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RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA-ATMOSFERA MOVIMENTO DA ÁGUA DO SOLO PARA A ATMOSFERA ATRAVÉS DA PLANTA 1 – ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS PLANTAS 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO COMPOSIÇÃO DO SOLO SOLO – material poroso, constituído de três fases: Sólida Líquida Gasosa FRAÇÃO SÓLIDA = partículas minerais + substâncias orgânicas FRAÇÃO LÍQUIDA = água ou solução do solo FRAÇÃO GASOSA = ar do solo (vapor d’água + CO2 + ...) OBS: Solo contendo mais que 85% de matéria mineral = solo mineral Solo contendo mais que 15% de matéria orgânica = solo orgânico 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO Compostos minerais sólidos + compostos orgânicos = matriz do solo Parte do solo não ocupado pela matriz = espaço poroso Solo saturado = todo espaço poroso está ocupado com água Solo não saturado = o espaço poroso contém ar + água Porosidade total do solo = vol. de macroporos + vol. de microporos Macroporos – poros com diâmetro maior que 0,01 mm. Têm a principal função de aeração da matriz do solo, infiltração e condução da água. Microporos – poros com diâmetro menor que 0,01 mm. São poros capilares cuja principal função é armazenar água. A MATRIZ DO SOLO 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO VARIAÇÕES DA UMIDADE DO SOLO EM FUNÇÃO DO TEMPO -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 P ro fu n d id a d e ( c m ) Teor de umidade (g água/g solo seco) 28/jan 29/jan 30/jan 31/jan Irrigação 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA RETENÇÃO DE ÁGUA NO SOLO Forças da tensão superficial – dominantes em solos úmidos Forças de adsorção – dominantes em solos mais secos Forças matriciais = tensão superficial + adsorção → Potencial matricial 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO Ma – massa de ar Mw – massa de água Ms – massa de sólidos Mt – massa total de solo Va – volume de ar Vw – volume de água Vs – volume de sólidos Vt – volume total de solo Vp – volume de poros ÁGUA AR Ma Mw Ms Mt SÓLIDOS Va Vw Vs Vt MsMwMaMt MsMwMt0Ma VwVsVaVt VwVaVp RELAÇÃO MASSA-VOLUME DOS CONSTITUINTES DO SOLO 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO (a) Massa específica das partículas sólidas do solo - Razão entre a massa de solo seco (sólidos) e o volume ocupado pelas partículas sólidas. 33 p m.kg;cm.g Vs Ms d Massa específica das partículas para solos minerais Feldspato = 2,5 a 2,6 g . cm-3 Mica = 2,7 a 3,0 g . cm-3 Quartzo = 2,5 a 2,8 g . cm-3 Minerais de argila = 2,2 a 2,6 g . cm-3 Média = 2,48 a 2,75 g cm-3 → 2,65 g . cm-3 Matéria orgânica = 1,3 a 1,5 g . cm-3 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO (b) Massa específica global do solo - Razão entre a massa de solo seco (sólidos) e o volume total ocupado pela amostra de solo (sólidos + água + ar). 33 g m.kg;cm.g Vt Ms d Massa específica global dos solos minerais naturais Solo arenoso = 1,6 a 1,8 g . cm-3 Solo franco-arenoso = 1,4 a 1,6 g . cm-3 Solo franco – argiloso = 1,3 a 1,4 g . cm-3 Solo argiloso = 1,0 a 1,3 g . cm-3 Solos orgânicos = 0,2 a 0,6 g . cm-3 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO (c) Porosidade do solo - Razão entre o volume total de poros (água + ar) e o volume total ocupado pela amostra de solo (sólidos + água + ar). Valores representativos de porosidade Solo arenoso = 0,396 a 0,321 cm-3 . cm-3 Solo franco-arenoso = 0,472 a 0,396 cm-3 . cm-3 Solo franco – argiloso = 0,509 a 0,472 cm-3 . cm-3 Solo argiloso = 0,623 a 0,509 cm-3 . cm-3 Solos orgânicos = 0,857 a 0,571 cm-3 . cm-3 solodecm.porosdecm Vt VsVt Vt Vp P 33 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO (c) Porosidade livre de água (porosidade de aeração) - Razão entre o volume ar (Vp – Vw) e o volume total ocupado pela amostra de solo (sólidos + água + ar). solodecm.ardecmP Vt VwVp Vt Va Pr 33 )solodecm.águadecm(solodoumidade 33 (d) Umidade do solo Umidade à base de massa seca – É a razão entre a massa de água e a massa de sólidos (solo seco) existente em uma amostra de solo. sólidosdeg.