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�� DIRETORIA DE RECURSOS NATURAIS DEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO ESTRATÉGICO - DLE PARECER TÉCNICO FINAL N.º XXX /2018 1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO - RESUMO INTERESSADO: GUAIRA TRANSMISSORA DE ENERGIA. CNPJ: 28.056.960/0001-92 Endereço: Rua João Negrão, n° 2226, sala 02 - Rebouças CEP: 80230-150 – Curitiba – PR ASSUNTO: LICENÇA AMBIENTAL PRÉVIA MUNICÍPIO: GUAÍRA – UMUARAMA / PR ATIVIDADE: TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA LINHA DE TRANSMISSÃO LT 230 kV GUAÍRA – UMUARAMA SUL C2 PROTOCOLO: 14.965.950-1 2. INTRODUÇÃO Trata-se de solicitação de Licença Ambiental Prévia para implantação de empreendimento denominado Linha de Transmissão 230kV Guaíra – Umuarama Sul, a ser instalada nos municípios de Guaíra, Terra Roxa, Francisco Alves, Iporã, Cafezal do Sul, Perobal e Umuarama localizados na região noroeste do estado do Paraná, com extensão de traçado da linha de aproximadamente 104 km, que ligará as Subestações SE Guaíra, no município de Guaíra à SE Umuarama Sul no município de Umuarama. 3. BASE LEGAL PARA ANÁLISE O conteúdo e desenvolvimento do Relatório Ambiental Simplificado - RAS obedece às bases legais da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, conforme art. 225, também de acordo com as Resoluções CONAMA n° 01/1986 e n° 237/1997, Resolução Estadual CEMA n° 65/2008, Resolução Conjunta SEMA/IAP nº 009/2010, Portaria Estadual IAP n° 158/2009, bem como as diretrizes específicas do Termo de Referência estabelecido pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP. Também foi analisado com base nas informações constantes do Cadastro de Obras Diversas e o Relatório Ambiental Simplificado, apresentados pela requerente o que não dispensa, tão pouco substitui quaisquer outros Alvarás e/ou Certidões de qualquer natureza a que, eventualmente, esteja sujeita, exigidas pela legislação federal, estadual ou municipal. Os documentos constantes no protocolado em tela foram considerados na análise realizada pela equipe técnica da DIALE/DAI, sendo também avaliados levando-se em conta a edição de novos dispositivos legais atualmente em vigor. Os estudos ambientais apresentados contemplam subsídios para o licenciamento ambiental prévio do empreendimento Linha de Transmissão 230kV Guaíra – Umuarama Sul, tendo abordado a Caracterização do Empreendimento, Identificação das Áreas de Influência do Empreendimento, Diagnóstico Ambiental, Análise Integrada, Prognóstico Ambiental, Medidas e Programas Ambientais, Compensação Ambiental. 4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A Linha de Transmissão 230kV Guaíra – Umuarama Sul terá sua operação na tensão de 230 kV, com uma extensão de aproximadamente 104 km, sendo que o projeto de construção da LT está em conformidade com a NBR 5.422 (Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica). 5. ASPECTOS TÉCNICOS 5.1. Localização e Extensão Total do traçado - A Linha de Transmissão 230kV Guaíra – Umuarama Sul terá extensão de aproximadamente 104 km, interligando subestação da Copel 138 kV, no município de Guairá, à SE Umuarama Sul no município de Umuarama. 5.2. Faixas de Servidão - Será instituída uma faixa de servidão 40 m, sendo 20 metros para cada lado da LT, a ser formada no conjunto de imóveis a serem transpassado. A faixa de servidão ocupará uma área total de 416,13 ha, dos quais 22,13 ha são cobertos por comunidades florestais nativas em diversos graus de desenvolvimento sucessional. 