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Aterro Sanitário Imbaú Parecer Final

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DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL E LICENCIAMENTOS ESPECIAIS - DIALE
DEPARTAMENTO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS – DAÍ
PORTARIA IAP/GP Nº 14/2018
PARECER TÉCNICO FINAL N° 20/2018
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
	INTERESSADO:
	CONSÓRCIO CAMINHOS DO TIBAJI
CNPJ: 17.058.641/0001-08
ENDEREÇO: RUA DOM PEDRO II, N° 294 - CENTRO
	ASSUNTO:
	LICENÇA AMBIENTAL PRÉVIA – LP
	MUNICIPIO:
	RESERVA - PR
	ATIVIDADE:
	IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS URBANOS, ORGÂNICOS E RCC
	PROTOCOLO:
	14.685.462-1
2. INTRODUÇÃO
Trata-se de solicitação de licença Ambiental Prévia – LP para o empreendimento denominado Aterro Sanitário de Imbaú – que será composto pelos sistemas de tratamento de Resíduos de Construção Civil (RCC), compostagem de resíduos orgânicos e geração de biogás e energia através da decomposição dos resíduos em aterro, o projeto esta previsto para ser instalado em área rural do município de Imbaú, no estado do Paraná.
3. BASE LEGAL PARA ANÁLISE
O conteúdo e o desenvolvimento do Estudo de Impacto Ambiental - EIA obedecem às bases legais da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, conforme art. 225, §1°, inciso IV, que determina a realização de estudo prévio de impacto ambiental para empreendimentos que possam causar significativos impactos ambientais, também está de acordo com as Resoluções CONAMA n° 01/1986 e n° 237/1997, Portaria IAP n° 260/2014, bem como as diretrizes específicas do Termo de Referência – TR para a elaboração do EIA/RIMA, estabelecido pelo IAP/DIALE/DAIA, por meio do Anexo VI da Portaria IAP nº 260/2014.
Além do EIA/RIMA, o processo de licenciamento ambiental foi analisado com base nas informações constantes nos documentos exigidos pelo IAP ao requerente, no ato da abertura do procedimento administrativo bem como nos demais solicitados pelos técnicos da Comissão de Análise, entregues mais tarde como complementação. Tais documentos foram solicitados considerando os dispositivos legais atualmente em vigor e não dispensa tão pouco substitui quaisquer outros alvarás e/ou certidões de qualquer natureza a que, eventualmente, esteja sujeita, exigidas pela legislação federal, estadual ou municipal. 
O estudo ambiental apresentado dispõe de todas as ART’s dos profissionais envolvidos e contempla subsídios para o licenciamento ambiental prévio do empreendimento em tela, tendo abordado conforme solicitado no Termo de Referência, Caracterização do Empreendimento, Áreas de Influência, Diagnóstico Ambiental, Identificação dos Impactos Ambientais, estudo de definição de medidas Mitigadoras e Preventivas, Plano de Acompanhamento e Monitoramento. 
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
DADOS DO EMPREENDEDOR
CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL CAMINHOS DO TIBAJI
CNPJ: 17.058.641/0001-08
Endereço: Rua Dom Pedro II, n° 294 - Centro
Município: Reserva - PR
Representante Legal: Claudiomir Schneider
CPF: 646.097.669-49 
Telefone: (42) 3276-2623
E-mail: caminhosdotibaji@hotmail.com
DADOS DO CONSULTOR
Acessória Técnica Ambiental LTDA
CNPJ: 05.688.216/0001-05
Endereço: Rua Marechal José Bernardinho Bormann, n° 821 - Bigorrilho
Município: Curitiba - PR
Representante Legal: Pedro Luiz Fuentes Dias
ART: 20162500043
Cadastro Técnico IBAMA: 100593
Telefone: (41) 3336-0888
E-mail: pedro.dias@ciaambiental.com.br
Descrição do Empreendimento: O projeto de implantação Aterro Sanitário de Imbaú, prevê o recebimento de resíduos e disposição final/tratamento em células de aterro classe II, estação de tratamento de Resíduos de Construção Civil (RCC), tratamento de efluentes (chorume), geração de biogás e energia através da decomposição dos resíduos em aterro e unidade de compostagem de resíduos sólidos urbanos orgânicos, provenientes dos municípios de Imbaú, Ortigueira, Reserva, Tamarana, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania, integrantes do Consórcio Intermunicipal Caminhos do Tibagi. 
