Buscar

Formas farmacêuticas semissólidas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Formas farmacêuticas semissólidas 
Um produto semissólido é uma forma farmacêutica que permite aplicação externa de um produto na pele ou membranas mucosas que apresentam como características a capacidade de se amolecer ou fundir na temperatura corporal. Deve ter boa espalhabilidade, sensorial adequado, promover aplicação adequada, para garantir uso e eficácia adequada do produto.
São normalmente preparações de consistência firme, pastosa, que se adere a pele, ou superfície de aplicação, espalhando de forma adequada, aplicada em pele ou mucosa, é uma formulação que pode ter ação tópica ou sistêmica. Normalmente observa-se que não é possível garantir que 100% do produto fica restrito a epiderme, mesmo quando esse medicamento é para ação tópica, dependendo do tipo de pele do paciente.
Podem ter ação protetora, emoliente, secativa. Uma base pode ter vários tipos de propriedades e efeitos, ou bases em que é associado fármacos e a proposta é garantir penetração e permeação desse fármaco.
Podem ser classificadas como bases oleosas que são as pomadas, bases de absorção, bases emulsivas (O/A ou A/O) onde temos os cremes, e base hidrofílicas, que são os géis. 
Cremes - bases emulsivas
É necessário que se tenha uma preparação liquida aquosa, e uma oleosa, imiscíveis dispersar uma na outra devido a adição de substancias emulsificantes, tensoativas, que são substancias que se associam na interface entre a fase aquosa e oleosa. É necessário trabalhar com produtos que garantam consistência pastosa adequada, por isso são utilizadas ceras, que são substancias graxas solidas a temperatura ambiente, deste modo é necessário fundir esse constituinte durante o preparo para garantir uma boa dispersão. O creme é uma emulsão que pode ser O/A ou A/O, o que difere das demais emulsões é a viscosidade que é media a alta, e pode conter substancias ativas dissolvidas ou suspensas em uma das fases dependendo da diferente afinidade por uma ou outra. 
Do ponto de vista do agente emulsionante podem ser cremes iônicos (catiônico ou aniônico), ou não iônico, o que interfere na escolha da base para veiculação da substancia ativa. Por exemplo substancias acidas podem desestabilizar cremes iônicos. 
Quanto as propriedades podem ser cremes de limpeza, evanescente, emolientes, nutritivos, protetores. 
Principais constituintes 
Emulsificante(tensoativos) 
Substancia que atua na interface entre duas fases imiscíveis promovendo uma adequada dispersão de uma fase em outra. Não melhora solubilidade, e sim uma dispersão adequada. Possui uma cauda lipofílica, e uma cabeça hidrofílica. Podem ter ação primaria, quando reduz a tensão interfacial, ou secundaria quando aumentam a viscosidade do meio melhorando a estabilidade. 
De maneira geral podem ter uso interno ou externo, e podem ser emulsionantes do tipo O/A ou A/O. os tensoativos aniônicos podem ser formados in situ a partir da adição de duas substancias que reagem, é um sabão é a reação entre um composto graxo e uma base levando a formação de um sabão que tem um grupo hidrofílico com alta capacidade de hidratação, sabões formados a partir de um acido graxo e uma base cuja proporção utilizada é de 1:1 vão resultar em emulsionantes do tipo O/A, se for uma base cuja reação resulte em uma proporção 2:1 ( 1 cabeça para 2 caudas) resultando em agentes emulsionantes que estabilizam melhor emulsões tipo A/O. a escolha do agente emulsionante diz o tipo de emulsão que está sendo preparada.
Tensoativos aniônicos são menos agressivos e irritantes se comparados com os iônicos.
Sistemas emulsionados, principalmente cremes, para se conseguir uma adequada estabilidade é necessário trabalhar com misturas de tensoativos, O/A + A/O com proporções diferentes para garantir um EHL adequado a formulação.
As concentrações dos constituintes abaixo variam de acordo com o tipo de pele a que a formulação se destina, tipo de creme. Tipo de substancia e capacidade de conferir propriedade adequada
Umectantes 
São substancias empregados em concentrações de 2 -15% com função de reter agua na formulação, e uma vez aplicado na pele possui ação hidratante. 
Exemplos: propilenoglicol, butilenoglicol, polietilenoglicol, glicerina, derivados da glicose, sorbitol. 
