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Resumo de ideias filosóficas e históricas de base para Ciência Política

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Resumo de ideias filosóficas e históricas de base para Ciência Política. Corresponde a material retirado da internet de nível fundamental e médio.
Filosofo Sócrates – Biografia Resumo obras
Sócrates, o célebre e moralista filósofo grego, nasceu em Atenas no ano 469 aC. Socrates nasceu em uma familia de razoavel condições financeiras, mas com o passar dos anos chegou a pobreza.
Sócrates recebeu a educação típica da juventude do final do século 5 ateniense. A influência mais importante no seu desenvolvimento intelectual era a sua interacção com os sofistas que freqüentavam Atenas. Sócrates participou em três campanhas militares na Potidaea (432-429), Delium (424) e Anfípolis (422) e distinguiu-se com a sua coragem, vigor físico e da indiferença espartana perto a dureza dos elementos.
O próprio Sócrates não deixou escritos, e a maioria do nosso conhecimento sobre ele e seus ensinamentos vem de diálogos de seu pupilo mais famoso, Platão (427-347 aC), e das memórias de Xenofonte.
Sócrates tinha um profundo respeito pelos costumes religiosos. Sócrates foi famoso por seu método de argumentação. Assim, o método socrático de argumentação começa com perguntas comuns que levam a pessoa  a acreditar que a pergunta é simples, mas termina em uma inversão completa. Assim, sua contribuição principal não reside na construção de um sistema elaborado, e sim a uma consciência de sua própria ignorância. Foi sua combinação única de dialética ( uso de lógica e raciocínio numa discussão ou debate), habilidade e capacidade .
Em 399 aC Sócrates foi julgado por corromper a moral dos jovens atenienses e de heresias religiosas, acredita-se agora que sua prisão resultou, em especial, de sua influência sobre Alcibíades e Crítias, que tinham traído Atenas. Sócrates foi condenado por maioria de seis votos. Ele recusou a todos os esforços para salvar a sua vida, bebeu o cálice de veneno cicuta lhe dado. O julgamento e a morte de Sócrates são descritos por Platão na Apologia, Críton e Fédon.
Sócrates, Platão e Aristóteles
 
     
          Esses três filósofos foram os inauguradores da filosofia ocidental como a que concebemos ainda hoje em muitos aspectos. O período em que Sócrates, Platão e Aristóteles despontaram é considerado como o período áureo da Filosofia, dada a imensa contribuição deles para o avanço do pensamento filosófico.
        Antes de se falar de Sócrates, Platão e Aristóteles, é imprescindível, também, abordar sobre os sofistas que foram pensadores contemporâneos a Sócrates e juntamente com ele, foram os primeiros falar sobre as questões morais dentro do âmbito filosófico. Os sofistas eram pensadores que realizavam viagens de cidade em cidade e, através de discursos públicos, atraíam jovens discípulos, os quais pagavam taxas por essa educação recebida. Apesar de serem pessoas muito refutadas por outros filósofos como Aristóteles por exemplo, os sofistas exerceram um grande papel para a evolução histórica da Filosofia.
            As obras de Sócrates, Platão e Aristóteles, serviram de base para toda a Filosofia na Idade Média, Renascentista, Idade Moderna e Contemporânea. 
             Grandes filósofos, de várias épocas da história, têm suas bases nesses três pais da filosofia ocidental. 
   Homens como Gregório, Tertuliano Santo Agostinho, São Tomaz de Aquino, no período entre a Filosofia Medieval e início da Renascença. Outros como os iluministas Rousseau, Didderot, Voltaire e Descartes e alguns mais recentes como Auguste Comte, Emannuel Kant, David Hume, Friedrich Nietzsche, Michel Foucault, etc.
 
      Para saber mais sobre estes três pais da filosofia ocidental, acesse o submenu no canto superior esquerdo da tela, ou clique sobre o nome do respectivo filósofo, a quem deseja saber mais a fundo:
 
