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DESAFIO PROFISSIONAL 4 SERIE SERV SOCIAL

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FACULDADE ANHANGUERA
CURSO SUPERIOR SERVIÇO SOCIAL
DESAFIO PROFISSIONAL 
DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III; PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL II; ÉTICA PROFISSIONAL; DIREITOS HUMANOS; FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAS.
JULIANA DE CARVALHO /RA 9327858326
LUZIA OLIVEIRA DA SILVA SANTOS /RA 3109338229
ROSEMARY LEMOS DO PATROCINIO /RA 8501550676
MARIA JANECLEIDE CAETANO DE FREITAS /RA: 5013453532
TALITA LUANA BARROS DE SOUZA /RA: 8501566781
AVA Tutor: Marcia Marengo
-SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP
2017
JULIANA DE CARVALHO /RA 9327858326
LUZIA OLIVEIRA DA SILVA SANTOS /RA 3109338229
ROSEMARY LEMOS DO PATROCINIO /RA 8501550676
MARIA JANECLEIDE CAETANO DE FREITAS /RA: 5013453532
TALITA LUANA BARROS DE SOUZA /RA: 8501566781
PROJETO INTERDISCIPLINAR: DESAFIO PROFISSIONAL
APLICADO AO CURSO SUPERIOR DE SERVIÇO SOCIAL
Procedimento metodológico de ensino-aprendizagem apresentado como exigência para proposta avaliativa do curso de Serviço Social da Faculdade Anhanguera, tem como objetivo refletir criticamente sobre o cenário atual das políticas sociais brasileiras em tempos de crise econômica e social.
AVA Tutor: Marcia Marengo
-SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP
2017
“O que transformou o mundo não foi a utopia. Foi a necessidade”
José Saramago
SUMÁRIO
	RESUMO................................................................................................
	04
	INTRODUÇÃO......................................................................................
	05
	DESENVOLVIMENTO........................................................................
	06
	CONCLUSÃO........................................................................................
	10
	REFERÊNCIAS....................................................................................
	11
	ANEXOS.................................................................................................
	12
	Anexo 01......................................................................................
	12
	Anexo 02......................................................................................
	13
	Anexo 03......................................................................................
	14
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
RESUMO
O respaldo das políticas sociais e seu processo decorrente no Brasil, desde 1930 até os dias atuais, tem suas intenções e desenvolvimento com base capitalista; tendo como seu provedor o Estado. Deixando um estado ilusório de atuação correlacionada a prover serviços sociais e políticas públicas para melhorar as condições de vida aos trabalhadores. 
Porém, com real intenção de poder capitalista denominando os grandes fenômenos sociais que predominam as divisões de classe e fizeram nascer as grandes lutas por direitos e políticas mais humanizadas para quem realmente necessita, tornando assim, primordial a profissão do Assistente Social - (ANEXO 01).
Os assistentes sociais no Brasil, vêm lutando em diferentes frentes e de diversas formas para defender os direitos e políticas sociais que, inseridos em um projeto societário mais amplo, buscam concretizar as condições econômicas, sociais e políticas para construir as vias da equidade, num processo contínuo, que nunca se esgotará na garantia da cidadania.
INTRODUÇÃO
Com as transformações econômicas do pais e com o avanço da industrialização, desencadearam-se as necessidades de intervenções, que, ao longo da história em vários acontecimentos fizeram com que surgissem as políticas sociais que em seu contexto veio para, suprir as necessidades da classe trabalhadora. 
Juntamente com a evolução da industrialização, aconteceu o controle do capital, cresceu a mão de obra e a produtividade, gerando intrinsicamente a busca de um padrão de vida melhor por parte dos trabalhadores em meio a lutas e greves, é o contra- ponto do capital versos trabalho. Surge então, as políticas sociais para apaziguar os ânimos dos operários e manter a linha de produção ativa.
Segundo Rodrigues (2010), “Há ciclos ou processos de gestão na elaboração das políticas públicas. Assim, elas são concebidas como um “processo, composto por um conjunto de atividades (etapas ou estágios) que visam atender às demandas e interesses da sociedade”, mas em consonância com a lei”.
