Buscar

Relações entre o Direito e a moral

Prévia do material em texto

GRUPO: 6
11ª CLASSEDOCENTE
___________________________
TURMA: IM
SALA: 9
PERÍODO: MANHÃ
CURSO: TÉCNICA DE FINANÇAS
LUANDA/2018
Introdução
Tanto o direito quanto a moral apresentam-se como sistema de normas de conduta humana, mas que apresentam diferenças. A moral tem como ideia e valor central o conceito de bem, que pode ser entendido como tudo aquilo que promove e desenvolve o ser humano.
A sociedade desde inicio a fim de manter os homens agrupados criará formas para a aplicação da justiça. Ou seja, pode-se dizer, toda sociedade existe a fim de obter a realização da justiça. O homem de forma ampla busca o seu bem e à vida em sociedade, esta é, em certo sentido, uma ordem na incessante procura do bem, isto é, de todas aquelas coisas que representam um meio para a satisfação dos fins inerentes à nossa natureza de homens, à nossa qualidade de pessoas. Assim, considera-se o "bem comum" como o objeto mais alto da virtude da justiça, pois não pode tratar o direito de garantir todas as liberdades individuais em detrimento das liberdades comuns.
O ideal de uma justiça absoluta está além de qualquer experiência histórica, e desta forma pode-se deduzir que é impossível determinar cientificamente o que seja justiça.
Relações entre o Direito e a moral
Antes de buscar o entendimento sobre o Direito e a Moral, apresentando suas principais convergências e diferenças, se faz necessário uma pequena explanação do surgimento desse problema tão discutido pela Doutrina até hoje.
Este problema se apresenta deste a mais remota sociedade, quando deste então houve a separação entre o Direito e a Moral, não se confundindo um com o outro apesar de alguns pontos semelhantes. Surgiu desde os pré-socráticos até os estoicos, sendo também discutido por grandes filósofos como Platão e Aristóteles, mas tal discussão ganhou caráter de importância na época moderna, basicamente depois dos conflitos surgidos entre a Igreja Católica e os protestantes, que eclodiram nesta época.
 Partindo da idéia que se o direito for entendido e definido exclusivamente de normatividade e validade, então seu campo nada tem a ver com a Ética. Esta é a proposta de cisão metodológica, que acabou por provocar fissura profunda no entendimento e no raciocínio dos juristas do séc. XX, de Hans Kelsen.
 Então, pode-se resumir sua proposta: as normas jurídicas são estudadas pela Ciência do Direito; as normas morais são objeto de estudo da Ética como ciência. O raciocínio jurídico, então, não deverá versar sobre o que é certo ou errado, sobre o que é virtuoso ou vicioso, sobre o que é bom ou mau, mas sim sobre o lícito e o ilícito, sobre o legal (constitucional) ou ilegal (inconstitucional), sobre o válido e o inválido.
A diferenciação entre os campos da moralidade e da juridicidade, para Kelsen, decorre de uma preocupação excessiva com a autonomia da ciência jurídica. Argumenta Kelsen que, se está diante de um determinado Direito Positivo, deve-se dizer que este pode ser um direito moral ou imoral. É certo que se prefere o Direito moral ao imoral, porém, há de se reconhecer que ambos são vinculativos da conduta. 
Veja as seguintes correlações:
Nem tudo o que é moral é jurídico: ex: dar preferência aos mais velhos em assentos públicos ou particulares;
Da mesma forma, nem tudo o que é jurídico é moral. Ex: o direito garante igualdade na partilha da herança, ainda que um dos herdeiros jamais tenha despendido respeito e carinho aos pais.
Há também regras jurídicas que são amorais, ou seja, indiferentes à moral: é o que se passa com grande parte das regras de trânsito. Assim, o que há de moral ou imoral em determinar-se por lei que determinada rua deixa de ser mão-dupla e passa a ser trafegável em sentido único? Em que pese sobressair enorme coincidência entre as regras morais e jurídicas, sempre há um resíduo de normas jurídicas que escapa à moral, por mais que se esforce no sentido de que o direito somente tutele o “lícito moral”.
A moral é algo que se cumpre espontaneamente. Sua adesão se dá pela simples consciência da pessoa. O respeito à lei moral não deriva da força, mas da voluntária obediência, por compreender que aquele ato ou conduta traz algo de positivo ao espírito e à convivência humana. 
O direito e o direito ao aborto
