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Ética Farmacêutica e Órgãos Reguladores

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Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do 
Norte
Departamento de Farmácia
Juazeiro do Norte – 2018.1
Profª: Drª Alice Rodrigues de Oliveira Araruna
e-mail: farmalix@yahoo.com.br
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
 Conselho Federal de Farmácia
- A ideia de criação de um órgão profissional de Farmácia
começou em 1936 através de reivindicações em convenções e
congressos pelo País.
- Com apoio de líderes do Governo, a 11 de novembro de 1960
através da Lei nº 3.820, foi criado o Conselho Federal de
Farmácia, e os Conselhos Regionais de Farmácia.
- Estes são dotados de personalidade jurídica, de direito
público, com autonomia administrativa e financeira.
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
São atribuições básicas do Conselho Federal de Farmácia e
Conselhos Regionais de Farmácia:
* Inscrever e habilitar os profissionais farmacêuticos;
* Expedir resoluções que se tornarem necessárias para fiel
interpretação e execução da lei, definindo ou modificando atribuições e
competências dos profissionais farmacêuticos;
* Colaborar com autoridades sanitárias para uma melhor qualidade de
vida do cidadão;
* Organizar o Código de Deontologia Farmacêutica;
* Zelar pela saúde pública, promovendo a difusão da assistência
farmacêutica no País.
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
 Conselho Federal de Farmácia
- Missão:
O sistemas CFF/CRF tem como missão a valorização
do profissional farmacêutico, visando a defesa da sociedade.
- Metas e Objetivos:
Promover a Assistência Farmacêutica em benefício da
sociedade, e em consonância com os direitos do cidadão.
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 Conselho Federal de Farmácia
- Principais Serviços
Fiscalizar o exercício profissional, através dos Conselhos Regionais de
Farmácia;
* Prestar consultoria e assessoria de informações técnicas e jurídicas
na área farmacêutica;
* Oferecer informações sobre o uso racional de medicamentos, e
esclarecer dúvidas, através do Centro Brasileiro de Medicamentos
(CEBRIM);
* Promover e apoiar congressos, cursos e eventos científicos.
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 Conselhos Regionais de Farmácia
- Defender o âmbito profissional e esclarecer dúvidas relativas à
competência do profissional farmacêutico;
- Garantir, em suas respectivas áreas de jurisdição, que a atividade
farmacêutica seja exercida por profissionais legalmente habilitados;
- Habilitar o farmacêutico, por meio de inscrição, para o exercício
legal da profissão;
- Manter registro sobre o local de atuação do farmacêutico junto ao
mercado de trabalho.
http://www.crfce.org.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id
=3029&Itemid=2153
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
 Resolução Nº 596 de 21 de fevereiro de 2014
Art. 1º - Aprovar o CÓDIGO DE ÉTICA FARMACÊUTICA,
nos termos do Anexo I desta Resolução;
Art. 2º - Aprovar o CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO, nos
termos do Anexo II desta Resolução;
Art. 3º - Estabelecer as infrações e as regras de aplicação
das sanções disciplinares, nos termos do Anexo III desta
Resolução;
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
 Resolução Nº 596 de 21 de fevereiro de 2014
PREÂMBULO 
O Conselho Federal de Farmácia, pessoa jurídica de 
direito público e classificado como autarquia especial 
criada por lei, é uma entidade fiscalizadora do exercício 
profissional e da ética farmacêutica no país. 
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º - O exercício da profissão farmacêutica tem dimensões
de valores éticos e morais que são reguladas por este Código,
além de atos regulatórios e diplomas legais vigentes, cuja
transgressão poderá resultar em sanções disciplinares por
parte do Conselho Regional de Farmácia (CRF), após apuração
de sua Comissão de Ética, observado o direito ao devido
processo legal, ao contraditório e à ampla defesa,
independentemente das demais penalidades estabelecidas pela
legislação em vigor no país.
