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Elementos de Conexão em Direito Internacional Privado

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14/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/2
1) Elementos de conexão – noção e delimitações iniciais:
Como visto em aulas anteriores, o Direito Internacional privado apresenta dois objetivos: primeiro, a fixação da jurisdição (para
definir, diante de um caso litigioso que lhe seja apresentado, se o Estado reservou-se a possibilidade, exclusiva ou concorrentemente, da
atuação da jurisdição local); segundo, fixada a jurisdição local, busca a solução de conflitos de leis no espaço (delimitando qual a lei
material e de qual Estado deverá ser aplicada na solução do conflito que lhe faz apresentado).
De certo, na maior parte dos casos concretos apreciados pelo judiciário os elementos da relação, em sua totalidade, tocam a questão única
e exclusivamente ao ordenamento jurídico local, daí não suscitar dúvida quanto à norma a ser aplicada à situação litigiosa –
invariavelmente aplicando-se a lex fori, qual seja, a lei do foro perante o qual submetida a demanda. 
Toda relação conflituosa submetida ao Estado, para que por ele seja solucionada através da atuação de sua jurisdição, quando deixa
suscitar a possibilidade de aplicação de normas materiais originárias de mais de um Estado, por conexão que o caso concreto (por
elementos que o integram) apresenta a normas próprias de mais de um sistema jurídico pertencente a mais de um Estado soberano, exige
a delimitação da norma material a ser utilizada na solução do litígio.
Tal conexão a normas originárias de sistemas jurídicos distintos acontece por conta de elementos integrantes da relação tocarem normas
originárias de mais de um Estado, submetendo a questão, assim, num primeiro momento, a estas variadas normas de variados sistemas.
Em razão desta conexão levar à possibilidade de aplicação de normas diversas originários de Estados distintos, atribui-se a tais
elementos, extraídos do caso concreto, a denominação de elementos de conexão de internacionalidade.
Portanto, são os elementos de conexão de internacionalidade, contidos na relação conflituosa, os responsáveis pela ligação
(tecnicamente denominada por conexão) da relação intersubjetiva com sistemas jurídicos distintos.
Não sendo possível solucionar-se a pendenga por meio da aplicação concomitante de mais de um regramento, é certo que ao Estado
cabível se apresenta a necessária opção acerca da norma material (e de qual Estado) deverá aplicar.
Tal escolha, por sua vez, ocorre por meio da eleição, por parte do ente estatal, de um dos elementos integrantes da relação (passíveis de
constatação), em razão de critérios por ele estabelecidos, devidamente determinados por conta da natureza da questão conflituosa.
2) Os elementos de conexão:
A doutrina identifica certos elementos de conexão de internacionalidade como sendo elementos comumente utilizados pelos variados
Estados soberanos, embora nem todos sejam consagrados pelo sistema normativo brasileiro.
São eles: a) o domicílio; b) a residência; c) a nacionalidade; d) lei da situação da coisa (“lex rei sitae”);
e) lei do local do cometimento do delito (“lex loci delicti commissi”); f) a lei do local da execução do contrato;
g) lei do foro (“lex fori”); h) autonomia da vontade.
Fontes bibliográficas
 Abaixo indicamos as referências bibliográficas que poderão ser consultadas com o intuito de aprofundamento dos estudos.
1) Direito internacional privado – teoria e prática – Beat Walter Rechsteiner;
2) Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - Interpretada – Maria Helena Diniz.
 
 
Questão resolvida
14/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/2
Considerando as assertivas abaixo:
I – elementos de conexão de internacionalidade conectam a relação intersubjetiva com sistemas jurídicos distintos;
PORQUE
II – se os elementos de conexão de internacionalidade não conectassem a relação intersubjetiva a sistemas jurídicos distintos não seria
possível aplicar-se Tratados Internacionais a questões controvertidas que viessem a ocorrer no ambiente interno do Estado.
É correto afirmar que:
a) as duas afirmações estão erradas.
b) as duas afirmações estão corretas e a segunda é fundamento da primeira.
c) as duas afirmações estão corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
d) somente a primeira afirmação é correta.
e) somente a segunda afirmação é correta.
Resposta: assertiva “d”

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