5.3. Estruturas – A linha de transmissão terá no seu projeto estruturas metálicas de circuito simples, abrangendo cordoalha de aço galvanizado, devem ser complementadas por estruturas autoportantes (suspensão e ancoragem), contendo isoladores poliméricos para 230 kV. Serão instaladas aproximadamente 243 estruturas, onde na construção da linha de transmissão ocupará uma área de serviço e montagem de 400 m². 5.4. Acessos – Na região de inserção da referida LT é possível verificar a existência de acessos viários municipais nas áreas vicinais. Esses acessos são caracterizados como estradas rurais não pavimentadas. Para a construção do empreendimento deverão ser utilizados os acessos já existentes em caráter prioritário, a fim de se evitar a abertura de novos ramais viários que venham a exigir supressão de vegetação. 6. RESULTADOS DA ANÁLISE 6.1. DA VISTORIA A equipe técnica do IAP/DIALE/DAI composta por 03 (três) técnicos realizaram a vistoria técnica nos dias 04, 05 e 06 de abril de 2018 em conjunto com técnicos da Guaíra Transmissora de Energia e da empresa consultora SOMA – Serviços, Organização e Meio Ambiente Ltda. 6.2. DO RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO - RAS Os resultados técnicos contemplados no RAS foram elaborados e apresentados pela empresa consultora: IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS Nome: SOMA - Serviços, Organização e Meio Ambiente Ltda. CNPJ: 03.743.732/0001-60. Logradouro: Rua Desembagador Hugo Simas, 1588 Bairro: Bom Retiro – Curitiba/PR CEP: 80.520-250 Fone: (41) 3015-0805 Coordenação: Roni Wunder E-mail: roni@somaambiente.com.br Formação profissional: Sociólogo MSc. A mesma assume a responsabilidade pelos mesmos, inclusive com apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica dos profissionais da equipe elaboradora, anexadas ao protocolado. Quanto à análise técnica do RAS apresentado neste procedimento administrativo, verificamos que foram considerados: Justificativas do empreendimento incluindo as alternativas tecnológicas e locacionais; Considerações Normativas e Legislativas; Caracterização do empreendimento com os seus respectivos dados; Ações Mitigadoras no Traçado e Construção da LT; Identificação das Áreas de Influência do Empreendimento; Diagnóstico Ambiental, com os aspectos físicos, bióticos e do meio socioeconômico (antrópico), levantados para a região; Unidades de Conservação; Prognósticos Ambientais; Medidas e Programas Ambientais; Compensação Ambiental; O Diagnóstico dos Meios Físico e Biótico caracterizou na Área de Influência do Empreendimento: Climatologia e Condições Meteorológicas, Geologia, Geomorfologia, Espeleologia, Direitos Minerários, Pedologia, Aptidão Agrícolas das Terras, Susceptibilidade dos Solos aos Processos Erosivos, Uso e Ocupação do Solo, Recursos Hídricos, Flora, Fauna Terrestre, Ictiofauna e Unidades de Conservação. O Diagnóstico do Meio Antrópico caracterizou a Área de Influência Indireta principalmente quanto as condições de habitação e infraestrutura como: Dados Demográficos, Serviços Básicos de Água, Esgotamento Sanitário, Destinação do Lixo e Energia Elétrica, Saúde, Educação, Meios de Comunicação, Renda, Aspectos Econômicos, Desenvolvimento Humano, Organização Social. E as Áreas Diretamente Afetadas e Áreas de Influência Direta informou brevemente referente aos municípios que serão impactados com o empreendimento, abrangendo aspectos de Uso e Ocupação do Solo, Patrimônio Histórico e Cultural, Assentamentos Rurais e Terras Indígenas. 6.3. DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO Na definição da Área de Influência Indireta – AII corresponde ao território onde a implantação do empreendimento impactará de forma indireta os meios físico, biótico e socioeconômico. Deste modo, os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento são considerados menos significativos do que na AID. I. Área de Influência Indireta – AII O diagnóstico no nível da AII remete-se aos meios físicos e bióticos, a AII foi definida como sendo uma extensão de 500 metros para cada um dos lados do traçado referente à Linha de Transmissão, em todo o seu trajeto. Para o meio