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RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 1 R E S U M O E S Q U E M Á T I C O D E A N Á L I S E S I N T Á T I C A *OBS: (VTD ou VTDI) + SE o sujeito é passivo e o SE = partícula apassivadora **OBS: para acharmos o sujeito, fazemos a pergunta QUE(M) É QUE para o verbo / locução verbal V E R B O TRANSITIVO Direto Quem ____ , ____ Indireto Quem ___ , ___ Direto e indireto Quem ___ , ___ Alguém Alguma coisa Objeto Direto (OD) a de Alguém com Alguma coisa para sobre Objeto Indireto (OI) Alguém Alguma coisa a de Alguém com Alguma coisa para sobre O. D. O. I. INTRANSITIVO Quem ____ , ____. (Adjunto Adverbial de.........) ? (AA__) S U J E I T O DETERMINADO (ATIVO OU PASSIVO) Simples – (um só núcleo) Composto – (mais de um núcleo) Oculto – (implícito na desinência verbal – elíptico – desinencial) agente paciente agente e paciente INDETERMINADO INEXISTENTE (oração sem suj.) Verbos na 3 a P.P. (desde que nada tenha sido falado dele antes) V.T.I. + SE V.I. + SE partícula de indeterminação do sujeito V.L. + SE Verbos que indicam fenômeno da Natureza (impessoais) 3ª pessoa do singular qualquer pessoa Verbo HAVER = EXISTIR, acontecer, decorrer, realizar-se Verbo Transitivo Direto Verbo Intransitivo Verbos SER, ESTAR, FAZER, PASSAR = tempo decorrido LIGAÇÃO liga a Alguém Alguma coisa um estado uma qualidade um modo de ser PREDICATIVO DO SUJEITO (PS) SUJEITO Sujeito Ativo VTD VTDI OD OI Sujeito Passivo Locução Verbal Agente da Passiva OI Lembre-se de usar este es- quema para você não con- fundir OBJETO INDI- RETO com COMPLE- MENTO NOMINAL VOZ ATIVA VOZ PASSIVA ESTES VERBOS ESTARÃO SEMPRE NA 3ª P.S. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 2 COMPLEMENTO NOMINAL AGENTE DA PASSIVA Os pronomes oblíquos átonos LHE, LHES funcionam normalmente como OBJETO INDIRETO. Os pronomes oblíquos á- tomos O, A, OS, AS, (ou variações) funcionam normalmente como OBJETO DIRETO. Os demais pronomes átonos ME, TE, SE, NOS, VOS, podem funcionar ora como OBJETO DIRETO ora como OBJETO INDIRETO dependendo do verbo que completam. Uma das maneiras de sabermos se o pronome está funcionando como OBJETO DIRETO ou OBJETO INDIRETO é substi- tuí-lo por O HOMEM ou AO HOMEM; quando a substituição for por O HOMEM, este pronome estará funcionando como OBJETO DIRETO e quando a substituição for por AO HOMEM, o pronome terá a função de OBJETO INDIRETO. Disse-ME algo. Disse algo AO HOMEM ME = OBJETO INDIRETO Deixou-ME na sala Deixou O HOMEM na sala ME = OBJETO DIRETO caracteriza ou determina o nome a que se liga adjetivos artigos ADJUNTO ADNOMINAL pode ser representado por pronomes adjetivos (aa) numerais locução ou expressões adjetiva MODO verbo + COMO? TEMPO verbo + QUANDO? LUGAR verbo + ONDE ADJUNTO ADVERBIAL INTENSIDADE verbo + com que INTENSIDADE? (AA_) CONDIÇÃO verbo + em que CONDIÇÃO? INSTRUMENTO verbo + com que COISA? etc VOCATIVO termo usado para chamar, interpelar alguém ou alguma coisa (não tem função sintática) APOSTO explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo (geralmente entre vírgulas, dois pontos ou traves- são). Pode vir precedido das expressões explicativas ISTO É, A SABER. P R E D I C A D O Nominal núcleo é um NOME (subs. , adj., pron.) – o verbo é de ligação Transitivo direto Verbal núcleo é um VERBO Transitivo indireto Intransitivo Transitivo direto e indireto VERBO-NOMINAL dois núcleos (um verbal outro nominal) seguido ou não de complemento ou termos acessórios V.I.+ P.S. V.T.D + P.S. ou P.O. V.T.I.+ P.S. ou P.O. V.T.D.I + P.S. ou P.O. predicativo Sempre ligado a um NOME (adj. , adv., subst. (ABSTRATO) Sempre precedido de preposição Geralmente o nome a que se liga tem o mesmo radical de um VT SEMPRE PACIENTE DA AÇÃO DO NOME corresponde ao sujeito na voz ativa e pode ser expresso por um substantivo ou pronome. complemento de um verbo na voz passiva; representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo. comumente vem regido pela preposição POR e às vezes pela preposição DE; RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 3 O R A Ç Õ E S S U B O R D I N A D A S SUBSTANTIVA ADJETIVA ADVERBIAL SUBJETIVA PREDICATIVA OBJETIVA DIRETA OBJETIVA INDIRETA COMPLETIVA NOMINAL APOSITIVA RESTRITIVA EXPLICATIVA 1. CAUSAL 2. CONDICIONAL 3. CONFORMATIVA 4. CONCESSIVA 5. CONSECUTIVA 6. COMPARATIVA 7. FINAL 8. PROPORCIONAL 9. TEMPORAL PRONOMES RELATIVOS QUE QUEM ONDE O QUAL – OS QUAIS A QUAL – AS QUAIS CUJO – CUJOS CUJA – CUJAS QUANTO - QUANTA 1. PORQUE, VISTO QUE, COMO ......... 2. SE, DESDE QUE, A MENOS QUE ........ 3. CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE, ..... 4. EMBORA, AINDA QUE, APESAR DE QUE, 5. QUE (PRECEDIDA DE INTENSIDADE) 6. TANTO QUANTO, TAL QUE, MAIS DO QUE 7. PARA QUE, A FIM DE QUE, ........................ 8. À MEDIDA QUE, À PROPORÇÃO QUE, ......... 9. QUANDO, LOGO QUE, ASSIM QUE, ......... O R A Ç Õ E S C O O R D E N A D A S AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SEMPRE DEPENDEM DE UMA OUTRA ORAÇÃO CHAMADA DE ORAÇÃO PRINCIPAL SÃO SUBSTITUÍVEIS POR ISTO, ESTE, ESTA INICIAM POR PRONOME RELATIVO OBSERVAR O SENTI- DO DADO PELAS CONJUNÇÕES ASSINDÉTICA (sem conjunção) SINDÉTICA 1. ADITIVA 2. ADVERSATIVA 3. ALTERNATIVA 4. CONCLUSIVA 5. EXPLICATIVA 1. E, NEM, MAS TAMBEM... 2. MAS, PORÉM, TODAVIA... 3. OU...OU, ORA...ORA ... 