As políticas sociais nascem com caráter redistributivo, sendo assim não é capaz de acabar definitivamente com a desigualdade social no Brasil. Foi o começo para uma visão mais ampla de direitos possibilitando para a mudança da relação entre o cidadão e as divisões societárias da classe social, mesmo com grandes evoluções em nossa política social, ainda temos um caminho a percorrer para que essas políticas sejam correspondentes. O Brasil é um país cuja história é conduzida pelo capitalismo e suas drásticas consequências, mas a categoria de assistentes sociais, foi de total importância para o desenvolvimento e transformações dessa história, sem os assistente sociais e o projeto ético político do serviço social brasileiro, não teríamos avançado em relação a políticas sociais e direitos sociais segundo (Boschetti) .[1: -Graduada em Serviço Social pela Universidade Católica Dom Bosco (1985), mestre em Política Social pela Universidade de Brasília (1993), doutora (1998) e pós doutora (2012) em Sociologia pela “Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales“ de Paris. Professora Associada III da Universidade de Brasília, ministrando disciplinas na graduação em Serviço Social e no mestrado e doutorado em Política Social. Autora de vários livros e dezenas de artigos sobre política social, seguridade social e trabalho e serviço social. Pesquisadora IB do CNPq. Presidente da ABEPSS na gestão 1999-2000. Vice- Presidente do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) na gestão 2005-2008 e Presidente na gestão 2008-2011.]
A categoria dos assistentes sociais não constituiu um bloco homogêneo, em que todos possuem a mesma concepção de direitos, cidadania e política social, mas não podemos negar que teve e tem uma participação indiscutível na construção e na defesa dos direitos sociais, econômicas, políticos e culturais, nesse país onde o termo direito não faz parte do cotidiano daqueles que não tem acesso a ele por meio das políticas sociais.
DESENVOLVIMENTO
A desigualdade social instituída através da dominação econômica é a expressão de uma realidade bem conhecida pelo homem. Contrapondo-se a essa realidade, surge a assistência à classe mais pobre, sendo esta uma preocupação constante ao longo dos tempos, acentuada a partir da era industrial, as políticas sociais eram uma emergência para os operários e também para mecanismo do capital continuar a dar seu lucro.
Semelhantemente no Brasil, a busca por justiça social, contrapondo-se a desigualdade social, se confunde com a própria história do país, permitindo que a política pública de assistência social seja hoje um direito, garantido pela Constituição. Contudo, até chegarmos a este ponto, precisou ser percorrido um longo processo histórico com grandes conquistas adquiridas através de muitas lutas pela sociedade brasileira, transformando essa s lutas em relações lúdicas entre o estado e a sociedade, mesmo com grandes conquistas na questão das políticas sociais ainda percorreremos muito, até um estado igualitário.
No Brasil, a assistência aos mais pobres nem sempre foi merecedora da atenção do poder público, para o Estado, era mais vantajoso favorecer grupos privados e religiosos com trocas de favores,encarregando a estes o atendimento à população vulnerável. Para eles, a pobreza era tida como uma fatalidade, e era função da igreja cuidar da assistência através dos chamados “homens bons” e suas ações filantrópicas. Com o fim de um tempo colonial imperialista e da escravidão no século XIX, veio à transição do modo de produção agrário para o industrial, aos poucos os escravos foram substituídos pelos imigrantes estrangeiros.