socioeconômico, a AII foi definida como sendo os sete municípios que tem áreas transpassadas pela Linha de Transmissão. II. Área de Influência Direta – AID A Área de Influência Direta – AID para os meios físico e biótico, compreende a Faixa de Servidão da LT 230 kV GUA – UMS C2 que foi definida como sendo uma extensão de 40 metros paracada um dos lados do traçado referente à Linha de Transmissão, em todo o seu trajeto. Este espaço apresenta abrangência suficiente para a caracterização e análise prospectiva da dinâmica dos elementos ambientais sujeitos a interações diretas com o empreendimento. Para o Meio Socioeconômico, foi considerado como AID as propriedades que serão atingidas pela LT 230 kV Guaíra – Umuarama Sul C2 e pela sua Faixa de Servidão. III. Área Diretamente Afetada – ADA A Área Diretamente Afetada – ADA corresponde ao espaço físico destinado à instalação das torres de sustentação e aos cabos. Assim, para os meios físico e biótico, em virtude da pequena área de implantação das torres e cabos, e consequentemente da ADA, optou-se por analisa-la juntamente com a AID. Para o meio socioeconômico também não foi feita distinção entre a AID e a ADA, uma vez que não há como dissociar AID (propriedades atingidas pela Linha de Transmissão e Faixa de Servidão) de ADA (área especificamente atingida pelas torres): a ADA está dentro da AID e sua dinâmica socioeconômica está diretamente ligada com as respectivas propriedades onde estão inseridas. 6.4. DA ANÁLISE A Linha de Transmissão 230kV Guaíra – Umuarama Sul enquadra-se nos requisitos de empreendimento elétrico com pequeno potencial de impacto ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA no 279, de 27 de junho de 2001 e Resolução Conjunta SEMA/IAP N° 09/2010. Este RAS apresenta os empreendimentos, o diagnóstico das suas áreas de influência, define e avalia os impactos ambientais e propõe as medidas mitigadoras necessárias. A alternativa mais viável para a implantação da Linha de Transmissão 230kV Guaíra – Umuarama foi realizada de modo que o traçado proporcionasse menor interferência possível no meio ambiente. Possuindo características compostas em geral por áreas de lavoura, pastagens e reflorestamento em grande parte de sua extensão, a passagem da LT ocorre sobre locais com acessos viários já existentes, evitando o desmatamento desnecessário, entre outros fatores considerados relevantes em relação à alternativa escolhida. O diagnóstico da cobertura vegetal natural e do uso do solo mostrou que a AID já está bastante modificada pela ação antrópica. Os remanescentes de matas relativamente preservadas ainda existentes encontram-se fragmentados e em diversos graus de desenvolvimento sucessional. Como não há restrição ao desenvolvimento de culturas de baixo porte sob os cabos da LT, desde que abandonado o uso do fogo, haverá perda de produção agrícola apenas nos locais de implantação das torres que coincidirem com áreas agrícolas. Durante a fase de implantação muitos dos impactos terão caráter transitório, ou seja, sua duração será apenas durante a fase de obras. Contudo, para todos os impactos identificados, são propostas medidas de mitigação, organizadas nos programas previstos para o empreendimento. Durante a fase de operação, os impactos negativos dizem respeito à inibição da regeneração da vegetação nativa na faixa de servidão, consequentemente trazendo impactos negativos acarretando a perda de locais para nidificação da fauna, e às restrições permanentes de uso do solo no interior da faixa de servidão que impedem o livre uso desta área pelos proprietários, além da perda de produção agrícola no local de implantação de algumas torres. Foram identificados no RAS impactos socioambientais na implantação e operação do empreendimento, os quais serão identificados a seguir: - Poluição pela Destinação Inadequada de Resíduos