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infancia e ludicidade

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DANÚBIA FERREIRA BRAZ RU 836415 – PEDAGOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO – INFÂNCIA E LUDICIDADE
GRAJAÚ - 2013 
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DANÚBIA FERREIRA BRAZ RU 836415 – PEDAGOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO – INFÂNCIA E LUDICIDADE
Relatório de estágio apresentado 
à
 UTA Infância e 
Ludicidade
 do curso de Pedagogia à distância da Faculdade Internacional de Curitiba.
Tutor local: 
Janayna
 
Solino
Centro Associado: Grajaú/MA
GRAJAÚ - 2013 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 04
 CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO ESTAGIADO ........................... 05
Caracterização da escola ................................................................ 05
Caracterização da turma estagiada .................................................05
CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO ................................ 06
Concepção da Instituição de Educação Infantil .............................. 06
Concepção de Criança ................................................................... 06
O papel do professor ........................................................................07
O Papel social da escola ................................................................. 07
DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO EDUCAÇÃO INFANTIL ..........................................................................07 
Do espaço, das instalações e dos equipamentos ............................07
A prática educativa: rotina ................................................................07
A prática educativa: aulas ................................................................08
 A prática educativa: materiais, espaços, tempo e adaptação .........09
PLANO DE AULA ...................................................................................09
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................14
1 INTRODUÇÃO
      O presente relatório de estágio parte da compreensão de que o propósito da escola é que as crianças obtenham os conhecimentos produzidos pela humanidade, ampliem as possibilidades para operá-los, transformá-los e redirecioná-los tendo como meta alocar os avanços da civilização a serviço da 
humanização da sociedade. Diante disso, o projeto político pedagógico brota da construção coletiva da Educação Escolar. Ele é a tradução maior da organização pedagógica que a escola faz de suas finalidades, a partir das necessidades que lhes estão colocadas diante de recursos humanos e materiais. O projeto político pedagógico ganha coerência e estabilidade à medida que apresenta a realidade na qual se insere, destacando como são organizadas as práticas para trabalhar com sujeitos atenderão, pois seu enfoque é o eixo principal da organização das práticas pedagógicas que serão adotadas pelo educador.
      No ensino da Educação Infantil, as instituições se aparelham de forma incisiva com a necessidade social que está culturalmente descrita. No âmbito do currículo, há a significação de como se dará a organização do trabalho pedagógico como explicitação do fazer da escola e do professor, mostrando que sucedem ações ordenadas e amparadas por uma filosofia educacional. E é neste sentido que oprofessor desempenha papel fundamental, visto que ele organizará o dia a dia das vivências que as crianças terão acesso na Educação Infantil, e bem como os procedimentos que as levarão  a atingir maiores níveis de desenvolvimento
      O relatório de Educação Infantil será realizado na Pré-Escola Monteiro Lobato em uma turma de crianças que tem  quatro anos de idade (Infantil I). O estágio de Educação Infantil está relacionado às ações que envolvem a Docência com o objetivo de observar e analisar o processo de ensino com crianças desta faixa etária. É importante conhecer as especificidades do trabalho pedagógico na Educação Infantil, observar, planejar ações a serem desenvolvidas com as crianças e é importante também refletir sobre a prática pedagógica observada podendo assim gerar problematizações constituindo-se em instrumento de iniciação à pesquisa e ao ensino. A realização do estágio representa uma investigação da realidade. No relatório de estágio será abordado a caracterização do contexto estagiado, a caracterização da escola, a caracterização da turma estagiada, a concepção pedagógica da instituição, a descrição e análise reflexiva das atividades de estágio Educação Infantil, o processo de observação do espaço, das instalações e dos equipamentos. A prática educativa: rotina; A prática educativa: aulas. A prática educativa: materiais, espaços, tempo e adaptação, e também um plano de estágio, e por fim as considerações finais.
2  CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO ESTAGIADO
      2. 1 Caracterização da escola
      A Pré-Escola Monteiro Lobato fica situada na Rua frei Hermenegildo, nº 204, bairro Vilinha, na cidade de Grajaú-MA.