São substancias com várias hidroxilas que fazem interações de hidrogênio com a água, promovendo a retenção de água no sistema. Agente umectante inadequada, concentrações inadequadas, pode permitir a perda de água no sistema o que promove um alterando a concentração dos constituintes na formulação e pode alterar a viscosidade do sistema. Podem ser utilizados para auxiliar a aderência de alguns pós, promovendo sua solubilidade, dependendo do ativo e propriedades do sistema.
Emolientes
São substancias que podem estar de 2 – 30% ou até mais, variando dependendo da formulação. São substancias que conferem lubrificação adequada a pele, e espalhabilidade ideal a formulação. Podem ser classificadas de acordo com a estrutura química como substancias polares e não polares. As não polares têm como principais representantes as parafinas, dentre as polares temos triglicerídeos e ésteres ramificados, lineares e insaturados. Em relação a estrutura, molécula, quanto maior peso molecular maior a oleosidade, consequentemente tende a dificultar a espalhabilidade do creme, maior a pegajosidade. A presença de insaturação tende a aumentar a oleosidade, e dificulta a espalhabilidade. Álcoois graxos tem oleosidade media e media espalhabilidade. Ésteres de cadeia ramificada ou não tem uma oleosidade menor, mas com bom caráter emoliente. Umas substancia emoliente são capazes de repelir a água, e essa repulsão promove uma capacidade de reter agua. 
Espessantes
Concentrações 0,5-5%, podem ser de fase aquosa (polímeros derivados da celulose, do ácido acrílico e de origem natural - gomas) ou de fase oleosa (álcoois graxos, ésteres de ácidos graxo e óleos). 
Conservantes 
Normalmente são empregadas mistura,
Antioxidante
Podem ser de fase aquosa ou oleosa.
Corretivos de pH
Substancias graxas – espessante de fase oleosa
Agua pode ser veículo, ou um constituinte de fase interna. 
Cold cream 
É um dos representantes do creme tipo A/O, em que na preparação obrigatoriamente contem cera de abelha e borato de sódio, que formam um sistema emulsionado, cujo agente emulsionante é formado in situ. A cera de abelha possui vários constituintes, entre ésteres de cadeia longa, ácidos graxos, álcoois graxos. O agente emulsionante é um sabão formado a partir da reação do ácido graxo com a base. Nesse caso não é possível definir o tipo de emulsionante que é formado porque a cera é composta por uma mistura de ácidos graxos. Como a cera é de origem natural, é normal que ocorra uma variação dos constituintes do sistema, o que pode levar a uma estabilização inadequada, devido a um tensoativos formado de forma inadequada o que justifica a adição de tensoativos, para garantir a estabilidade da formulação.
Creme do tipo A/O tem baixa capacidade de penetração, ou seja, possuem ação epidérmica. É um creme muito oleoso, graxo, e após a aplicação forma uma película protetora que garante um poder emoliente. São bases utilizadas para veicular fármacos que precisam ficar retidos no estrato córneo. É uma boa formulação para veicular queratolíticos. 
Quando a composição do creme é modificada com adição de óleos de diferentes origens é possível aumentar a penetração da estrutura. Por exemplo conseguindo chegar a camada basal. Óleos minerais tem penetração superficial, quando substituído por um óleo de origem vegetal tem um aumento da capacidade de penetração, se substituir por um óleo animal consegue-se aumentar ainda mais a capacidade de penetração desse creme. Isso vale tanto para creme do tipo A/O ou O/A. o poder ou capacidade de penetração varia com o tipo de óleo, a medida que aumenta a semelhança com os lipídeos da pele, consegue-se melhorar a capacidade de penetração dessa base. 
São protetores cutâneos, emolientes, utilizados para veicular fármacos antissépticos e parasiticidas. Ouqualquer substância que tenha ação superficial, e algumas vitaminas.
Creme evanescente
São cremes do tipo O/A, cujo agente tensoativos é formado in situ por meio de uma reação entre o acudo esteárico e uma base monovalente. O sabão é um tensoativos aniônico, o que leva a uma incompatibilidade dessa base com algumas substancias, principalmente porque ela sofre alteração com influencia do pH, dependendo do acido adicionado pode levar a uma instabilidade do processo resultando em perda de viscosidade e quebra da emulsão. Uma emulsão desestabilizada pode ser revertida dependendo do estágio em que se encontra.
