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Aula 7 - Classificação dos contratos I

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CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
CONTRATOS – CLASSIFICAÇÃO CONFORME PECULIARIDADES
Após a sua conclusão geram efeitos obrigacionais; 
Essas peculiaridades são:
- as regras acerca de cada espécie;
circunstâncias em que eles se perfectibilizam;
decorrências de cada espécie;
duração para seus cumprimento;
Pessoas que o fazem, etc
ASPECTOS GERAIS
UNILATERAIS: geram obrigações para somente uma das partes (ex.: doação);
BILATERAIS: geram obrigações para ambos os contratantes (ex.:locação)
 - Sinalagmáticos - quando geram obrigações recíprocas (ex.: compra e venda);
PLURILATERAIS: geram efeitos para mais de duas partes (ex.:contratos de consórcio)
QUANTO AOS EFEITOS:
Diferenças entre contratos unilaterais e bilaterais:
Exceptio non adimpleti contractus;
Teoria dos riscos
Poder de uma das partes recusar-se à prestação que lhe incumbe
Obs.: Contrato bilateral imperfeito – ex.: Comodato (art.579 CC) – subordina-se às regras dos contratos unilaterais.
Gratuitos (benéficos) ou onerosos:
Gratuitos ou benéficos – vantagens somente para uma das partes. Ex.: doação pura; comodato.
 Contratos desinteressados – beneficiam outra parte, mas não significam redução patrimonial de ninguém. Ex.: Comodato
Onerosos – ambos têm vantagens às quais correspondem ônus. Ex.: Compra e venda
(OBS: art.447 e 552 do CC)
Contratos Onerosos comutativos e aleatórios
Comutativos: de prestações certas e determinadas, cujas vantagens e sacrifícios podem ser antevistas pelos contratantes; idéia de equilíbrio, equivalência nas prestações;
Aleatórios (alea): bilateral e oneroso em que um dos contratantes não pode antever as vantagens que receberá em troca da prestação fornecida. 
Risco é da essência deste negócio jurídico. Lucro ou perda dependem de fato futuro e imprevisível (ex.: seguro);
Obs: contratos acidentalmente aleatórios – venda de coisas futuras (quanto à existência ou quantidade); venda de coisas existentes mas expostas a riscos.
Contratos aleatórios - arts. 458 a 461 CC
art. 458 – quanto à existência (emptio spei)
Art. 459 – quanto à quantidade (emptio rei speratae)
Art. 460 – coisa existente exposta ao risco
Não ocorre rescisão por lesão nestes contratos!
A rescisão dos contratos aleatórios deve observar a necessária motivação, como nos comutativos.
Obs: lembrar incidência dos princípios contratuais!!! 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SEGURO DE VIDA. RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO. RECUSA IMOTIVADA DE RENOVAÇÃO. DESCABIMENTO. INVIABILIDADE DA PRETENSÃO DE DEVOLUÇÃO DOS PRÊMIOS RECOLHIDOS. CONTRATO ALEATÓRIO, TENDO HAVIDO COBERTURA NO PERÍODO PACTUADO. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. EXISTÊNCIA. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. Tratando-se de responsabilidade extracontratual, se aplica o prazo prescricional previsto no artigo 206, § 3º, V, do CC. Prescrição trienal. É abusiva a cláusula que prevê a possibilidade de não renovação da avença firmada entre as partes, ainda mais considerando que o pacto está em vigência há mais de 30 anos. Tratando-se o contrato de seguro de vida de relação de trato sucessivo, em que a renovação da apólice é da natureza do acordo, a resilição unilateral pela companhia seguradora, indicando imotivadamente a intenção de não renovar a apólice, parece violar o princípio da boa-fé objetiva, bem como o disposto nos arts. 6º, IV e V, 39, V, e 51, IX, todos do CDC. Inteligência do art. 13, II, "b, da Lei nº 9.656/98. Precedentes desta Câmara. Ainda assim, descabe a pretensão de devolução do valor dos prêmios recolhidos pelo segurado, uma vez que o contrato é de natureza aleatória, tendo o risco sido coberto ao longo de toda a contratação. Inexistência de acidente de consumo ou vício do serviço a justificar a condenação da demandada na forma do art. 14, do CDC. DANO MORAL O cancelamento unilateral do seguro contratado há mais de 30 anos, deixando o autor sem a garantia contratada, configura dano moral a ser indenizado. APELO PROVIDO EM PARTE. (Apelação Cível Nº 70029345485, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 02/07/2009)
JURISPRUDÊNCIA
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. SEGURO DE VIDA. RESCISÃO UNILATERAL. ABUSIVIDADE. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. ASSISTENCIA JUDICIÁRIA. SENTENÇA MANTIDA. Para a concessão do pedido de assistência judiciária gratuita, a hipossuficiência financeira deve ser comprovada mediante documentação, declaração de imposto de renda, contracheque, etc. De fato, configura-se abusiva a conduta da seguradora ao promover a rescisão unilateral do contrato firmado. Todavia, o pedido do autor para restituição dos valores pagos a título de contribuição durante o período de vigência do contrato de seguro de vida e acidentes pessoais não comporta acolhimento, eis que neste período, a seguradora assumiu os riscos pela ocorrência de eventual sinistro, desfrutando o segurador de garantias em relação aos riscos futuros, aleatórios, assumidos pela empresa ré, que se veria obrigada a efetuar o pagamento do pecúlio por morte ou invalidez. A melhor solução seria a continuidade do contrato, tendo em vista a abusividade da sua resolução unilateral pela seguradora. Tal solução, contudo, não foi pleiteada. O dano moral somente pode ser reconhecido em hipóteses em que ficar evidenciado a conduta ofensiva e desrespeitosa aos direitos de personalidade daquele que o alega, nos termos do artigo 333, I, do CPC. Embora abusiva a conduta da seguradora, não houve demonstração de dor e sofrimento do segurado a ensejar o reconhecimento da indenização por danos morais, sobretudo quando sequer teve interesse na manutenção do contrato. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70037345923, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Romeu Marques Ribeiro Filho, Julgado em 24/08/2011)

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