 A mesma funciona em uma casa alugada pela Prefeitura Municipal.
     
      A equipe pedagógica é constituída por : Ana Cristina Lopes da Rocha (diretora) e Iara da Silva (coordenadora). 
      A escola funciona no horário das sete horas e quinze minutos às dezessete horas e quinze minutos. 
 O nível de retenção de alunos é pequeno e a evasão é praticamente inexistente, há grande empenho dos professores, especialista em educação e direção em buscar alternativas para sanar as dificuldades dos alunos, oferecendo a recuperação paralela a todos que apresentam dificuldades de aprendizagem ou defasagem devido a diferente organização do conteúdo em instituições  de outras localidades, quando esses alunos vêm transferidos de outras instituições. Os alunos que necessitam de atendimento especializado são encaminhados para avaliação médica, psicológica, fonaudiológica ou psicopedagógica. Alguns pais, membros da associação de bairro e outros moradores são colaboradores em atividades promovidas pela escola, projetos, festas e comemorações. Os professores são responsáveis, dedicados, buscam orientação junto a supervisão e em outras fontes para que possam aperfeiçoar o atendimento aos alunos.
      A escola desenvolve vários projetos com o objetivo de levar os alunos a formar habilidades e competências essenciais para a sua formação integral. A escola atende no período matutino e vespertino.
      2.2  Caracterização da turma estagiada
      Formação da professora regente da turma: Curso Normal Superior.
      Tempo: 6 anos como docente.
      Experiência como docente na turma estagiada: 2 meses.
      A sala possui 17 alunos de quatro anos de idade.
      Os alunos na sua maioria são filhos de agricultores, outros filhos de operários de indústrias de gesso, funcionários de estabelecimentos comerciais e donas de casa do Bairro Vilinha.
      Para a professora a criança e o aluno são seres ativos, cidadãos em formação.
3 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO
      3.1 Concepção de instituição de  Educação Infantil
      A instituição de educação infantil é um espaço de cuidado e educação, organizado e planejado para atender crianças de 0 a 6 anos.
      O papel da instituição é ajudar a criança a ser inserida na cultura, compartilhando com a família responsabilidade pela formação humana de seus filhos. Assumir essa nova dimensão das creches e pré-escolas é promover os cuidados necessários a preservação da vida, contribuindo efetivamente para o aprendizado do auto cuidado, ligado as necessidades básicas de alimentação, sono, higiene, saúde.
      Esse aprendizado se estende até o conhecimento das leis mais gerais que regem a natureza e a cultura, passando essencialmente pelo aprendizado do brincar, exercitado cotidianamente 
nos jogos de faz- de- conta, que possibilitam a ela a compreensãoe a transformação dos demais aspectos.
      É papel das instituições de Educação Infantil desenvolver todas as demais formas de linguagem, fazendo a mediação entre a criança e a cultura e  possibilitando seu acesso às fontes de conhecimento.
      
3.2  Concepção de criança
      Há uma interação entre os aspectos da natureza e da cultura e que, nessa interação, vão se constituindo as especificidades do ser criança numa determinada sociedade. Acriança de 0 a 6 anos vive um período evolutivo fundamental, uma vez que seu cérebro apresenta uma grande plasticidade, determinando uma imensa possibilidade de aprender, maior do que em qualquer outro momento de sua vida. A criança é considerada como sujeito e as relações que com ela estabelecemos devem considerar os desejos, as opiniões, a capacidade de decidir, as maneiras de pensar, de se expressar e as formas de compreender o mundo são construídas historicamente na cultura do meio social em que vive.
      A criança constrói uma história pessoal, que vai se fazendo na cultura familiar e que se define em função da classe social que sua família ocupa, do espaço geográfico que habita, da cor de sua pele, do sexo a que pertence, das especificidades de seu desenvolvimento e das vivencias socioculturais que, em função desses fatores, lhe são oportunizadas. A criança pode ser entendida como um ser que é capaz de construir sua identidade e sua cultura, um ser social.