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TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais 
Art. 4º - O farmacêutico responde individual ou solidariamente,
ainda que por omissão, pelos atos que praticar, autorizar ou
delegar no exercício da profissão.
Art. 5º - O farmacêutico deve exercer a profissão com
honra e dignidade, devendo dispor de condições de
trabalho e receber justa remuneração por seu
desempenho.
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
Exemplo: Sindicato dos Farmacêuticos do RN
Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2017 (Farmácia e Farmácia 
de manipulação)
O
OBS. à função gerente, função coordenador e função supervisor 
tem seus respectivos acréscimos.
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
Exemplo: Sindicato dos Farmacêuticos do RN
Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2017 (Farmácia e 
Farmácia de manipulação)
Os farmacêuticos que exercerem o cargo de Responsável e Assistente
Técnico receberão gratificação, de acordo com a venda mensal de
receitas previstas na Portaria nº 344/98 da ANVISA, respeitado o
escalonamento abaixo:
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TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais 
Art. 9º - O trabalho do farmacêutico deve ser exercido
com autonomia técnica e sem a inadequada interferência
de terceiros, tampouco com objetivo meramente de lucro,
finalidade política, religiosa ou outra forma de exploração
em desfavor da sociedade.
 Art. 11 – É direito do farmacêutico: 
I - exercer a sua profissão sem qualquer discriminação, seja por motivo
de religião, etnia, orientação sexual, raça, nacionalidade, idade,
condição social, opinião política, deficiência ou de qualquer outra
natureza vedada por lei;
II - interagir com o profissional prescritor, quando necessário, para
garantir a segurança e a eficácia da terapêutica, observado o uso
racional de medicamentos;
III - exigir dos profissionais da saúde o cumprimento da legislação
sanitária vigente, em especial quanto à legibilidade da prescrição;
TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO II - Dos Direitos 
TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO II - Dos Direitos 
TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO II - Dos Direitos 
VI - negar-se a realizar atos farmacêuticos que sejam contrários
aos ditames da ciência, da ética e da técnica, comunicando o
fato, quando for o caso, ao usuário, a outros profissionais
envolvidos e ao respectivo Conselho Regional de Farmácia;
VII - ser fiscalizado no âmbito profissional e sanitário,
obrigatoriamente por farmacêutico;
XI - decidir, justificadamente, sobre o aviamento ou não de
qualquer prescrição, bem como fornecer as informações
solicitadas pelo usuário;
Art. 12 - O farmacêutico, durante o tempo em que permanecer
inscrito em um Conselho Regional de Farmácia,
independentemente de estar ou não no exercício efetivo da
profissão, deve:
I - comunicar ao Conselho Regional de Farmácia e às demais
autoridades competentes os fatos que caracterizem infringência a este
Código e às normas que regulam o exercício das atividades
farmacêuticas;
II - dispor seus serviços profissionais às autoridades constituídas,
ainda que sem remuneração ou qualquer outra vantagem pessoal, em
caso de conflito social interno, catástrofe ou epidemia;
TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO III - Dos Deveres
Ética Farmacêutica e os Órgãos Reguladores
TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO III - Dos Deveres
...
