel, jogos da memória, damas, pinturas no chão da escola e palavras cruzadas. 
Diante disso, apresenta-se nos estudos a importância das brincadeiras que são oferecidas, bem como o espaço, materiais que promove. Assim, destaca-se Vygostky (1989), a qual enfatiza que no processo da educação, o papel do professor é imprscindivel ebm como o espaço que a escola possui, assim disponibilizará materiais, brinquedo, brincadeiras, e o professor por sua vez irá mediar para que a construção do conhecimento ocorra.
É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos. (VYGOTSKY 1989, p. 109)
No entanto, os profissionais encontra-se dificuldades e desafios em sua atuação na educação infantil. Foi questionados e argumentados sobre as dificuldades enfrentadas na escola e na sala de aula sobre o uso das atividades lúdicas, a principal reclamação foi acerca da falta de estruturas adequadas para a realização das atividades e o tamanho reduzido das salas. Somente uma professora lembrou e levou em conta a atual situação que a pandemia ocasionou, uma delas citou que “estamos trabalhando com o número reduzido de alunos na sala de aula”, seguindo essa premissa, a problemática sobre o tamanho da sala e espaço escolar foi sanado, entretanto a gestão da escola e os professores devem se lembrar que essa situação é apenas momentânea e devem iniciar a tomada de decisões para sanar os problemas quando tudo se normalizar.
Sabe-se que a dificuldade em que os professores estão enfrentanto atualmente é a situação pandêmica, em que os alunos não podem interagir e explorar os espaços oferecidos na escola para não ploriferar o vírus. Assim, os professores tiveram que adaptar suas aulas com atividades remotas e auxilio dos pais para que atendam as necessidades das crianças.
Com uma realidade nova, fora das paredes da sala de aula e com a distância física entre educandos e educadores, o desafio de mediar as atividades que são fundamentais fica mais difícil. Os alunos estão em suas casas, seus ciclos familiares, com uma rotina totalmente diferente da escola e com um ambiente que muitas vezes pode não oferecer as demandas da educação infantil (ARAUJO, 2020)
	Assim, é preciso oferecer atividades que os alunos consigam realizar dessa forma , pois, com o auxilio dos pais e responsáveis, os professores esperam que realizam de maneira efetiva, já que a ludicidade é imprenscidiel para a aprendizagem da criança. Pois, mesmo com essa distância, constata-se queé possível adaptar nas situações que surgem no dia-a-dia da criança para uma desenvolvimento integral sendo ele ativo do seu próprio conhecimento.
Para finalizar o questionário foi feita a pergunta “Você se acha preparada diante da sua formação para trabalhar com o lúdico na sala de aula?”, como esperado as professoras responderam que se sentiam sim preparadas para trabalhar jogos e brincadeiras na sala de aula como uma forma de abordagem metodológica para ajudar no processo de ensino-aprendizado, ainda foi ressaltado por uma delas que “os desafios são nossas fontes de aprendizagem como educadores”, dessa forma frisando que mesmo com dificuldades os educadores são capazes de ensinar através do lúdico, todavia, uma das professoras ainda respondeu que no momento não se sente totalmente preparada, seja pelas limitações do espaço até mesmo pela situação atual que as escolas vem apresentando durante a pandemia.
Nesse sentido, constata-se que muitos professores da rede da educação infantil estão sem preparação e formação adequada para atender a demanda. Além desse problema, também possui problemas externos como baixa auto estima, baixa renumeração e trabalho em situações precária. É urgente a necessidade de políticas publicas que defende a profissão e valorize o professor para um exercício profissional adequado. Contudo, há discussões que são necessário para uma formação ampliada em tos os níveis de ensino. 
Desse modo, de acordo com a LDBEN, em seu Art. 62:
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores em educação, admitida como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal”. (BRASIL, 1996).
Além disso, é preciso destacar a necessidade de formação continuada, apoio e incentivo aos professores inovarem sua prática profissional. Pois, a formação do professor é um processo contínuo, a qual defende Matos (2013), em defesa de uma capacitação para os professores obter “subsídios para conduzir suas aulas, considerando as singularidades das crianças de diferentes idades, assim como a diversidade de hábitos, costumes e valores”. Contudo, compreende-se que assim, o profissional irá proporcionar um amabiente acolhedor, em foco no aulo e em sua aprendizagem.
5 CONCLUSÃO
Por meio da literatura especifica e de grandes teóricos educacionais se sabe a importância de trabalhar o lúdico na educação infantil e como a utilização dessas metodologias de ensino e aprendizagem contribuem com a formação do conhecimento das crianças por meio de jogos e brincadeiras, sobretudo pelo fato de proporcionar um aprendizado pautado na criatividade de modo que permite a autoaprendizagem.
