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Jurisdição Constitucional-Web 8 
 
Caso 01 - Questão objetiva: 
Sustentando que os Estados do Sul e do Sudeste têm 57,7% da população 
do País, mas somente 45% de representantes no Poder Legislativo federal, 
circunstância que fere o princípio da isonomia e a cláusula "voto com valor igual 
para todos", partidos políticos do bloco de oposição, todos com representação 
no Congresso Nacional, ajuizaram, perante o Supremo Tribunal Federal, ação 
direta de inconstitucionalidade a fim de obter provimento judicial declaratório da 
inconstitucionalidade da expressão "para que nenhuma daquelas unidades da 
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados" e da palavra 
"quatro", constantes dos §§ 1o e 2º do art. 45 da Constituição Federal. Referida 
ação 
 a) está fadada ao insucesso, porque somente partido político majoritário 
tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade. 
 b) deve ser julgada procedente, pois há manifesto conflito entre princípios 
supraconstitucionais e normas constitucionais, o qual se resolve em favor dos 
primeiros. 
 c) deve ser acolhida, porque, se a escolha de Governador de Território tem 
de ser aprovada previamente pelo Senado Federal, segundo o art. 52, III, c, da 
Constituição Federal, e não por eleição direta, nada justifica a norma pela qual 
"cada Território elegerá quatro Deputados". 
 d) deve ser julgada improcedente, na medida em que, se não existe 
diferença entre princípios e normas para efeito de interpretação constitucional, 
não se pode falar de contradição entre dispositivos de uma mesma constituição. 
 e) não pode ser admitida, pois a rigidez constitucional não se coaduna com 
o estabelecimento de hierarquia entre normas postas pelo Poder Constituinte 
originário. 
 
CASO 2 - Questão discursiva: 
(OAB – XX Exame Unificado) sob o argumento de sub-representação das 
regiões mais populosas do país, bem como de desigualdade entre os Estados-
membros da Federação e, até mesmo, discriminação ente eles, o governador de 
um determinado Estado propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra 
a expressão "para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos 
de oito ou mais de setenta Deputados", constante do Art. 45, § 1º, da CRFB/88, 
dispositivo nela inserido desde a sua promulgação. Além desse problema, o 
mesmo governador fez uma outra consulta ao seu corpo jurídico para saber sobre 
a possibilidade de não aplicar determinada emenda constitucional que, no seu 
entender, não era benéfica ao seu Estado, isso apesar de o Supremo Tribunal 
Federal já ter reconhecido a sua compatibilidade com a CRFB/88. Nesse particular, 
um de seus assessores sugeriu a adoção da tese de que a norma constitucional 
originária é hierarquicamente superior, ao menos no plano axiológico, à norma 
constitucional derivada. Diante de tais fatos, responda, justificadamente, aos 
itens a seguir. 
A) Cabe ADI contra o Art. 45, § 1º, da CRFB/88, norma constitucional que 
existe desde a promulgação da Constituição da República, em 1988? 
Não, porque a jurisprudência do STF não admite o cabimento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) contra norma constitucional originária, por impossibilidade 
jurídica do pedido, tendo em vista que se trata de norma formulada pelo poder 
constituinte originário, que não tem nenhum tipo de limitação, sendo, portanto, 
incondicionado, ilimitado, inaugural e soberano. A Suprema Corte não pode exercer o 
papel de fiscal do poder constituinte originário, a fim de verificar se este teria ou não 
violado os princípios do direito supra positivo. 
 
B) A emenda constitucional pode deixar de ser aplicada com base na tese 
sugerida pelo assessor do Governador? 
Não, o sistema constitucional brasileiro não admite hierarquia de normas 
constitucionais. Portanto, há que se reconhecer que as emendas constitucionais têm a 
mesma força normativa das normas constitucionais originárias. Então as emendas 
constitucionais que modifiquem as normas constitucionais originárias, desde que 
observem os requisitos previstos na Constituição, não ocupam um plano inferior na 
hierarquia constitucional.

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