A área total do terreno onde está prevista a implantação do empreendimento é de 38,5 ha. Desse total serão utilizadas 7,8 ha para instalação de áreas de apoio e de tratamento de resíduos de construção civil, 15 ha para as células de disposição de resíduos e 1,3 ha para a compostagem. O restante da área, 14,4 ha, corresponde a áreas de preservação permanente, acessos, áreas de circulação interna e área livre.
Os resíduos sólidos serão recebidos no aterro e passarão pela primeira avaliação para identificação e classificação do material, através da verificação de sua origem e da inspeção visual do resíduo recebido. Resíduos domiciliares comuns serão encaminhados para as células de aterro sanitário, os resíduos orgânicos serão enviados para o processo de compostagem e os resíduos da construção civil para estação de tratamento de RCC. Todo o efluente gerado nas células do aterro e no sistema de compostagem será encaminhado para um sistema de tratamento de efluente líquido que será instalado na planta do empreendimento. Para aproveitamento do biogás produzido no aterro sanitário será implantado um sistema de captação de gases para produção de energia elétrica, que será utilizada na área do aterro como fonte de iluminação, acionamento de motores e componentes.
Os resíduos sólidos provenientes dos serviços de coleta regular dos municípios (domiciliares, comerciais e de varrição de logradouros públicos incluindo podas) são classificados como classe II-A, não perigosos e subdivide essa classe como não inertes, principalmente pela presença de matéria orgânica biodegradável. 
Para disposição destes resíduos serão implantadas dez células de aterro com extensão total de 148.000 m², ficarão localizadas na porção central até a parte nordeste do terreno do empreendimento, terá capacidade de receber cerca de 600.000 toneladas de resíduos. E o recebimento diário será de 100 a 120 toneladas, aumentando conforme crescimento populacional dos municípios ao longo dos anos de operação do aterro. São construídas conforme as normas brasileiras aplicáveis, contemplando impermeabilização por solo argiloso e mantas de polietileno de alta densidade (PEAD), com espessura de 1,5 mm. E ao final de cada dia de trabalho a célula de resíduo será recoberta com uma camada de solo, preferencialmente de argila, de 15 a 20 cm de espessura, com superfície final recoberta com uma camada de 0,60 m de solo compactado, constituindo a cobertura definitiva da célula do aterro sanitário. Após esse procedimento será finalizada com o recobrimento de gramíneas, prevenindo a infiltração de águas das chuvas aumentando a estabilidade e diminuindo processos erosivos na área.
O resíduo orgânico será enviado para uma unidade de compostagem (fermentação aeróbia) que será implantada no empreendimento, com capacidade para tratamento de 15 a 20 toneladas por dia.
Em relação à Estação de Tratamento de Resíduos de Construção Civil (RCC), prevista para ser implantada na planta do empreendimento receberá apenas os resíduos de concreto, compostos de diferentes concentrações de resíduos inertes de areia, brita, cimento, consolidados ou não em diversas granulometrias e resíduos mistos, como compostos de diferentes concentrações de resíduos inertes de cor cinza (concreto), resíduos inertes de cor vermelha. Com capacidade de reciclagem de 120 toneladas por dia. 
De acordo com as informações constantes no EIA/RIMA, em relação à escolha do local, a primeira alternativa apresentou aspectos menos agressivos, considerando os critérios socioambientais. Foram analisados fatores incluindo relevo, tipo de solo, disponibilidade de material de empréstimo, facilidade de acesso, direção dos ventos. A combinação desses itens analisados permitiu um melhor aproveitamento do local, e respeitando suas características geológicas e a proximidade de recursos hídricos.
USINA DE COMPOSTAGEM
O sistema de compostagem implantado na área do aterro sanitário será de fermentação aeróbia, composto por leiras ao ar livre controlado. 