Sendo assim constata-se que o ato de brincar é imprescindível para aprendizagem das crianças, principalmente quando relaciona com a realidade que ela está vivendo, com sua cultura, singularidade, gostos e costumes. Assim mobilizará a ela o conhecimento de mundo, entender a construção e descontrução, organizando e compreendendo o que está em sua volta. Contudo, é de suma importância o professor promover uma aprendizagem lúdica voltada para sua realidade.
O lúdico é uma ferramenta importante para despertar nos alunos a curiosidade e em muitos casos a vontade de estudar, pois uma vez que utilize brinquedos e jogos para instigar a busca pela a educação, o professor é capaz de ensinar e fazer com que elas aprendam de maneira mais prazerosa, sem ficar preso no ensino tradicionalista onde o professor é apenas um transmissor de conteúdos e os alunos receptores.No que diz a respeito aos jogos, é um diferencial para a ludicidade no ambiente escolar, as crianças irão aprender brincando, onde o jogo e a ludicidade estão atreladas sendo imprescindível fazer parte na prática pedagógico do professor, proporcionando um momento de prazer e de aprendizagem para as crianças. 
No que diz respeito ao uso do lúdico na Escola Municipal Vinicios de Morais por parte das professoras entrevistas, aspectos como o espaço escolar ainda é um limitante para os desenvolvimentos de algumas atividades lúdicas, entretanto isso não afeta as aulas que continuam com diferentes jogos, o conhecimento das professoras da importância da ludicidade também é um forte aliado para manter o comprometimento com o ato de ensinar através do brincar.
A implementação da formação continuada para aquelas que ainda não se sentem preparadas para usar o lúdico em sala de aula deve ser mais recorrente, não é um cenário individual da Escola Municipal Vinicios de Morais, muitas outras possuem professores que não se sentem aptos para usar essas metodologias, sejam por não terem estudando durante sua graduação ou mesmo por fatores adversos como a falta de recursos.
	O ensino através de jogos e brincadeiras ganha cada vez mais espaço nas escolas brasileiras, pois se trata de uma metodologia confirmada em campo, seu emprego nas nossas salas de aula deve ter um maior incentivo para que o desenvolvimento cognitivo e de aprendizado de nossas crianças sejam mais elevados.
	Desse modo, é preciso destacar a importância dos professores aprimorarem em sua formação, buscar inovar sempre as práticas pedagógicas para atender a demanda. No entanto, é preciso se encontrar em constante pesquisa e aprimoramento das práticas pedagógica que corresponda as necessidades das crianças, conforme sua cultura e indivudalidades. 
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WADSWORTH, B. Inteligência e Afetividade da Criança. 4. Ed. São Paulo: Enio Matheus Guazzelli, 1996
APÊNDICES
APÊNDICE A – ENTREVISTA
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES
1- CARACTERIZAÇÃO DOS DADOS DEMOGRÁFICOS DO ENTREVISTADO:
Sexo ( ) 1- Feminino ( ) 2- Masculino 
Idade ___________________________ 
E-mail __________________________
Última titularidade _________________ 
Anos de Profissão: ________________ 
Tempo de trabalho na escola: ________
Local de trabalho__________________
Grau de Escolaridade ________________________
2- Há quanto tempo trabalha com crianças?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3- Como você avalia seu conhecimento sobre lúdico na sala de aula?
( ) 1- Bom
( ) 2- Muito bom
( ) 3- Ótimo
( ) 4- Regular
4- Descreve seu entendimento por ludicidade?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5- Em sua opinião o brincar ajuda no desenvolvimento da criança? Justifique sua resposta.
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6- A escola oferece materiais lúdicos que auxiliam no ensino e aprendizagem das crianças? Se sim, quais? Você considera que estes materiais são adequados?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7- Como é feita a inserção (orientação e preparação dos alunos) das atividades lúdicas utilizadas com as turmas? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8- Quais as dificuldades enfrentadas, dentro da sala de aula e/ou na escola, para trabalhar com a ludicidade?
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9- Considerando as atividades lúdicas, integradas as demais atividades realizadas, como você avalia seu aluno e a turma?
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10- Você se acha preparada diante da sua formação para trabalhar com o lúdico na sala de aula? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
idade das professoras
58 anos	40 anos	30 anos	26 anos	2	1	1	1	
cONHECIMENTO SOBRE O LÚDICO EM SALA DE AULA
BOM	MUITO BOM	ÓTIMO	REGU	LAR	2	2	1	0

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