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Sociologia e Direito

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
CURSO: DIREITO-NOITE
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA GERAL E JURIDICA
PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO LIRA BEZERRA
TURMA: 1º BLOCO
Sociologia e Direito: Aspectos gerais da distinção
Maiane Moura Alves
Raí Meneses
Teresina/Piauí
2014
A sociologia para Leopold Von Wiese é o “estudo das relações sociais”, para Florestan Fernandes é “a ciência que tem por objetivo estudar a interação social dos seres vivos nos diferentes níveis de organização da vida” e para o Celso Antônio Pinheiro é a “ciência que estuda as estruturas sociais, o comportamento social e as variações das sociedades, suas formas e seus fatores”. Percebemos que apesar de cada autor ter sua definição própria sobre o que é a sociologia, todos giram em torno de um conceito em comum: sociologia é o estudo da sociedade, do povo, da nação, do grupo social em si. Ou seja, a sociologia deve atentar-se para os fenômenos sociais para suas causas e efeitos, tudo que gira em torno da sociedade. 
Desde os primórdios o homem sempre foi dependente do convívio social, ele foi programado para conviver e se completar com outro ser de sua espécie. Individualmente cada um de nós temos interesses, ideais de vida e sempre buscamos formas de realiza-los, sendo assim o homem tem que se submeter as leis da natureza para construir seu mundo cultural. O condicionamento imposto por este mundo natural, gera inúmeras necessidades, que serão atendidas pelos processos de adaptação, e é nesse contexto de adaptação que surge o direito, a sociedade gera um conflito ou um problema que precisa ser resolvido, então surge o direito, um instrumento, um invento social com função pacificadora, previne os conflitos, disciplina o comportamento do indivíduo em sociedade. Conclui-se que o direito deve acompanhar a evolução da sociedade e sanar eventuais conflitos, garantindo assim uma melhor organização social, assim conceitua-se a sociologia jurídica. Nesse sentido explica Antônio Luiz Machado Neto:
“Norma social que é, o direito não surge à toa na sociedade, mas para satisfazer as imprescindíveis urgências da vida. Ele é fruto das necessidades sociais e existe para satisfazê-las, evitando, assim a desorganização.” 
Sociologia do Direito é uma adequação, enquanto o fenômeno jurídico é um fato social que implica conhecimento. A Sociologia do Direito tem como objeto o direito como fenômeno social grupal ou não. A composição especifica é que diferencia a conduta social de qualquer conduta social tida como jurídica. 
Os indivíduos estão inseridos em vários grupos sociais e necessariamente passam a se relacionar de múltiplas formas, na busca de seus objetivos. A forma mais simples de interação é aquela entre dois indivíduos, onde o conhecimento que se tem de cada um leva a três tipos diferentes de interação: Cooperação (direta e positiva): Onde as pessoas unem seus esforços por um mesmo objetivo e cooperam entre si. Competição (indireta e positiva): As partes procuram obter o que almejam, visando a exclusão do outro e Conflito (direta e negativa): Onde há a luta moral ou física, e buscam a mediação da justiça. E é nas relações potencialmente conflituosas que o direito entrará com normas para disciplinar as formas de interação. A sua finalidade é de favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, percebe-se aí que o direito é uma grande coluna que sustenta a sociedade, possibilita o equilíbrio entre as pessoas. O direito existe na sociedade e tem sua causa material nas relações de vida, nos acontecimentos mais importantes para a vida social, nos fatos sociais que refletem os costumes, tradição, sentimentos e cultura de um povo. Assim o fenômeno jurídico não deve ser alheio aos fatos sociais, pois deve corrigi-los se causarem algum problema. Porém esses fatos não são matrizes do direito, exercem influência, mais não um condicionamento absoluto. Falhando a sociedade, ao estabelecer fatos sociais contrários ao convívio social do homem, o direito não deve acompanha-la no erro.
Nesse contexto da aplicabilidade do direito, devemos nos atentar a sua efetividade como norma jurídica no tema da sociologia do direito. Quando a norma jurídica se apresenta efetiva os dispositivos normativos são assimilados concretamente pelos sujeitos do direito. Porém não terá efetividade a norma que estiver em desacordo com a realidade social. Por isso cabe ao Sociólogo do direito pesquisar as reais condições econômicas, políticas e sociais que causam o cumprimento ou o não cumprimento das normas jurídicas. O jurista sociólogo examina as relações entre o direito e a sociedade em três momentos: a produção, a aplicação e a decadência da norma. Seu objeto de análise é o modo de atuação do direito na sociedade. Ele analisa o relacionamento do direito com o meio social, para conhecer as funções do direito dentro da sociedade. O pesquisador procura olhar o direito, abandonando a ótica do jurista, e colocando-se numa outra perspectiva, que pode ser a política, a econômica, a social, dependendo do tipo de análise que ele está fazendo.
Pioneiros da sociologia do direito: O berço do pensamento social se encontra na Grécia, deixando grande influência no mundo ocidental com seus filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles deixando reflexões com bases sociais. Roma deixa sua contribuição com a ideia de cidadão na qualidade de pessoa – personalidade – pratica de atos jurídicos. Na idade média as relações sociais são regidas pelos princípios e doutrinas pertencentes a igreja Cristã. Seus pensadores foram Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Guilherme de Ockham, Abelardo e outros. A respeito da doutrina geral da lei, tem-se a lex aeterna e a lex naturalis, onde Deus é o autor da lei eterna e a lei natural é a lei eterna transcrita na alma do homem, em razão do seu coração. A idade moderna foi um período de grande importância para o início da sociologia que desembocou na sociologia geral do direito. Pois a sociedade vivia uma era de mudanças de impacto em sua conjuntura política, econômica e cultural, que trazia novas situações e também novos problemas. Defendia uma nova forma de sociedade, um novo sistema econômico (o capitalismo), consequentemente, esse contexto dinâmico e confuso contribui para eclodirem duas grandes revoluções: a Revolução Industrial, na Inglaterra e a Revolução Francesa. Assim como também movimentos como o iluminismo e a independência dos Estados Unidos.
Nos séculos XIX e XX, aparecem novos modos de compreender a sociedade, procura conhecer e explicar a sociedade com suas novas formações sociais, políticas e econômicas. Eduardo Iamundo afirma: “O final do século XIX cede, então, lugar para uma percepção bem mais complexa não só da natureza como também da denominada ciência aplicada”. 
A multiplicidade de visões sociológicas sobre a sociedade persiste. A introdução de novas formas de organizar a vida social e a profundidade das transformações, de certa forma, colocou a sociedade em evidência. Deve-se priorizar sempre a tentativa da Sociologia em compreender o homem e o seu mundo social. Afinal, os tempos mudam, mas a Sociologia acompanha o homem, ao longo do tempo. Homens tentando explicar os próprios homens em sociedade. E o falar-se em sociedade, fala-se em direito. É o direito que as estrutura, que lhes dá forma.
REFERÊNCIAS:
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2044422/qual-a-relacao-entre-o-direito-e-a-sociologia-denis-manoel-da-silva
http://pt.slideshare.net/Alvarez88/funo-social-do-direito
http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=4930&idAreaSel=1&seeArt=yes
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXxEAF/sociologia-direito
http://direitopolitico.blogspot.com.br/2005/09/sociologia-no-e-do-direito-diferenas-e.html
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=4382
http://www.laborconcursos.com.br/wp-content/uploads/2013/04/sociologia_do_direito_para_concursos_01.pdf

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