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RESUMÃO DE GRAMÁTICA COM ACORDO ORTOGRAFICO

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Prévia do material em texto

RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) 
 hamilton.furtado@terra.com.br 1 
R E S U M O E S Q U E M Á T I C O D E A N Á L I S E S I N T Á T I C A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*OBS: (VTD ou VTDI) + SE o sujeito é passivo e o SE = partícula apassivadora 
 
**OBS: para acharmos o sujeito, fazemos a pergunta QUE(M) É QUE para o verbo / locução verbal 
 
V 
 
E 
 
R 
 
B 
 
O 
TRANSITIVO 
Direto Quem ____ , ____ 
 
 
 
 
Indireto Quem ___ , ___ 
 
 
 
 
Direto e indireto Quem ___ , ___ 
Alguém 
Alguma coisa 
Objeto Direto (OD) 
a 
de Alguém 
com Alguma coisa 
para 
sobre 
Objeto Indireto (OI) 
Alguém 
Alguma coisa 
a 
de Alguém 
com Alguma coisa 
para 
sobre 
O. D. O. I. 
INTRANSITIVO Quem ____ , ____. (Adjunto Adverbial de.........) ? (AA__) 
S 
 
U 
 
J 
 
E 
 
 I 
 
T 
 
O 
DETERMINADO 
(ATIVO OU PASSIVO) 
Simples – (um só núcleo) 
 
 
Composto – (mais de um núcleo) 
 
Oculto – (implícito na desinência verbal – elíptico – desinencial) 
 
agente 
paciente 
agente e paciente 
INDETERMINADO 
INEXISTENTE 
(oração sem suj.) 
Verbos na 3
a
 P.P. (desde que nada tenha sido falado dele antes) 
 
V.T.I. + SE 
V.I. + SE partícula de indeterminação do sujeito 
V.L. + SE 
Verbos que indicam fenômeno da Natureza (impessoais) 
3ª pessoa do singular qualquer pessoa 
Verbo HAVER = EXISTIR, acontecer, decorrer, realizar-se 
Verbo Transitivo Direto Verbo Intransitivo 
Verbos SER, ESTAR, FAZER, PASSAR = tempo decorrido 
LIGAÇÃO liga a 
 
Alguém 
Alguma coisa 
um estado 
uma qualidade 
um modo de ser 
PREDICATIVO 
DO SUJEITO 
(PS) 
SUJEITO 
Sujeito 
Ativo 
VTD 
VTDI 
OD OI 
Sujeito 
Passivo 
Locução 
Verbal 
Agente da 
Passiva 
OI 
Lembre-se de usar este es-
quema para você não con-
fundir OBJETO INDI-
RETO com COMPLE-
MENTO NOMINAL 
VOZ ATIVA 
VOZ PASSIVA 
ESTES VERBOS 
ESTARÃO SEMPRE 
NA 3ª P.S. 
RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) 
 hamilton.furtado@terra.com.br 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 COMPLEMENTO NOMINAL 
 
 
 
 
 
 
AGENTE 
DA PASSIVA 
 
 
 
Os pronomes oblíquos átonos LHE, LHES funcionam normalmente como OBJETO INDIRETO. Os pronomes oblíquos á-
tomos O, A, OS, AS, (ou variações) funcionam normalmente como OBJETO DIRETO. 
Os demais pronomes átonos ME, TE, SE, NOS, VOS, podem funcionar ora como OBJETO DIRETO ora como OBJETO 
INDIRETO dependendo do verbo que completam. 
Uma das maneiras de sabermos se o pronome está funcionando como OBJETO DIRETO ou OBJETO INDIRETO é substi-
tuí-lo por O HOMEM ou AO HOMEM; quando a substituição for por O HOMEM, este pronome estará funcionando como 
OBJETO DIRETO e quando a substituição for por AO HOMEM, o pronome terá a função de OBJETO INDIRETO. 
 
Disse-ME algo. Disse algo AO HOMEM ME = OBJETO INDIRETO 
Deixou-ME na sala Deixou O HOMEM na sala ME = OBJETO DIRETO 
 
 
 
 caracteriza ou determina o nome a que se liga 
 adjetivos 
 artigos 
ADJUNTO ADNOMINAL pode ser representado por pronomes adjetivos 
 (aa) numerais 
 locução ou expressões adjetiva 
 
 
 
 
MODO verbo + COMO? 
TEMPO verbo + QUANDO? 
LUGAR verbo + ONDE 
ADJUNTO ADVERBIAL INTENSIDADE verbo + com que INTENSIDADE? 
(AA_) CONDIÇÃO verbo + em que CONDIÇÃO? 
INSTRUMENTO verbo + com que COISA? 
etc 
 
VOCATIVO  termo usado para chamar, interpelar alguém ou alguma coisa (não tem função sintática) 
 
APOSTO  explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo (geralmente entre vírgulas, dois pontos ou traves-
são). Pode vir precedido das expressões explicativas ISTO É, A SABER. 
 
 
 
P 
R 
E 
D 
I 
C 
A 
D 
O 
 
Nominal núcleo é um NOME (subs. , adj., pron.) – o verbo é de ligação 
 
 
 Transitivo direto 
Verbal núcleo é um VERBO Transitivo indireto 
 Intransitivo 
 Transitivo direto e indireto 
 
 
 
VERBO-NOMINAL dois núcleos (um verbal outro nominal) 
seguido ou não de 
complemento ou 
termos acessórios 
 V.I.+ P.S. 
V.T.D + P.S. ou P.O. 
V.T.I.+ P.S. ou P.O. 
V.T.D.I + P.S. ou P.O. 
predicativo 
 Sempre ligado a um NOME (adj. , adv., subst. (ABSTRATO) 
 Sempre precedido de preposição 
 Geralmente o nome a que se liga tem o mesmo radical de um VT 
 SEMPRE PACIENTE DA AÇÃO DO NOME 
 corresponde ao sujeito na voz ativa e pode ser expresso por um substantivo ou pronome. 
 complemento de um verbo na voz passiva; representa o ser que pratica a ação expressa 
pelo verbo passivo. 
 comumente vem regido pela preposição POR e às vezes pela preposição DE; 
 
RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) 
 hamilton.furtado@terra.com.br 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O R A Ç Õ E S S U B O R D I N A D A S 
SUBSTANTIVA ADJETIVA ADVERBIAL 
 SUBJETIVA 
 PREDICATIVA 
 OBJETIVA DIRETA 
 OBJETIVA INDIRETA 
 COMPLETIVA NOMINAL 
 APOSITIVA 
 
 RESTRITIVA 
 EXPLICATIVA 
 
1. CAUSAL 
2. CONDICIONAL 
3. CONFORMATIVA 
4. CONCESSIVA 
5. CONSECUTIVA 
6. COMPARATIVA 
7. FINAL 
8. PROPORCIONAL 
9. TEMPORAL 
 
PRONOMES RELATIVOS 
 
 QUE 
 QUEM 
 ONDE 
 O QUAL – OS QUAIS 
 A QUAL – AS QUAIS 
 CUJO – CUJOS 
 CUJA – CUJAS 
 QUANTO - QUANTA 
1. PORQUE, VISTO QUE, COMO ......... 
2. SE, DESDE QUE, A MENOS QUE ........ 
3. CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE, ..... 
4. EMBORA, AINDA QUE, APESAR DE QUE, 
5. QUE (PRECEDIDA DE INTENSIDADE) 
6. TANTO QUANTO, TAL QUE, MAIS DO QUE 
7. PARA QUE, A FIM DE QUE, ........................ 
8. À MEDIDA QUE, À PROPORÇÃO QUE, ......... 
9. QUANDO, LOGO QUE, ASSIM QUE, ......... 
O R A Ç Õ E S C O O R D E N A D A S 
AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SEMPRE DEPENDEM DE UMA 
OUTRA ORAÇÃO CHAMADA DE ORAÇÃO PRINCIPAL 
SÃO SUBSTITUÍVEIS 
POR ISTO, ESTE, 
ESTA 
INICIAM POR 
PRONOME 
RELATIVO 
OBSERVAR O SENTI-
DO DADO PELAS 
CONJUNÇÕES 
ASSINDÉTICA 
(sem conjunção) 
SINDÉTICA 
1. ADITIVA 
2. ADVERSATIVA 
3. ALTERNATIVA 
4. CONCLUSIVA 
5. EXPLICATIVA 
1. E, NEM, MAS TAMBEM... 
2. MAS, PORÉM, TODAVIA... 
3. OU...OU, ORA...ORA ... 
4. LOGO, PORTANTO, 
POIS (APÓS O VERBO) 
5. PORQUE, QUE, 
POIS (ANTES DO VERBO) 
 
NÃO É ORA-
ÇÃO PRIN-
CIPAL 
OBSERVAR O 
SENTIDO DA-
DO PELAS 
CONJUNÇÕES 
RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) 
 hamilton.furtado@terra.com.br 4 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
 A REGÊNCIA VERBAL é a relação existente 
entre o verbo (termo regente) e o complemento (termo 
regido). 
 Alguns verbos possuem mais de um significado e, 
a cada um dos seus significados termos uma regência 
diferente; isto quer dizer que em uma determinada frase ou 
oração o verbo poderá ser transitivo, intransitivo ou 
ligação. 
 