      3.3  O Papel do professor
      Conhecer o processo de desenvolvimento das crianças com as quais trabalhamos, desafiando-as e intervindo na sua zona de desenvolvimento proximal, são processos que favorecerem as diversas interações entre as crianças e delas com os adultos, dentro e fora da instituição, propiciando avanços que não ocorreriam espontaneamente.
      3.4  O Papel social da escola 
 É papel das instituições de Educação Infantil desenvolver todas as demais formas de linguagem, fazendo a mediação entre a criança e a cultura e possibilitando seu acesso as fontes de conhecimento. A creches e pré-escolas devem desempenhar um papel fundamental para possibilitar o desenvolvimento/aprendizagem das crianças. Precisam para tanto, conhecer as crianças concretas que vem para essas instituições, isto é, conhecer os saberes, valores e práticas nos quais elas estão se constituindo, bem como conhecer as especificidades e necessidades dessa faixa etária levando em conta esses conhecimentos na organização de suas propostas pedagógicas.
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO EDUCAÇÃO INFANTIL
      4.1 Do espaço, das instalações e dos equipamentos
A escola possui uma área  de aproximadamente 16 m  com:
 
    • Uma cozinha;
    • Uma dispensa;
    • Um depósito de materiais de limpeza e manutenção;
    • Um pátio;
    • Cinco salas de aulas;
    • Uma biblioteca;
    • Um banheiro masculino e um feminino para uso dos alunos;
    • Um banheiro para uso dos professores;
    • Uma secretaria/diretoria.
   4.2  A prática educativa: rotina
      As crianças do turno vespertino entram na sala de aula às treze horas e quinze minutos, e a saída é as dezessete horas e quinze. Às quinze horas vão para o lanche. Após o lanche tem o recreio de meia hora, isto é, quinze minutos para lanchar e quinze minutos para brincar. As professoras realizam recreação dirigida.
4.3 A prática educativa: aulas
      Segunda-feira: dia 01 de julho de 2013 no horário das  14 às 15 horas, a professora passou uma atividade com a letra U, distribuiu uma folha mimeografada com o desenho de um cacho de uva e pediu para as crianças recortassem das revistas a letra U. Em seguida, solicitou as crianças que colassem  a letra U em cada gomo do cacho de uva e depois colorir.
      Terça-feira: dia 02 de julho de 2013, das 16 às 17 horas, a professora passou uma atividade envolvendo colagem, para colorir e recortar um quebra cabeça. Percebemos que a maioria dos alunos possui uma boa coordenação motora, mas são muito dependentes da professora para realizar as tarefas. Depois ela distribuiu uma folha mimeografada com o desenho de um urso para ligar os pontinhos, colorir e escrever a palavra urso. Todos concluíram essas atividades com sucesso. Depois de realizar as atividades  a ajudante do dia auxiliou a professora na organização da sala de aula.  Colocaram uma música para que as crianças pudessem relaxar e colou no caderno de recados a tarefa: trazer gravuras com a letra I.
      Quarta-feira: dia 03 de julho de 2013, das 14 às 15 horas, a professora fez a chamada usando a ficha com o nome. Depois, juntamente com as crianças organizou o calendário. Contou a história do sapo e deu folha em branco para o desenho livre. Fez um cartaz com gravuras da letra I, que as crianças trouxeram de casa. Deu folha mimeografada da borboletinha para colorir e recortar de revistas gravuras de paisagens.
      Quinta-feira: dia 04 de julho de 2013, das 16  às 17 horas, a professora fez uma roda com as crianças para brincar de passar o anel, foi muito divertido. Finalizando o dia, distribuiu para as crianças brinquedos para montar.
      Sexta-feira: dia 05 de julho de 2013, das 16 às 17 horas, a professora contou a história do palhaçinho. Desenhou o pé de cada criança e colou na folha A4. Depois distribuiu uma folha mimeografada do palhaçinho  para as crianças colorir de lápis de cor ou giz de cera. Fez estrelinhas com papel laminado para as crianças colarem ao lado do palhaçinho depois de colorido.
