Controle Social na Educação

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Programa Formação pela Escola
Curso: 	Controle Social
Cursistas: 
MARIA ANGÉLICA DE SOUZA ANDRADE
RENE SANTANA DOS SANTOS COUTO
Tutor: Vanessa Reis Costa
Data: 04/05/2018
ATIVIDADE FINAL
Controle Social: Um olhar constitucional
Um olhar constitucional
O Curso de Controle Social possibilita conhecimentos e informações que permite compreender o sentido das políticas públicas educacionais e proporciona reconhecer as questões relacionadas com o exercício da cidadania e a importância também da atuação como conselheiros.
Com a promulgação da Constituição Federal em 1988, adotou-se no país uma perspectiva de democracia representativa, incorporando a participação da comunidade na gestão das políticas públicas. O governo federal, por intermédio do Ministério da Educação e do FNDE, vem estimulando a organização da sociedade civil e sua participação no planejamento, acompanhamento e avaliação das políticas públicas educacionais. Vale ressaltar que o FNDE, é uma autarquia federal, integrante a Administração Indireta da União, tem como responsabilidade a execução das políticas educacionais advindas do Ministério da Educação, órgão da Administração Direta da União.
Diante das disposições constitucionais, a efetivação das políticas educacionais, por meio dos entes federados, dar-se-á, também, com o regime de colaboração ampliando os canais de investimentos para a referida efetivação, assim como um diálogo institucional respeitando o princípio da autonomia dos entes.
O Estado Democrático de Direito foi instituído no Brasil em 1988. É sabido por todos que o princípio da participação dos sujeitos de direito é uma constante, inclusive, é taxativo a Constituição Federal CF/1988 quando versa que "Todo o poder emana do povo". Daí a importância da participação da sociedade civil no que tocante as tomadas de decisões para assegurar a gestão dos processos da dinâmica social.
O controle social efetivado por meio das decisões proferidas dos colegiados assegura o "peso" de relevância no tocante ao monitoramento, a avaliação e deliberação advindas desses organismos junto a implementação das políticas públicas. O referido controle pode ser exercido diretamente pelos cidadãos, individualmente ou de forma organizada, ou mesmo pelos conselhos de políticas públicas. Este controle pode ainda ocorrer tanto no planejamento como na execução das ações do governo
Quando nos reportamos a essas políticas públicas, muitas delas nascem do texto constitucional. Com destaque a demanda educacional, o art. 208 versa, muito bem, um rol taxativo das referidas políticas, vejamos:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
(...)
  VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
Em atenção ao disposto no inciso VII, em contexto de uma hermenêutica jurídica, podemos visualizar, no mundo fático, o Programa do Livro, do Transporte e da alimentação escolar e outros.
Quando nos debruçamos nas doutrinas que conceitua cada programa, nos deparamos com a temática intitulada “controle social” e, o princípio da representatividade torna-se uma constante. Os representantes desses conselhos são sujeitos de direito advindos da sociedade civil. Diante disso é evidente o papel desempenhado por esses conselhos no intuito de prover o controle social no que tange e efetivação das políticas públicas tão relevantes ao bojo social em contento.
O papel do FNDE e o Controle Social
O FNDE tem um importante papel no processo de efetivação das ações educacionais considerando que o repasse de recursos por meios dos diversos programas tem como propósito o fortalecimento técnico-gerencial e estrutural das instituições que executam o processo educativo e formacional.
Os diversos programas do FNDE apresentam estruturas que estimulam e propiciam a participação da sociedade nos mais diversos conselhos, sendo facilmente percebido nas ações implementadas nos entes federados, tais como: transporte escolar, livro didático, dinheiro direto da escola e muitos outros. A grande contrapartida é assegurar o alinhamento da política educacional do ente federado com as diretrizes traçadas em âmbito nacional, como o preenchimento do PAR e a elaboração, legalização e implementação dos planos municipais e estaduais de educação.
No contexto contemporâneo a criação e legitimação dos sujeitos na composição dos colegiados pensamos que já conquistamos, contudo, o desafio é a formação continuada desses conselheiros para que seja qualificado sua participação proativa nos referidos conselhos, interagindo, questionando, deliberando e avaliando a implementação e a prestação de contas dos recursos executados.
Atualmente, os portais de transparência que estão disponíveis na internet são canais céleres para ter acesso aos dados, sistematizados em relatórios e demonstrativos de recursos repassados para os entes federados.
É importante salientar que, além de ter acesso aos dados de recursos repassados, também, podemos acompanhar a execução financeira dos recursos, tais como: datas, como foram executados os recursos e o saldo em tempo presente.
As irregularidades podem ser denunciadas junto aos conselheiros do CAE e/ou nas promotorias do Ministério Público e demais órgãos de controle.