O médico ASSISTIU o doente no hospital. 
O público ASSISTIU ao espetáculo teatral. 
O homem ASSISTE emsua cidade natal. 
Questões jurídicas não ASSISTEM ao médico. 
 
 No 1
o
 exemplo, o verbo ASSISTIR significa ajudar 
e é TRANSITIVO DIRETO; no 2
o
 exemplo, o verbo 
ASSISTIR significa ver e é TRANSITIVO INDIRETO; o 3
o
 
exemplo tem o verbo ASSISTIR com o significado de 
morar e é INTRANSITIVO; no último exemplo o verbo 
ASSISTIR está com o significado de ser da competência 
de e é TRANSITIVO INDIRETO. 
 Vejamos a seguir a regência de alguns verbos 
mais comuns: 
 
ASPIRAR 
respirar = T. D. 
desejar, ter em vista = T. I. 
ASSISTIR 
socorrer = T. D. 
presenciar, ver = T. I. 
morar = INT. 
ser da competência = T. I. 
AVISAR T. D. e I. 
OBEDECER 
DESOBEDECER 
T. I. 
ESQUECER 
LEMBRAR 
T. D. 
ESQUECER-SE 
LEMBRAR-SE 
T. I. 
INFORMAR T. D. e I. 
NAMORAR T. D. 
PERDOAR 
(alguma coisa) = T. D. 
(a alguém) = T. I. 
PAGAR 
(alguma coisa) = T. D. 
(a alguém) = T. I. 
PREFERIR T. D. e I. (sempre com a prep. A) 
QUERER 
desejar = T. D. 
estimar = T. I. 
PROCEDER 
originar = INTRANSITIVO 
dar início = T. I. 
ter fundamento = INTRANS. 
VISAR 
pretender = T. I. 
mirar = T. D. 
pôr visto = T. D. 
 
 
 
 
 
 
 
CRASE 
 
 CRASE é o nome dado à reunião, à fusão de a 
(preposição) + a(s) (artigo). Também ocorrerá a crase 
quando tivermos os pronomes demonstrativos aquele ou 
aquela, os pronomes relativos a qual, as quais, os 
pronomes demonstrativos a ou as (significando aquela, 
aquelas) e seu termo antecessor exigir a preposição A 
A crase é indicada pelo acento grave (`). 
 Portanto para saber se ocorre ou não a crase 
você deve verificar se a palavra que antecede o A pede 
preposição A e se a palavra seguinte admite o artigo A 
ou AS. 
 
O artista chegou à cidade ontem. 
 
 Quem chega a algum lugar. Logo o verbo chegar 
rege a preposição a. O substantivo cidade admite o 
artigo a. Portanto, ocorre a fusão de a + a. 
 Para facilitar sua descoberta da ocorrência ou não 
de crase, você pode utilizar alguns artifícios: 
 
1. substituir a palavra feminina que ocorre depois do a 
por uma palavra masculina correspondente. Se 
aparecer AO ou AOS diante da palavra masculina, a 
crase está confirmada. 
O artista chegou à cidade. 
O artista chegou ao campo. 
2. substituir o a por para a(s). Se ocorrer para a(s), a 
crase está confirmada. (Tenha atenção com esta 
substituição) 
A destruição da floresta é uma agressão à natureza. 
A destruição da floresta é uma agressão para a natureza. 
3. substituir o verbo IR pelo verbo VOLTAR. Se aparecer 
a expressão VOLTAR DA, então ocorre crase. 
Devia ir a São Paulo. Devia ir à Bahia. 
Devia voltar de São Paulo. Devia voltar da Bahia. 
 
Obs.: se o nome da cidade vier especificado, ocorrerá a 
crase. ( Devia ir à São Paulo da garoa. Gostaria de ir à 
Roma antiga.) 
 
NÃO SE USA CRASE 
1. antes de palavra masculina. 
2. com palavras repetidas. (dia a dia, mês a mês, frente 
a frente etc) 
3. antes de verbo. 
4. antes de pronome pessoal. 
5. antes de pronome de tratamento (EXCEÇÃO 
SENHORA, SENHORITA E DONA). 
6. antes do pronome interrogativo A QUAL. 
7. antes dos artigos indefinidos UMA, NINGUÉM 
8. antes de ESTA e ESSA. 
9. antes da palavra casa (onde você mora). 
10. antes da palavra terra (oposto de bordo). 
11. antes dos pronomes relativos QUEM CUJA 
 
Obs.: evidentemente se o pronome admitir artigo haverá 
crase. (Refiro-me À MESMA pessoa. Interessava 
À PRÓPRIA candidata.) 
Obs.: quando um A (sem o s de plural) estiver diante de 
uma palavra no plural não ocorrerá crase, em caso 
contrário a crase é obrigatória. (Refiro-me A alunas 
interessadas. Refiro-me ÀS alunas interessadas.) 
 
A CRASE É OBRIGATÓRIA 
1. nas locuções adverbiais femininas. (à noite, à tarde, 
às pressas, à procura, à toa etc) 
2. nas locuções prepositivas femininas. 
3. nas locuções conjuntivas femininas. 
4. nas locuções indicando à moda de. (mesmo 
subentendida) 
5. na indicação das horas (desde que possamos 
substituir o número das horas por AO MEIO DIA) 
Você deve sempre se lembrar de que a 
TRANSITIVIDADE depende sempre do con-
texto. Por isso, JAMAIS a decore. 
RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) 
 hamilton.furtado@terra.com.br 5 
A CRASE É FACULTATIVA 
 
1. junto aos pronomes possessivos femininos. 
2. diante de nomes próprios femininos. 
(antes de nomes próprios (masculino ou feminino) o uso 
do artigo é facultativo) 
3. depois da palavra ATÉ. 
 
 
 
 
 
VERBO 
 
 VERBO é uma palavra que exprime ação estado, 
fato ou fenômeno. 
 O VERBO apresenta as variações de NÚMERO, 
de PESSOA, de MODO, de TEMPO e de VOZ. 
 
 
 NÚMERO – como as outras palavras variáveis, o 
verbo admite dois números: o SINGULAR e o PLURAL. 
Dizemos que um verbo está no singular quando ele se re-
fere a uma só pessoa ou coisa e, no plural, quando tem 
por sujeito mais de uma pessoa ou coisa. 
 
 Singular – estudo – estudas – estuda 
 Plural – estudamos – estudais – estudam 
 
 
 
PESSOA – o verbo possui três pessoas relacionadas 
com a pessoa gramatical que lhe serve de sujeito. 
 
 1a pessoa – é aquela que fala (eu e nós). 
 2a pessoa – é aquela a quem se fala (tu e vós). 
 3a pessoa – é aquela de quem se fala (ele, ela, eles, 
elas). 
 
 
MODO – são as diferentes formas que toma o verbo 
para indicar a atitude (de certeza, de dúvida, de suposição, 
de mando etc.) da pessoa que fala em relação ao fato que 
enuncia. 
 Em português, há três modos: 
 Indicativo – apresenta o fato de um modo real, certo, 
positivo. 
 Subjuntivo – expressão de um desejo, apresenta o 
fato como possível ou duvidoso. 
 Imperativo – apresenta o fato como objeto de uma 
ordem, conselho, exortação ou súplica. 
 
