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AULA 7 A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE RELAÇÕES AFETIVAS

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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
AULA 7: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Vamos iniciar com dois conceitos: 
 
Conjugalidade - Dois sujeitos, com 
suas diferentes histórias de vida, se 
unem e estabelecem uma relação. 
 
Parentalidade - é a relação 
estabelecida entre pais e filhos 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Mito do amor materno (Badinter) - o amor materno enquanto instinto (universal 
e natural), é um mito construído sóciohistoricamente. O amor materno, portanto, 
não é inato nem inscrito desde sempre na natureza feminina. 
 
A mulher era feita para ser mãe, e uma boa mãe. As exceções eram consideradas 
patológicas. 
 
O amor materno, portanto, não é uma norma, mas é adquirido ao longo dos dias 
passados ao lado do filho, e por ocasião dos cuidados que lhe são dispensados. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Não se pode falar de uma essência 
masculina ou feminina, de caráter abstrato 
e universal, mas, sim, de pessoas, situadas 
temporal e relacionalmente. 
 
Masculino e Feminino são categorias 
inscritas no social que ganham significados 
diversos em função do contexto. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Parentalidade - não se estabelece automaticamente a partir da chegada 
de um filho, mas é um complexo e lento processo. 
 
Tornar-se pai ou mãe é investir afetivamente na criança, reconhecendo-a 
como filho. 
 
A filiação não está apoiada apenas na realidade genética, mas deve ser 
fundada no desejo e na disponibilidade de assumir a função parental. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Ao nascer, a criança recebe o direito à cidadania, ou seja, é natural de algum 
lugar. Nome e sobrenome indicam pertencimento a um grupo familiar. Quando 
nomeada, a criança é incluída em uma rede de parentesco a qual se vinculará, 
e a família será responsável pela produção de sua identidade social. 
 
Filiação socioafetiva - aqueles que se intitulam pais que irão inscrever o sujeito 
em uma família. É necessário também que tenha sido tratado, educado e 
mantido por aqueles como filho e, portanto, reconhecido como tal pela 
sociedade e pela família. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
A filiação afetiva ganha cada vez mais espaço e diferentes adultos podem assumir 
funções parentais, mesmo não sendo os pais legais nem os genitores. 
 
No caso de uma adoção não existe gestação, mas os pais adotivos vão falar de 
uma “gestação psicológica”, que indica seu desejo de receber 
a criança adotada como filho. 
 
Qualquer processo de construção da parentalidade se inicia com uma criança 
imaginária, sonhada pela mãe durante a gravidez ou durante o período de espera 
da adoção. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Conjugalidade X Parentalidade: separações e recasamentos 
O fracasso conjugal dos pais não impede que se continue 
a assegurar conjuntamente as funções parentais. 
 
Os laços conjugais se rompem, mas há necessidade de 
cuidar dos laços parentais. 
 
Mesmo que o laço conjugal se desfaça, espera-se que o 
laço parental se fortaleça e, idealmente, os ex-cônjuges 
devem permanecer pais em conjunto 
e de comum acordo. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Um aspecto importante ainda a ser considerado é o justo desejo de 
ambos ex-cônjuges de terem suas vidas afetivas refeitas. 
 
A criança irá se defrontar com a multiplicação dos papéis parentais e 
a distribuição da função de pai e mãe para outros homens e 
mulheres, na medida em que padrastos e madrastas passam a 
conviver com ela. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
O sucesso dessas construções dependerá do tipo de relação estabelecida 
entre os pais, entre estes e os novos cônjuges e do lugar que a criança 
ocupará em cada uma das suas novas famílias. 
 
É fundamental que a figura parental que estiver provisoriamente ausente do 
cotidiano do filho, em decorrência da separação, deva poder continuar 
convivendo com ele sem que se faça um movimento de tentar substituí-lo 
pelo novo parceiro do pai ou da mãe. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança 
- o direito da criança à sua identidade, inclui, enquanto 
elementos básicos da identidade de um indivíduo, a 
nacionalidade, o nome e as relações familiares. 
 