4. LOGO, PORTANTO, POIS (APÓS O VERBO) 5. PORQUE, QUE, POIS (ANTES DO VERBO) NÃO É ORA- ÇÃO PRIN- CIPAL OBSERVAR O SENTIDO DA- DO PELAS CONJUNÇÕES RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 4 REGÊNCIA VERBAL A REGÊNCIA VERBAL é a relação existente entre o verbo (termo regente) e o complemento (termo regido). Alguns verbos possuem mais de um significado e, a cada um dos seus significados termos uma regência diferente; isto quer dizer que em uma determinada frase ou oração o verbo poderá ser transitivo, intransitivo ou ligação. O médico ASSISTIU o doente no hospital. O público ASSISTIU ao espetáculo teatral. O homem ASSISTE emsua cidade natal. Questões jurídicas não ASSISTEM ao médico. No 1 o exemplo, o verbo ASSISTIR significa ajudar e é TRANSITIVO DIRETO; no 2 o exemplo, o verbo ASSISTIR significa ver e é TRANSITIVO INDIRETO; o 3 o exemplo tem o verbo ASSISTIR com o significado de morar e é INTRANSITIVO; no último exemplo o verbo ASSISTIR está com o significado de ser da competência de e é TRANSITIVO INDIRETO. Vejamos a seguir a regência de alguns verbos mais comuns: ASPIRAR respirar = T. D. desejar, ter em vista = T. I. ASSISTIR socorrer = T. D. presenciar, ver = T. I. morar = INT. ser da competência = T. I. AVISAR T. D. e I. OBEDECER DESOBEDECER T. I. ESQUECER LEMBRAR T. D. ESQUECER-SE LEMBRAR-SE T. I. INFORMAR T. D. e I. NAMORAR T. D. PERDOAR (alguma coisa) = T. D. (a alguém) = T. I. PAGAR (alguma coisa) = T. D. (a alguém) = T. I. PREFERIR T. D. e I. (sempre com a prep. A) QUERER desejar = T. D. estimar = T. I. PROCEDER originar = INTRANSITIVO dar início = T. I. ter fundamento = INTRANS. VISAR pretender = T. I. mirar = T. D. pôr visto = T. D. CRASE CRASE é o nome dado à reunião, à fusão de a (preposição) + a(s) (artigo). Também ocorrerá a crase quando tivermos os pronomes demonstrativos aquele ou aquela, os pronomes relativos a qual, as quais, os pronomes demonstrativos a ou as (significando aquela, aquelas) e seu termo antecessor exigir a preposição A A crase é indicada pelo acento grave (`). Portanto para saber se ocorre ou não a crase você deve verificar se a palavra que antecede o A pede preposição A e se a palavra seguinte admite o artigo A ou AS. O artista chegou à cidade ontem. Quem chega a algum lugar. Logo o verbo chegar rege a preposição a. O substantivo cidade admite o artigo a. Portanto, ocorre a fusão de a + a. Para facilitar sua descoberta da ocorrência ou não de crase, você pode utilizar alguns artifícios: 1. substituir a palavra feminina que ocorre depois do a por uma palavra masculina correspondente. Se aparecer AO ou AOS diante da palavra masculina, a crase está confirmada. O artista chegou à cidade. O artista chegou ao campo. 2. substituir o a por para a(s). Se ocorrer para a(s), a crase está confirmada. (Tenha atenção com esta substituição) A destruição da floresta é uma agressão à natureza. A destruição da floresta é uma agressão para a natureza. 3. substituir o verbo IR pelo verbo VOLTAR. Se aparecer a expressão VOLTAR DA, então ocorre crase. Devia ir a São Paulo. Devia ir à Bahia. Devia voltar de São Paulo. Devia voltar da Bahia. Obs.: se o nome da cidade vier especificado, ocorrerá a crase. ( Devia ir à São Paulo da garoa. Gostaria de ir à Roma antiga.) NÃO SE USA CRASE 1. antes de palavra masculina. 2. com palavras repetidas. (dia a dia, mês a mês, frente a frente etc) 3. antes de verbo. 4. antes de pronome pessoal. 5. antes de pronome de tratamento (EXCEÇÃO SENHORA, SENHORITA E DONA). 6. antes do pronome interrogativo A QUAL. 7. antes dos artigos indefinidos UMA, NINGUÉM 8. antes de ESTA e ESSA. 9. antes da palavra casa (onde você mora). 10. antes da palavra terra (oposto de bordo). 11. antes dos pronomes relativos QUEM CUJA Obs.: evidentemente se o pronome admitir artigo haverá crase. (Refiro-me À MESMA pessoa. Interessava À PRÓPRIA candidata.) Obs.: quando um A (sem o s de plural) estiver diante de uma palavra no plural não ocorrerá crase, em caso contrário a crase é obrigatória. (Refiro-me A alunas interessadas. Refiro-me ÀS alunas interessadas.) A CRASE É OBRIGATÓRIA 1. nas locuções adverbiais femininas. (à noite, à tarde, às pressas, à procura, à toa etc) 2. nas locuções prepositivas femininas. 3. nas locuções conjuntivas femininas. 4. nas locuções indicando à moda de. (mesmo subentendida) 5. na indicação das horas (desde que possamos substituir o número das horas por AO MEIO DIA) Você deve sempre se lembrar de que a TRANSITIVIDADE depende sempre do con- texto. Por isso, JAMAIS a decore. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 5 A CRASE É FACULTATIVA 1. junto aos pronomes possessivos femininos. 2. diante de nomes próprios femininos. (antes de nomes próprios (masculino ou feminino) o uso do artigo é facultativo) 3. depois da palavra ATÉ. VERBO VERBO é uma palavra que exprime ação estado, fato ou fenômeno. O VERBO apresenta as variações de NÚMERO, de PESSOA, de MODO, de TEMPO e de VOZ. NÚMERO – como as outras palavras variáveis, o verbo admite dois números: o SINGULAR e o PLURAL. Dizemos que um verbo está no singular quando ele se re- fere a uma só pessoa ou coisa e, no plural, quando tem por sujeito mais de uma pessoa ou coisa. Singular – estudo – estudas – estuda Plural – estudamos – estudais – estudam PESSOA – o verbo possui três pessoas relacionadas com a pessoa gramatical que lhe serve de sujeito. 1a pessoa – é aquela que fala (eu e nós). 2a pessoa – é aquela a quem se fala (tu e vós). 3a pessoa – é aquela de quem se fala (ele, ela, eles, elas). MODO – são as diferentes formas que toma o verbo para indicar a atitude (de certeza, de dúvida, de suposição, de mando etc.) da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia. Em português, há três modos: Indicativo – apresenta o fato de um modo real, certo, positivo. Subjuntivo – expressão de um desejo, apresenta o fato como possível ou duvidoso. Imperativo – apresenta o fato como objeto de uma ordem, conselho, exortação ou súplica. São FORMAS NOMINAIS do verbo: Infinitivo – equivale a um substantivo e pode ser: Impessoal – quando não se refere a uma pessoa gramatical, isto é, quando não tem sujeito. Pessoal – quando se refere a uma pessoa gramatical, ou seja quando tem sujeito próprio. Gerúndio – equivale a um advérbio ou a um adjetivo em forma oracional. Particípio – corresponde a um adjetivo e, como tal, pode flexionar-se, em certos casos, em número e em gênero. Tempo – é a variação que indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. TEMPOS VERBAIS Os três tempos naturais são o PRESENTE (indica o momento em que se fala); o PRETÉRITO (ou PASSADO) (indica um fato ocorrido antes do momento que se fala); FUTURO (indica um fato que ocorrerá após o momento que se fala). O PRESENTE é indivisível. O PRETÉRITO subdivide-se em: Imperfeito – exprime um processo anterior ao ato da fala, com duração no tempo, podendo ocorrer com va- lor de futuro do pretérito. Perfeito – exprime um processo anterior ao ato da fa- la, totalmente concluído, sem duração no tempo. Mais-que-perfeito – exprime um processo anterior a um processo passado. Pode ocorrer com valor de fu- turo do pretérito ou com valor de imperfeito do subjun- tivo. O FUTURO subdivide-se em: do presente – exprime um processo posterior ao momento em que se fala. Pode ocorrer com valor de presente, exprimindo dúvida. Pode também ocorrer com valor de imperativo. do pretérito – exprime um processo posterior a um tempo passado. Pode ocorrer com valor de presente, exprimindo modéstia ou cerimônia. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS REGULARES: são aqueles que mantêm o radical inalterado durante a conjugação; suas desinências são idênti- cas às do verbo paradigma, que é modelo da conjugação. IRREGULARES: são os que sofrem modificação no radical ou os que têm a desinência diferente daquela apresentadapelo verbo paradigma. A conjugação no pre- sente e no pretérito perfeito do indicativo já nos permite saber se o verbo é regular ou irregular. ANÔMALOS: são os que, durante a conjugação, apresentam radicais distintos. Existem apenas dois: SER e IR. DEFECTIVOS: são os que não têm a conjugação completa, falta-lhes pelo menos uma das pessoas. ABUNDANTES: são os que têm duas ou mais for- mas equivalentes, geralmente de particípio. CONJUGAÇÕES São três as conjugações, caracterizadas pela vo- gal temática: 1a conjugação: caracterizada pela vogal temática A. 2a conjugação: caracterizada pela vogal temática E. 3a conjugação: caracterizada pela vogal temática I. Obs.: o verbo PÔR, assim como seus derivados (DISPOR, ANTEPOR, REPOR ETC), pertence à 2 a conjugação. Sua forma atual não apresenta vogal temática. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO VERBO Uma forma verbal pode ser constituída de todos os seguintes elementos: RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 6 Radical: é o elemento portador do significado; é a parte do verbo que sobra, quando retiradas as termi- nações AR, ER, IR. Vogal temática: é o elemento que caracteriza as con- jugações. São três: A, E, I. Tema: é o radical acrescido da vogal temática. É o e- lemento que recebe as desinências. Desinência modo temporal: é o elemento que indica o tempo e o modo. Desinência número pessoal: é o elemento que se flexiona e identifica a pessoa e o número. ESTUDO SOBRE TEMPOS VERBAIS A categoria de tempo, exclusiva dos verbos, serve pa- ra situar o processo verbal em relação ao momento da fala. Assim, existem basicamente, tempos verbais: Presente: indica o processo verbal que ocorre simultaneamente ao momento da fala. Passado: indica o processo verbal que ocorreu antes do ato da fala. Futuro: indica o processo verbal que vai ocorrer depois do momento da fala. Mas existem situações em que o uso dos tempos verbais extrapola os limites acima explana- dos. Neste caso, temos usos especiais, os quais vere- mos a seguir. O presente do indicativo também é usado para: indicar fatos ou estados permanentes, ou seja, exprimir fatos históricos ou verdade científica, um axioma. Exs: A Lua é um satélite. Os italianos imigram para o Brasil no início do século XX. Nosso planeta gira em torno do próprio eixo. indicar uma ação ou fato habitual. Exs: Não trabalho aos sábados. Ela almoça todos os sábados naquele restaurante. indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá, geralmente a- companhado de um adjunto adverbial de tempo para evitar ambigüidades. Exs: Amanhã telefono para você. Ele vai ao cinema amanhã. indicar um tempo não-determinado, geralmente um ditado. Exs: A verdade sempre vence. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. substituir o imperativo, indicando, numa lingua- gem afetuosa, mais um pedido do que uma ordem. Exs: Você me faz um favor? (Faça-me um favor?) Expressa um fato acabado, concluído no passado. É usado para: indicar um fato ou processo em andamento, ainda não concluído. Ex: Há oito dias que relampejava nas cabeceiras. indicar um fato habitual. Ex: A cheia tardava mas sempre vinha. fazer uma afirmação ou um pedido, de forma cor- tês. Ex: Queria que você soubesse que estamos do seu la- do. descrever um fato como se nos transportássemos para o tempo passado em que ele ocorrera. Ex: A canoa já estava calafetada e pintada de novo. É usado para: expressar um fato anterior a outro fato passado. Ex: Eu esperara aquele espetáculo desde que era cri- ança. indicar um fato situado no passado, de maneira vaga. Ex: Meu avô passara muitas noites em claro. expressar um desejo. Ex: Quem me dera assistir àquele espetáculo nova- mente. PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 7 É usado para: indicar um fato futuro certo ou provável. Exs: Ele será um carpinteiro. Amanhã desembarcarão os campeões. exprimir dúvida ou incerteza sobre fatos atuais. Ex: Será que ele ainda lembra do endereço? exprimir um desejo ou uma ordem, caso em que possuir valor imperativo. Exs: Não matarás. Você não chegará mais atrasado. indicar um fato que ocorrerá com certeza. Ex: Amanhã vou entregar os trabalhos. É usado para: exprimir um fato futuro tomado em relação a um fato passado. Ex: Ele me afirmou que não compareceria à confe- rência. exprimir dúvida ou incerteza sobre fatos passa- dos. Ex: Naquela época, ela teria uns quarenta anos. indicar desejo presente, na linguagem polida. Ex: Você me faria um favor? indicar surpresa ou indignação em certas frases interrogativas ou exclamativas. Ex: Nunca diria uma coisa destas. indicar fatos não realizados, ou que não se reali- zarão, dependentes de condição. Ex: Se ela me convidasse, eu iria. São três as conjugações, caracterizadas pela vogal te- mática: 1a conjugação: caracterizada pela vogal temática A. 2a conjugação: caracterizada pela vogal temática E. 3a conjugação: caracterizada pela vogal temática I. Obs.: o verbo PÔR, assim como seus derivados, pertence à 2 a conjugação. Sua forma atual não apresenta vogal temá- tica. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO VERBO Uma forma verbal pode ser constituída de todos os seguintes elementos: Radical: é o elemento portador do significado; é a parte do verbo que sobra, quando retiradas as termina- ções AR, ER, IR. Vogal temática: é o elemento que caracteriza as con- jugações. São três: A, E, I. Tema: é o radical acrescido da vogal temática. É o e- lemento que recebe as desinências. Desinência modo temporal: é o elemento que indica o tempo e o modo. Desinência número pessoal: é o elemento que se fle- xiona e identifica a pessoa e o número. Nos quadros a seguir você terá os elementos mórficos dissociados. PARTICÍPIOS DUPLOS VERBO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR aceitar aceitado aceito entregar entregado entregue expressar expressado expresso expulsar expulsado expulso isentar isentado isento limpar limpado limpo matar matado morto pegar pegado pego salvar salvado salvo soltar soltado solto acender acendido aceso benzer benzido bento eleger elegido eleito prender prendido preso suspender suspendido suspenso imprimir imprimido impresso submergir submergido submerso FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO CONJUGAÇÕES RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 8 1. Representa o RADICAL. 2. Representa a VOGAL TEMÁTICA. 3. Representa a DESINÊNCIA MODO TEMPORAL. 4. Representa a DESINÊNCIA NÚMERO PESSOAL. PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PER- FEITO DO INDI- CATIVOam — — o am e — i am a — s am a — ste am a — — am o — u am a — mos am a — mos am a — is am a — stes am a — m am a — ram 1 2 3 4 1 2 3 4 FUTURO DO SUB- JUNTIVO Am a r — Am a r es Am a r — Am a r mos Am a r des Am a r — Am a r es 1 2 3 4 PRETÉRITO IM- PERFEITO DO INDICATIVO PRETÉRITO MAIS-QUE- PERFEITO DO INDICATIVO am a va — am a ra — am a va s am a ra s am a va — am a ra — am á va mos am á ra mos am á ve is am á re is am a va m am a ra m 1 2 3 4 1 2 3 4 IMPERATIVO A- FIRMATIVO (não tem a 1 a pessoa do singular) - - - - Am a — — Am — e — Am — e mos Am a — i Am — e m 1 2 3 4 IMPERATIVO NEGA- TIVO (não tem a 1 a pessoa do singular) - - - - - não am — e s não am — e — não am — e mos não am — e is não am — e m 1 2 3 4 FUTURO DO PRE- SENTE DO INDI- CATIVO FUTURO DO PRE- TÉRITO DO INDI- CATIVO am a re i am a ria — am a rá s am a ria s am a rá — am a ria — am a re mos am a ría mos am a re is am a ríe is am a rã o am a ria m 1 2 3 4 1 2 3 4 INFINITIVO IMPESSOAL Am a r — 1 2 3 4 INFINITIVO PESSOAL am a r — am a r es am a r — am a r mos am a r des am a r em 1 2 3 4 PRESENTE DO SUBJUNTIVO PRETÉRITO IM- PERFEITO DO SUBJUNTIVO am — e — am a sse — am — e s am a sse s am — e — am a sse — am — e mos am á sse mos am — e is am á sse is am — e m am a sse m 1 2 3 4 1 2 3 4 GERÚNDIO Am a ndo — 1 2 3 4 PARTICÍPIO Am a do — 1 2 3 4 PRIMEIRA CONJUGAÇÃO AM-A-R RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 9 2 a CONJUGAÇÃO 3 a CONJUGAÇÃO 2 a CONJUGAÇÃO 3 a CONJUGAÇÃO VEND-E-R PART-I-R VEND-E-R PART-I-R PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO FUTURO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO FUTURO DO PRESENTE PRESENTE vend — a — part — a — vend — a s part — a s vend — a — part — a — vend — a mos part — a mos vend — a is part — a is vend — a m part — a m 1 2 3 4 1 2 3 4 vend — — o vend e — s vend e — — vend e — mos vend e — is vend e — m 1 2 3 4 part — — o part e — s part e — — part i — mos part — — is part e — m 1 2 3 4 vend — — i vend e — ste vend e — u vend e — mos vend e — estes vend e — ram 1 2 3 4 part — — i part i — ste part i — u part i — mos part i — stes part i — ram 1 2 3 4 vend e sse — part i sse — vend e sse s part i sse s vend e sse — part i sse — vend ê sse mos part i sse mos vend ê sse is part i sse is vend e sse m part i sse m 1 2 3 4 1 2 3 4 vend e r — part i r — vend e r es part i r es vend e r — part i r — vend e r mos part i r mos vend e r des part i r des vend e r em part i r em 1 2 3 4 1 2 3 4 part i a part i a s part i a part i a mos part i e is part i a m 1 2 3 4 vend i a vend i a s vend i a vend i a mos vend i e is vend i a m 1 2 3 4 vend e ra — part i ra — vend e ra s part i ra s vend e ra — part i ra — vend ê ra mos part í ra mos vend ê re is part í re is vend e ra m part i ra m 1 2 3 4 1 2 3 4 - - - - - - - - vend e — — part e — — vend — a — part — a — vend — a mos part — a mos vend e — i part — — i vend — a m part — a m 1 2 3 4 1 2 3 4 vend e re i part i re i vend e rá s part i rá s vend e rá — part i rá — vend e re mos part i re mos vend e re is part i re is vend e aã o part i rã o 1 2 3 4 1 2 3 4 - - - - - - - - - - não vend — a s não part a s não vend — a — não part — a — não vend — a mos não part — a mos não vend — a is não part — a is não vend — a m não part — a m 1 2 3 4 1 2 3 4 vend e ria — part i ria — vend e ria s part i ria s vend e ria — part i ria — vend e ría mos part i ría mos vend e ríe is part i ríe is vend e ria m part i ria m 1 2 3 4 1 2 3 4 vend e r — part i r — 1 2 3 4 1 2 3 4 PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO IMPERFEITO MODO SUBJUNTIVO MODO INDICATIVO MODO IMPERATIVO AFIRMATIVO NEGATIVO INFINITIVO IMPESSOAL FUTURO DO PRETÉRITO RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 10 COLOCAÇÃO PRONOMINAL Os pronomes oblíquos podem ser colocados de três maneiras diferentes em uma oração: antes do verbo, depois do verbo ou ainda no meio do verbo. Quando o pronome for colocado antes do verbo, damos o nome de PRÓCLISE. A PRÓCLISE ocorrerá nos seguintes casos: 1. em orações que contenham palavra ou expressão de valor negativo. 2. nas orações em que haja advérbios ou pronomes inde- finidos. 3. nas orações introduzidas por pronomes relativos. 4. nas orações subordinadas. 5. nas orações interrogativas. 6. nas orações exclamativas. 7. nas orações optativas (que exprimem desejo). I. Não SE fazem mais carros como antes. II. Assim SE amam os seres humanos. Tudo ME incomoda profundamente neste bar. III. Foram perguntas que SE impuseram a ele. IV. Quando SE escutavam seus gritos, eles saiam em desa- balada correria. V. Por que O chateiam tanto? VI. Como SE estuda nesta classe! VII. Deus TE abençoe, meu filho! A MESÓCLISE ocorrerá nos seguintes casos: 1. verbos no futuro do presente. 