Tem alta capacidade de penetração, logo dizemos que tem uma penetração diadérmica, sempre consegue atingir a derme, muitas vezes é necessária modificação da base para evitar absorção, como é o caso de produtos dermatológicos, caso seja necessária ação sistêmica também é utilizado creme do tipo O/A.
Preparo 
O método utilizado na preparação de cremes é o método da mistura de fases, onde é necessário ter as duas fases liquidas para que haja uma adequada dispersão de uma fase na outra. Dependendo das características da substancia ativa ela pode ser colocada tanto na fase aquosa ou na fase oleosa, ou podem ser preparadas bases cujo ativos serão incorporados posteriormente, tendo que se observar características da substancia e da base. 
Emulsificação de baixa energia, utilizado para tipo O/A, onde parte da água é adicionada juntamente com os constituintes de fase aquosa, após a mistura das duas fases acrescenta-se o restante da água. Reduz tempo e energia.
Equipamentos 
Turrax, batedeira planetária, agitadores. 
Para garantir estabilidade, boa textura e espalhabilidade adequada, é necessário trabalhar com tamanho de glóbulos reduzidos. Resfriamento rápido incialmente promove solidificação da fase oleosa, dificulta a dispersão adequada, levando a glóbulos de tamanho inadequado comprometendo a estabilidade. A escolha e quantidade de tensoativos também deve ser analisada com cuidado. O controle pode ser feito através da avaliação das instabilidades, quando ocorre quebra da emulsão a formulação é perdida, por ser um processo irreversível. Aglomeração ou creeming podem ser revertidas e corrigidas. Diminuição do volume devido à perda de água, tendo de ser escolhido um bom umectante e quantidades adequadas. Aumento do volume devido aeração do produto, ou proliferação de microrganismos (principalmente quando a fase externa é aquosa). 
O creme do tipo A/O tem ação epidérmica, mas dependendo da fase oleosa, quando utilizamos óleos animais a capacidade de penetração é mais aumentada, podendo atingir a interface entre a epiderme e a derme, nesse caso dizemos que é uma base de penetração endodérmica. Do tipo O/A é uma base diadérmica podendo ser absorvida, mas existem variações onde a ação é mais superficial. Nenhuma das bases é solúvel em água, mas a preparação do tipo O/A é mais facilmente lavável com água, já a do tipo A/O não são laváveis. 
Géis 
São bases hidrofílicas, cuja a sensação é de uma base mais limpa, devido ausência de óleo, com maior aceitação. Contudo não é indicado para peles secas por não doar oleosidade, mas é muito indicado em caso de peles oleosa.
Um gel é uma dispersão de partículas orgânicas ou inorgânicas, em um liquido aquoso, hidro alcoólico, que resulta em uma preparação translucida e transparente. Em função dessas propriedades dizemos que é uma base atrativa, com boa espalhabilidade, e da um aspecto e sensação de pureza sendo uma preparação esteticamente favorável. É uma dispersão coloidal. E as moléculas podem estar dissolvidas ou suspensas no meio dependendo do tipo polímero, levando a formação de uma rede polimérica adequada onde o solvente interpenetra nesse polímero promovendo uma viscosidade adequada. 
Podem ser utilizados por via tópica, via oral, nasal, vaginal, retal, cosméticos. 
As características desejáveis são basicamente a manutenção da transparência. Dependendo do tipo do polímero pode-se ter géis iônicos e não iônicos, eletrólitos desestabilizam géis iônicos, substancias lipofílicas tendem a alterar a transparência do gel, porque ele é hidrofílico, logo ocorre a turvação da base. É preciso manter consistência e homogeneidade durante a vida de prateleira. Concentração adequada de adjuvantes e conservantes, devido a grande quantidade de água no sistema. Não sofrer contração de volume. 
Componentes
Veículo :Agua, etanol, óleo mineral e silicones; 
Estabilizantes: conservantes, antioxidantes, sequestrantes, foto protetores (polímeros sensíveis a luz);
Umectantes: garantem retenção adequada de água no sistema.
Neutralizantes: para alguns polímeros que só formam a rede polimérica após correção de pH;
Corantes e fragrâncias: uso cosmético.
Agentes Espessantes: seja substancias orgânicas solúveis (polímeros sintéticos ou naturais), ou inorgânicas insolúveis (silicatos).
Géis podem ser de origem natural ou sintética dependendo do tipo de polímero, quanto a natureza química pode ser orgânica ou inorgânica, quanto a solubilidade hidrofílica (hidro géis), lipofílicos (lipo géis). Quanto a carga do polímero iônicos (aniônicos) ou não iônicos.