IV - respeitar o direito de decisão do usuário sobre seutratamento, sua
própria saúde e bem-estar, excetuando-se aquele que, mediante laudo
médico ou determinação judicial, for considerado incapaz de discernir
sobre opções de tratamento ou decidir sobre sua própria saúde e bem-
estar;
VI - guardar sigilo de fatos e informações de que tenha conhecimento
no exercício da profissão, excetuando-se os casos amparados pela
legislação vigente, cujo dever legal exija comunicação, denúncia ou
relato a quem de direito;
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VII - respeitar a vida, jamais cooperando com atos que
intencionalmente atentem contra ela ou que coloquem em risco a
integridade do ser humano ou da coletividade;
XIV - recusar o recebimento de mercadorias ou produtos sem
rastreabilidade de sua origem, sem nota fiscal ou em desacordo com a
legislação vigente;
TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO III - Dos Deveres
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TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO IV – Das Proibições
Art. 14 - É proibido ao farmacêutico:
I - participar de qualquer tipo de experiência com fins
bélicos, raciais ou eugênicos, bem como de pesquisa não
aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa/Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP) ou
Comissão de Ética no Uso de Animais;
II - exercer simultaneamente a Medicina;
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TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO IV – Das Proibições
IV - praticar ato profissional que cause dano material,
físico, moral ou psicológico, que possa ser caracterizado
como imperícia, negligência ou imprudência;
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Imperícia Negligência
Imprudência
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Negligência:
Na negligência, alguém deixa de tomar 
uma atitude ou apresentar conduta que 
era esperada para a situação. Age com 
descuido, indiferença ou desatenção, não 
tomando as devidas precauções.
Imprudência:
A imprudência, por sua vez, pressupõe 
uma ação precipitada e sem cautela. A 
pessoa não deixa de fazer algo, não é 
uma conduta omissiva como a 
negligência. Na imprudência, ela age, mas 
toma uma atitude diversa da esperada.
Imperícia:
Para que seja configurada a imperícia é 
necessário constatar a inaptidão, 
ignorância, falta de qualificação técnica, 
teórica ou prática, ou ausência de 
conhecimentos elementares e básicos da 
profissão.
VII - fornecer meio, instrumento, substância ou conhecimento para
induzir à prática, ou dela participar, de tortura, eutanásia, aborto
ilegal, toxicomania ou de quaisquer outras formas de procedimento
degradante ou cruel em relação ao ser humano e aos animais;
...
X - aceitar remuneração abaixo do estabelecido como o piso
salarial oriundo de acordo, convenção coletiva ou dissídio da
categoria;
...
XII - aceitar ser perito, auditor ou relator de qualquer processo ou 
procedimento, quando houver interesse, envolvimento pessoal ou 
institucional; 
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TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO IV – Das Proibições
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TÍTULO I - Do Exercício Profissional 
CAPÍTULO IV – Das Proibições
XX - assinar trabalho realizado por outrem, alheio à sua
execução, orientação, supervisão ou fiscalização ou, ainda,
assumir responsabilidade por ato farmacêutico que não praticou
ou do qual não participou;
...
XXVIII - deixar de obter de participante de pesquisa ou de seu
representante legal o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) para sua realização envolvendo seres
humanos, após as devidas explicações sobre a sua natureza e
as suas consequências;
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TÍTULO IV – Das Infrações e Sanções Disciplinares
Art. 20 - As sanções disciplinares, definidas nos termos do
Anexo III desta Resolução, e conforme previstas na Lei Federal
nº 3.820/60, consistem em:
I - advertência ou advertência com emprego da palavra
“censura”;
II - multa no valor de 1 (um) salário mínimo a 3 (três) salários
mínimos regionais;
III - suspensão de 3 (três) meses a 1 (um) ano;
IV - eliminação.
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TÍTULO IV – Das Infrações e Sanções Disciplinares
Obs: Art. 23 - A apuração das infrações éticas compete ao
Conselho Regional de Farmácia em que o profissional estiver
inscrito, ao tempo do fato punível em que incorreu.
Às infrações éticas e disciplinares leves devem ser aplicadas as penas
de advertência sem publicidade na primeira vez;
Advertência por inscrito, sem publicidade, com o emprego da palavra
“censura” na segunda vez;
Multa no valor de 1 (um) salário mínimo a 3 (três) salários mínimos
regionais, que serão elevados ao dobro no caso de reincidência.
Notícias
Notícias
Referências
http://sinfarn.blogspot.com.br/
http://www.cartacapital.com.br/revista/821/o-mercado-negro-de-
medicamentos-1645.html
Conselho Federal de Farmácia – Resolução Nº 596 de 21 de
fevereiro de 2014. Código de Ética Farmacêutico.

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