 
 
São FORMAS NOMINAIS do verbo: 
Infinitivo – equivale a um substantivo e pode ser: 
 
 Impessoal – quando não se refere a uma pessoa 
gramatical, isto é, quando não tem sujeito. 
 Pessoal – quando se refere a uma pessoa gramatical, 
ou seja quando tem sujeito próprio. 
 Gerúndio – equivale a um advérbio ou a um adjetivo 
em forma oracional. 
 Particípio – corresponde a um adjetivo e, como tal, 
pode flexionar-se, em certos casos, em número e em 
gênero. 
 Tempo – é a variação que indica o momento em que 
se dá o fato expresso pelo verbo. 
 
 
TEMPOS VERBAIS 
Os três tempos naturais são o PRESENTE (indica o 
momento em que se fala); o PRETÉRITO (ou PASSADO) 
(indica um fato ocorrido antes do momento que se fala); 
FUTURO (indica um fato que ocorrerá após o momento 
que se fala). 
 
 O PRESENTE é indivisível. 
 
 O PRETÉRITO subdivide-se em: 
 
 Imperfeito – exprime um processo anterior ao ato da 
fala, com duração no tempo, podendo ocorrer com va-
lor de futuro do pretérito. 
 Perfeito – exprime um processo anterior ao ato da fa-
la, totalmente concluído, sem duração no tempo. 
 Mais-que-perfeito – exprime um processo anterior a 
um processo passado. Pode ocorrer com valor de fu-
turo do pretérito ou com valor de imperfeito do subjun-
tivo. 
 
O FUTURO subdivide-se em: 
 
 do presente – exprime um processo posterior ao 
momento em que se fala. Pode ocorrer com valor de 
presente, exprimindo dúvida. Pode também ocorrer 
com valor de imperativo. 
 do pretérito – exprime um processo posterior a um 
tempo passado. Pode ocorrer com valor de presente, 
exprimindo modéstia ou cerimônia. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
 
 REGULARES: são aqueles que mantêm o radical 
inalterado durante a conjugação; suas desinências são idênti-
cas às do verbo paradigma, que é modelo da conjugação. 
 IRREGULARES: são os que sofrem modificação 
no radical ou os que têm a desinência diferente daquela 
apresentadapelo verbo paradigma. A conjugação no pre-
sente e no pretérito perfeito do indicativo já nos permite 
saber se o verbo é regular ou irregular. 
 ANÔMALOS: são os que, durante a conjugação, 
apresentam radicais distintos. Existem apenas dois: SER e 
IR. 
 DEFECTIVOS: são os que não têm a conjugação 
completa, falta-lhes pelo menos uma das pessoas. 
 ABUNDANTES: são os que têm duas ou mais for-
mas equivalentes, geralmente de particípio. 
 
 
CONJUGAÇÕES 
 
 São três as conjugações, caracterizadas pela vo-
gal temática: 
 
 1a conjugação: caracterizada pela vogal temática A. 
 2a conjugação: caracterizada pela vogal temática E. 
 3a conjugação: caracterizada pela vogal temática I. 
 
Obs.: o verbo PÔR, assim como seus derivados (DISPOR, 
ANTEPOR, REPOR ETC), pertence à 2
a
 conjugação. Sua 
forma atual não apresenta vogal temática. 
 
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO VERBO 
 Uma forma verbal pode ser constituída de todos 
os seguintes elementos: 
RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) 
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 Radical: é o elemento portador do significado; é a 
parte do verbo que sobra, quando retiradas as termi-
nações AR, ER, IR. 
 Vogal temática: é o elemento que caracteriza as con-
jugações. São três: A, E, I. 
 Tema: é o radical acrescido da vogal temática. É o e-
lemento que recebe as desinências. 
 Desinência modo temporal: é o elemento que indica 
o tempo e o modo. 
 Desinência número pessoal: é o elemento que se 
flexiona e identifica a pessoa e o número. 
 
ESTUDO SOBRE TEMPOS 
VERBAIS 
 
A categoria de tempo, exclusiva dos verbos, serve pa-
ra situar o processo verbal em relação ao momento da 
fala. Assim, existem basicamente, tempos verbais: 
 Presente: indica o processo verbal que ocorre 
simultaneamente ao momento da fala. 
 Passado: indica o processo verbal que ocorreu 
antes do ato da fala. 
 Futuro: indica o processo verbal que vai ocorrer 
depois do momento da fala. 
Mas existem situações em que o uso dos 
tempos verbais extrapola os limites acima explana-
dos. Neste caso, temos usos especiais, os quais vere-
mos a seguir. 
 
 
 
O presente do indicativo também é usado para: 
 indicar fatos ou estados permanentes, ou seja, 
exprimir fatos históricos ou verdade científica, um 
axioma. Exs: 
A Lua é um satélite. 
Os italianos imigram para o Brasil no início do 
século XX. 
Nosso planeta gira em torno do próprio eixo. 
 
 indicar uma ação ou fato habitual. Exs: 
Não trabalho aos sábados. 
Ela almoça todos os sábados naquele restaurante. 
 
 indicar fato futuro bastante próximo, quando se 
tem certeza de que ele ocorrerá, geralmente a-
companhado de um adjunto adverbial de tempo 
para evitar ambigüidades. Exs: 
Amanhã telefono para você. 
Ele vai ao cinema amanhã. 
 
 indicar um tempo não-determinado, geralmente 
um ditado. Exs: 
A verdade sempre vence. 
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. 
 substituir o imperativo, indicando, numa lingua-
gem afetuosa, mais um pedido do que uma ordem. 
Exs: 
Você me faz um favor? (Faça-me um favor?) 
Expressa um fato acabado, concluído no passado. 
É usado para: 
 indicar um fato ou processo em andamento, ainda 
não concluído. Ex: 
Há oito dias que relampejava nas cabeceiras. 
 
 indicar um fato habitual. Ex: 
A cheia tardava mas sempre vinha. 
 
 fazer uma afirmação ou um pedido, de forma cor-
tês. Ex: 
Queria que você soubesse que estamos do seu la-
do. 
 
 descrever um fato como se nos transportássemos 
para o tempo passado em que ele ocorrera. Ex: 
A canoa já estava calafetada e pintada de novo. 
É usado para: 
 expressar um fato anterior a outro fato passado. 
Ex: 
Eu esperara aquele espetáculo desde que era cri-
ança. 
 
 indicar um fato situado no passado, de maneira 
vaga. Ex: 
Meu avô passara muitas noites em claro. 
 
 expressar um desejo. Ex: 
Quem me dera assistir àquele espetáculo nova-
mente. 
PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO 
PRESENTE DO INDICATIVO 
PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO 
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO 
INDICATIVO 
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 hamilton.furtado@terra.com.br 7 
É usado para: 
 indicar um fato futuro certo ou provável. Exs: 
Ele será um carpinteiro. 
Amanhã desembarcarão os campeões. 
 
 exprimir dúvida ou incerteza sobre fatos atuais. 
Ex: 
Será que ele ainda lembra do endereço? 
 
 exprimir um desejo ou uma ordem, caso em que 
possuir valor imperativo. Exs: 
Não matarás. 
Você não chegará mais atrasado. 
 
 indicar um fato que ocorrerá com certeza. Ex: 
Amanhã vou entregar os trabalhos. 
É usado para: 
 exprimir um fato futuro tomado em relação a um 
fato passado. Ex: 
Ele me afirmou que não compareceria à confe-
rência. 
 
 exprimir dúvida ou incerteza sobre fatos passa-
dos. Ex: 
Naquela época, ela teria uns quarenta anos. 
 
 indicar desejo presente, na linguagem polida. Ex: 
Você me faria um favor? 
 
 indicar surpresa ou indignação em certas frases 
interrogativas ou exclamativas. Ex: 
Nunca diria uma coisa destas. 
 
 indicar fatos não realizados, ou que não se reali-
zarão, dependentes de condição. Ex: 
Se ela me convidasse, eu iria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 São três as conjugações, caracterizadas pela vogal te-
mática: 
 1a conjugação: caracterizada pela vogal temática A. 
 2a conjugação: caracterizada pela vogal temática E. 
 3a conjugação: caracterizada pela vogal temática I. 
 
Obs.: o verbo PÔR, assim como seus derivados, pertence à 
2
a
 conjugação. Sua forma atual não apresenta vogal temá-
tica. 
 
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO VERBO 
 Uma forma verbal pode ser constituída de todos 
os seguintes elementos: 
 
 Radical: é o elemento portador do significado; é a 
parte do verbo que sobra, quando retiradas as termina-
ções AR, ER, IR. 
 Vogal temática: é o elemento que caracteriza as con-
jugações. São três: A, E, I. 
 Tema: é o radical acrescido da vogal temática. É o e-
lemento que recebe as desinências. 
 Desinência modo temporal: é o elemento que indica 
o tempo e o modo. 
 Desinência número pessoal: é o elemento que se fle-
xiona e identifica a pessoa e o número. 
 
