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Aula Módulo II.3

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Unidade 2
Nutrição Materno-infantil
Nutrição na Gestação
Curso de Nutrição – 5° Período
Prof. Me. Lucas Costa Guimarães
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Náuseas ou enjôos
Complicações da gravidez
Etiologia: hormonal, psicológica, nutricional;
Recomendações:
Biscoito água e sal ou torradas antes de se levantar;
Refeições menores e sólidas;
Evitar: molhos, frituras, alimentos gordurosos ou muito temperados, café;
Deitar-se, sentar-se e mover-se lentamente;
Respirar ar puro;
Evitar o uso de medicamentos sem receita médica.
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Etiologia: hormonal, mecânica, nutricional, inatividade.
Recomendações:
Consumir alimentos ricos em fibras alimentares;
Refeições pequenas;
Evitar café e chás;
Prática de atividade física regular;
Não fazer uso de laxantes.
- Recomendação: deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância.
Constipacão
Ptialismo
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Etiologia: hormonal e mecânica
Recomendações:
Refeições menores;
Evitar: refeições pesadas a noite, refeições gordurosas, café, tempero, chocolate, ingestão de líquidos durante as refeições.
Manter a cabeceira da cama mais elevada;
Usar roupas confortáveis;
Evitar o fumo.
Azia
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Segundo a FAO/OMS: condição na qual o conteúdo de Hb no sangue é menor que o normal, como resultado da deficiência de um ou mais nutrientes.
A frequência na gestação esta associada a: aumento do volume sanguíneo e síntese de tecidos fetais.
Os fatores nutricionais mais importantes são as deficiências de Fe, Vit. B12 e ácido fólico.
Anemia Ferropriva
Anemia Megaloblástica
Anemia
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Fatores desencadeantes: gestações repetidas, carência alimentar, má absorção intestinal e parasitoses;
Diagnóstico:
 
Anamnese: 
História de anemia
Curto espaço entre as gestações
Menorragia (fluxo menstrual intenso)
Consumo deficiente de ferro
Gestação múltipla
2) Clínico:
Palidez, cansaço, desânimo, dispnéia, picamalacia.
Anemia Ferropriva
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3) Bioquímico:
Hemograma
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Concentração de Hb e hematócrito na gestação
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Componentes dos requerimentos de ferro na gestação
Ferro preservado devido à amenorréia = 240-280mg
Requerimento total de ferro na gestação = 700-1400mg
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Riscos maternos
Fadiga, letargia (sonolência), parestesia (frio, queimação...), cefaléia (dor de cabeça) e picamalacia;
Menor tolerância a perda sanguínea no parto – hemorragia – morte;
Riscos fetais:
RCIU
Prematuridade
Óbito fetal
Anemia ferropriva no 1º ano de vida.
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Tratamento
- O Ministério da Saúde recomenda suplementação com doses a partir de 60mg de Fe elementar/dia, por via oral 30 a 60 min antes da refeição e até 30 dias após o parto.
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Obs.:
A absorção de ferro é reduzida em até 60% pelos alimentos;
No caso de desconforto gastrointestinal ingerir com outros alimentos (suco de frutas);
Não tomar o medicamento com leite;
No caso de obstipação intestinal, aumentar o consumo de fibras;
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Aumentar o consumo de ferro dietético: proteína, carne e vitamina C;
Evitar café, antiácidos e bicarbonatos;
Monitorar o nível de Hb.
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Deficiência de ácido fólico ou vitamina B12.
Fatores desencadeantes:
 - Deficiência de vit.B12: má absorção, carência alimentar, gestação múltipla;
 
	-Deficiência de ácido fólico: gestação múltipla, uso de anticoncepcionais, uso de anticonvulsivos, alcoolismo;
Anemia Megaloblástica
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Consequências:
Menor taxa de síntese de DNA nas células – malformação (defeitos no tubo neural) 
Baixo peso ao nascer
Prematuridade
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Diagnóstico:
Anamnese:
- Ocorrência de defeitos no tubo neural em gestações anteriores;
Intervalo entre as gestações < 2 anos;
Gestação múltipla;
Uso prolongado de anticoncepcionais
anticonvulsivantes;
Alcoolismo 
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2) Clínico:
Língua lisa ou ferida, hemorragia (pele/mucosa)
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3) Bioquímico
Dosagem sérica de ácido fólico: < 3ng/mL (> 6ng - aceitável)
Profilaxia
Aumentar o consumo de fontes dietéticas de folato;
Suplementação com folato (200-400 μg/dia).
Tratamento
 Suplementação com ácido fólico (800 μg/dia).
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Diabetes pré-gestacional
Diabetes gestacional (DMG): estado de intolerância à glicose, início na gravidez, podendo persistir após o parto;
Fatores de risco para o DMG
Idade: > 25 anos
Excesso de peso/obesidade
Diabetes mellitus associado à gravidez
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Diabetes em gestações anteriores
Antecedentes familiares 
Múltiplas gestações
Glicosúria no exame de rotina
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Tendência diabetogênica na gravidez
Ocorrências na gestação normal que levam ao aumento da glicemia e da necessidade de insulina
Degradação placentária da insulina (insulinase);
Elevação dos níveis séricos de glicocorticóides (estimula a neoglicogênese);
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3) Elevação dos níveis séricos de estrogênio e progesterona (reduz a eficácia da insulina nos tecidos);
4) Produção crescente do hormônio lactogênico placentário (atividade lipolítica, estimula a glicogenólise e induz resistência insulínica).
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Consequências do efeito diabetogênico
Gestantes normais: aumento da glicemia, acompanhado do aumento da insulina; 
Gestantes com fatores de risco: diabetes gestacional
Gestantes diabéticas: agravamento do quadro.
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Evolução do diabetes na gravidez
1a metade da gestação: 
consumo elevado de glicose pelo feto 
reduz o nível de glicose circulante
reduz necessidade de insulina;
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2a metade da gestação: 
fatores hiperglicemiantes e anti-insulínicos
 aumento da glicemia e necessidade de insulina;
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Após o nascimento: 
redução dos níveis hormonais com a eliminação da placenta 
 redução no requerimento de insulina.
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Influência do diabetes:
Alterações maternas:
Abortamento e parto prematuro;
Doença hipertensiva específica da gravidez
2) Alterações fetais:
Macrossomia (hiperglicemia materna  hiperglicemia fetal  hiperinsulinemia fetal  fator de crescimento);
Alterações antropométricas: > tendência a obesidade futura;
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Diagnóstico:
Diabetes pré-gestacional: já estabelecido antes da gravidez
DMG: rastreamento clínico e laboratorial.
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Assistência à gestante diabética
Objetivo: garantir boa evolução da gravidez e o controle do diabetes, minimizando a possibilidade de riscos;
Princípios básicos:
Avaliações frequentes;
Gestante pré-diabética: controle rigoroso entre a 8a e 16a semanas de gestação;
Orientação em equipe;
Tratamento individualizado.
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Plano Alimentar
Objetivo: fornecer calorias e nutrientes para a gestante e normalizar os níveis de glicemia;
Características: dieta individualizada e calorias segundo a ADA (American Diabetis Association) – cálculo pelo IMC pré-gestacional PA/PI.
 