No Brasil, a Assistência Social foi lentamente reconhecida pelo poder público, com a revolução de 1930, e o começo da luta de classes marcada por conflitos é o que conduz gênese das Políticas Sociais, também entendida como (políticas públicas) levando a questão social ao centro da agenda pública, em resposta ao fortalecimento das lutas sociais e trabalhistas, o estado aumentou sua atuação na área social, o governo de Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e a Consolidação das Leis Trabalhistas CLT, também surgiram os Institutos de Aposentadorias e Pensões os – IAP, alcançando assim o trabalhador formal, com carteira assinada.[2: - São ações governamentais desenvolvidas em conjunto por meio de programas que proporcionam a garantia de direitos e condições dignas de vida ao cidadão de forma equânime e justa. A busca do Estado busca, em suas realizações, o atendimento a necessidades sociais básicas da população. Podemos destacar: as que asseguram à população o exercício de direito de cidadania como: Educação, Saúde, Trabalho, Assistência Social, Previdência Social, Justiça, Agricultura, Saneamento, Habitação Popular e Meio Ambiente. ]
O Conselho Nacional de Serviço Social foi criado em julho de 1938, vinculado ao Ministério da Educação e Saúde, formado por pessoas indicadas pelo governo e ligadas a filantropia, nessa época, o Estado voltou-se aos excluídos da Previdência Social, o auxílio passou a ser dirigido àqueles que não conseguiam garantir sua sobrevivência. O governo cria, então, Legião Brasileira de Assistência - LBA, sendo a primeira instituição de assistência com Nacional, adotado pela primeira dama Darcy Vargas iniciando assim o primeiro Damismo - (ANEXO 02).[3: -   Esposa de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, e a primeira-dama por dois períodos. Na condição de primeira-dama, Darcy Vargas tornou-se um exemplo e uma referência para suas contemporâneas, devido à sua preocupação com as questões sociais e assistenciais A fundação de diversas instituições criadas em sua honra e por ela mesma formam o seu maior legado.][4: - Primeiro - damismo é o nome dado ao papel que as esposas dos presidentes da república são colocadas no Brasil, desde os anos 1940. A primeira-dama Darcy Vargas, esposa de Getúlio, foi a primeira a comandar a política de assistência e ajudou na criação da Legião Brasileira de Assistência, obedecendo um modelo centralizado de ações. A Legião Brasileira de Assistência - LBA era focada na figura das primeiras damas e assume todas as ações de assistência social até os anos de 1980. Todas as primeiras damas brasileiras até a década de 1980 foram responsáveis pela caridade do Estado junto aos pobres, tendo como principais características a benesse, a caridade e o clientelismo.]
Em 1936 surge a escola de serviço social em São Paulo, por um grupo de senhoras associadas à Igreja Católica, a fim de qualificar o trabalho social. Os conflitos de interesses entre os setores agrícolas e econômicos enfraquecem o poder de Getúlio Vargas, em 18 de setembro de 1946 foi promulgada uma nova Constituição Federal, descentralizando o poder do Governo Federal e dando autonomia aos estados e municípios. 
A ditadura militar iniciada pelo golpe de 1964 transformou a vida dos brasileiros, através de um governo totalitarista, o povo foi perdendo os seus e até mesmo os poderes Legislativo e Judiciário, nesse período a Previdência Social foi ampliada, foi criado o Fundo Rural, possibilitando a assistência ao trabalhador rural. 
Também foram criadas outras instituições públicas, entre elas o Instituto Nacional do Seguro Social INSS, com a constituição de 1988, a Assistência Social passa a ser reconhecida como política pública, integrando a seguridade social junto às políticas de saúde e da Previdência Social, ampliando os direitos sociais, a proteção social tornou se dever do Estado e direito do cidadão. 
A lei Orgânica da Assistência Social -LOAS regulamentou os artigos da Constituição, extingui o Conselho Nacional do Serviço Social CNSS e institui o Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, e como requisito para garantir o acesso aos recursos da União, foram criados os conselhos, planos e fundos de assistência social, nos anos 90 iniciam-se as conferências de assistência social, sendo de grande importância para o processo de democratização da Assistência Social no Brasil, e em 1993 foi realizada a conferência zero. 
No ano de 1998 o primeiro texto para política nacional de assistência social é aprovado, definindo o repasse dos recursos pelos órgãos governamentais, esse período foi conhecido como CPF - Conselho, Plano e Fundo, sendo esta a exigência para o repasse e o que antes era considerado favor, agora passa a ser direito, sob forma de política pública.