Nos quadros a seguir você terá os elementos mórficos 
dissociados. 
 
 
PARTICÍPIOS DUPLOS 
 
 
 
 
 
VERBO 
PARTICÍPIO 
REGULAR 
PARTICÍPIO 
IRREGULAR 
aceitar aceitado aceito 
entregar entregado entregue 
expressar expressado expresso 
expulsar expulsado expulso 
isentar isentado isento 
limpar limpado limpo 
matar matado morto 
pegar pegado pego 
salvar salvado salvo 
soltar soltado solto 
acender acendido aceso 
benzer benzido bento 
eleger elegido eleito 
prender prendido preso 
suspender suspendido suspenso 
imprimir imprimido impresso 
submergir submergido submerso 
FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO 
FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO 
CONJUGAÇÕES 
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1. Representa o RADICAL. 
2. Representa a VOGAL TEMÁTICA. 
3. Representa a DESINÊNCIA MODO TEMPORAL. 
4. Representa a DESINÊNCIA NÚMERO PESSOAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRESENTE DO 
INDICATIVO 
 PRETÉRITO PER- 
FEITO DO INDI-
CATIVOam — — o am e — i 
am a — s am a — ste 
am a — — am o — u 
am a — mos am a — mos 
am a — is am a — stes 
am a — m am a — ram 
1 2 3 4 1 2 3 4 
FUTURO DO SUB-
JUNTIVO 
Am a r — 
Am a r es 
Am a r — 
Am a r mos 
Am a r des 
Am a r — 
Am a r es 
1 2 3 4 
PRETÉRITO IM-
PERFEITO DO 
INDICATIVO 
 PRETÉRITO 
MAIS-QUE-
PERFEITO 
DO INDICATIVO 
am a va — am a ra — 
am a va s am a ra s 
am a va — am a ra — 
am á va mos am á ra mos 
am á ve is am á re is 
am a va m am a ra m 
1 2 3 4 1 2 3 4 
IMPERATIVO A-
FIRMATIVO 
(não tem a 1
a
 pessoa 
do singular) 
- - - - 
Am a — — 
Am — e — 
Am — e mos 
Am a — i 
Am — e m 
1 2 3 4 
IMPERATIVO NEGA-
TIVO 
(não tem a 1
a
 pessoa do 
singular) 
- - - - - 
não am — e s 
não am — e — 
não am — e mos 
não am — e is 
não am — e m 
 1 2 3 4 
FUTURO DO PRE-
SENTE DO INDI-
CATIVO 
 FUTURO DO PRE-
TÉRITO DO INDI-
CATIVO 
am a re i am a ria — 
am a rá s am a ria s 
am a rá — am a ria — 
am a re mos am a ría mos 
am a re is am a ríe is 
am a rã o am a ria m 
1 2 3 4 1 2 3 4 
INFINITIVO 
IMPESSOAL 
Am a r — 
1 2 3 4 
INFINITIVO 
PESSOAL 
am a r — 
am a r es 
am a r — 
am a r mos 
am a r des 
am a r em 
1 2 3 4 
PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
 PRETÉRITO IM-
PERFEITO DO 
SUBJUNTIVO 
am — e — am a sse — 
am — e s am a sse s 
am — e — am a sse — 
am — e mos am á sse mos 
am — e is am á sse is 
am — e m am a sse m 
1 2 3 4 1 2 3 4 
GERÚNDIO 
Am a ndo — 
1 2 3 4 
PARTICÍPIO 
Am a do — 
1 2 3 4 
PRIMEIRA CONJUGAÇÃO 
AM-A-R 
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2
a
 CONJUGAÇÃO 3
a
CONJUGAÇÃO 2
a
 CONJUGAÇÃO 3
a
CONJUGAÇÃO 
 VEND-E-R PART-I-R VEND-E-R PART-I-R 
 
 PRESENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PRETÉRITO IMPERFEITO FUTURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FUTURO DO PRESENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRESENTE 
vend — a — part — a — 
vend — a s part — a s 
vend — a — part — a — 
vend — a mos part — a mos 
vend — a is part — a is 
vend — a m part — a m 
1 2 3 4 1 2 3 4 
vend — — o 
vend e — s 
vend e — — 
vend e — mos 
vend e — is 
vend e — m 
1 2 3 4 
part — — o 
part e — s 
part e — — 
part i — mos 
part — — is 
part e — m 
1 2 3 4 
vend — — i 
vend e — ste 
vend e — u 
vend e — mos 
vend e — estes 
vend e — ram 
1 2 3 4 
part — — i 
part i — ste 
part i — u 
part i — mos 
part i — stes 
part i — ram 
1 2 3 4 
vend e sse — part i sse — 
vend e sse s part i sse s 
vend e sse — part i sse — 
vend ê sse mos part i sse mos 
vend ê sse is part i sse is 
vend e sse m part i sse m 
1 2 3 4 1 2 3 4 
vend e r — part i r — 
vend e r es part i r es 
vend e r — part i r — 
vend e r mos part i r mos 
vend e r des part i r des 
vend e r em part i r em 
1 2 3 4 1 2 3 4 
part i a 
part i a s 
part i a 
part i a mos 
part i e is 
part i a m 
1 2 3 4 
vend i a 
vend i a s 
vend i a 
vend i a mos 
vend i e is 
vend i a m 
1 2 3 4 
vend e ra — part i ra — 
vend e ra s part i ra s 
vend e ra — part i ra — 
vend ê ra mos part í ra mos 
vend ê re is part í re is 
vend e ra m part i ra m 
1 2 3 4 1 2 3 4 
- - - - - - - - 
vend e — — part e — — 
vend — a — part — a — 
vend — a mos part — a mos 
vend e — i part — — i 
vend — a m part — a m 
1 2 3 4 1 2 3 4 vend e re i part i re i 
vend e rá s part i rá s 
vend e rá — part i rá — 
vend e re mos part i re mos 
vend e re is part i re is 
vend e aã o part i rã o 
1 2 3 4 1 2 3 4 
- - - - - - - - - - 
não vend — a s não part a s 
não vend — a — não part — a — 
não vend — a mos não part — a mos 
não vend — a is não part — a is 
não vend — a m não part — a m 
 1 2 3 4 1 2 3 4 
vend e ria — part i ria — 
vend e ria s part i ria s 
vend e ria — part i ria — 
vend e ría mos part i ría mos 
vend e ríe is part i ríe is 
vend e ria m part i ria m 
1 2 3 4 1 2 3 4 vend e r — part i r — 
1 2 3 4 1 2 3 4 
PRETÉRITO PERFEITO 
PRETÉRITO IMPERFEITO 
MODO SUBJUNTIVO MODO INDICATIVO 
MODO IMPERATIVO 
AFIRMATIVO 
NEGATIVO 
INFINITIVO IMPESSOAL 
FUTURO DO PRETÉRITO 
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
 Os pronomes oblíquos podem ser colocados de 
três maneiras diferentes em uma oração: antes do verbo, 
depois do verbo ou ainda no meio do verbo. 
 Quando o pronome for colocado antes do verbo, 
damos o nome de PRÓCLISE. 
 A PRÓCLISE ocorrerá nos seguintes casos: 
1. em orações que contenham palavra ou expressão de 
valor negativo. 
2. nas orações em que haja advérbios ou pronomes inde-
finidos. 
3. nas orações introduzidas por pronomes relativos. 
4. nas orações subordinadas. 
5. nas orações interrogativas. 
6. nas orações exclamativas. 
7. nas orações optativas (que exprimem desejo). 
I. Não SE fazem mais carros como antes. 
II. Assim SE amam os seres humanos. 
 Tudo ME incomoda profundamente neste bar. 
III. Foram perguntas que SE impuseram a ele. 
IV. Quando SE escutavam seus gritos, eles saiam em desa-
balada correria. 
V. Por que O chateiam tanto? 
VI. Como SE estuda nesta classe! 
VII. Deus TE abençoe, meu filho! 
 
 
 A MESÓCLISE ocorrerá nos seguintes casos: 
1. verbos no futuro do presente. 
2. verbos no futuro do pretérito. (só haverá MESÓCLI-
SE quando a PRÓCLISE não for obrigatória). 
 