Hidratação do polímero
Para formar um gel existem muitas particularidades dependendo do polímero, contudo normalmente quando o polímero é disperso em agua a primeira reação é uma formação de grumos poliméricos em que a agua não consegue penetrar entre as moléculas e solvata-las de forma adequada, alguns polímeros demoram nesse processo de hidratação, essa hidratação é gradativa e ocorre lentamente, quando a solvatação inicia os grumos começam a se desfazes e os polímeros começam a se hidratar, e essa hidratação é visível porque a preparação adquire um aspecto opaco, mas a preparação ainda é fluida, e não tem viscosidade, as moléculas estão estiradas e não formam uma rede polimérica adequada, essa rede só é obtida quando o polímero é solubilizado em agua, e em alguns casos só ocorre após a neutralização, ou aquecimento. 
O principal veiculo utilizado é a água, e para que ocorra uma adequada formação da rede polimérica é necessário que a água interpenetre nessas moléculas de polímero, e quanto maior a quantidade de água reticulada, maior a solubilidade desses constituintes, maior a viscosidade do sistema.
Tipos de polímeros 
Polímeros de origem natural
-Goma guar: utilizada principalmente para preparações de uso oral.
- Amido: utilizado para uso oral, atividade após aquecimento onde é formado a goma de amido;
- Alginato, pectinas;
- Celuloses: são mais utilizados polímeros derivados da celulose;
2) Derivados da celulose
Existem vários polímeros derivados da celulose. A celulose é um polímero obtido por unidades repetida de glicose, dependendo a substituição pode ter origem de polímeros iônicos e não iônicos. Desses polímeros apenas a carboximetilcelulose sódica forma um gel aniônico, porque na maioria dos casos os polímeros derivados da celulose resultam em géis não iônicos. 
Esses polímeros derivados de celuloses possuem propriedades diferentes devido as suas características distintas, o gel de hidroxietilcelulose, também conhecido como gel natrosol, é um polímero não iônico, onde a possibilidade de aplicar substancias em ampla faixa de pH porque não é ionizável, mas não pode veicular uma concentração elevada de etanol, porque pode precipitar, e é um polímero muito higroscópico, formando muitos grumos durante armazenagem da matéria prima. É compatível com eletrólitos, a rede polimérica é obtida apenas após aquecimento do sistema. Normalmente géis utilizam concentrações muito baixas de polímeros. Hidroxipropilcelulose, é um polímero não iônico, com diferentes graus de viscosidade, é solúvel em água com temperatura inferior a 40 º e insolúvel a temperaturas superiores a 45 º, solúvel em etanol. Propilenoglicol e glicóis de maneira geral. É um polímero com menor faixa de estabilidade pH 6-8. Hidrolisa em meio acido e oxida em meio alcalino. É fotossensível. Sofre hidrolise enzimática. É compatível com eletrólitos.3) Derivados do ácido acrílico 
Carbopol derivados do ácido acrílico de alto peso molecular, que possuem viscosidades diferenciadas em variação do peso molecular. O mais utilizado é o Carbopol 940. A vantagem comparada aos derivados da celulose, em concentrações inferiores a 0,5% possui viscosidade adequada, como são derivados ácidos, após a dispersão o pH é acido e varia de 2,5 a 3,5 cuja viscosidade adequada é atingido após neutralização do polímero, pH 6-7, devido a formação do sal que é mais solúvel em meio aquoso do que o grupo ionizado. Podem ser adicionadas bases orgânicas e inorgânicas cuja capacidade de neutralização depende da base.
Preparação do gel
A preparação envolve a dispersão e solubilização dos constituintes da fase dispersante, nesse caso a água, transferir todos esses constituintes para um béquer ou gral, preparar solução aquosa dos constituintes, e depois adicionar o polímero de forma lenta e gradativa, para que ocorra a hidratação, após a hidratação a neutralização do meio é feita para garantir a viscosidade (no caso do Carbopol). 
Alguns polímeros são solúveis, mas a hidratação é facilitada com o aquecimento do sistema, o que ocorre com polímeros derivados da celulose, outros diminuem a solubilidade com aquecimento do sistema. Cada polímero tem sua particularidade.