     
4.4 A prática educativa: materiais, espaços, tempo e adaptação
      A Escola é mantida pela Prefeitura Municipal de Grajaú, que fornece todo o material necessário para o funcionamento da instituição.
      A escola também recebe recurso financeiro do FNDE/PDDE que é destinado à compra de materiais, priorizados pela escola e aprovado pelos membros representantes da Associação de Pais e Mestre/Caixa Escolar.
      Esse recurso pode ser aplicado na aquisição de materiais permanentes e de consumo, equipamentos que serão utilizados no trabalho desenvolvido pela instituição.
5 PLANO DE AULA
Data: 05 de julho de 2013
Objetivos:
 * Desenvolver a coordenação motora grossa e fina
 * Familiarizar-se com a escrita
 * Manipular objetos, brinquedos, descobrindo características como
 * Tamanho, espessura, cor, etc..
 * Conhecer o próprio corpo;
Atividades de rotina:
* Acolhida
* Calendário
* Chamada
* Quantos somos?
* Agenda do dia
* Roda da conversa
* Roda da história
*Desenho livre
Linguagem oral e escrita:
* Trabalho com a música “Dona Aranha.”
* Letra A.
* Colagem com barbante.
* Pintura com giz de cera.
 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Brincar
      Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. Para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade.
      Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das idéias, de uma realidade anteriormente vivenciada. No ato de brincar, os sinais, gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando. O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. A brincadeira favorece a auto-estima das crianças auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, para interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos.
      Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuem anteriormente em conceitosgerais com os quais brinca. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes. É brincando que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências  e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações.Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para resolução de problemas que lhe são importantes e significativos.
      Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos e as referências.
      A instituição de educação infantil, é um espaço de cuidado e educação,  organizado e planejado para atender crianças de 0 a 6 anos. Essa instituição, por ser histórica, cultural e socialmente constituída, vem, ao longo de sua história, modificando suas funções. No momento atual, em nosso país, ela é reconhecida tanto nos documentos oficiais, como pela sociedade, e até mesmo pelo senso comum, como necessária à formação da criança.
      O processo de modernização da sociedade ao mesmo tempo que propiciou muitos avanços, trouxe também, inúmeros problemas para os assalariados no que se refere às suas condições de vida, tais como: diminuição da oferta de emprego, comprometimento das relações familiares, distância cada vez maior entre os locais de trabalho e moradia, tudo isso distanciando os pais, cada vez mais da tarefa de educar seus filhos.
      Para as crianças, da mesma forma que o progresso trouxe o reconhecimento de alguns direitos, trouxe também grandes perdas: a perda da rua como espaço  de  interações sociais e de brincadeiras, a violência que as isola e brutaliza, o afastamento cada vez  maior dos pais, que, na maioria das vezes, só usam o espaço doméstico para dormir, na tentativa de repor as suas energias para a próxima jornada de trabalho, e a entrada definitiva da televisão como o instrumento de pedagogia cultural mais eficiente na sua formação.
      O papel dessa instituição, nesse contexto, passa a ser determinante, ajudando a criança a se inserir na cultura, compartilhando com a família a responsabilidade pela formação humana de seus filhos. Assumir essa nova dimensão das creches e pré- escolas é promover os cuidados necessários a preservação da vida, contribuindo efetivamente para o aprendizado do auto cuidado, ligado às necessidades básicas de alimentação, sono, higiene, saúde. Esse aprendizado se estende até o conhecimento das leis mais gerais que reagem a natureza e a cultura, passando essencialmente pelo aprendizado do brincar, exercitado cotidianamente nos jogos de faz de conta, que possibilitam a ela a compreensão e  a transformação dos demais aspectos.
      Além disso, nesse processo, é papel das instituições de Educação Infantil desenvolver todas as demais formas de linguagem, fazendo a mediação entre a criança e a cultura e possibilitando seu acesso às fontes de conhecimento. Os espaços educativos, como as creches e pré-escolas podem desempenhar um papel fundamental para possibilitar o desenvolvimento/aprendizagem das crianças. Precisam, para tanto, conhecer as crianças concretas que vêm para essas instituições, isto é, conhecer os saberes, valores e práticas nos quais elas estão se constituindo, bem como conhecer as especificidades e necessidades dessa faixa etária, levando em conta esses conhecimentos na organização de suas propostas pedagógicas.
