A República Livro VI

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A República - Livro VI 
A REPÚBLICA - LIVRO VI 
 
 
 O inteligível e o sensível 
 
 A analogia da linha 
 
 Características da alma filosófica 
 
 A importância do filósofo na cidade perfeita 
 
 Exposição sobre o Bem 
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Qual é a natureza do filósofo? 
 Alma estável, próxima do Ser e da verdade 
 Apreendem o que é idêntico e imutável 
 Possui o saber real 
 Conhece a Forma unificadora de tudo 
 Conhece o Bem 
>> Os filósofos amam a espécie de conhecimento que para eles 
torna claro algum traço do Ser que sempre é e não perambula 
entre o vir a Ser e a dissolução do Ser. 
 
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 Isentar-se de falsidade 
 Ter amor pela verdade 
 Se os desejos de um homem fluem para o conhecimento 
(prazeres da alma), então ele se torna indiferente aos prazeres 
do corpo, se for um verdadeiro filósofo. 
 Indivíduo moderado 
 Não pode haver servilismo e pequenez 
 Não pode ter natureza covarde e vil 
 A morte não é algo terrível 
 Pensa a totalidade do tempo e da existência 
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 Uma pessoa equilibrada , não amante do dinheiro, não servil 
ou covarde pode se tornar indigna de confiança ou injusta? 
 Pessoa justa e branda desde a juventude ou selvagem e 
insociável? 
 Adquire conhecimento lenta ou rapidamente? 
 Deve ter boa memória 
 A verdade é incompatível com a carência da devida medida 
 Ausência de harmonia e elegância leva a uma carência d 
devida medida 
 Intelecto dotado de medida e graça, conduzido ao Ser de 
todas as coisas 
 
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 O filósofo deve ser: 
 
 Bom de memória 
 Rápido em adquirir conhecimento 
 Capaz de pensamentos grandiosos 
 Dotado de elegância ou graça 
 Amigo e parente da verdade, justiça, coragem e moderação 
 Adimanto critica o método de Sócrates: os menos experientes 
se perdem na discussão. 
 
 Os que se ocupam da filosofia se tornam excêntricos e 
maldosos. 
 Os que se revelam nobres se provam inúteis ao Estado devido 
aos estudos que recomendas. 
 Então, é correto dizer que os males do Estado não terão fim 
enquanto o filósofo (indivíduo inútil) não governar? 
 Analogia do navio: 
 O que é valorizado é o indivíduo astuto para convencer e 
constranger o piloto a transferir o comando; 
 O capitão é o indivíduo experiente que conhece a arte de 
pilotar. 
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 A educação do filósofo: 
 As almas dotadas das melhores naturezas se tornam más 
quando recebem uma má educação; 
 A natureza do filósofo se desenvolverá no sentido de atingir 
toda a virtude se receber a educação adequada. 
 Educadores e sofistas impõem por meio de suas ações se as 
palavras não surtem efeitos. 
 Não haveria uma “essência” divina que irrompe em qualquer 
circunstância: o divino é a exceção à regra. 
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 O que acontece quando indivíduos indignos da educação se 
aproximam da filosofia e se casam com ela? 
 Geram sofismas: conhecimento sem autenticidade, falso 
saber. 
 O belo e o bom são difíceis de realizar, mas não são 
impossíveis. 
 “Nenhum Estado ou forma de governo se tornarão perfeitos 
até que algum evento acidental force esses poucos filósofos a 
se encarregarem do Estado e forcem o Estado a obedecê-los 
ou até que um deus inspire os atuais governantes e reis com 
uma autêntica paixão pela verdadeira filosofia”. 
O que é o Bem? 
 
 
 Há algo mais importante que a justiça? 
 Com certeza é a ideia do Bem: mediante referência a ela que 
as coisas justas e as outras se tornam úteis e benéficas. 
 O pleno conhecimento das coisas não representa nenhum 
benefício sem o conhecimento do bem que o acompanhe. 
 Não é vantajoso tudo saber exceto o bem. 
 Muitos pensam que o bem é o prazer 
 Os espirituosos pensam que o bem é o conhecimento 
 Que tipo de conhecimento seria? Eles dizem: o conhecimento 
do bem. 
 
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 Muitos se dão por satisfeitos com o que acreditam como 
sendo coisas justas e belas como tal e agem e formam suas 
crenças baseadas nisso. 
 Todos querem as coisas que realmente são boas. 
 Toda alma persegue o bem e faz tudo o que faz por ele. 
 O que é o bem? Conhecimento ou prazer? 
 Sócrates utiliza a maiêutica: ignorância total > só sei que nada 
sei. 
 Só o filósofo conhece o bem. 
 