Em 2005, é instituído o Sistema Único de Assistência Social – SUAS - - (ANEXO 03), descentralizado e participativo, que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira. Consolida o modo de gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os três entes federativos que, de modo articulado e complementar, operam a proteção social não contributiva de seguridade social no campo da assistência social. Em outras palavras, sua função era gerir os conteúdos específicos da Assistência Social, que por meio de um sistema descentralizado e participativo contribuem na criação de medidas que assistem e defendem os cidadãos em situação de vulnerabilidade social, o órgão foi sancionada em 6 de julho de 2011 pela a Lei 12.435, garantindo sua continuidade. (HISTÓRICO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – “referências”)[5: - Sistema Único de Assistência Social – SUAS - Modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar as ações de Assistência Social. ][6: - Financiar algo em conjunto com outra pessoa, ou seja, financiar algo de forma compartilhada de modo que 2 ou mais pessoas (instituições) se responsabilizem pela mesma obrigação]
 O SUAS organiza as ações em dois eixos que são benefícios e serviços, através dos CRAS - Centro de Referência Especializado da Assistência, a população começou a ter garantia de acesso a assistência social, e em 2010 segundo informações do IBGE 100% das cidades brasileiras estão estruturadas pela assistência social. A próxima Conferência da Assistência Social no Brasil está prevista para 05 de dezembro de 2017, em Brasília DF, para garantia de direitos no fortalecimento do SUAS.
É muito importante ressaltar que, no contexto de emergência de práticas neoliberais, surge novas configurações da questão social tais como a fragilização das relações de trabalho e o sucateamento do aparelho estatal no que tange a garantia da proteção social. 
Os quais resultam, em ações e/ou posturas que tendem a retroceder às práticas filantrópicas em uma nova roupagem que torna cada vez mais tênue o princípio da universalidade dos diretos sociais. Foram imprescindíveis os avanços conquistados na política social referida, no entanto, a mesma ainda necessita romper com diversos paradoxos e retrocessos a fim de atingir uma posição de consolidação com vistas ao fomento das potencialidades humanas, consubstanciadas na materialização e/ou viabilização dos direitos sociais.
Já o fenômeno da globalização por um lado permite o intercâmbio mundial por meio da maior interação entre os povos, por outro, tem trazido uma série de contradições e divergências como o aumento do desemprego, a exclusão social, o aumento da pobreza, guerras políticas e religiosas, entre outros, ratificando a lógica do capital,que trazem a concentração da riqueza nas mãos dos setores monopolizados e o aumento da desigualdade social.
 CONCLUSÃO
Desde 1930 até os dias atuais podemos observar que as políticas sociais estão engajadas no movimento de lutas do proletariado e da sociedade por direitos de uma vida melhor, muito já se conquistou até hoje e com a constituição de 1988, o estado pode prover dessas políticas públicas propiciando dos serviços básicos para a sociedade, como educação, saúde, habitação e previdência social. O estado entra como provedor, mas com caráter contraditório em favor da burguesia com vínculo no processo de acumulação do capital.
Podemos ver que em todo processo de crescimento trabalhista no nosso país tivemos muitos ganhos e evoluímos muito no processo de diretos igualitários e de serviços sociais básicos, mas nos dias atuais com a decorrente crise política e econômica, o cenário de corrupção tem se fortificado, pontuando a ineficiência do Estado ao prover os serviços básicos que estão cada vez mais precários.
Nesse contexto fica evidente a importância do Serviço Social, e a profissão de Assistente Social que se torna imprescindível para o cenário atual, a profissão vem lutando por sua autonomia e para que seu trabalho seja de reivindicações sociais e de garantia dos direitos da classe trabalhadora.
REFERÊNCIAS
Constituição Federal de 1988 – Seguridade Social – Art. 194, alterado pela Emeda Constitucional nº 20 de 1998. Disponível em: Acessado em: 16.11.2017 às 19:10h.
 IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, 1983.
BOSCHETTI, I. O serviço social e a luta por trabalho, direitos e democracia no mundo globalizado, 2008
https://books.google.com.br/books/about/Pol%C3%ADtica_social.html?id=Pn02DwAAQBAJ&printsec=frontcover&source=kp_read_button&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false - acesso em 10/10/2017
http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-02.pdf - acesso em 17/11/2017
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conflitos-precarizacao-no-mundo-trabalho.htm - acesso em 20/11/2017
http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_sistema - acesso em 05/10/2017
http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2013/JornadaEixo2013/anais-eixo8-direitosepoliticaspublicas/pdf/historicodapoliticadeassistenciasocial.pdf - acesso em 19-11-2017
https://gz.diarioliberdade.org/brasil/item/78642-primeiro-damismo-e-sororidade.html - acesso em 22-11-2017
ANEXOS
- ANEXO 01 –
- ANEXO 02 –
- ANEXO 03 –

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