águadeg Ms MsMt Ms Mw U 1 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO Umidade à base de volume – É a razão entre o volume de água e o volume de solo (sólidos + água + ar) existente em uma amostra de solo. solodecm.águadecmdU Vt Vw 33 g DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO Método da estufa – é um método gravimétrico direto e serve como padrão para calibrar outros métodos. sólidosdeg.águadeg Ms MsMt Ms Mw U 1 Inconveniências para irrigação – só permite conhecer a umidade do solo, no mínimo, 24 horas após a amostragem, além de exigir balança e estufa. 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO Método das pesagens – é um método gravimétrico direto, apresentando bons resultados práticos. úmidosolodeg100/águadeg 1dp dp 'MMUbu osecsolodeg.águadeg U100 U U 1 bu bu Métodos eletrométricos – métodos baseados na resistência elétrica entre dois eletrodos inseridos em um bloco de gesso. Quando enterrados no solo os blocos de gesso absorvem água e entram em equilíbrio com a umidade do solo. A resistência elétrica diminui com o aumento da umidade do solo. Método da sonda de nêutrons Método do TDR 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO Método tensiométrico – é um método direto para a determinação do potencial matricial da água no solo e indireto para a determinação da umidade do solo. Para medir o potencial matricial da água no solo utiliza-se o tensiômetro. 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO A umidade do solo é obtida indiretamente utilizando-se a curva de retenção de água no solo, ou curva característica, obtida em laboratório. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0,01 0,1 1 10 100 Potencial mátrico (atm) U m id ad e (% m as sa s ec a) 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO DETERMINAÇÃO DA CURVA DE RETENÇÃO DE ÁGUA NO SOLO 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO Interesse para irrigação – expressar a quantidade de água existente no solo, em determinado momento, em termos de altura (lâmina de água). Para isso, considera-se o solo como um reservatório. Lâmina de água armazenada no solo (h) Separação da fração líquida de um volume de solo de dimensões x y z Volume de água: Vw = x.y.h cmou solodecm águadecm y.x Vw h 2 3 z h z.y.x h.y.x z.y.x Vw Vt Vw θ águadecmz.h perfil homogêneo perfil de umidade não homogêneo n 1i ii zΔ.θh 3 – RETENÇÃO E CÁLCULO DA ÁGUA NO SOLO QUANTIDADE DE ÁGUA QUE SE DEVE ADICIONAR AO SOLO PARA ELEVAR SUA UMIDADE A UM VALOR DE INTERESSE (REFERÊNCIA) ar θθzhΔ Solo com perfil de umidade homogêneo: Solo com perfil de umidade não homogêneo: n 1i ii,ai,r zΔ).θθ(hΔ icamadanamédiaumidadeθi icamadadadeprofundidazΔ i -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 Umidade volumétrica do solo (cm 3 . cm -3 ) P ro fu nd id ad e do s ol o (c m ) 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS CONCEITO CLÁSSICO – Experiências nas décadas de 30 e 40 do século passado possibilitaram formar o seguinte conceito (estático) de água disponível: Água disponível (AD) é a quantidade de água retida no soloentre os potenciais de -1/3 de atm (capacidade de campo, CC) e -15 atm (ponto de murcha permanente, PMP). Assim: 33PMPCC cm.cmθθAD cmθθzAD PMPCC Pressupostos: (a) a água que se movimenta no solo com umidade entre a capacidade de campo e a saturação (potenciais maiores que -1/3 atm) não está disponível para as plantas, perdendo-se por drenagem profunda; (b) as plantas não conseguem retirar água do solo sob potenciais menores que -15 atm. 4 – DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO PARA AS PLANTAS CONCEITO MODERNO – toda vez que o fluxo de água do solo para a raiz é de uma intensidade tal que supre a demanda de água da planta e da atmosfera, á água é disponível; a planta entra em déficit de água ou murcha, quando o fluxo deixa de suprir essa demanda.
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