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Leonardo Freitas Sales
Demanda de moeda
A moeda possui 6 importantes funções, são elas: intermediação de trocas (quando se adota uma moeda, elimina o inconveniente decorrente da dupla necessidade de exigida no escambo), medida de valor (o valor de um bem é expresso em unidade de moeda), reserva de valor (proporciona ao detentor uma forma de guardar riqueza), poder liberatório ( da ao detentor o poder de liquidação de dividas, saldar débitos) instrumento de poder (quanto mais moeda tiver, mais poderá se utilizar de bens e serviços disponíveis no mercado), padrão de pagamento (a moeda facilita o pagamento). 
As características essenciais da moeda são: Indestrutibilidade e inalterabilidade (a moeda deve ser durável, para que não se deteriore); homogeneidade (a moeda deve ser igual); divisibilidade (a moeda deve haver cédulas de baixo e de alto valor para facilitar as transições); transferibilidade (deve ser fácil de transferir de um pessoa para outra); facilidade no manuseio e no transporte (a moeda deve facilitar as trocas, não dificulta-la).
Síntese das principais versões da demanda de moeda
Versão clássica da demanda de moeda
O motivo para as pessoas reterem ativos financeiros em vez de aplica-los, é explicada, segundo os clássicos, por dois fatores:
A não existência de coincidência entre recebimento e pagamentos, as pessoas precisam reter ativos monetários durante o intervalo entre os recebimentos, para poder saldar seus compromissos.
As despesas imprevistas é outro motivo que faz as pessoas reter moeda.
A imprevisibilidade e a fata de sincronismo entre recebimentos e pagamentos, são os dois motivos essenciais, segundo os economistas clássicos que levam as pessoas a reterem moedas.
Calculo da retenção média de moeda: EM: EM = somatório(encaixe . dias)/ Numero total dias
Determinantes da demanda individual
Quais os fatores que determinam a maior ou menor proporção de moeda retida pelo público em relação a um dado nível de renda?
Os principais fatores são:
- A forma que as pessoas distribuem suas despesas ao longo do tempo
- Os intervalos entre recebimento e pagamento
- Facilidade bancária para a concessão de créditos (uma facilidade na obtenção de créditos reduz a retenção de moeda)
- A maior ou menor integração vertical do sistema econômico
- A existência de substitutos próximos da moeda (a existência desses substitutos reduzem a necessidade de retenção de moeda)
- Taxa de juros (ou custo de oportunidade da retenção da moeda, quanto mais alto for a taxa de juros, menor a propensão em manter moeda.
- A taxa de inflação (quanto maior a taxa de inflação, menor será a retenção de moeda)
Os clássicos consideram k uma constante, visto que, a maioria dos fatores acima são determinados institucionalmente e a curto prazo, sob um clima não inflacionário se matem inalterada.
Demanda Agregada de moeda
A demanda agregada de moeda expressa a quantidade global de moeda retida por todos os agentes que interagem na economia, a partir de determinada renda nacional a preço correntes.
Definindo, para uma economia fechada, a renda nacional RN, como soma das remunerações paga aos fatores(salário(W), alugueis(A), juros(J), lucros(B) e remunerações mistas do capital e trabalho(R)), podemos expressar a demanda por moeda da seguinte forma:
L¹ = k¹ W L² = k² A L³ = k³ J L4 = k4 B L5 = k5 R
A demanda agregada de moeda é expressa por: L = k.P.RN
Onde L é a demanda de moeda(L¹,L²...L5); k é proporção média dos encaixes de todos os agentes; P.RN é a renda nacional a preços correntes. K e RN são constantes a curto prazo.
Para os clássicos, a demanda por moeda, a curto prazo, varia diretamente com o nível geral dos preços.
Interação Oferta-Demanda
Para os clássicos a oferta monetária(M) é uma variável exógena, é controlado pelas autoridades. São estas que definem a quantidade de moeda
Quando M>L ocorre inflação. Quando M<L há deflação. Quando M=L há equilíbrio.
Versão Keynesiana
Keynes deixou de ver a moeda como um componente neutro, para ele a moeda afetava outras variáveis econômicas, como taxa de juros e emprego. Além dos 2 pressupostos clássicos, Keynes acreditava que havia um terceiro, a especulação. Para Keynes, diferentemente dos clássicos, não é irracional manter moeda para satisfazer motivos especulativos, desde que tenham razões para acreditar em mudanças favoráveis nos preços dos títulos e da taxa de juros. (Existe uma relação inversa entre taxa de juros e demanda por moeda para fins especulativos. Quando a taxa de juros está alta a manutenção de moeda para fins especulativos diminui, quando está baixo aumenta.)