Princípio do Melhor Interesse da Criança, previsto na 
Constituição em seu artigo 227, mas também no Estatuto 
da Criança e do Adolescente em seus artigos 4º e 5º - a 
convivência familiar foi entendida como um direito 
fundamental da infância, e a 
filiação sócioafetiva foi valorizada. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
No processo de dissolução do vínculo conjugal por separação judicial ou 
pelo divórcio consensual, espera-se que os pais possam entrar em 
acordo sobre a guarda dos filhos. 
 
Até recentemente, o mais comum era a adoção do modelo de guarda 
unilateral, geralmente concedida à mãe, por se acreditar que ela teria 
melhores condições para exercê-la. 
Guarda Compartilhada 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
As mulheres foram conquistando, em nossa sociedade, igualdade de 
direitos e oportunidades, mas também os homens têm buscado 
ocupar um maior espaço no cotidiano familiar e igualdade de direitos 
na participação da educação dos filhos. 
 
A lei nº 11.698/2008 representou uma nova compreensão do modelo 
de família e estabeleceu como preferencial o modelo de guarda 
compartilhada, que permitiu repensar a concepção vigente até então 
quanto aos papéis de pai e de mãe na formação de um filho. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Atualmente temos a Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014 que surgiu 
para estabelecer o significado da expressão “guarda compartilhada” e 
dispor sobre sua aplicação. 
Com a guarda compartilhada, pretende-se atenuar o impacto negativo da 
ruptura conjugal, mantendo ambos os pais envolvidos na criação dos 
filhos. Sua proposta é corresponsabilizar ambos os genitores em todas as 
decisões e nas atividades referentes aos filhos, de modo que possam 
participar em igualdade de condições. O que se compartilha é a guarda 
jurídica, seus deveres e direitos legais em relação à assistência prestada 
aos filhos e não, necessariamente, à guarda física. 
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AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
A Alienação Parental fere o melhor interesse da criança, pois o interesse 
dos pais prevalece sobre os interesses dos filhos, provocando danos em 
seu desenvolvimento. 
 
O termo alienação parental foi utilizado em meados dos anos 1980 por 
Richard Gardner. 
 
O autor denominou de Síndrome de Alienação Parental (SAP) o que seria 
um distúrbio infantil provocado em menores de idade expostos às 
disputas judiciais entre seus pais. 
Alienação Parental 
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AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
A criança demonstraria uma intensa rejeição a um dos genitores (o 
genitor alienado) como resultado de manipulação psicológicarealizada 
pelo outro genitor (o genitor alienador), sem que houvesse uma 
justificativa para isso. 
 
Questiona-se a classificação de tal comportamento como uma 
síndrome, pois se entende que existem muitos fatores que podem 
contribuir para sua ocorrência e não apenas a patologia dos genitores. 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Na lei nº 12.318/2010, que dispõe sobre a 
alienação parental, ela é descrita como sendo a 
interferência na formação psicológica da criança 
ou do adolescente promovida ou induzida por um 
dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a 
criança ou o adolescente sob a sua autoridade, 
guarda ou vigilância para que repudie genitor ou 
que cause prejuízo ao estabelecimento ou à 
manutenção de vínculos com ele. 
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AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
Existem 7 itens elencados, no parágrafo único do Art. 2, da referida lei, em que 
são exemplificadas formas de alienação parental: 
• Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da 
paternidade ou maternidade; 
• Dificultar o exercício da autoridade parental; 
• Dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
• Dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
• Omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre 
a criança ou adolescente, 
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AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
• Apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou 
contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança 
ou adolescente; 
 
• Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a 
dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, 
com familiares deste ou com avós. 
O fato de deter uma guarda unilateral acaba conferindo ao guardião um poder 
que pode ser utilizado para dominar a situação e provocar inúmeros 
constrangimentos ao outro genitor. 
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AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
A menos que um dos pais seja física ou 
psicologicamente nocivo para o filho, nada justifica 
a privação do exercício da função parental, sendo a 
convivência com ambos os pais um direito 
inalienável atribuído à criança. 
A criança tem o direito de continuar ligada às duas 
famílias e ser impregnada por suas histórias. 
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AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.

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