Encontrá-LA-ei no próximo verão. 
 Não A encontrarei no próximo verão. 
 Encontrá-LA-ia se não fosse a chuva. 
 Não A encontraria mesmo que chovesse. 
 
 A ÊNCLISE ocorrerá nos seguintes casos: 
1. com verbos no início do período. 
2. com verbos no imperativo afirmativo. 
3. com verbos no gerúndio. 
4. com verbos no infinitivo impessoal. 
 
Vi-O ainda sacudindo o braço. 
Fale-ME o que está acontecendo com você. 
Levou o filho aos braços, beijando-O. 
É hora de despedir-SE do amigo. 
 
Obs.: No português falado e escrito no Brasil, é comum i-
niciar-se oração com pronome oblíquo átono, contrariando 
a regra. 
 
Obs.: Se o gerúndio vier precedido da preposição EM, em-
prega-se a PRÓCLISE. 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 Seria absurdo para alguém falar a seguinte frase: ―Aquela meninos ganhou uma brinquedo cara de sua irmão.‖. 
 Observe que existe uma série de erros na frase citada pois não há concordância entre os elementos que a compõem. 
 Pela prática, sabemos que, na frase acima, é necessário: 
 
1. ajustar o pronome AQUELA e UMA aos substantivos que a seguem. 
2. ajustar a palavra CARA à palavra BRINQUEDO. 
3. ajustar o verbo GANHOU ao sujeito MENINOS. 
4. ajustar a palavra SUA à palavra IRMÃO. 
Quando o ajuste for feito entre NOMES, damos o nome de CONCORDÂNCIA NOMINAL. 
 
Quando o ajuste for feito entre o VERBO e o SUJEITO, damos onome de CONCORDÂNCIA VERBAL. 
vend e ndo — part i ndo — 
1 2 3 4 1 2 3 4 
vend i do — part i do — 
1 2 3 4 1 2 3 4 
vend e r — part i r — 
vend e r es part i r es 
vend e r — part i r — 
vend e r mos part i r mos 
vend e r des part i r des 
vend e r em part i r em 
1 2 3 4 1 2 3 4 
INFINITIVO PESSOAL 
GERÚNDIO PARTICÍPIO 
RESUMÃO DE PORTUGUÊS – PROFESSOR HAMILTON (proibida a reprodução) 
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 Na frase acima citada, ao fazermos as concordâncias, ficaria: 
―Aqueles meninos ganharam um brinquedo caro de seu irmão.‖ 
OU 
―Aquele menino ganhou um brinquedo caro de seu irmão.‖ 
 
 
 
Para realizarmos uma concordância nominal deveremos seguir algumas regras. 
 
 
REGRA GERAL 
 
 Todas as palavras que se referem ao 
SUBSTANTIVO devem concordar com ele em GÊNERO 
(masculino/feminino) e NÚMERO (singular/plural). 
 Exemplo: 
 
 
As nossas duas irmãs pequenas estão aí. 
 
 
 
 artigo pronome numeral subst. adjetivo 
(fem/pl) (fem/pl) (fem/pl) (fem/pl) (fem/pl) 
 
 
OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
1 – UM ADJETIVO APÓS VÁRIOS 
SUBSTANTIVOS DO MESMO GÊNERO 
 
 Há duas concordâncias possíveis: 
 
a) o adjetivo assume o gênero (masculino ou feminino) 
dos substantivos e VAI PARA O PLURAL. 
b) o adjetivo concorda em gênero (masculino ou 
feminino) e número (singular ou plural) com o 
ÚLTIMO SUBSTANTIVO. 
Exemplos: 
 
 
Ela tem irmão e marido bonitos. 
 masc/plural 
 
 
 
Ela tem irmão e marido bonito. 
concordou só com o 
último 
 
 Se o adjetivo exercer a função sintática de 
PREDICATIVO, ele vai sempre para o PLURAL, para 
concordar com todos os substantivos. 
 
O irmão e o marido dela são bonitos. 
 VL predicativo 
 
2. UM ADJETIVO APÓS VÁRIOS 
SUBSTANTIVOS DE GÊNEROS DIFERENTES 
 
 Há duas concordâncias possíveis: 
a) o adjetivo vai para o MASCULINO PLURAL. 
b) o adjetivo concorda em GÊNERO e NÚMERO com o 
ÚLTIMO SUBSTANTIVO. 
 
 
Existem argumento e razão justos. 
 masc/plural 
 
 
 
Existem argumento e razão justa. 
 concordou só com o último 
 
 
Existem razão e argumento justo. 
concordou só com o último 
 
 Se o adjetivo tiver função de PREDICATIVO, ele 
vai obrigatoriamente para o PLURAL MASCULINO 
(concordando, portanto, com todos os substantivos). 
 
O argumento e a razão são justos. 
 VL predicativo 
 
3. UM ADJETIVO ANTES DE VÁRIOS 
SUBSTANTIVOS 
 
O adjetivo concorda somente com o primeiro substantivo. 
 
Ela tem boa memória e talento. 
 
 
Ela tem bom talento e memória. 
 
Obs.: Quando o adjetivo funciona como PREDICATIVO, 
ele pode concordar só com o primeiro substantivo ou ir 
para o plural. 
 
 
 
Ficou triste a aluna e o professor. 
 
 
Ficaram tristes a aluna e o professor. 
 
 
Ficou irritada a platéia e o cantor. 
 
 
Ficaram irritados a platéia e o cantor. 
 
 
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4. UM E OUTRO (NUM E NOUTRO) + 
SUBSTANTIVO + ADJETIVO 
 
 Neste caso, o SUBSTANTIVO fica no 
SINGULAR e o ADJETIVO vai para o PLURAL. 
 
Numa e noutra questão complicadas ele se 
 subst. sing adj. plural 
confundia. 
 
5. MESMO 
 
 Essa palavra pode ser PRONOME ou 
ADVÉRBIO. 
 Quando é pronome, concorda com a palavra que 
se refere. 
 
Ele mesmo resolveu o impasse. 
 
 
Ela mesma resolveu o impasse. 
 
 
Eles mesmos resolveram o impasse. 
 
Elas mesmas resolveram o impasse. 
 
 Quando é ADVÉRBIO: (mesmo = realmente), é 
invariável. 
 
 
Os alunos resolveram mesmo o problema. 
 
As alunas resolveram mesmo o problema. 
 
6. ANEXO 
 
 ANEXO (anexa, anexos, anexas) é um 
ADJETIVO, por esse motivo deve concordar com o nome 
a que se refere. 
 
Enviamos anexos os documentos pedidos. 
 
Enviamos anexas as cópias pedidas. 
 
Enviamos anexo o documento pedido. 
 
 
Enviamos anexa a cópia pedida. 
 
Obs.: A locução EM ANEXO é invariável. 
Enviamos em anexo as cópias pedidas. 
 
 A palavra INCLUSO faz concordância da mesma 
maneira que ANEXO. 
 
 
 
7. OBRIGADO 
 
 Essa palavra deve ser usada: 
a) no masculino quando o homem é quem está 
agradecendo. 
O namorado lhe disse: muito obrigado. 
 
 
b) no feminino quando a mulher é quem está 
agradecendo. 
A namorada lhe disse: muito obrigada. 
 
 
8. BASTANTE 
 
 Essa palavra pode ser PRONOME INDEFINIDO 
ou ADVÉRBIO. 
a) Quando for PRONOME, concorda com o substantivo 
a que se refere. (portanto pode ter plural) 
 
Como regra prática você pode substituir 
mentalmente pela palavra MUITO(S) ou MUITA(S). 
 
 
Ele ficou aqui bastante tempo. 
Ele ficou aqui muito tempo. 
 
Ela comprou bastantes vestidos. 
Ela comprou muitos vestidos. 
 
 
b) Quando for ADVÉRBIO, é invariável. 
 
 
Os alunos estavam bastante felizes. 
 
 Repare que neste caso NÃO É POSSÍVEL 
substituir por MUITO(S) ou MUITA(S). 
 
9. MEIO 
 
 Essa palavra só pode ser NUMERAL ou 
ADVÉRBIO. 
 
a) Quando é NUMERAL (meio = metade), concorda 
com a palavra a que se refere. 
 
Ele tomou meio copo de vinho. 
 
Ele tomou meia garrafa de vinho. 
 