Sólidos - Desenvolvimento de Processos Erosivos e Movimentos de Massa - Interferência sobre Atividades Minerarias - Supressão da Vegetação para Instalação da Linha de Transmissão - Supressão da Vegetação para Implantação da Faixa de Servidão em Áreas de Reflorestamento - Supressão de Hábitats Utilizados pela Fauna Terrestre - Acidentes com Animais Peçonhentos - Exploração Predatória dos Recursos Naturais - Aumento Temporário da Oferta de Empregos – Contratação de Mão de Obra na Fase de Construção da Linha de Transmissão - Implantação da Faixa de Servidão e Criação de Novas Áreas com Restrição de Uso do Solo - Manutenção/Inspeção da Linha de Transmissão e Utilização da Faixa de Servidão - Risco de Acidentes - Melhoria no Suprimento de Energia O RAS – Relatório Ambiental Simplificado conta ainda com proposição de medidas mitigadoras e compensatórias as quais deverão ser aprofundadas e detalhadas nos Programas e Projetos a serem apresentados no RPBA, quando da solicitação da Licença de Instalação. 6.5 RESULTADOS DA ANÁLISE Constam no processo de Licenciamento SPI nº 14.965.950-1, os seguintes documentos: Fls. 03 à 12 – ATA de Assembléia de Constituição da Guairá Transmissora de Energia S.A, Estatuto Social; Fls. 13 e 14 – Solicitação de LP – LT 230 kV - Guairá - Umuarama Sul C2, datada em 08 de dezembro de 2017; Fl. 15 – Requerimento de Licenciamento Ambiental (RLA); Fl. 16 – Cadastro Simplificado para Obras (COD); Fl. 17 – Certidão da Prefeitura Municipal de Cafezal do Sul em relação ao empreendimento, datada em 05 de outubro de 2017; Fl. 18 - Certidão da Prefeitura Municipal de Francisco Alves em relação ao empreendimento, datada em 09 de outubro de 2017; Fl. 19 - Certidão da Prefeitura Municipal de Guaíra em relação ao empreendimento, datada em 24 de outubro de 2017; Fl. 20 - Certidão da Prefeitura Municipal de Iporã em relação ao empreendimento, datada em 08 de novembro de 2017; Fl. 21 - Certidão da Prefeitura Municipal de Perobal em relação ao empreendimento, datada em 09 de outubro de 2017; Fl. 22 - Certidão da Prefeitura Municipal de Terra Roxa em relação ao empreendimento, datada em 10 de novembro de 2017; Fl. 23 - Certidão da Prefeitura Municipal de Umuarama em relação ao empreendimento, datada em 09 de outubro de 2017; Fl. 24 – Prova de publicação de súmula do pedido de Licença Prévia no Diário Oficial do Estado, datada em 08 de dezembro de 2017; Fl. 25 - Prova de publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação regional do Estado, datada em 05 de dezembro de 2017; Fl. 26 – Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de Leonardo Campos - Eng. Industrial, datada em 10 de novembro de 2017; Fls. 27 à 35 - Memorial Descritivo do Empreendimento, datada em 16 de novembro de 2017; Fls. 36 à 40 – Referente ao processo consultivo junto a FUNAI - LT 230 kV - LT Guairá – Umuarama Sul C2, datada em 06 de dezembro de 2017; Fls. 41 à 44 – Solicitação do Termo de Referência para o Estudo de Componente Indígena, para a LT 230 kV – Guairá – Umuarama Sul C2, datada em 28 de agosto de 2017; Fls. 45 à 47 – Ficha de Caracterização de Atividade – FCA, datada em 28 de outubro de 2017; Fls. 48 à 49 - Solicitação do Termo de Referência para o Estudo de Componente Indígena, para a LT 230 kV – Guairá – Umuarama Sul C2, datada em 21 de agosto de 2017; Fl. 50 - Requerimento de pedido protocolo 14.785.592-3 - Ref. Solicitação do Termo de Referência; Fl. 51 - Prova de publicação de súmula do pedido de Licença Prévia no Diário Oficial do Estado; Fls. 52 à 54 – Instrumento Particular de Procuração; Fls. 55 à 57 – E-mail referente ao Termo de Referência do ECI- LT Guairá – Umuarama, datada em 06 de novembro de2017; Fls. 58 e 59 - Solicitação do Termo de Referência para o Estudo de Componente Indígena, para a LT 230 kV – Guairá – Umuarama Sul C2, datada em 20 de novembro de 