Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Trocadores de Calor Operações unitárias Trocadores de calor • São equipamentos que realizam a operação de troca térmica entre dois fluidos. A troca térmica se dá sem o contato físico entretérmica se dá sem o contato físico entre fluidos. Os fluidos são separados por uma parede, na maioria dos casos metálicos. Classificação Os trocadores podem ser classificados pela função que desempenham dentro do processo: •Trocadores/recuperadores: recuperam calor entre duas correntes do processo. •Condensadores: Removem calor latente de um vapor.•Condensadores: Removem calor latente de um vapor. •Resfriadores: resfriam uma corrente, na maioria dos casos utilizam água como fluido refrigerante. •Aquecedores: utilizam vapor ou óleo térmico. •Refervedores: suprem a necessidade de calor latente na destilação. •Evaporadores: concentram soluções através da evaporaçãode água ou solvente. Principais tipos de trocadores de calor • Trocador de calor duplo tubo • Trocador de calor casco tubos• Trocador de calor casco tubos • Trocador de calor de placas Trocador de calor duplo tubo Curva de retorno Cabeçote de retorno Tê Grampo Trocador de calor duplo tubo • Conjunto que possui forma em “U” é chamado de grampo • Normalmente são compostos por vários grampos conectados em sérieconectados em série • Tubos comerciais – Norma IPS – O TEMA (standards of tubular exchanger manufactures association) recomenda tubos de : 8, 10, 12, 16 e 20 ft – Características dos tubos de aço IPS� Tabela 8.1 – Exemplo: Trocador 2 ½ X 1 ¼ para série 40 S área de escoamento: tubo 1,5 in2 e anel 3,29 in2 Trocador de calor duplo tubo • Vantagens: – Facilidade de construção e montagem – Ampliação da área de transferência de calor – Facilidade de manutenção– Facilidade de manutenção • Desvantagem: – Ocupa grande espaço físico para pouca área de troca térmica. – Economicamente viável quando são necessárias áreas de troca térmica de até 30 m2. Operações em paralelo e contracorrente Operação em paralelo: os fluidos percorrem o mesmo sentido Operação em contracorrente: os fluidos percorrem o trocador em sentidos contrários Trocador de calor casco e tubos Espelho Trocador de calor casco e tubos • Dispositivos para aumentar a taxa de transferência de calor: – Chicanas: desviam a trajetória do fluido no casco formando turbilhões. – Passes múltiplos nos tubos: aumentam a velocidade do fluido– Passes múltiplos nos tubos: aumentam a velocidade do fluido que escoa nos tubos e, assim, o coeficiente de transmissão de calor. – Passes múltiplos no casco: por motivo análogo ao dos passes múltiplos nos tubos. – Aletas: aumentam a área de troca térmica – recomendadas quando o fluido escoando nos tubos possui baixo coeficiente de transferência de calor por convecção. Trocador de calor casco e tubos • Também podem operar em paralelo e contracorrente • Tubos comerciais – A TEMA recomenda: • para os feixes de tubos norma BWG (Birmingham wire gauge) : mais comuns os de ¾ e 1 in com BWG 16 • Para a carcaça: tubos de aço IPS até 24 in. Trocador de calor casco e tubos • Vantagem: –Maior área de troca térmica –Menor espaço ocupado–Menor espaço ocupado • Desvantagem: –Manutenção e limpeza dificultadas Trocador de calor casco e tubos Trocador de calor 1-1 Trocador de calor 1-2 Trocador de calor 2-2 Trocador de calor casco e tubos SHELL AND TUBE HEAT