Eles tomaram dois meios copos de vinho. 
 
Eles tomaram duas meias garrafas de água. 
 
b) Quando é ADVÉRBIO (meio = um pouco), é 
invariável 
 
Ela ficou meio preocupada. 
 
Elas ficaram meio preocupadas. 
 
Ele ficou meio preocupado. 
 
Eles ficaram meio preocupados. 
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10. SÓ 
 
 Essa palavra vai para o PLURAL quando 
significa sozinhos ou sozinhas. 
 
Os noivos queriam ficar sós na viagem. 
 
Ela é INVARIÁVEL quando significa apenas / somente. 
 
 
Os noivos queriam ficar só no quarto. 
 
 A locução A SÓS é invariável. 
 
Os noivos queriam ficar a sós no quarto. 
 
 
A noiva queria ficar a sós no quarto. 
 
O noivo queria ficar a sós no quarto. 
 
11. É BOM, É PROIBIDO, É NECESSÁRIO + 
SUBSTANTIVO 
 
a) Essas expressões concordam com o substantivo a que 
se referem quando esse substantivo é precedido de 
artigo ou de pronome. 
 
É proibida a entrada. 
 artigo substantivo 
 
É necessária muita paciência 
 pronome substantivo 
 
b) Elas ficam invariáveis quando o substantivo não é 
precedido de artigo ou de pronome. 
 
É proibido entrada. 
 invariável subst. sem artigo 
 
Laranja é bom para a saúde. 
subst. sem art. invariável 
 
 
12. ALERTA E MENOS 
 
 ALERTA é invariável, não tem plural. 
 
Os guardas estavam alerta. 
 
 MENOS é invariável. 
 
Na corrida de ontem havia menos pessoas. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
 A concordância do verbo com o sujeito é definida 
por regras que têm, no padrão culto da língua portuguesa, 
o ponto de referência para considerar ―certa‖ ou ―errada‖ 
uma determinada frase. 
 Para o estudo da concordância verbal, deve-se 
levar em consideração: 
 
 o sujeito da oração; 
 a regra de concordância para esse sujeito. 
 
1. REGRA GERAL 
 
 O verbo concorda com o núcleo do sujeito 
simples em número (singular/plural) e pessoa (1
a
, 2
a
, 3
a
). 
 
Nós jamais fomos ao teatro. 
 
Molhavaa rua uma chuvinha fina e fria. 
 
 
 
 
 
 
2. A MAIOR PARTE DE, GRANDE NÚMERO DE + 
NOME NO PLURAL 
 
 O verbo pode ir para o singular ou para o plural. 
 
A maioria dos alunos 



votaram
votou
 no colega. 
 
3. MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE + NUMERAL 
 
 O verbo concorda com o numeral. 
 
Cerca de dez alunos foram reprovados. 
 
Mais de um professor ficou aborrecido. 
 
4. VERBO + PRONOME SE 
 
a) Se o pronome SE for PRONOME APASSIVADOR, 
o verbo concorda com o sujeito paciente (que está na 
frase). 
b) Se o pronome SE for ÍNDICE DE 
INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO, o verbo fica 
na 3
a
 pessoa do singular. 
 
Aluga-se casa na praia. 
 
Alugam-se casas na praia. 
 
Precisa-se de secretária nesta loja. 
 
Precisa-se de secretárias do lar. 
 
5. RELATIVOS QUE E QUEM 
 
a) Se o sujeito é o pronome QUE, o verbo concorda com 
o antecedente desse pronome. 
b) Se o sujeito é o pronome QUEM, o verbo pode ficar 
na 3
a
 pessoa do singular ou concordar com o 
antecedente desse pronome. 
 
 
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Hoje sou eu que começo a partida. 
 
 
Foram os alunos quem colaram o cartaz. 
 
Foram os alunos quem colou o cartaz. 
 
 
6. NOME PRÓPRIO NO PLURAL 
 
a) Se o NOME PRÓPRIO estiver COM ARTIGO, o 
verbo concorda com o artigo. 
b) Se o NOME PRÓPRIO estiver SEM ARTIGO, o 
verbo fica no singular. 
 
Os Alpes são montanhas belíssimas. 
 
Indianópolis é uma cidade mineira. 
 
 
7. QUAL DE NÓS/VÓS? QUAIS DE NÓS/VÓS? 
ALGUM DE NÓS/VÓS 
 
a) Pronome interrogativo singular (QUAL, QUEM) ou 
indefinido singular (ALGUM, NENHUM, 
ALGUÉM) + DE NÓS ou DE VÓS — o verbo fica 
na 3
a
 pessoa do singular. 
b) Pronome interrogativo plural (QUAIS, QUANTOS) 
ou indefinido plural (ALGUNS, POUCOS, 
MUITOS) + DE NÓS ou DE VÓS — o verbo pode 
ficar na 3
a
 pessoa do plural ou concordar com 
NÓS/VÓS. 
 
Qual de nós falará com o diretor? 
Quais de nós 



contará
contaremos
 a história a ele? 
Muitos dentre vós 



teriam
teríeis
 pecado hoje. 
 
8. PRONOME DE TRATAMENTO 
 
 O verbo fica sempre na 3
a
 pessoa do singular. 
 
Vossa Senhoria irá comparecer à festa? 
Vossa Majestade sairá de carruagem? 
 
9. SUJEITO COMPOSTO ANTES DO VERBO 
 
 O verbo vai para o plural. 
 
 
Os carros e os caminhões são novos. 
 
a) Se os núcleos do sujeito forem SINÔNIMOS (ou 
quase sinônimos), o verbo pode ficar no singular ou 
no plural. 
A paz e a tranqüilidade 



reinavam
reinava
 ali. 
b) Quando os núcleos do sujeito formam uma 
ENUMERAÇÃO GRADATIVA, o verbo pode ficar 
no singular ou no plural. 
Um dia, uma hora, um minuto 



bastavam
bastava
 para que ela 
contasse o segredo. 
 
c) Quando os núcleos do sujeito estão resumidos por 
TUDO, NADA, NINGUÉM, ALGUÉM, o verbo 
tem que, necessariamente ficar no singular. 
 
O medo, o temor, a ameaça, nada o deteria. 
 
d) Quando o sujeito apresenta a expressão UM e 
OUTRO, o verbo pode ficar no singular ou no plural. 
Um e outro político 



falavam
falava
 mentiras. 
 
10. SUJEITO COMPOSTO DEPOIS DO VERBO 
 
 O verbo pode ir para o plural ou concordar com o 
primeiro núcleo do sujeito. 
 
Brincavam na rua o menino e a menina. 
 
 
Brincava na rua o menino e a menina. 
 
 
11. SUJEITO COMPOSTO DE PESSOAS 
GRAMATICAIS DIFERENTES 
 
a) Se aparecer a 1a pessoa do singular ou plural, o verbo 
vai para a 1
a
 pessoa do plural. 
 
Você, seu irmão e eu iremos viajar. 
 
 
b) Se entre as pessoas gramaticais não aparecer a 1a 
pessoa (singular ou plural) o verbo pode ir para a 2
a
 
do plural ou para a 3
a
 do plural (vocês). 
 
Tu e o empregado na roça. 
 
 
12. NÚCLEOS DO SUJEITO LIGADOS POR OU 
 
a) Se o OU indica exclusão, o verbo fica no singular. 
 
José ou Pedro fará a pergunta. 
 
 
 
b) Se o OU não indica exclusão, o verbo vai para o 
plural. 
 
O poder ou a riqueza sempre o atraiam. 
 
A CONCORDÂNCIA COM O 
VERBO SER 
 
1. SUJEITO E PREDICATIVO REFEREM-SE A 
COISAS 


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a) Sujeito e predicativo no singular  o verbo SER fica 
no singular. 
 
 
Seu maior sonho era ser presidente. 
 
b) Sujeito e predicativo no plural  o verbo SER fica no 
plural. 
 
Nossos sonhos são otimistas demais. 
 
c) Sujeito no singular e predicativo no plural (ou vice-
versa)  o verbo SER pode ficar no singular ou no 
plural. 
 
As acusações foram só um desabafo. 
 
 
As acusações foi só um desabafo. 
Obs.: Neste caso, embora as duas concordâncias estejam 
corretas, a tendência é colocar o verbo SER no plural. 
 
 
Obs.: Quando o sujeito é um dos pronomes ISSO, ISTO, 
AQUILO O (= aquilo) ou TUDO, a tendência é usar o 
verbo SER concordando com o predicativo plural. 
 