2017; Fls. 60 e 61 - Comprovante de recolhimento de Taxa Ambiental de acordo com Tabela III. Fl. 62 – Folha de Informação, solicitando providências, datada em 12 de dezembro de 2017; Fl. 63 – Lista de Presença ref. Reunião, datada no dia 07 de março de 2018; Fl. 64 – E-mail referente ao andamento de análise e agendamento da vistoria, data de envio 09 de março de 2018; Fls. 65 e 66 - Referente ao processo consultivo junto a FUNAI - LT 230 kV - LT Guairá – Umuarama Sul C2, datada em 19 de março de 2018;Fls. 67 e 68 - Solicitação do Termo de Referência para o Estudo de Componente Indígena, para a LT 230 kV – Guairá – Umuarama Sul C2, datada em 16 de março de 2018; Fls. 69 e 70 - Solicitação de LP – LT 230 kV - Guairá - Umuarama Sul C2, datada em 08 de dezembro de 2017; Fl. 71 – Protocolo referente a LP para LT 230 kV - Guairá - Umuarama Sul C2; Fl. 72 – Memorando n° 002/2018, solicitação de análise jurídica, datada em 26 de março de 2018; 7. PROGRAMAS PROPOSTOS As medidas mitigadoras são propostas baseadas nos possíveis impactos ambientais causados pela implantação e são discutidas em termos de Programas Ambientais, necessários para a construção e operação da LT. Os programas ambientais são apresentados abaixo: PROGRAMA FASE Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS Construção e Operação Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD Construção e Operação Programa de Salvamento da Flora Construção Programa de Supressão da Vegetação Construção Programa de Reposição Florestal Construção e Operação Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre. Construção Programa de Comunicação e Educação Ambiental Construção Programa de Indenização pela Instituição da Servidão Perpétua de Passagem da Linha de Transmissão Construção Programa de Monitoramento das Atividades de Implantação e Operação da Linha de Transmissão Construção e Operação Programa de Segurança do Trabalho Construção Programa de Gestão Ambiental Construção Ressaltamos que o presente parecer foi pautado nos dados apresentados no RAS, elaborado pelos técnicos responsáveis pelos mesmos. Pelos subsídios levantados durante a vistoria realizada nos dias 04, 05 e 06 de abril de 2018, procedeu-se a análise técnica do Estudo pelos técnicos da DIALE/DAI onde se verificou que as informações contidas no RAS mostraram-se consistentes e espelham a realidade em campo. Desta forma, somos pelo parecer de que se poderá emitir a Licença Prévia com as condicionantes abaixo, após a devida manifestação jurídica da DIJUR quanto às questões legais. 6.CONDICIONANTES Deverá constar no corpo da Licença Ambiental Prévia: CONDICIONANTES: A presente Licença foi emitida com base nas vistorias e no Parecer da Equipe Técnica Multidisciplinar e também de acordo com o que estabelece o Artigo 8º, Inciso I da Resolução CONAMA 237/97, art. 2º, inciso III da Resolução CEMA 065/2008, Lei Federal 12.951/12, Resolução CONAMA 01/86, Termo de Referência estabelecido pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP. Aprova a localização e concepção do empreendimento bem como estabelece os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de Licenciamento Ambiental. Foi concedida também com base nas informações constantes do Cadastro de Obras Diversas e no RAS – Relatório Ambiental Simplificado apresentado pela requerente e não dispensa, tão pouco, substitui quaisquer outros Alvarás e/ou Certidões de qualquer natureza a que, eventualmente, esteja sujeita, exigidas pela legislação federal, estadual ou municipal. Este empreendimento de acordo com as suas características necessita de Licença Ambiental de Instalação – LI e Licença Ambiental de Operação – LO. Para a emissão da LI devem ser atendidas as seguintes condicionantes: Apresentar o Relatório Detalhado dos Programas Ambientais – RDPA com todos os programas propostos no RAS, com as