O método de produção do fertilizanteorgânico será realizado através do enleiramento dos resíduos orgânicos em forma trapezoidal, com base de 3 m de largura e altura média de 2 m. O comprimento da leira terá aproximadamente 30 metros, e estará diretamente associada à quantidade de resíduos orgânicos recebidos diariamente no aterro sanitário.
O revolvimento das leiras será realizado por uma máquina, onde sua periodicidade será definida através do controle da temperatura, pH, umidade e quantidade de oxigênio existente na leira. Levando em conta que em períodos mais chuvosos ou o recebimento de resíduos mais úmidos, o revolvimento da leira deve ser realizado mais vezes, para evitar a fermentação anaeróbia e consequentemente à geração de odores desagradáveis e atração de vetores.
Após a finalização do ciclo da compostagem que demora entre 50 a 100 dias é realizado o ensacamento e embarque para destino final. Onde poderá ser utilizado na agricultura, projeto de paisagismo, hortas orgânicas, entre outros.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE RESIDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC)
Terá como objetivo o recebimento dos resíduos sólidos urbanos caracterizados com entulho/caliça gerados em obras civis (manutenção e reformas), realizadas em residências e edifícios.
Os resíduos da construção civil serão inicialmente enviados para o galpão de triagem (220,16 m2), para posteriormente ser transportado por esteiras até o moinho e triturador.
O sistema de trituração e peneiramento gerará os seguintes materiais: pedra brita 1, pedra brita 2, material vermelho (tijolo moído), pedrisco e areia. Além desses materiais, o ferro e a madeira também são produtos do processo de separação de RCC.
Após passar por esse processo o agregado final será armazenado em pilhas no pátio de reciclados, para posterior destinação a fábricas de bloco de concreto para alvenaria, pavers, manilhas, briquetes de madeira, etc.
Em toda área do empreendimento será implantada um cortinamento vegetal, com o intuito de reduzir a emissão do material particulado gerado na produção dos agregados.
SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
O sistema de tratamento de efluentes será realizado através do envio do chorume da drenagem das células de aterro e das leiras de compostagem para o sistema de tratamento constituído por três etapas, tratamento físico-químico, tratamento secundário ou biológico e tratamento terciário. O sistema terá capacidade de tratar 110 m3/dia de efluente bruto. 
Na primeira fase onde será realizado o tratamento físico-químico o efluente passará por um gradeamento e logo após por um tanque de sedimentação para separação dos sólidos grosseiros. Posteriormente o efluente será enviado para uma tanque de equalização para apropriada mistura, estabilização do pH, homogeneização da carga e equalizações das vazões.
A segunda fase do processo será o tratamento biológico através de lagoas de estabilização compostas por uma lagoa anaeróbia, uma lagoa aerada e duas lagoas facultativas. Onde ocorrerá a biodegradação da matéria orgânica através da ação dos microorganismos, além da desnitrificação e a remoção de sólidos.
A terceira fase do tratamento consiste na remoção da cor e desinfecção do efluente através da adição de ozônio.
Após tratado todo efluente será reutilizado na planta do aterro para serviços de lavagens de pisos/acessos, máquinas, veículos e no processo de regulagem da umidade do aterro, pois a má qualidade implica em danos ao meio ambiente e aos veículos/equipamentos. Para prevenir a infiltração do efluente no solo e, por consequência, contaminação do lençol freático, todas as lagoas serão impermeabilizadas com mantas de PEAD.
Localização e acesso: A área pretendida para implantação do empreendimento está localizada no município de Imbaú, na margem direita da PR-160 no sentido Imbaú-Telêmaco Borba, através de estrada rural (cerca de 2,3 km de distância da rodovia). Possui 38,5 hectares de área total, sendo que 7,7 hectares correspondem à vegetação de APP e o restante de área com plantio de eucalipto.
Alternativas Locacionais: De acordo com os estudos, para a escolha da localização do empreendimento foram consideradas dez áreas inicialmente, e foram selecionadas três para um estudo mais aprofundado. As três áreas selecionadas para avaliação, são de propriedade da Klabin e estão localizadas próximas a rodovias, com facilidade de acesso e distantes de áreas residenciais.