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 A alma filosófica é a que perpassa todos os graus do Ser e 
atinge o ponto mais alto: o bem, aquilo que é supremo em 
Platão. 
 A multiplicidade de coisas belas e o resto são visíveis, mas não 
inteligíveis, ao passo que as Formas (Ideias) são inteligíveis, 
mas não visíveis. 
 Como vemos coisas visíveis? Com a visão. 
 O artífice (Demiurgon), deus de Platão, organiza tudo no 
universo (Formas/ideias perfeitas) e a multiplicidade 
(natureza, mundo sensível). 
 se uma terceira coisa não se fizer presente, a visão não 
poderá ver e as cores permanecerão invisíveis. 
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 É necessária a luz do Sol: faz com que nossa visão veja da 
melhor forma e que as coisas visíveis sejam vistas. 
 O Sol é o rebento do bem, o que o bem gerou como seu 
análogo. O que o próprio bem é no domínio inteligível, em 
relação ao entendimento e aos objetos inteligíveis. O sol é o 
domínio visível em relação à visão e às coisas visíveis. 
 A luz do sol ilumina nossa visão. 
 A alma do mesmo modo: quando ela se fixa em algo 
iluminado pela verdade e o ser, ela compreende, sabe e 
parece possuir inteligência. Na obscuridade (no que vem a ser 
e deixa de ser), ela opina e fica turva. 
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 “O que concede verdade às coisas conhecidas e poder de 
conhecer ao conhecedor é a Forma (ideia) do bem. Embora 
seja a causa do conhecimento da verdade, também é objeto 
de conhecimento. Tanto o conhecimento quanto a verdade 
são coisas belas. Mas o bem é distinto deles e os supera em 
beleza”. 
 A luz e a visão são solares (semelhantes ao sol. Conhecimento 
e verdade são semelhantes ao bem, mas não são a mesmo 
que o bem. Esse é ainda mais valioso. 
 O bem em si mesmo é a Forma (realidade ideal), mas 
originária, antecede e supera o próprio existir (Ser). 
 Dois tipos de entidades: visíveis e inteligíveis. 
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 Operações da alma: 
 Entendimento 
 Intelecção 
 Crença 
 Imaginação 
 
 O bem é o que unifica a alma dos indivíduos e coloca ordem 
às Formas a que eles têm acesso da esfera inteligível. 
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Mundo sensível Mundo inteligível 
Sol Ideia do BEM 
Objetos da visão (cores) Objetos do conhecimento 
Sujeito que vê Sujeito cognoscente 
Órgão da visão (olhos) Órgão do conhecimento 
Faculdade da visão Faculdade da razão 
Exercício da visão Exercício da razão 
Aptidão para ver Aptidão para conhecer 
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Conhecimento Ascensão da alma 
Noeta superiores 
(Formas, Ideias) 
Noesis 
(Filosofia) 
Noeta inferiores 
(Entes matemáticos) 
Dianoia 
(Entendimento, Razão) 
Zoa 
(Seres naturais e artefatos) 
Pistis 
(Crenças) 
Eikones 
(Imagens) 
Eikasia 
(Suposição, Ilusão) 
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 O bem é divino, mas não é um Deus. 
 O divino é insuperável, Forma suprema e ordenada de todas 
as demais. 
 Deus é um ente constituído, “alguém” que possui o bem, 
experimenta dessa Forma suprema e deseja que ela atinja os 
indivíduos. 
 O Bem é o princípio primeiro. 
 Finalidade, alvo da vida. 
 Causa criadora que sustenta o mundo. 
1)Segundo os escritosde Platão em sua obra “A República”, 
considerando o sexto Livro, especificamente, explique por que o 
filósofo deve tornar-se guardião e apresente as qualidades que 
Sócrates afirma que os filósofos possuem para tal, como vemos 
no diálogo. 
2)As qualidades que os filósofos possuem, de acordo com os 
argumentos socráticos presente no Livro VI da República são 
passíveis de serem adquiridas por todos? Como você 
interpretaria as prerrogativas de Sócrates para que um 
governante possa ser considerado apto a governar em nossos 
dias? 
3)O filósofo seria o único capaz de conhecer o bem, de acordo 
com os argumentos de Sócrates no Livro VI da República de 
Platão. Explique o que é o Bem para o filósofo. 
 
4) Explique as diferenças entre as esfera sensível e inteligível 
como aprensentadas no Livro VI da República.