Demanda de moeda (Keynes)
L = Lt(Y) + Ls(i)
Onde L é a demanda total por moeda; Lt é a demanda de moeda para fins transacionais e precaucionais; Ls é a demanda de moeda para fins especulativos, admitida como função da taxa de juros (i).
Para a mensuração da especulação usa-se: PT = VA = RT/i
Onde PT é o preço do titulo que o agente está disposto a pagar; VA é o valor em série de rendimentos ensejados pelo titulo. RT é o rendimento fixo do título por unidade de tempo; i é a taxa de juros.
RTT = i + i/i* - 1 Onde i* é a taxa de juros esperada.
Se i* for maior que a taxa de juros corrente no mercado, o RTT será maior que 0, com isso, o agente econômico preferira manter moeda. Quando i* for menor, o agente preferir reter títulos.
Contribuição de Tobin
Tobin atenta para três dificuldades relacionadas a demanda de moeda para fins especulativos, que não foram citados pela versão keynesiana. Essas dificuldades fundamentam as críticas a versão keynesiana. São elas:
Para Keynes, o individuo faz uma escolha entre reter moeda e adquirir ativos. Para Tobin, há uma combinação entre moedas e títulos, e cabe ao individuo escolher a combinação que mais atende as suas necessidades.
Se a taxa de juros se estabilizar em um longo período de tempo, segundo Keynes, o motivo especulação poderá desaparecer.
A incerteza na versão de Keynes não é bem definida, os agentes parecem agir com uma certa certeza sobre o futuro.
Tobin reestabelece a demanda por moeda para especulação, mal desenvolvida na versão de Keynes. Em síntese a contribuição de Tobin se baseiam em 4 pontos:
O RTT resulta, assim com em Keynes, da soma da taxa de juros mais os ganhos de capital. Tobin identificou o desvio padrão da distribuição dos ganhos prováveis de capital como risco a aquisição de títulos. Quanto menor a distribuição dos títulos em uma carteira, maior serão os riscos.
Os agentes econômicos só estão dispostos a aceitar riscos maiores se o retorno for maior.
Os agentes expressão suas preferencias através de uma série de curvas de indiferença entre retorno totais e risco assumido.
A maximização da satisfação dos agentes, quando a combinação do retorno e riscos se da no ponto em que uma das curvas de indiferença é tangenciada pela linha equivalente a restrição orçamentária.
Versão de Friedman
Demanda de moeda
A demanda de moeda, segundo Friedman, resulta da agregação de duas demandas distintas, das famílias e das empresas.
A demanda de moeda pelas famílias é função das seguintes variáveis:
- Riqueza total, decorrente da soma da riqueza humana (capital humano) e não humana (material). (a riqueza total pode ser convertida em uma linha de restrição orçamentarias das famílias, cuja a declividade é dada pelo preço relativo que se estabelece entre moeda e as demais formas alternativas de riqueza. A moeda é um bem normal, de efeito renda positivo.)
- Proporção da riqueza humana e não humana (material). (essa proporção é uma variável determinante da demanda por moeda pelas famílias. A riqueza humana tem um menor grau de liquidez que a não humana, quanto maior a proporção de riqueza humana, maior será a retenção de moeda.
- Custo de oportunidade de retenção de ativos monetários. (esse custo é medido em relação as taxas de retorno dos ativos e na taxa de inflação. Se essas duas taxas estiverem elevadas, maior será o custo de reter moeda.
- Outros fatores econômicos e nãoeconômicos. (como o grau de incerteza sobre o futuro; expectativas de acontecimentos anormais, como catástrofes, guerras, etc; e outros.)
A demanda de moeda pelas empresas possui diferenças e similaridades com a demanda de moeda das famílias. Em síntese, as diferenças essenciais é a receita total e a ausência de uma variável indicadora da proporção de riqueza humana e não humana.
Modelo de Baumol – Tobin
O modelo analisa os benefícios e os custos de se manter dinheiro em caixa. O benefício de manter dinheiro está na conveniência de não precisar fazer várias idas ao banco. O custo está nos juros que tais pessoas deixam de receber se deixasse seu dinheiro na poupança.
Inflação
Com um alto déficit orçamentário, por parte do governo, causa um alto crescimento da moeda nominal, isso gera as hiperinflações.
Para financiar suas dívidas, o governo opta por pegar empréstimos, emitindo títulos, ou criar moeda, ou seja, fazer uma monetização da dívida. 
O calculo da senhoriagem é feita a partir da seguinte expressão:
A medida que o crescimento da moeda nominal aumenta, a inflação aumenta também.
Os saldos monetários reais dependem da renda real, Y, da taxa de juros, r, e da inflação esperada, .
Como combater a hiperinflação?
Deve ser criado um programa de estabilização. Os principais elementos necessários nesse programa devem ser:
Reforma fiscal e redução no déficit orçamentário do governo.
O BC deve assumir que não irá haver monetização da divida.

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