 
2. SUJEITO OU PREDICATIVO REFEREM-SE A 
PESSOA 
 
 O verbo SER sempre concorda com a pessoa. 
 
Na escola os alunos eram estudiosos. 
 
3. PRONOME PESSOAL COMO SUJEITO OU 
PREDICATIVO 
 
 O verbo SER concorda com o pronome pessoal. 
 
O culpado não sou eu. 
 
Vós não sereis julgado. 
 
4. NA INDICAÇÃO DE HORAS, DISTÂNCIAS E 
DATAS 
 
 Na indicação de HORAS e DISTÂNCIAS, o 
verbo SER concorda com a expressão numérica. 
 
Daqui a São Paulo são seiscentos quilômetros. 
Agora são oito horas da noite. 
Hoje é dia 1
o
 de abril. 
Hoje é 1
o
 de abril. 
Hoje é 31 de março. 
Hoje são 31 de março. 
Obs.: na indicação de DATAS, o verbo SER concorda 
com a palavra dia(s) que pode estar expressa ou 
subentendida na frase. 
 
 
5. É MUITO, É POUCO, É DEMAIS 
 
 Nessas expressões, usadas para indicar 
QUANTIDADE (preço, peso, medida, etc.) o verbo SER 
fica sempre no singular. 
 
Dois ovos é pouco para fazer o bolo. 
Mil cruzeiros é muito por esta maçã. 
Dez arrobas é pouco na idade do boi. 
 
VERBOS IMPESSOAIS 
 
1. HAVER 
 
 Quando tiver sentido de EXISTIR ou 
ACONTECER é um verbo IMPESSOAL, isto é, sem 
sujeito, por isso fica sempre na 3
a
 pessoa do singular. 
Não havia mais vagas na escola. 
Não devia haver mais vagas na sala. 
Amanhã haverá um jantar festivo. 
Amanhã haverá duas aulas de direito constitucional. 
 
2. FAZER 
 
 O verbo FAZER é impessoal quando usado na 
indicação de TEMPO DECORRIDO (ou A 
DECORRER). Neste caso o verbo ficará na 3
a
 pessoa do 
singular. 
Hoje faz três meses que eu desquitei. 
Vai fazer duas horas que eu te espero. 
 
O USO DOS PORQUÊS 
Grafa-se "POR QUE" (separado e sem circunflexo) em 
dois casos: 
a) Nas frases interrogativas (não no fim). 
EXEMPLOS: 
Por que saíste agora? E nós, por que ficamos? 
 
Quando for substituível por "pelo qual", 
"pela qual", "pelos quais", "pelas quais". 
EXEMPLO: 
As dificuldades por que passei foram muitas. 
(As dificuldades pelas quais passei foram muitas) 
 
Grafa-se "POR QUÊ" (separado e com circunflexo), 
quando essa expressão estiver antes de um ponto final. 
(interrogativo ou não 
EXEMPLOS: 
Saíste agora por quê? 
Ninguém sabe por quê 
. 
Grafa-se "PORQUÊ" (junto e com circunflexo) quando 
essa palavra estiver substantivada (antecedida de artigo). 
EXEMPLOS: O porquê da questão não foi esclarecido. 
Um porquê pode ser grafadode quatro modos. 
 
Grafa-se "PORQUE" (junto e sem circunflexo) nos de-
mais casos. 
EXEMPLOS: 
Não fui à aula, porque estava doente. 
 
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SENÃO OU SE NÃO 
 
Quando que eu uso junto e quando eu uso separado? 
VEJA: 
 
Se não der para você vir, não tem problema. 
Caso não der para você vir, não tem problema. 
As duas orações acima não têm o mesmo sentido? 
 
Agora, observe: 
O que é isso, senão uma briga? 
O que é isso, caso não uma briga?????? 
 
A substituição feita acima de ―senão‖ por ―caso não‖ 
foi insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem 
sentido! 
 
Logo, percebemos que ―se não‖ e ―senão‖ NÃO pos-
suem o mesmo significado, uma vez que não podem 
ser substituídos pela mesma expressão. 
 
Use ―se não‖ (união da conjunção se + advérbio não) 
quando puder trocar por ―caso não‖, ―quando não‖ ou 
quando a conjunção ―se‖ for integrante e estiver in-
troduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a 
ela se não queria dormir em minha casa. 
Use ―senão‖ quando puder substituir por ―do contrá-
rio‖, ―de outro modo‖, ―caso contrário‖, ―porém‖, ―a 
não ser‖, ―mas sim‖, ―mas também‖. 
 
Bom, vejamos em exemplos: 
SENÃO 
1) Luta, senão estás perdido. (do contrário / de outro 
modo) 
2) Não era ouro nem prata, senão ferro. (mas sim) 
3) Ninguém, senão os irmãos Correa, comparece-
ram à cerimônia. (exceto / salvo / a não ser) 
4) Não encontrei um senão na apresentação da pe-
ça. (defeito / falha) 
 
SE NÃO: 
Usa-se em frases que indicam condição, alternativa, 
incerteza, dúvida. 
5) Se não for possível despachar a mercadoria, 
telefone-me. (condição) 
6) Havia dois jogadores, se não três. (incerteza) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: 
Após os vocábulos "eis" e "dai", subentende-se a palavra 
"motivo" o que justifica a grafia da palavra separadamente. 
EXEMPLOS: 
Daí por que não aceitei as reclamações. 
(Daí o motivo pelo qual não aceitei as reclamações). 
Eis por que sou muito feliz. 
(Eis o motivo pelo qual sou muito feliz). 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
Acostumado a, com Curioso de 
Afável com, para com Desgostoso com, de 
Afeiçoado a, por Desprezo a, de, por 
Aflito com, por Devoção a, por, para com 
Alheio a, de Devoto a, de 
Ambicioso de Dúvida em, sobre, acerca de 
Amizade a, por, com Empenho de, em, por 
Amor a, por Falta a, com, para com 
Ansioso de, para, por Imbuído de, em 
Apaixonado de, por Imune a, de 
Atencioso com, para com Inclinação a, para, por 
Apto a, para Incompatível com 
Aversão a, por Junto a, de 
Ávido de, por Preferível a 
Conforme a Propenso a, para 
Constante de, em Próximo a, de 
Constituído com, de, por Respeito a, com, de, por, para 
com 
Contemporâneo a, de Situado a, em, entre 
Contente com, de, em, por Último a, de, em 
Cruel com, para, para com Único a, em, entre, sobre 
A OU HÁ 
Se o há equivale a faz – ambos indicam, no caso, tempo de-
corrido e deve ser escrito com H, pois é conjugação do verbo 
HAVER. 
Estou em São Paulo há (faz) vários anos. Há quanto tempo 
você está aqui? 
Usa-se o A quando a projeção se faz para o futuro ou quando 
a indicação for de distância. Estou A 15 dias de minha forma-
tura. Daqui A pouco irei embora. Ele está A dois metros da-
qui. 
 
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ACORDO ORTOGRÁFICO 
Mudanças no alfabeto 
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as 
letras k, w e y. 
O alfabeto completo passa a ser: 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z 
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapareci-
do da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas 
em várias situações. Por exemplo: 
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: 
km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); 
b) na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): 
show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, 
William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
 
Trema 
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u 
para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, 
gui, que, qui. 
Como era Como fica Como era Como fica 
agüentar aguentar freqüente frequente 
argüir arguir lingüeta lingueta 
bilíngüe bilíngue lingüiça linguiça 
cinqüenta cinquenta qüinqüênio quinquênio 
delinqüente delinquente sagüi sagui 
eloqüente eloquente seqüência sequência 
ensangüentado ensanguentado seqüestro sequestro 
eqüestre equestre tranqüilo tranquilo 
 
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estran-
geiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. 
 
Mudanças nas regras de acentuação 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói 
das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico 
na penúltima sílaba). 
Como era Como fica Como era Como fica 
alcalóide alcaloide estóico estoico 
alcatéia alcateia estréia estreia 
andróide androide estréio 
(verbo estrear) 
estreio 
apóia 
 (verbo apoiar) 
apoia geléia geleia 
apóio 
(verbo apoiar) 
apoio heróico heroico 
asteróide asteroide idéia ideia 
bóia boia jibóia jiboia 
celulóide celuloide jóia joia 
clarabóia claraboia odisséia odisseia 
colméia colmeia paranóia paranoia 
Coréia Coreia paranóico paranoico 
debilóide debiloide platéia plateia 
epopéia epopeia tramóia tramóia 
 
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxí-
tonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxí-
tonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: pa-
péis, herói, heróis, troféu, troféus. 
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i 
e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. 
 