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PPG 90 a 120% - 30kcal/Kg de peso gravídico
PPG 121 a 150% - 24kcal/Kg de peso gravídico
PPG > de 151% - 12kcal/Kg de peso gravídico
PPG < 90% - 36 a 40kcal/Kg de peso gravídico
Distribuição calórica: 50 a 60% de carboidratos
 15 a 20% de proteínas
 25 a 30% de lipídios
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Distribuição regular das refeições: 5 a 6;
Uso de insulina: programar para que as maiores refeições coincidam com seu pico de ação;
Uso de hipoglicemiantes orais é contra-indicado;
Adoçantes: stevia, acessulfame-K e sucralose  mais indicados
 
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 -aspartame: não é recomendado para gestantes portadoras de fenilcetonúria => fenilalanina - aa
 
- fenilalanina hidroxilase=> fenilalanina=> afeta o desenvolvimento neurológico
 
- ciclamato: câncer em animais
- sacarina: potencial carcinogênico?
Fibras: 20 a 35g/dia > Betaglucana - Aveia
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Gestante 17 anos
PPG :79PG: 82 IMC: 22,75
A: 1,65 
Gestante 26 anos
PPG :77 PG: 79
A: 1,70 
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Fatores predisponentes
Extrínsecos
Intrínsecos ou obstétricos
Riscos associados
Fetais: descolamento da placenta, aborto espontâneo, retardo no crescimento, prematuridade;
Maternos: hemorragia cerebral, falha renal, hepática e cardíaca, sangramento generalizado e morte.
Síndromes Hipertensivas da Gravidez
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Pré-eclâmpsia
Hipertensão: PA≥ 140/90mmHg 
Proteinúria: presença de albumina na urina > 300mg/24h
Edema
Doença Hipertensiva Específica da gestação (pré-eclâmpsia e eclâmpsia)
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Formas de manifestação de DHEG
Forma leve: 
Hipertensão: ≥ 140/90mmHg e ≤ 160/110mmHg
Edema: sem anasarca ou aumento súbito de peso;
Proteinúria: até 1g/24h
Forma moderada:
Hipertensão: entre ≥ 160/110mmHg e 180/110mmHg;
Edema acentuado;
Proteinúria: de 1 a 5g/24h.
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Forma grave:
Hipertensão: acima de 180/110mmHg
Edema: anasarca;
Proteinúria: acima de 5g/24h.
Eclâmpsia:
Iminência: cafaléia, agitação psicomotora, distúrbios visuais, edema pulmonar, anorexia, náuseas e vômitos;
Sinais graves: ICC, hepatomegalia dolorosa, icterícia, cianose, diurese (<500mL/24h)
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Definição
Invasão trofoblástica deficiente levaria a uma lesão endotelial com espasticidade difusa, associada a hipercoagulabilidade, inflamação, hiperlipidemia e resistência insulínica.
Roberts JM.
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Tratamento: 
Objetivo: profilaxia da eclampsia, garantir sobrevida fetal, assegurar o futuro obstétrico da gestante.
Principios gerais:
Repouso físico e psíquico
Dieta
Objetivos: correção da proteinúria e controle do ganho de peso;
Características: Carboidratos e lipídios normais, aumento de proteínas, aumento de vitaminas e minerais.;
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Sódio: 
PE leve: dieta normossódica (até 6g/dia)
PE grave: dieta hipossódica (2 a 3g/dia)
Eclâmpsia: dependendo do grau de consciência, sonda nasogástrica ou naso jejunal, para administração de dieta líquida hipossódica.
Medicamentos
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Profilaxia:
Medidas preventivas no pré-natal
Diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia;
Avaliações periódicas da PA;
Pesquisa de edema;
Exame de sangue e urina;
Controle do ganho de peso.

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