2. verbos no futuro do pretérito. (só haverá MESÓCLI- SE quando a PRÓCLISE não for obrigatória). Encontrá-LA-ei no próximo verão. Não A encontrarei no próximo verão. Encontrá-LA-ia se não fosse a chuva. Não A encontraria mesmo que chovesse. A ÊNCLISE ocorrerá nos seguintes casos: 1. com verbos no início do período. 2. com verbos no imperativo afirmativo. 3. com verbos no gerúndio. 4. com verbos no infinitivo impessoal. Vi-O ainda sacudindo o braço. Fale-ME o que está acontecendo com você. Levou o filho aos braços, beijando-O. É hora de despedir-SE do amigo. Obs.: No português falado e escrito no Brasil, é comum i- niciar-se oração com pronome oblíquo átono, contrariando a regra. Obs.: Se o gerúndio vier precedido da preposição EM, em- prega-se a PRÓCLISE. CONCORDÂNCIA NOMINAL Seria absurdo para alguém falar a seguinte frase: ―Aquela meninos ganhou uma brinquedo cara de sua irmão.‖. Observe que existe uma série de erros na frase citada pois não há concordância entre os elementos que a compõem. Pela prática, sabemos que, na frase acima, é necessário: 1. ajustar o pronome AQUELA e UMA aos substantivos que a seguem. 2. ajustar a palavra CARA à palavra BRINQUEDO. 3. ajustar o verbo GANHOU ao sujeito MENINOS. 4. ajustar a palavra SUA à palavra IRMÃO. Quando o ajuste for feito entre NOMES, damos o nome de CONCORDÂNCIA NOMINAL. Quando o ajuste for feito entre o VERBO e o SUJEITO, damos onome de CONCORDÂNCIA VERBAL. vend e ndo — part i ndo — 1 2 3 4 1 2 3 4 vend i do — part i do — 1 2 3 4 1 2 3 4 vend e r — part i r — vend e r es part i r es vend e r — part i r — vend e r mos part i r mos vend e r des part i r des vend e r em part i r em 1 2 3 4 1 2 3 4 INFINITIVO PESSOAL GERÚNDIO PARTICÍPIO RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 11 Na frase acima citada, ao fazermos as concordâncias, ficaria: ―Aqueles meninos ganharam um brinquedo caro de seu irmão.‖ OU ―Aquele menino ganhou um brinquedo caro de seu irmão.‖ Para realizarmos uma concordância nominal deveremos seguir algumas regras. REGRA GERAL Todas as palavras que se referem ao SUBSTANTIVO devem concordar com ele em GÊNERO (masculino/feminino) e NÚMERO (singular/plural). Exemplo: As nossas duas irmãs pequenas estão aí. artigo pronome numeral subst. adjetivo (fem/pl) (fem/pl) (fem/pl) (fem/pl) (fem/pl) OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 1 – UM ADJETIVO APÓS VÁRIOS SUBSTANTIVOS DO MESMO GÊNERO Há duas concordâncias possíveis: a) o adjetivo assume o gênero (masculino ou feminino) dos substantivos e VAI PARA O PLURAL. b) o adjetivo concorda em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) com o ÚLTIMO SUBSTANTIVO. Exemplos: Ela tem irmão e marido bonitos. masc/plural Ela tem irmão e marido bonito. concordou só com o último Se o adjetivo exercer a função sintática de PREDICATIVO, ele vai sempre para o PLURAL, para concordar com todos os substantivos. O irmão e o marido dela são bonitos. VL predicativo 2. UM ADJETIVO APÓS VÁRIOS SUBSTANTIVOS DE GÊNEROS DIFERENTES Há duas concordâncias possíveis: a) o adjetivo vai para o MASCULINO PLURAL. b) o adjetivo concorda em GÊNERO e NÚMERO com o ÚLTIMO SUBSTANTIVO. Existem argumento e razão justos. masc/plural Existem argumento e razão justa. concordou só com o último Existem razão e argumento justo. concordou só com o último Se o adjetivo tiver função de PREDICATIVO, ele vai obrigatoriamente para o PLURAL MASCULINO (concordando, portanto, com todos os substantivos). O argumento e a razão são justos. VL predicativo 3. UM ADJETIVO ANTES DE VÁRIOS SUBSTANTIVOS O adjetivo concorda somente com o primeiro substantivo. Ela tem boa memória e talento. Ela tem bom talento e memória. Obs.: Quando o adjetivo funciona como PREDICATIVO, ele pode concordar só com o primeiro substantivo ou ir para o plural. Ficou triste a aluna e o professor. Ficaram tristes a aluna e o professor. Ficou irritada a platéia e o cantor. Ficaram irritados a platéia e o cantor. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 12 4. UM E OUTRO (NUM E NOUTRO) + SUBSTANTIVO + ADJETIVO Neste caso, o SUBSTANTIVO fica no SINGULAR e o ADJETIVO vai para o PLURAL. Numa e noutra questão complicadas ele se subst. sing adj. plural confundia. 5. MESMO Essa palavra pode ser PRONOME ou ADVÉRBIO. Quando é pronome, concorda com a palavra que se refere. Ele mesmo resolveu o impasse. Ela mesma resolveu o impasse. Eles mesmos resolveram o impasse. Elas mesmas resolveram o impasse. Quando é ADVÉRBIO: (mesmo = realmente), é invariável. Os alunos resolveram mesmo o problema. As alunas resolveram mesmo o problema. 6. ANEXO ANEXO (anexa, anexos, anexas) é um ADJETIVO, por esse motivo deve concordar com o nome a que se refere. Enviamos anexos os documentos pedidos. Enviamos anexas as cópias pedidas. Enviamos anexo o documento pedido. Enviamos anexa a cópia pedida. Obs.: A locução EM ANEXO é invariável. Enviamos em anexo as cópias pedidas. A palavra INCLUSO faz concordância da mesma maneira que ANEXO. 7. OBRIGADO Essa palavra deve ser usada: a) no masculino quando o homem é quem está agradecendo. O namorado lhe disse: muito obrigado. b) no feminino quando a mulher é quem está agradecendo. A namorada lhe disse: muito obrigada. 8. BASTANTE Essa palavra pode ser PRONOME INDEFINIDO ou ADVÉRBIO. a) Quando for PRONOME, concorda com o substantivo a que se refere. (portanto pode ter plural) Como regra prática você pode substituir mentalmente pela palavra MUITO(S) ou MUITA(S). Ele ficou aqui bastante tempo. Ele ficou aqui muito tempo. Ela comprou bastantes vestidos. Ela comprou muitos vestidos. b) Quando for ADVÉRBIO, é invariável. Os alunos estavam bastante felizes. Repare que neste caso NÃO É POSSÍVEL substituir por MUITO(S) ou MUITA(S). 9. MEIO Essa palavra só pode ser NUMERAL ou ADVÉRBIO. a) Quando é NUMERAL (meio = metade), concorda com a palavra a que se refere. Ele tomou meio copo de vinho. Ele tomou meia garrafa de vinho. Eles tomaram dois meios copos de vinho. Eles tomaram duas meias garrafas de água. b) Quando é ADVÉRBIO (meio = um pouco), é invariável Ela ficou meio preocupada. Elas ficaram meio preocupadas. Ele ficou meio preocupado. Eles ficaram meio preocupados. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 13 10. SÓ Essa palavra vai para o PLURAL quando significa sozinhos ou sozinhas. Os noivos queriam ficar sós na viagem. Ela é INVARIÁVEL quando significa apenas / somente. Os noivos queriam ficar só no quarto. A locução A SÓS é invariável. Os noivos queriam ficar a sós no quarto. A noiva queria ficar a sós no quarto. O noivo queria ficar a sós no quarto. 11. É BOM, É PROIBIDO, É NECESSÁRIO + SUBSTANTIVO a) Essas expressões concordam com o substantivo a que se referem quando esse substantivo é precedido de artigo ou de pronome. É proibida a entrada. artigo substantivo É necessária muita paciência pronome substantivo b) Elas ficam invariáveis quando o substantivo não é precedido de artigo ou de pronome. É proibido entrada. invariável subst. sem artigo Laranja é bom para a saúde. subst. sem art. invariável 12. ALERTA E MENOS ALERTA é invariável, não tem plural. Os guardas estavam alerta. MENOS é invariável. Na corrida de ontem havia menos pessoas. CONCORDÂNCIA VERBAL A concordância do verbo com o sujeito é definida por regras que têm, no padrão culto da língua portuguesa, o ponto de referência para considerar ―certa‖ ou ―errada‖ uma determinada frase. Para o estudo da concordância verbal, deve-se levar em consideração: o sujeito da oração; a regra de concordância para esse sujeito. 1. REGRA GERAL O verbo concorda com o núcleo do sujeito simples em número (singular/plural) e pessoa (1 a , 2 a , 3 a ). Nós jamais fomos ao teatro. Molhavaa rua uma chuvinha fina e fria. 2. A MAIOR PARTE DE, GRANDE NÚMERO DE + NOME NO PLURAL O verbo pode ir para o singular ou para o plural. A maioria dos alunos votaram votou no colega. 3. MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE + NUMERAL O verbo concorda com o numeral. Cerca de dez alunos foram reprovados. Mais de um professor ficou aborrecido. 4. VERBO + PRONOME SE a) Se o pronome SE for PRONOME APASSIVADOR, o verbo concorda com o sujeito paciente (que está na frase). b) Se o pronome SE for ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO, o verbo fica na 3 a pessoa do singular. Aluga-se casa na praia. Alugam-se casas na praia. Precisa-se de secretária nesta loja. Precisa-se de secretárias do lar. 5. RELATIVOS QUE E QUEM a) Se o sujeito é o pronome QUE, o verbo concorda com o antecedente desse pronome. b) Se o sujeito é o pronome QUEM, o verbo pode ficar na 3 a pessoa do singular ou concordar com o antecedente desse pronome. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 14 Hoje sou eu que começo a partida. Foram os alunos quem colaram o cartaz. Foram os alunos quem colou o cartaz. 6. NOME PRÓPRIO NO PLURAL a) Se o NOME PRÓPRIO estiver COM ARTIGO, o verbo concorda com o artigo. b) Se o NOME PRÓPRIO estiver SEM ARTIGO, o verbo fica no singular. Os Alpes são montanhas belíssimas. Indianópolis é uma cidade mineira. 7. QUAL DE NÓS/VÓS? QUAIS DE NÓS/VÓS? ALGUM DE NÓS/VÓS a) Pronome interrogativo singular (QUAL, QUEM) ou indefinido singular (ALGUM, NENHUM, ALGUÉM) + DE NÓS ou DE VÓS — o verbo fica na 3 a pessoa do singular. b) Pronome interrogativo plural (QUAIS, QUANTOS) ou indefinido plural (ALGUNS, POUCOS, MUITOS) + DE NÓS ou DE VÓS — o verbo pode ficar na 3 a pessoa do plural ou concordar com NÓS/VÓS. Qual de nós falará com o diretor? Quais de nós contará contaremos a história a ele? Muitos dentre vós teriam teríeis pecado hoje. 8. PRONOME DE TRATAMENTO O verbo fica sempre na 3 a pessoa do singular. Vossa Senhoria irá comparecer à festa? Vossa Majestade sairá de carruagem? 9. SUJEITO COMPOSTO ANTES DO VERBO O verbo vai para o plural. Os carros e os caminhões são novos. a) Se os núcleos do sujeito forem SINÔNIMOS (ou quase sinônimos), o verbo pode ficar no singular ou no plural. A paz e a tranqüilidade reinavam reinava ali. b) Quando os núcleos do sujeito formam uma ENUMERAÇÃO GRADATIVA, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Um dia, uma hora, um minuto bastavam bastava para que ela contasse o segredo. c) Quando os núcleos do sujeito estão resumidos por TUDO, NADA, NINGUÉM, ALGUÉM, o verbo tem que, necessariamente ficar no singular. O medo, o temor, a ameaça, nada o deteria. d) Quando o sujeito apresenta a expressão UM e OUTRO, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Um e outro político falavam falava mentiras. 10. SUJEITO COMPOSTO DEPOIS DO VERBO O verbo pode ir para o plural ou concordar com o primeiro núcleo do sujeito. Brincavam na rua o menino e a menina. Brincava na rua o menino e a menina. 11. SUJEITO COMPOSTO DE PESSOAS GRAMATICAIS DIFERENTES a) Se aparecer a 1a pessoa do singular ou plural, o verbo vai para a 1 a pessoa do plural. Você, seu irmão e eu iremos viajar. b) Se entre as pessoas gramaticais não aparecer a 1a pessoa (singular ou plural) o verbo pode ir para a 2 a do plural ou para a 3 a do plural (vocês). Tu e o empregado na roça. 12. NÚCLEOS DO SUJEITO LIGADOS POR OU a) Se o OU indica exclusão, o verbo fica no singular. José ou Pedro fará a pergunta. b) Se o OU não indica exclusão, o verbo vai para o plural. O poder ou a riqueza sempre o atraiam. A CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER 1. SUJEITO E PREDICATIVO REFEREM-SE A COISAS istrabalhare otrabalharã RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 15 a) Sujeito e predicativo no singular o verbo SER fica no singular. Seu maior sonho era ser presidente. b) Sujeito e predicativo no plural o verbo SER fica no plural. Nossos sonhos são otimistas demais. c) Sujeito no singular e predicativo no plural (ou vice- versa) o verbo SER pode ficar no singular ou no plural. As acusações foram só um desabafo. As acusações foi só um desabafo. Obs.: Neste caso, embora as duas concordâncias estejam corretas, a tendência é colocar o verbo SER no plural. Obs.: Quando o sujeito é um dos pronomes ISSO, ISTO, AQUILO O (= aquilo) ou TUDO, a tendência é usar o verbo SER concordando com o predicativo plural. 