respectivas ART’s ou comprovante do registro profissional dos responsáveis pela elaboração/execução dos programas, cronograma físico-financeiro e monitoramentos propostos, com ênfase nas sugestões para compensar, mitigar ou potencializar os impactos ambientais observados/identificados no RAS, em especial durante a implantação da linha de transmissão. Cópia do Ato Constitutivo ou Contrato Social; Apresentar Anuência dos proprietários envolvidos pela implantação do empreendimento (relatório com as anuências e fase da negociação) por ocasião do pedido de Licença de Instalação – LI; Deverão ser recuperadas as áreas a serem alteradas pela implantação do empreendimento, inclusive o canteiro de obras, devendo ao seu término ser apresentado o Plano de Recuperação das Áreas Degradadas, retornando as condições originais do terreno. Deverão ser adotadas medidas de controle da erosão durante as fases de implantação e operação. Os acessos a serem criados para a implantação do empreendimento deverão utilizar pavimentação permeável e prever projetos de drenagem pluvial. Evitar, durante as obras, o assoreamento dos cursos hídricos. Para as obras que transponham cursos hídricos será necessária a apresentação da outorga prévia dos recursos hídricos. Deverá ser procedido o adequado manuseio e destinação de todos os resíduos gerados na implantação do empreendimento, os quais deverão ser encaminhados para locais devidamente licenciados. Toda matéria-prima mineral utilizados na obra deverão ser provenientes de locais devidamente licenciados. Não poderão ser implantadas obras de infraestrutura, áreas de descarte ou bota fora, instalações ou edificações necessárias para a implantação e operação da atividade, em áreas de preservação permanente definidas na legislação: Lei Federal 12.651 de 2012, Resoluções CONAMA nº 302 e 303 de 2002. Caso não haja alternativa técnica ou locacional e seja necessária intervenção em área de preservação permanente deverá ser apresentada proposta de compensação conforme preconiza a Resolução CONAMA 369/2006, bem como projeto de recuperação. Deverá ser elaborado e aprovado, conforme portaria IAP 097/2012, o programa de afugentamento e resgate de fauna. Este programa deverá ser iniciado antes das supressões florestais. Prever mecanismos que impeçam o atropelamento de animais, bem como a facilitação da passagem da fauna silvestre. Apresentar pedido (protocolo) de autorização para supressão vegetal emitido pelo órgão competente, no caso o IAP, incluindo Inventário Florestal com a devida identificação dos estágios de regeneração da vegetação nativa a sofrer intervenção, de acordo com a Resolução CONAMA n0 02/94, identificando as áreas de preservação permanente a sofrer intervenção (se for o caso). Esta autorização deverá ser apresentada antes da emissão da Licença de Instalação – LI. A supressão de espécies arbóreas da vegetação nativa deverá se restringir apenas às áreas indispensáveis à viabilização do projeto e sob hipótese nenhuma será permitido o corte de indivíduos constantes na Lista Oficial de Espécies Nativas em Extinção. No caso do empreendimento vier a atingir áreas de Reserva Legal Averbada, o empreendedor juntamente com o proprietário deverá providenciar a relocação da mesma, antes da instalação das torres. Atender ao disposto no artigo 17 da Lei Federal 11.428/2006 em relação à compensação ambiental, considerando-se as áreas prioritárias para conservação conforme definidas pelo Ministério do Meio Ambiente (2010), antes da solicitação de licenciamento ambiental de operação. Articular junto ao DNIT, ao DER e a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa as necessidade de melhorias nas vias de acesso ao empreendimento. Atender as Condicionantes e exigências estabelecidas pelo IPHAN no Ofício nº 365/16 – de 13 de abril de 2016. Firmar termo de Compromisso