Platão
“Uma vida não questionada não merece ser vivida.”
    Também de Atenas, era filósofo e matemático, fundador da Academia de Atenas, que foi a primeira instituição de ensino superior do ocidente. Seu mentor, como relatado em suas obras, era Sócrates e seu sucessor e pupilo era Aristóteles.
        Platão nasceu entre 428 e 427 a.C e viveu até 348 ou 347 a.C. É tido por muitos estudiosos como o maior dos filósofos da antiguidade. Inicialmente, Platão teve sua introdução nos pensamentos filosóficos por Crátilo, que era um discípulo do pré-socrático Heráclito; porém, aos 20 anos, conheceu Sócrates e se tornou seu discípulo até a morte do mesmo.
         Para Platão, o homem estava inserido em dois tipos de realidades diferentes, que eram chamados por ele de realidade inteligível e a sensível. A primeira reflete aquilo que podemos distinguir e expressar a outrem. É a realidade imutável das coisas. A segunda, como o nome sugere, é aquela que afeta os nossos sentidos, que são dependentes e modificáveis. Essa divisão das realidades em que o ser humano está em contato é a famosa teoria das ideias de Platão. 
          Na concepção do filósofo, esse mundo da realidade sensorial seria uma reprodução opaca e limitada do mundo inteligível, que é o das ideias.  O filósofo escreveu em sua obra  “O Simpósio”, também conhecida como “ O banquete” uma experiência de Sócrates com a sacerdotisa Diotima de Mantinea, que o teria iniciado na genealogia dos conhecimentos sobre o amor, de onde surgiram as ideias do que conhecemos como “amor platônico”.
          Platão, diferentemente da maioria dos pré-socráticos, não buscava a essência da forma física das coisas, ele buscava sim, a verdade essencial dessas coisas. Platão entendia que a essência do conhecimento não estava nas coisas, que são corruptíveis e mutáveis. Como filósofo, ele buscava a essência nas realidades imutáveis, nos fatos.
             Como bom cidadão ateniense e admirador das formas de organização do estado, Platão teve boa parte de sua vida dedicada à política e à busca de uma conclusão a respeito de como seria a melhor forma de governo para uma sociedade. Em sua obra “A República”, que também era um diálogo socrático, ele cita os diversos tipos de governos existentes, focalizando a obra no tema central, que era a justiça. Sócrates expõe, nesse diálogo, que a melhor forma de governo seria exercida por um regime formado por filósofos. Além de tratar também sobre questões metafísicas, como a imortalidade da alma e o julgamento dos mortos.
             Falando-se em questões imateriais, Platão acreditava que o homem era dividido em corpo e alma. O primeiro era de caráter material e mutável e corruptível. Já a alma, seria a porção divina do ser, a parte imutável e perfeita.
             Platão, por sua imensa sabedoria, chamou a atenção de Dionísio I, rei da Sicília, que o levou para sua terra. No entanto, ao confrontar Dionísio em suas limitações, esse se sentiu ofendido e veio a vender Platão como escravo. Outros filósofos souberam da notícia e se juntaram para comprá-lo de volta, e realizar o regresso à Grécia. Aconselharam-no, então, de que os sábios não deveriam se unir aos tiranos.  
 
           Em seu retorno à Atenas, fundou a Academia, instituição de ensino que foi ganhando imenso prestígio, procurada por jovens de todas as partes em busca de conhecimento e também por homens nobres e reconhecidos para debaterem ideias. Com a morte de Dionísio I em 367a.C, Platão retorna à Siracusa, na Sicília, a fim de introduzir sua filosofia naquela sociedade; porém, o sucessor de Dionísio II, o sucessor da corte, mais uma vez, impediu Platão em seus intentos. Uma terceira tentativa, em 361 a.C., de levar uma mentalidade de conhecimento à Siracusa também foi frustrada. Contudo, em Atenas, a Academia se consolidava cada vez mais. 
        Platão permaneceu na direção dessa instituição de ensino até sua morte, em 347 a.C, numa época em que Felipe da Macedônia expandia seu domínio, chegando à Atenas. Uma das versões para a morte de Platão seria a de que numa festa do povo, em comemoração ao seu 81º aniversário, ele se afasta sozinho para um canto e ali teria expirado. Porém, as causas reais da
morte de Platão são desconhecidas.
Aristóteles 
“Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura...”
       Aristóteles nasceu em Estagira, uma colônia grega, em 384 a.C. Era filósofo, médico do rei Amintas III, da Macedônia, era discípulo de Platão e tutor educacional de Alexandre, o Grande.
      Junto a Platão, seu mentor, e Sócrates, mentor de Platão, Aristóteles é tido como um dos maiores filósofos da antiguidade e precursor da filosofia ocidental. Sua obras tratam dos mais abrangentes e variados assuntos, dando ênfase no método da retórica e fala desde a metafísica até música, governo, física e poesia. 
           Devido a essa versatilidade e polivalência de conhecimentos, Aristóteles é alvo de admiração dos seus conseguintes pensadores. O seu foco nas ciências físicas influenciou fundamentalmente  a cena intelectual na Idade Medieval, cujos princípios e ideias estiveram presentes nas influências dos principais renascentistas.  
  