2. SUJEITO OU PREDICATIVO REFEREM-SE A PESSOA O verbo SER sempre concorda com a pessoa. Na escola os alunos eram estudiosos. 3. PRONOME PESSOAL COMO SUJEITO OU PREDICATIVO O verbo SER concorda com o pronome pessoal. O culpado não sou eu. Vós não sereis julgado. 4. NA INDICAÇÃO DE HORAS, DISTÂNCIAS E DATAS Na indicação de HORAS e DISTÂNCIAS, o verbo SER concorda com a expressão numérica. Daqui a São Paulo são seiscentos quilômetros. Agora são oito horas da noite. Hoje é dia 1 o de abril. Hoje é 1 o de abril. Hoje é 31 de março. Hoje são 31 de março. Obs.: na indicação de DATAS, o verbo SER concorda com a palavra dia(s) que pode estar expressa ou subentendida na frase. 5. É MUITO, É POUCO, É DEMAIS Nessas expressões, usadas para indicar QUANTIDADE (preço, peso, medida, etc.) o verbo SER fica sempre no singular. Dois ovos é pouco para fazer o bolo. Mil cruzeiros é muito por esta maçã. Dez arrobas é pouco na idade do boi. VERBOS IMPESSOAIS 1. HAVER Quando tiver sentido de EXISTIR ou ACONTECER é um verbo IMPESSOAL, isto é, sem sujeito, por isso fica sempre na 3 a pessoa do singular. Não havia mais vagas na escola. Não devia haver mais vagas na sala. Amanhã haverá um jantar festivo. Amanhã haverá duas aulas de direito constitucional. 2. FAZER O verbo FAZER é impessoal quando usado na indicação de TEMPO DECORRIDO (ou A DECORRER). Neste caso o verbo ficará na 3 a pessoa do singular. Hoje faz três meses que eu desquitei. Vai fazer duas horas que eu te espero. O USO DOS PORQUÊS Grafa-se "POR QUE" (separado e sem circunflexo) em dois casos: a) Nas frases interrogativas (não no fim). EXEMPLOS: Por que saíste agora? E nós, por que ficamos? Quando for substituível por "pelo qual", "pela qual", "pelos quais", "pelas quais". EXEMPLO: As dificuldades por que passei foram muitas. (As dificuldades pelas quais passei foram muitas) Grafa-se "POR QUÊ" (separado e com circunflexo), quando essa expressão estiver antes de um ponto final. (interrogativo ou não EXEMPLOS: Saíste agora por quê? Ninguém sabe por quê . Grafa-se "PORQUÊ" (junto e com circunflexo) quando essa palavra estiver substantivada (antecedida de artigo). EXEMPLOS: O porquê da questão não foi esclarecido. Um porquê pode ser grafadode quatro modos. Grafa-se "PORQUE" (junto e sem circunflexo) nos de- mais casos. EXEMPLOS: Não fui à aula, porque estava doente. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 16 SENÃO OU SE NÃO Quando que eu uso junto e quando eu uso separado? VEJA: Se não der para você vir, não tem problema. Caso não der para você vir, não tem problema. As duas orações acima não têm o mesmo sentido? Agora, observe: O que é isso, senão uma briga? O que é isso, caso não uma briga?????? A substituição feita acima de ―senão‖ por ―caso não‖ foi insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem sentido! Logo, percebemos que ―se não‖ e ―senão‖ NÃO pos- suem o mesmo significado, uma vez que não podem ser substituídos pela mesma expressão. Use ―se não‖ (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por ―caso não‖, ―quando não‖ ou quando a conjunção ―se‖ for integrante e estiver in- troduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa. Use ―senão‖ quando puder substituir por ―do contrá- rio‖, ―de outro modo‖, ―caso contrário‖, ―porém‖, ―a não ser‖, ―mas sim‖, ―mas também‖. Bom, vejamos em exemplos: SENÃO 1) Luta, senão estás perdido. (do contrário / de outro modo) 2) Não era ouro nem prata, senão ferro. (mas sim) 3) Ninguém, senão os irmãos Correa, comparece- ram à cerimônia. (exceto / salvo / a não ser) 4) Não encontrei um senão na apresentação da pe- ça. (defeito / falha) SE NÃO: Usa-se em frases que indicam condição, alternativa, incerteza, dúvida. 5) Se não for possível despachar a mercadoria, telefone-me. (condição) 6) Havia dois jogadores, se não três. (incerteza) Nota: Após os vocábulos "eis" e "dai", subentende-se a palavra "motivo" o que justifica a grafia da palavra separadamente. EXEMPLOS: Daí por que não aceitei as reclamações. (Daí o motivo pelo qual não aceitei as reclamações). Eis por que sou muito feliz. (Eis o motivo pelo qual sou muito feliz). REGÊNCIA NOMINAL Acostumado a, com Curioso de Afável com, para com Desgostoso com, de Afeiçoado a, por Desprezo a, de, por Aflito com, por Devoção a, por, para com Alheio a, de Devoto a, de Ambicioso de Dúvida em, sobre, acerca de Amizade a, por, com Empenho de, em, por Amor a, por Falta a, com, para com Ansioso de, para, por Imbuído de, em Apaixonado de, por Imune a, de Atencioso com, para com Inclinação a, para, por Apto a, para Incompatível com Aversão a, por Junto a, de Ávido de, por Preferível a Conforme a Propenso a, para Constante de, em Próximo a, de Constituído com, de, por Respeito a, com, de, por, para com Contemporâneo a, de Situado a, em, entre Contente com, de, em, por Último a, de, em Cruel com, para, para com Único a, em, entre, sobre A OU HÁ Se o há equivale a faz – ambos indicam, no caso, tempo de- corrido e deve ser escrito com H, pois é conjugação do verbo HAVER. Estou em São Paulo há (faz) vários anos. Há quanto tempo você está aqui? Usa-se o A quando a projeção se faz para o futuro ou quando a indicação for de distância. Estou A 15 dias de minha forma- tura. Daqui A pouco irei embora. Ele está A dois metros da- qui. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 17 ACORDO ORTOGRÁFICO Mudanças no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapareci- do da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era Como fica Como era Como fica agüentar aguentar freqüente frequente argüir arguir lingüeta lingueta bilíngüe bilíngue lingüiça linguiça cinqüenta cinquenta qüinqüênio quinquênio delinqüente delinquente sagüi sagui eloqüente eloquente seqüência sequência ensangüentado ensanguentado seqüestro sequestro eqüestre equestre tranqüilo tranquilo Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estran- geiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. Mudanças nas regras de acentuação 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica Como era Como fica alcalóide alcaloide estóico estoico alcatéia alcateia estréia estreia andróide androide estréio (verbo estrear) estreio apóia (verbo apoiar) apoia geléia geleia apóio (verbo apoiar) apoio heróico heroico asteróide asteroide idéia ideia bóia boia jibóia jiboia celulóide celuloide jóia joia clarabóia claraboia odisséia odisseia colméia colmeia paranóia paranoia Coréia Coreia paranóico paranoico debilóide debiloide platéia plateia epopéia epopeia tramóia tramóia Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxí- tonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxí- tonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: pa- péis, herói, heróis, troféu, troféus. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Como era Como fica baiúca baiuca bocaiúva bocaiuva cauíla cauila feiúra feiura Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo perdôo (verbo perdoar) perdoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos zôo zoo 4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. VOCÊ É AFIM OU ESTÁ A FIM? Convém não confundir. AFIM que equivale a TER AFINIDADE, SEMELHANÇA OU PA- RENTESCO: Esses funcionários desempenham funções afins. São indivíduos de famílias afins. O espanhol e o romeno são línguas afins com o português. Quais são as ciências afins com a química? O P e o T são consoantes afins na articulação. A FIM equivale a PARA, COM A FINALIDA- DE DE: Fui lá a fim de ajudar, e não de atrapalhar. Saímos a fim de nos divertirmos. A maioria dos jovens usa afim sem perceber a di- ferença, basta ver nos ―blogs, MSN, ORKUT e outros.: Vou ao cinema, Mônica. Estás ―afim‖? Você está ―afim de‖ me namorar? Rosana está muito ―afim de‖ você, Rodrigo. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 18 Como era Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao pólo Norte. Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.Esse gato tem pelos brancos. Esse gato tem pêlos brancos Comi uma pêra. Comi uma pera. Atenção: � Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do in- dicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. � Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. � Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. � É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenci- ar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do a- cento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indi- cativo dos verbos arguir e redarguir. 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do im- perativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: • verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxá- guam; enxágue, enxágues, enxáguem. • verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delín- quem; delínqua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas dei- xam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): • verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. • verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delin- quem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primei- ra, aquela com a e i tônicos. Uso do hífen Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leito- res, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em pa- lavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero agro além ante aquém arqui Auto circum contra entre Ex extra eletro hiper Infra inter hidro mini Multi neo macro proto Pós pré micro retro Sub super pluri sobre vice supra pseudo ultra semi tele anti co geo intra pan pró etc. 1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-herói anti-higiênico anti-histórico macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano extra-humano 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semicírculo RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 19 semideus seminovo ultramoderno Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, dupli- cam-se essas letras. Exemplos: antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente ultrassom 5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista micro-ondas anti-inflacionário anti-inflamatório micro-ônibus auto-observação contra-almirante semi-internato contra-atacar contra-ataque semi-interno 6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado inter-racial super-racista inter-regional sub-bibliotecário super-reacionário super-resistente super-romântico Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo hiperacidez 8. Com os prefixos: ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra 9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi- guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu anajá-mirim capim-açu. 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propria- mente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perde- ram a noção de composição. Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé 12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na casa, conta – -- se que ele foi viajar. O diretor recebeu ex – -- alunos. RESUMO Emprego do hífen com prefixos Regra básica Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem. Outros casos 1. Prefixo terminado em vogal: • Sem hífen diante de vogal diferente:autoescola, antiaéreo. • Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: antepro- jeto, semicírculo. • Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antir- racismo, antissocial, ultrassom. • Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante: • Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário. RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) hamilton.furtado@terra.com.br 20 • Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico. • Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. Observações 1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de pa- lavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo ele- mento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc. 5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perde- ram a noção de composição, como: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc. 6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
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