EXCHANGER NEN-TYPE [SaveYouTube.com].flv HEAT EXCHANGER [SaveYouTube.com].flv Trocador cosmosfloworks prt B [SaveYouTube.com].flv Trocador de calor de placas Fundamentos da transferência de calor Balanço de energia: WQEpEcH ±±=∆+∆+∆ )( 12 hhwq −= w= vazão mássica h1 e h2 = entalpias por unidade de massa da corrente na entrada e saída Escrevendo a equação para cada fluido escoando no trocador de calor tem-se:Escrevendo a equação para cada fluido escoando no trocador de calor tem-se: )( 12 qqqq hhwq −= )( 12 ffff hhwq −= Para o fluido quente Para o fluido frio Se desprezarmos as perdas de calor para o ambiente, então o calor cedido por um fluido passa a ser igual ao calor recebido pelo outro fluido. qf qq −= Convenção: recebe calor qf>0cede calor qq<0 )()( 2112 qqqfff hhwhhw −=− Fundamentos da transferência de calor • Se não houver a mudança de fases nos fluidos ocorrerá apenas troca de calor sensível, então: )()( 2112 TTcpwttcpw qqff −⋅⋅=−⋅⋅ Obs: T para a corrente quente t para a corrente fria • Se houver mudança de fase em um dos fluidos ocorrerá a troca de calor latente, então: λ⋅=−⋅⋅ qff wttcpw )( 12 λ = calor latente de vaporização • Se vapor entrar superaquecido e sair líquido resfriado teremos calor sensível e latente envolvidos na troca, então: )]()([)( 2112 TTcpTTcpwttcpw satqsatVqff −++−⋅⋅=−⋅⋅ λ Vapor Líquido Trocadores de calor Um parâmetro muito importante em trocadores de calor (projeto) é a área de troca térmica ou transferência de calor Área de troca térmica e coeficiente global de transferência de calor Exemplo: trocador de calor duplo tubo - Transferência de calor por condução (parede) - Transferência de calor por convecção (parede-fluido) dr dTAkq ⋅⋅−= Isolado k= condutividade r2 r3 t1 - Transferência de calor por convecção (parede-fluido) TAhq ∆⋅⋅= Analisando o trocador de calor: Convecção no tubo interno: )( 21 ttAhq ii −⋅⋅= Ai = área interna do tubo interno Condução no tubo interno: Isolado h= coefic. de transf. de calor dr dTAkq ⋅⋅−= dr dT rLkq ⋅⋅−= pi2 )(2ln 32 1 2 ttLk r rq −⋅⋅= ⋅ pi Convecção no tubo externo: )( 43 ttAhq oo −⋅⋅= r1 r2 t2 t3 t4 Ao = área externa do tubo interno Trocadores de calor Área de troca térmica e coeficiente global de transferência de calor "asResistênci" motriz" Força" fluxoou Taxa ∑ = iiAh q tt =− 21 Lk rrq tt pi2 )/ln( 12 32 ⋅ =− o o A Aq AhLk rr Ah tt ×= ++ − 1 2 )/ln(1 12 41 pi ooAh q tt =− 43 ooii AhLkAh ++ 2pi o o ii o o hLk rrA Ah A TAq 1 2 )/ln( 12 +⋅+ ∆⋅ = pi TAUq o ∆⋅⋅= o o ii o hLk rrA Ah AU 1 2 )/ln( 1 12 + ⋅ + = pi Coeficiente global de transferência de calor LdA eo ⋅⋅= pi Ao = área externa do tubo internode = diâmetro externo do tubo interno Trocadores de calor com passagem simples Na equação q=UA∆T, ∆T é a diferença de temperatura e ela será uma temperatura menos a outra quando temos variação de temperatura constante ao longo da superfície de aquecimento. No caso de trocadores, a troca de calor ocorre ao longo do percurso e o valor de ∆T varia com a posição. É preciso determinar um ∆T médio para determinar a troca de calor no aparato todo. t1 t Exemplo: trocador de calor duplo tubo em contracorrente T1T2 t2 T t Terminal frio (∆t2) Terminal quente (∆t1) Terminal quente ∆t1 = T1 –t2 Terminal frio ∆t2 = T2 – t1 Hipóteses: 1- vazões constantes; 2- perdas de calor desprezíveis; 3- calores específicos constantes; 4- temperatura de cada fluido constante em qualquer seção transversal; 5- U constante ao longo do trocador; 6- não há mudança de fase. Trocadores de calor com passagem simples Em um elemento de área dA, as temperaturas das correntes são T e t, então: dAtUdq ⋅∆⋅= dtdTtd tTt −=∆ −=∆ )( A diferença de temperatura é: dtcpwdTcpwdq ffqq =−= dqcte cpwcpw cpwcpw dq cpw dq cpw dq td ffqq qqff ffqq .)