Alternativa 01 – Localiza-se no município de Imbaú, o local dispõe de uma área de 38,5 ha, que se encontra bastante antropizado, sendo que 7,7 hectares correspondem à vegetação de APP e o restante de área com plantio de eucalipto. As espécies a serem suprimidas para a implantação do empreendimento se limitam somente as exóticas. 
Alternativa 02 – Situa-se no município de Telêmaco Borba, na margem direita da PR-340 sentido sendo acessada por via rural em trajeto de 0,8 km a partir da PR-340. Apresenta área total de 30,1 hectares, destinada a plantação de pinus e eucaliptos, onde a residência mais próxima esta localizada aproximadamente 1,5 Km. A supressão vegetal será somente se espécies exóticas, verificou a existência de corpos hídricos inseridos no terreno mais que permite a disposição de resíduos já que se encontra a mais de 200m deste. Os ventos atingem diretamente a porção centro/sul da cidade de Telêmaco Borba. 
Alternativa 03 – Localize-se no município de Imbaú, na margem esquerda da PR-340, sentido Telêmaco Borba-Ortigueira, sendo acessada por via rural em trajeto de 0,5 km a partir da PR-340. Apresenta área total de 35,4 hectares, incluindo área de vegetação de APP, que não serão atingidas pela supressão para a implantação do empreendimento. Na parte sul da área existe um corpo hídrico que contorna o terreno, porém também esta a mais de 200m, assim como as demais alternativas. 
Para embasar a seleção da melhor alternativa locacional foram definidos aspectos econômicos e socioambientais. A avaliação através de critérios econômicos e financeiros contempla o valor de investimento total previsto para a compra da área e o custo por hectare, pois são os parâmetros de que se tinha conhecimento no momento da análise preliminar de alternativas.
A metodologia utilizada para a verificação da melhor alternativa tem como critério básico a disposição de resíduos com o mínimo impacto ambiental possível, a comparação realizada nas três alternativas indica que os valores obtidos são semelhantes. No entanto, a alternativa 01 caracteriza-se por ser a menos impactante considerando os critérios socioambientais empregados na avaliação.
Alternativas Tecnológicas: Para o tratamento de resíduos sólidos existem várias tecnologias disponíveis que possibilitam outros usos do material tratado, principalmente relacionados à geração de energia e produção de composto orgânico. 
No caso do tratamento de resíduos orgânicos, algumas destas tecnologias, como a pirólise, o plasma, incineração e a gaseificação ainda apresentam valores de investimento elevados para instalação e operação no Brasil. Já a biodigestão é um processo mais simples, porém economicamente viável apenas quando há uma grande quantidade de resíduos orgânico disponíveis e associada a um adequado processo de separação dos resíduos bruto. No caso da proposta para a unidade de Imbaú, considerando a quantidade de resíduos orgânicos prevista e a forma de recebimento, a tecnologia que apresenta maior viabilidade técnica e econômica, é a compostagem por ser um processo simples, eficiente, além de fornecer como subproduto um composto orgânico que pode ser comercializado como adubo orgânico.
5. DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 
As áreas de influência de um empreendimento são definidas a partir das interações existentes e previstas da atividade para com os meios físico, biótico e socioeconômico. A definição das áreas de influência para o projeto de implantação do aterro sanitário de Imbaú levou em consideração os critérios técnicos para cada meio em estudo, bem como suas interações entre si e o empreendimento.
I Áreade Influência Direta – AID.
Para definição da área de influência direta nos meios físicos e bióticos foram analisados os atributos da paisagem do entorno e associados às possíveis alterações considerando as tecnologias de tratamento e disposição de resíduos previstos.
A delimitação partiu de uma adoção de uma faixa de aproximadamente 1000 metros, considerando a área de implantação do empreendimento e seu entorno imediato. A definição dessa faixa leva em conta os possíveis impactos associados a ruídos provenientes do empreendimento, divisores de água que determinam a delimitação da microbacia, análise de paisagem que incluem remanescentes florestais considerados relevantes e recursos hídricos que poderiam sofrer interferência do empreendimento.