Outros polímeros
Pemulen – derivado do ácido acrílico
Viscosidade após neutralização de cargas residuais. Possui uma região hidrofílica e uma região lipofílica na molécula, onde podem haver variações na substituição na cadeia carbônica R, variando de 10 a 30 carbonos, que confere características diferentes. Essa composição hidrofílica lipofílica permite que esse polímero haja como emulsificante primário e seja empregado em formulações de gel-creme, onde se tem pequenas quantidades de óleo para conferir uma pequena ação emoliente em casos que o gel deixa a pele extremamente seca, mas os cremes possuem muita oleosidade. Esse polímero é utilizado de 0,1 – 3 %. São incompatíveis com eletrólitos. 
O gel é uma base solúvel em água, lavável em água, capaz de absorver mais agua no processo, pode conter ou não conter fase alcoólica, é uma base hidratada, não oclusiva desde que seja um gel propriamente dito. É utilizada para veicular substancias com ação mais superficial, porque não tem boa capacidade de penetração, por isso é utilizado para veicular substancias com ação epidérmica. Pode veicular diferentes substancias ativas, como sólidos e líquidos, desde que as substancias sejam compatíveis e não desestabilizem a preparação. 
Pomadas
São preparações gordurosas, constituídas basicamente por substâncias graxas, geralmente anidras cujos fármacos podem estar dissolvidos ou dispersos. Constituintes substancias de origem animal, vegetal e mineral. E em alguns casos com adição de silicone.
O principal representante de base utilizada é a vaselina branca, que é semissólida, pastosa e pode ser utilizada como único constituinte da base, e após aplicação forma uma película oleosa sobre a pele, com certa propriedade emoliente e oclusiva (promove desorganização do estrato córneo devido a hidratação, promovendo aumento da permeação), que são características inerentes da vaselina. Esse tipo de base é interessante para veicular substancias ativas que serão aplicadas em regiões de estrato córneo espesso. É uma base extremamente oleosa, promove hidratação, lubrificação da camada córnea, e se veicular queratolíticos promove descamação adequada da camada córnea. Ação epidérmica, base untosa e oclusiva, emoliente. Não lavável em água.
Bases de pomada tem baixa capacidade de penetração, cuja ação epidérmica é bem superficial.
Plastibase – mistura de polietileno (5%) e vaselina, dessa forma torna-se melhor a incorporação de compostos hidrofílicos, em detrimento da vaselina que é extremamente graxa. Ao associar a vaselina pequenas concentrações de polietileno, a base é menos irritante em função da presença do composto mais hidrofílico. Isso não aumenta a capacidade de permeação dessa base, mas por ser menos irritante esse tipo de base é usado em produtos infantis, para peles mais sensíveis, pomadas oftálmicas. Comercialmente conhecida como chemigel.
Se na preparação tiver uma mistura de vaselina e lanolina ocorre uma alteração das propriedades da preparação. 
Base de absorção são emulsões, que conseguem absorver agua no processo (não tem relação com a promoção da absorção dos ativos), mesmo que a base seja anidra, possui substancias no meio que permitem a incorporação de água. Uma dessas substancias é a lanolina, colesterol, lanosterol, monoestearato de sorbitano. A lanolina é um composto que apresenta propriedade auto emulsionante, por que ela por si só possui a capacidade de incorporar agua, e essa incorporação forma uma pré emulsão do tipo A/O, ou seja é um composto oleoso capaz de reter agua em seu interior. Desse modo, caso necessário incorporar agua em uma preparação de vaselina, isso pode ser feito via lanolina. Onde a dispersão agua lanolina deve ser feita previamente, e depois adicionado essa dispersão pode ser adicionada a base de vaselina, e o que entra em contato com essa vaselina é a lanolina com água em seu interior. As bases de absorção podem ser classificadas como anidras, se elas não contem agua, mas são capazes de absorver agua para formar um sistema emulsivo do tipo A/O inicialmente. Ou hidratada se elas por si só já contem agua, é um creme do tipo A/O, na qual não é possível incorporar agua adicional. Um ponto importante é que a incorporação de água via lanolina deve ser feita durante o preparo, após a mistura vaselina lanolina pronta não é possível fazer essa incorporação, ou seja, não pode adicionar agua adicional. 