      A concepção de cuidado educação adotada na educação infantil se apóia no reconhecimento de que para a criança se desenvolver e aprender, em função da extrema dependência motora, afetiva e cognitiva do ser humano e da sua gradativa possibilidade de autonomia, é necessário que a pessoa que trabalha no seu processo de formação atue nas duas direções, ou seja, atendendo às suas necessidades básicas e ao mesmo tempo inserindo-as na cultura. Assim, entende-se que, desde os primeiros meses de vida, nas ações cotidianas, quando o professor dá banho, troca as fraldas, alimenta, coloca para dormir, trata das dores e das manhas das crianças, vai imprimindo nelas uma forma de se relacionar com o mundo e com as pessoas. Quando conversa com a criança, canta, embala, mostra-lhe os objetos que a circundam, nomeia-os, brinca com eles, ensinando-a a brincar e possibilitando que escolha o que deseja, está ensinando a criança uma certa maneira de ver o mundo, dando sentido e significado a tudo que está ao seu redor.Quando organiza o ambiente e os materiais para que desenvolvam as atividades, quando respeita as necessidades de sono, higiene e alimentação e atua no sentido de ensinar à criança o auto cuidado, com vistas à construção da autonomia, o adulto está trabalhando com aspectos da vida social indispensáveis à inserção cada vez maior da criança na cultura em que vive.
      A perspectiva de cuidado e educação deve estar presente no Projeto Político Pedagógico da IEI, permeando todas as ações desenvolvidas. Trata-se de transformar essas ações em uma verdadeira filosofia, que se concretiza no cotidiano, definindo e dando consistência ao trabalho. É compromisso da 
IEI com as famílias e seu papel em relação as crianças: Cuidar e educar  para que se sintam seguras e protegidas, cuidar e educar para que aprendam a respeitar o outro nas suas diferenças,cuidar e educar para que  se apropriem, de forma crítica e autônoma, da linguagem, dos valores e costumes da cultura em que estão inseridos, necessários à vida coletiva,cuidar e educar para que construam sua identidade e autonomia, cuidar e educar para que se sintam sempre desafiados e não percam a relação prazerosa com a busca de compreensão do mundo, cuidar e educar para que se sintam bem felizes,cuidar e educar para que as crianças se desenvolvam na sua integridade, tanto nos aspectos cognitivos, quanto afetivos, físicos, sociais, éticos e estéticos, contribuindo com sua formação.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, A. M. R. F. Por que e para que uma Política de Formação do profissional da Educação Infantil? In: MEC/SEF/COEDI, Por uma política de formação do profissional de Educação Infantil. Brasília-DF, 1994 a.
BRASIL, MEC/SEF. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: introdução. v.1, Brasília, 1998.
BRASIL, MEC/SEF. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: formação pessoal e social.  v.2. Brasília, 1998.
DELORS, J. e outros.(Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI): Educação: um tesouro a descobrir. Portugal: UNESCO/ASA, 1996
KRAMER, Sonia. Propostas Pedagógicas e Curriculares: subsídios para uma leitura crítica. In: Educação e Sociedade, Ano XVIII, n.60, dezembro, 1997.
KRAMER, Sonia. Currículo de Educação Infantil e a Formação dos Profissionais de Creche e Pré-escola: questões teóricas e polêmicas. In: MEC/SEF/COEDI.  Por uma política de formação do profissional de Educação Infantil. Brasília-DF,  1994.
CARTAXO, Simone Regina Manosso. Pressupostos da educação infantil. Curitiba: IBPEX, 2011.
ROSENAU, Luciana dos Santos. Diagnósticos do fazer docente na educação infantil. Curitiba: IBPEX, 2011.
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. Curitiba: IBPEX, 2011.

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