       No campo da metafísica, os pensamentos e teorias aristotélicas tiveram muita influência na cultura e na teologia e nas tradições judaico-islâmicas da Idade Média, continuando a ter influência no cristianismo.
           Foi considerado por Auguste Comte como “o príncipe eterno dos filósofos” e por Platão como “o maior leitor do mundo”.
           O filho de Nicômaco, por volta de 16 ou 17 anos de idade parte para Atenas, como a maioria dos jovens abastados da época, a fim de dar prosseguimento em seus estudos. Ali, entra para a Academia platônica, onde sobre a tutela de seu mentor intelectual permaneceu 20 anos, até a morte de Platão. Apesar de intelectualmente ser o mais apto para assumir a direção da Academia, Aristóteles, por não ser grego, não assume o posto, partindo para Assos com alguns alunos que compartilhavam da mesma linha filosófica de Aristóteles.
            Em Assos, Aristóteles funda um círculo filosófico, com o apoio de Hérmias, que era o tirano da época na região.
             Aristóteles, dentre a sua vastidão intelectual, se destacou nas áreas exatas da lógica, física e biologia. Ele considerava a lógica, através do silogismo, como uma base para o pensamento científico. 
 
         O conceito de física para Aristóteles, tem a premissa no movimento.
           O filósofo ainda tinha uma teoria fundamental em sua concepção, em que muitos pais da psicologia se inspiraram e se basearam. O conceito de psique e intelecto partir da teoria aristotélica.
           É indispensável citar as inúmeras contribuições e avanços dos estudos de Aristóteles na Metafísica, na Física, na Biologia, na Psicologia, ética e em outras tantas áreas de conhecimento. 
                 
                As obras de Aristóteles são divididas pelos historiadores e pesquisadores em duas distintas classes: as Esotéricas, que seriam obras técnicas com fins acadêmicos,  e as Exotéricas, destinadas ao público geral. Porém, há uma hipótese de que todas as suas obras de caráter popular, ou seja, exotéricas, tenham se perdido, uma vez que, o que se tem conservado, são obras tipicamente dotadas de jargões e de uma linguagem técnica que somente acadêmicos das escolas platônicas e aristotélicas da época poderiam discernir. 
              Com a morte prematura de Alexandre, o Grande, que era seu pupilo, em 323 a.C,  Aristóteles vê-se obrigado a sair de Atenas, para evitar sua morte, visto que o pensamento antimacedônico, que era o que mantinha o reinado de Alexandre, havia sido extinto e perseguido por Demóstenes, que reimplantou em Atenas o partido nacionalista. No ano seguinte, isolado em uma habitação sua, em Cálcis, faleceu  aos 62 anos, em 322 a.C. 
As Teorias Contratualistas - Hobbes, Locke e Rousseau
Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado está no contrato social. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas. Aqui entende-se o contrato como um acordo, consenso, não como um documento registrado em cartório. Além disso, a preocupação não é estabelecer um momento histórico (data) sobre a origem do Estado. A idéia é defender que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Porém, existem algumas divergências entre eles, que veremos a seguir:
Hobbes (1588-1679) acreditava que o contrato foi feito porque o homem é o lobo do próprio homem. Há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (competição constante, estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas individualmente para que o estado de guerra seja controlado, isto é, para que o instinto destrutivo do homem seja dominado. Neste sentido, o Estado surge como forma de controlar os "instintos de lobo" que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos. Os cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, que irá agir como soberano absoluto a fim de manter a ordem.
Locke (1632-1704) parte do princípio de que o Estado existe não porque o homemé o lobo do homem, mas em função da necessidade de existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de acordo com os seus interesses. Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. O Estado deve preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontade da assembléia e não fruto da vontade de um soberano. Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo, colocando-se contra toda tese que defenda a idéia de um poder inato dos governantes, ou seja, de pessoas que já nascem com o poder (por exemplo, a monarquia). 
Rousseau (1712-1778) considera que o ser humano é essencialmente bom, porém, a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana (tem sua origem) do povo e, em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja, recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral. Um tema muito interessante no pensamento político de Rousseau é a questão da democracia direta e da democracia representativa. A democracia direta supõe a participação de todo o povo na hora de tomar uma decisão. A democracia representativa supõe a escolha de pessoas para agirem em nome de toda a população no processo de gerenciamento das atividades comuns do Estado.

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