referente às medidas compensatórias, conforme Lei Federal nº 9.985/2000, junto a Câmara Técnica de Compensação Ambiental – CTCA/IAP. O Programa/Ação de Educação Ambiental e Comunicação Social deverão incluir também os trabalhadores envolvidos no empreendimento com ênfase à proibição da caça e pesca e gerenciamento de resíduos. O programa/ação deverá ser baseado na realidade sócio-cultural e deverá incluir também aos trabalhadores envolvidos no empreendimento, nas escolas e a comunidade local. Viabilizar planos de emergência para eventuais acidentes que possam ocorrer na implantação do empreendimento. Apresentar Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, dos profissionaispara a fase de execução dos respectivos programas. O não cumprimento à legislação ambiental vigente sujeita a empresa e/ou seus representantes, às sanções previstas na Lei Federal nº 9.605/98, regulamentada pelo Decreto nº 6.514/08. A concessão deste licenciamento não impedirá exigências futuras, decorrentes do avanço tecnológico ou das modificações ambientais, conforme Decreto 857/79 art. 7º parágrafo 2º. A presente Licença Prévia poderá ser suspensa ou cancelada, se constatada a violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais, omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a sua emissão, conforme disposto no artigo 26, incisos I e II da Resolução CEMA 065/2008. Esta Licença Prévia não autoriza a implantação do empreendimento, que só poderá iniciar após a obtenção da Licença de Instalação, a ser emitida pelo IAP, de acordo com a Resolução CEMA 065/08, no seu art. 62 e 63. O empreendedor deverá pronunciar-se sobre o aceite das presentes condicionantes em até 30 dias após o recebimento desta licença. 7. CONCLUSÕES E ENCAMINHAMENTOS Ressaltamos, por oportuno, que as análise e conclusões exaradas neste parecer atendem os preceitos da Constituição Federal art. 225º e a Lei Federal nº 9.605/1998, Seção V - Dos crimes contra a administração ambiental, em seus art. 66º, 67º e 68º. Sendo assim, após avaliação dos estudos e pela documentação apresentada, concluímos pela regularidade do empreendimento com relação aos meios físico, biótico e sócio – econômico. Pela análise dos relatórios e documentação apresentada este corpo técnico considera viável, a emissão da Licença Ambiental Prévia (LP) solicitada para o empreendimento denominado Linha de Transmissão 230kV Guaíra – Umuarama Sul, devendo constar no corpo da referida LP, as condicionantes acima elencadas. A presente Licença Ambiental Prévia poderá ser emitida com as condicionantes elencadas nas recomendações e sugere-se o prazo de 2 (dois) anos para sua validade. O Empreendedor deverá manifestar concordância ou discordância quanto às condicionantes, num prazo de trinta dias contados a partir do recebimento desta Licença. Submeta-se o presente parecer ao Diretor Presidente do IAP para suas considerações e deliberações necessárias. Em complemento, os técnicos envolvidos nesta análise reservam-se o direito de não emitir opinião de valor acerca do processo administrativo de licenciamento que ainda está sujeito a análises técnica e jurídica e, em conseqüência disso, sem decisão administrativa definitiva. Curitiba, xx de abril de 2018. ____________________________ Sandor Sohn Engº Florestal – CREA nº 4.776-D DIREN / DLE / IAP ____________________________________ Jean Carlos Helferich Economista – CORECON nº 7.805 – 6ª Região DIREN / DLE / IAP _____________________________ Noeme Moreira de Oliveira Socióloga – DRT/PR nº 155 DIREN / DLE / IAP _______________________________ Luciane Fernandes Ribeiro Apoio Técnico DIALE / DAI / IAP �PAGE � �PAGE �8� PROTOCOLO: 14.965.950-1 EMPREENDIMENTO : GUAÍRA TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A LICENCIAMENTO AMBIENTAL PRÉVIO
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