Existem bases de pomadas hidrofílicas, constituídas basicamente por polietilenoglicol, com diferentes tamanhos de cadeia, que apresentam a mistura de dois constituintes, por exempli polietilenoglicol 400 e 4000 (acima de 1000 os polietilenos são sólidos), um liquido e outro solido formando um sistema semissólido, que é uma base de pomada hidrofílica, não é untosa, graxa, oleosa, é lavável, mas ainda apresenta baixa capacidade de penetração. Ação epidérmica, utilizada para aplicação de substancias em feridas, principalmente para assepsia. Não é um gel porque não contem um polímero disperso em um veículo. Nesse caso é apenas o polímero.
Pastas
São pomadas nas quais são adicionadas grandes concentrações de pós, podendo ser hidrofílica (glicerina, gelatina e géis de pectina) ou lipofílica (vaselina, lanolina, ceras e silicones), esses pós podem estar dissolvidos ou dispersos, em uma concentração de 20 a 50% de pós. São bases de consistência macia e firme, menos gordurosas que pomadas, porque tem uma menor porcentagem de veículo, e os pós absorvem parte do hidrocarboneto. Deixa um filme espesso, não quebradiço, relativamente impermeável, opaco, que pode agir como eficiente filtro solar (filtro físico).
São preparações utilizadas em condições onde há presença de exsudato, agua, como é o caso de assaduras, queimaduras, picadas de inseto, e promove a remoção desses exsudatos, devido a promoção da remoção do exsudato por esses pós. no caso de queimaduras, os pós ainda possuem capacidade adstringente, em que ocorre a precipitação de proteína auxiliando a aceleração da regeneração do estrato córneo lesado. 
Preparo 
Os pós devem ser pulverizados, tamisados e promove-se a formação de um pó composto seguindo as regras do mistão e diluição geométrica, tamisa a mistura de pós, garantindo uma homogeneidade desse pó composto. Para incorporar os pós ao veículo existem quatro situações distintas: 
1) para substancias miscíveis ou facilmente solúvel utiliza-se a simples incorporação, onde é incorporado a mistura de pós compostos, com auxilio de gral e pistilo, aos poucos a base utilizada para a preparação da pasta, ate que ocorra toda incorporação. Também pode ser utilizada a técnica de espatulação, onde sem uma superfície lisa e uma espátula, a mistura dos pós é colocada de um lado e a base do outro, ecom auxílio da espátula, pequenas quantidades de cada um dos constituintes é espatulada, promovendo uma incorporação. Essa técnica pode ser usada para sólidos e líquidos, contudo os líquidos são adicionados ao centro, mas não é utilizada em escala industrial, mas para pequena escala é comum, e garante homogeneidade. 
2) solução e incorporação, embora o ativo não seja solúvel, ele pode ser previamente dissolvido em um solvente apropriado e essa solução ser posteriormente incorporada na base. 
3) quando a substancia é insolúvel e pode estar suspensa no meio, utiliza-se um agente levigante, que é uma substancia viscosa e que é capaz de melhorar a molhabilidade do solido de forma a permitir uma adequada dispersão do solido a base, também chamado de molhante. Nesse caso, adiciona-se previamente a mistura de pós o agente levigante (propilenoglicol, glicerina – no caso de preparações hidrofílicas cujo solido é hidrofóbico), e incorpora-se a base. A escolha do agente levigante esta relacionada ao tipo de base no qual vai ser incorporado. Essa técnica é chamada levigação e incorporação.
4) técnica de fusão e incorporação, onde parte da base é fundida e atua como agente levigante, ou quando a base é graxa e para incorporação adequada é necessário fundir, deve-se observar a presença de compostos termolábeis. Normalmente utilizada para ceras.
Ceratos
São pomadas com concentração de cera superior a 15%, que esta associada a compostos graxos, como óleos e gorduras, garantindo a consistência adequada da preparação, consistência por vezes dura. A cera do cerato não forma sistema emulsionado como ocorre nos cremes. Para homogeneização adequada é necessário fundir e agitar. E como são compostos facilmente oxidáveis adiciona-se antioxidantes. Possuem penetração extremamente reduzida, cuja ação é local, seja rubefaciente, adstringente. Alto teor de pós
Gliceratos
Preparações com presença de amido e glicerina, onde é produzido um gel. Penetração epidérmica, não untosas, com alto teor de pós, deve-se ter um cuidado porque o amido é muito propenso e favorável para crescimento de microrganismos. São preparações com baixa validade. Preparações extemporâneas, que devem ser adicionados conservantes. 
Independente do semissólido, deve ser garantido estabilidade física, química e microbiológica.

Continue navegando