Como era Como fica 
baiúca baiuca 
bocaiúva bocaiuva 
cauíla cauila 
feiúra feiura 
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem 
em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. 
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
 
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em 
êem e ôo(s). 
 
Como era Como fica 
abençôo abençoo 
crêem (verbo crer) creem 
dêem (verbo dar) deem 
dôo (verbo doar) doo 
enjôo enjoo 
lêem (verbo ler) leem 
magôo (verbo magoar) magoo 
perdôo (verbo perdoar) perdoo 
povôo (verbo povoar) povoo 
vêem (verbo ver) veem 
vôos voos 
zôo zoo 
 
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares 
pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e 
pêra/pera. 
VOCÊ É AFIM OU ESTÁ A FIM? 
 
Convém não confundir. AFIM que equivale a 
TER AFINIDADE, SEMELHANÇA OU PA-
RENTESCO: 
Esses funcionários desempenham funções afins. 
São indivíduos de famílias afins. 
O espanhol e o romeno são línguas afins com o 
português. 
Quais são as ciências afins com a química? 
O P e o T são consoantes afins na articulação. 
 
A FIM equivale a PARA, COM A FINALIDA-
DE DE: 
Fui lá a fim de ajudar, e não de atrapalhar. 
Saímos a fim de nos divertirmos. 
 
A maioria dos jovens usa afim sem perceber a di-
ferença, basta ver nos ―blogs, MSN, ORKUT e 
outros.: 
Vou ao cinema, Mônica. Estás ―afim‖? 
Você está ―afim de‖ me namorar? 
Rosana está muito ―afim de‖ você, Rodrigo. 
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Como era Como fica 
Ele pára o carro. Ele para o carro. 
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao pólo Norte. 
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.Esse gato tem pelos brancos. Esse gato tem pêlos brancos 
Comi uma pêra. Comi uma pera. 
 
Atenção: 
� Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a 
forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do in-
dicativo), na 3a pessoa do singular. 
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do 
singular. 
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje 
ele pode. 
� Permanece o acento diferencial em pôr/por. 
Pôr é verbo. Por é preposição. 
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por 
mim. 
� Permanecem os acentos que diferenciam o singular do 
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados 
(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
Exemplos: 
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. 
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas 
as aulas. 
 
 
 
� É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenci-
ar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do a-
cento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a 
forma da fôrma do bolo? 
 
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas 
(tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indi-
cativo dos verbos arguir e redarguir. 
 
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados 
em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, 
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos 
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente 
do indicativo, do presente do subjuntivo e também do im-
perativo. Veja: 
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas 
devem ser acentuadas. 
Exemplos: 
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxá-
guam; enxágue, enxágues, enxáguem. 
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delín-
quem; delínqua, delínquas, delínquam. 
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas dei-
xam de ser acentuadas. 
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser 
pronunciada mais fortemente que as outras): 
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, 
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. 
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delin-
quem; delinqua, delinquas, delinquam. 
 
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primei-
ra, aquela com a e i tônicos. 
 
Uso do hífen 
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo 
Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida 
em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leito-
res, apresentamos um resumo das regras que orientam o 
uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as 
novas orientações estabelecidas pelo Acordo. 
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em pa-
lavras formadas por prefixos ou por elementos que podem 
funcionar como prefixos, como: 
 
aero agro além ante 
aquém arqui Auto circum 
contra entre Ex extra 
eletro hiper Infra inter 
hidro mini Multi neo 
macro proto Pós pré 
micro retro Sub super 
pluri sobre vice supra 
pseudo ultra semi tele 
anti co geo intra 
pan pró 
 etc. 
 
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra 
iniciada por h. 
Exemplos: 
anti-herói anti-higiênico anti-histórico 
macro-história mini-hotel proto-história 
sobre-humano super-homem ultra-humano 
extra-humano 
 
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal 
diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. 
Exemplos: 
aeroespacial agroindustrial anteontem 
antiaéreo antieducativo autoaprendizagem 
autoescola autoestrada autoinstrução 
coautor coedição extraescolar 
infraestrutura plurianual semiaberto 
semianalfabeto semiesférico semiopaco 
 
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo 
elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, 
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, 
coocupante etc. 
 
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e 
o segundo elemento começa por consoante diferente de r 
ou s. Exemplos: 
 
 
anteprojeto antipedagógico autopeça 
autoproteção coprodução geopolítica 
microcomputador pseudoprofessor semicírculo 
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semideus seminovo ultramoderno 
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. 
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 
 
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e 
o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, dupli-
cam-se essas letras. Exemplos: 
 
antirrábico antirracismo antirreligioso 
antirrugas antissocial biorritmo 
contrarregra contrassenso cosseno 
infrassom microssistema minissaia 
multissecular neorrealismo neossimbolista 
semirreta ultrarresistente ultrassom 
 
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o 
segundo elemento começar pela mesma vogal. 
Exemplos: 
anti-ibérico anti-imperialista micro-ondas 
anti-inflacionário anti-inflamatório micro-ônibus 
auto-observação contra-almirante semi-internato 
contra-atacar contra-ataque semi-interno 
 
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen 
se o segundo elemento começar pela mesma consoante. 
Exemplos: 
hiper-requintado inter-racial super-racista 
inter-regional sub-bibliotecário super-reacionário 
super-resistente super-romântico 
 
 
 
 
 
Atenção: 
 Nos demais casos não se usa o hífen. 
Exemplos: 
 hipermercado, intermunicipal, superinteressante, 
superproteção. 
 Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de 
palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. 
 Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante 
de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, 
pan-americano etc. 
 
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o 
hífen se o segundo elemento começar por vogal. 
Exemplos: 
 
hiperativo interescolar interestadual 
interestelar interestudantil superamigo 
superaquecimento supereconômico superexigente 
superinteressante superotimismo hiperacidez 
 
8. Com os prefixos: ex, sem, além, aquém, recém, pós, 
pré, pró, usa-se sempre o hífen. 
Exemplos: 
 
além-mar além-túmulo aquém-mar 
ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro 
ex-prefeito ex-presidente pós-graduação 
pré-história pré-vestibular pró-europeu 
recém-casado recém-nascido sem-terra 
 
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-
guarani: açu, guaçu e mirim. 
Exemplos: 
 
amoré-guaçu anajá-mirim capim-açu. 
 
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras 
que ocasionalmente se combinam, formando não propria-
mente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. 
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 
 
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perde-
ram a noção de composição. 
Exemplos: 
 
girassol madressilva mandachuva 
paraquedas paraquedista pontapé 
 
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de 
uma palavra ou combinação de palavras coincidir com 
o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. 
Exemplos: 
 
 Na casa, conta – 
-- se que ele foi viajar. 
O diretor recebeu ex – 
-- alunos. 
 
 
RESUMO 
 
Emprego do hífen com prefixos 
 
Regra básica 
Sempre se usa o hífen diante de h: 
anti-higiênico, super-homem. 
 
Outros casos 
1. Prefixo terminado em vogal: 
• Sem hífen diante de vogal diferente:autoescola, antiaéreo. 
 
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: antepro-
jeto, semicírculo. 
 
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antir-
racismo, antissocial, ultrassom. 
 
• Com hífen diante de mesma vogal: 
contra-ataque, micro-ondas. 
 
 
 
 
 
 
2. Prefixo terminado em consoante: 
• Com hífen diante de mesma consoante: 
inter-regional, sub-bibliotecário. 
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• Sem hífen diante de consoante diferente: 
intermunicipal, supersônico. 
 
• Sem hífen diante de vogal: 
interestadual, superinteressante. 
 
Observações 
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de pa-
lavra iniciada por r 
sub-região, sub-raça etc. 
 
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de 
palavra iniciada por m, n e vogal: 
circum-navegação, pan-americano etc. 
 
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo ele-
mento, mesmo quando este se inicia por o: 
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, 
coocupante etc. 
 
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: 
vice-rei, vice-almirante etc. 
 
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perde-
ram a noção de composição, como: 
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, 
paraquedista etc. 
 
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, 
pró, usa-se sempre o hífen: 
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, 
pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

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