Quando nos aventuramos pelo mundo do direito, não podemos nos esquecer quão importante ele é e o quanto ele pode afetar a vida das pessoas, de uma forma positiva ou negativa. 
O direito surgiu como uma necessidade, com a finalidade de regrar a vida em sociedade e permitir que ela seja possível. Portanto, não pode o direito se afastar do anseio dessa mesma sociedade, sob pena de não alcançar seu objetivo, além de se tornar fonte de injustiça. O aborto é sempre uma questão polêmica, qualquer que seja o tempo, qualquer que seja o lugar. Em nosso país, não poderia ser diferente, o tema seduz apaixonados defensores e ofensores. Paixões à parte, passamos a discutir, tecnicamente, a questão.
Legalmente, o aborto é entendido como a expulsão do produto da concepção antes do parto. Ou seja, no aborto, a proteção legal se volta para o produto da concepção, ou seja, o feto ou embrião vivo. Esse ato, em regra, é ilegal. Portanto, é criminoso o ato de retirar do útero de uma mulher o feto ou embrião vivo.
Como, porém, toda regra tem sua exceção, a lei considera lícito o aborto se realizado quando a gravidez coloca em risco a vida da gestante ou é resultante de estupro ou atentado violento ao pudor. Nessas situações, o feto ou embrião vivo pode ser, impunemente, retirado do útero da gestante. É o que dispõe o artigo 128 do Código Penal.
Aborto: uma questão moral?
O aborto ou interrupção da gravidez é a expulsão prematura de um embrião ou feto do útero e pode ser espontâneo ou induzido. O aborto espontâneo pode ser causado, principalmente, por algum defeito cromossômico no embrião ou feto que impede o seu desenvolvimento natural. Isso pode ser hereditário, causado pela exposição da mãe a certos medicamentos ou resultar de doenças infecciosas. O aborto induzido pode ocorrer pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos e sempre foi um assunto polêmico, gerando vários debates em todo o mundo entre adultos, jovens e até políticos. A questão é: trata-se de uma questão moral?
Em debates sobre o aborto são 'jogados à mesa' muitos argumentos que não só envolvem opiniões individuais ou coletivas, mas também valores éticos e, sobretudo, a religião. Em nosso país vivenciamos um grande exemplo disso em 2010 quando os três principais candidatos à presidência da república participaram de debates sobre o assunto. Marina Silva, evangélica, se dizia contrária e sua posição era extremamente conservadora nesse aspecto. 
Conclusão
A discussão entre Direito e Moral, é um tema que se estende desde os primórdios até os dias atuais, embora com o passar do tempo tal tema começou a ser pacificado, ainda existem ponto de divergências doutrinarias sobre a função do Direito e da Moral. O que é certo, é que se tanto Direito quanto a Moral, conseguir caminhar lado a lado, sendo um auxiliando o outro, quem ganha é a sociedade que passará ter um mundo mais justo e moral, onde as diferenças serão menores, e, por conseguinte, a procura pelo Poder Judiciário, visando à solução de conflitos será menor. Desta forma, o interessante seria buscar um equilíbrio entre Direito e Moral.
 O Direito e a Moral são regras sociais que regulam o comportamento do Homem em sociedade, definindo um conceito de comportamento que é certo e o que não se enquadra neste comportamento é tido como errado.  Se observarmos os fatos que acontecem na sociedade, desde os primórdios, é possível enxergarmos que existem regras sociais que se cumprem de maneira espontânea, como por exemplo, ser bom e honesto. 
Bibliografia
Betioli, Antonio Bento. Introdução ao Direito. São Paulo: Saraiva, 2011.
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 6ª edição. Coimbra: Armênio Amado, 1984,pp. 48-55 e 93-107. (itens I.5 e II)
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 21. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012.
CARNELUTTI, Francesco. Teoria Geral do Direito. 2° impressão, São Paulo, Editora Lejus. 2000
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de Direito Processual Civil. 8. Ed, São Paulo: Editora Atlas, 2012.
REALE, Miguel. Lições preliminares de Direito. 29° edição, ajustada ao novo Código Civil, 6° Tiragem
INTENRANTES DO GRUPO
34 – MARGARIDA EURICIO 
35 – MARI NGOMBO
36 – MONKIKI DE FÁTIMA
37 – NELSON WILLIAM DOMINGOS
38 – OLGA BARTOLOMEU
39 – PAULO DALA
40 – PEDRO DOMINGOS NGOLA

Continue navegando