( = + −= − = − =∆ Se wq, wf, cpf e cpq são constantes então a relação de temperatura com q é linear e a variação de ∆t também será: q tt dq td 21)( ∆−∆ = ∆ q tt dAtUtd 21)( ∆−∆ = ⋅∆⋅ ∆ integrando A q tt t t U 21 2 1ln1 ∆−∆= ∆ ∆ MLDTAU t t ttAUq ⋅⋅= ∆ ∆ ∆−∆ ⋅⋅= 2 1 21 ln Trocadores de calor com passagem simples • Para operação em paralelo: T1 T2 t1 T T1 T2 t2 t2 q t1 t2 Terminal quente ∆t1 = T1 –t1 Terminal frio ∆t2 = T2 – t2 − − −−− = 22 11 2211 ln )()( tT tT tTtTMLDT Trocadores de calor com passagem simples • Para operação em contracorrente: T T1 T2 t2 T1T2 t1 q t1 − − −−− = 12 21 1221 ln )()( tT tT tTtTMLDT t2 Terminal quente ∆t1 = T1 –t2 Terminal frio ∆t2 = T2 – t1 Trocadores de calor Observações: 1- MLDT(contracorrente) > MLDT (paralelo) 2- Quando ∆t1 = ∆t2; MLDT = ∆t1 = ∆t2 3- U constante ao longo da trajetória é uma aproximação; 4- hi e ho são estimados a partir de correlações empíricas e compõem o coeficiente global U. O uso prolongado dos trocadores de calor implica na formação de depósitos sobre as partes internas e externas do(s) tubo(s). Ocorre a formação da chamada incrustação. Apartes internas e externas do(s) tubo(s). Ocorre a formação da chamada incrustação. A incrustação aumenta a resistência a transferência de calor. d p R UU += 11 Up= coeficiente global de polimento (sem incrustação) Rd = resistência devido a incrustação (alguns valores encontram-se tabelados) Trocadores de calor de múltiplas passagens A dedução de temperatura média vista para o trocador de calor duplo-tubo também é válida para trocadores de calor casco e tubos com igual número de passagens ( como 1-1, 2-2 etc). Em trocadores com diferentes números de passagens no casco e tubos, uma das passagens do tubo estará em contracorrente enquanto a outra em paralelo. Dessa forma, utiliza-se um fator de correção (F).de correção (F). enteContracorr al MLDT tF Re∆= Trocador 1-1 Trocador 1-2 F é obtido através de gráficos, entrando com os valores dos adimensionais R e S. 12 21 tt TTR − − = 11 12 tT ttS − − = entecontracorrMLDTFAUq )(⋅⋅⋅= Trocadores de calor de múltiplas passagens Fator de correção para trocadores 1-2,4,6,8 etc. Trocadores de calor de múltiplas passagens Em trocadores de calor caso e tubos, tem-se uma grande quantidade de tubos, o valor da área de troca térmica (A) fornece a área total de troca de calor. Para determinar o número de tubos faz-se : AN = Ld N e t ⋅⋅ = pi Nt = o número de tubos que constitui o trocador de calor de = diâmetro externo dos tubos internos L = comprimento do trocador de calor Exercício Um óleo cru que possui cp=2,3 KJ/KgK está sendo resfriado em um trocador de calor de 371,9 K para 349,7 K com vazão de 3630 Kg/h. A vazão da água que realiza o resfriamento é 1450 Kg/h e entra a 288,6 K. a) Calcular a temperatura de saída da água e a área de transferência de calor se o coeficiente global de transferência de calor é igual a 340 W/m2K e a operação é em contracorrente.contracorrente. b) Repetir o exercício para operação em paralelo. Dado: cp água = 4,187 KJ/KgK
Compartilhar