A AID do meio antrópico compreende os limites territoriais de Imbaú, levando em consideração a instalação do empreendimento no município, considerando que os efeitos diretos do projeto se refletirão em âmbito municipal, sobretudo em aspectos administrativos, uso e ocupação do solo, na economia e infraestrutura disponível. O município de Telêmaco Borba foi incluído na AID em função da proximidade do terreno do empreendimento com a sede urbana municipal e, considerando o maior porte desta cidade perante as demais da região, é provável que durante as fases de implantação e operação sejam utilizados mão de obra, equipamentos e serviços provenientes deste município, logo, de modo a propiciar reflexos na economia, mercado de trabalho e na demanda de bens e serviços em Telêmaco Borba.
II. Área de Influência Indireta – AII.
A AII dos meios físico para o presente estudo é representada pela porção da bacia hidrográfica do Rio Imbaú passível de ser indiretamente afetada pelo empreendimento. Considerando aspectos do meio biótico, principalmente relacionados às áreas de deslocamento da fauna, a área da bacia delimitada foi expandida para Noroeste com o intuito englobar áreas com vegetação preservada existentes nas áreas de preservação permanente dos rios do entorno da AID.
Para o meio socioeconômico compreende os limites territoriais dos municípios que utilizarão o novo aterro para disposição final de seus resíduos sólidos urbanos, englobando os sete municípios, com enfoque principal nas áreas atuais utilizadas para a destinação dos resíduos, bem como na população que trabalha com coleta e reciclagem de resíduos.
III. Área Diretamente Afetada – ADA
Consiste na área de implantação efetiva do empreendimento, a qual sofrerá intervenções diretas em função das atividades inerentes, tanto na sua construção quanto na operação. Para o aterro sanitário de Imbaú foi considerada como ADA o perímetro do terreno onde será instalado o empreendimento, este perímetro corresponde à área de intervenção do projeto, composta pelas áreas de tratamento de resíduos da construção civil, galpão de compostagem, células de disposição de resíduos sólidos urbanos, estação de tratamento de efluentes, área administrativa e de apoio, demais estruturas construídas temporárias (canteiro de obras) e áreas de circulação internas.
6. DA ANÁLISE
6.1 Análise Processual
Constam no processo de Licenciamento SPI nº 14.685.462-1, os seguintes documentos:
Fls. 02 e 03 - Entrega de vias físicas do processo administrativo e EIA/RIMA do Aterro Sanitário de Imbaú, datada em 03 de agosto de 2017;
Fl. 04 - Requerimento de Licença Prévia, datada em 08 de junho de 2017;
Fl. 05 - Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA;
Fl. 06 - Cadastro para Tratamento e Disposição Final de Resíduos – CTD;
Fl. 07 - Prova de publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em Diário Oficial, datada em 07 de junho de 2017;
Fl. 08 - Prova de publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação regional do Estado, datada em 03 de junho de 2017;
Fls. 09 e 10 - Comprovante de recolhimento de Taxa Ambiental de acordo com Tabela I, datada em 19 de junho de 2017;
Fls. 11 ao 20 - Estatuto do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional Caminhos do Tibaji, primeira alteração estatutária, datada em 11 de setembro de 2015;
Fls. 21 ao 24 - ATA da Reunião para eleição para a diretoria do consórcio intermunicipal de desenvolvimento Regional Caminhos do Tibaji e demais assuntos;
Fls. 25 - Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, datada em 30 de maio de 2014;
Fl. 26 - Certidão Negativa de Débitos Ambientais;
Fl. 27 - Matriculas do imóvel afetado pelo empreendimento; 
Fl. 28 – Certidão da Prefeitura Municipal de Imbaú, em relação ao empreendimento, datada em 16 de maio de 2016;
Fl. 29 - anuência prévia do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, declarado o empreendimento apto a receber a licença de instalação;
Fl. 30 – Resposta ao Ofício 036/2016 referente a solicitação de declaração sobre a não interferência do empreendimento em área de manancial, datada em 12 de setembro de 2016;
Fl. 31 – Complementação de resposta da carta da DMA 072/2016, sobre a área de manancial, datada em 09 de dezembro de 2016;
Fl. 32 – Entrega de EIA-RIMA do Aterro de Imbaú, datada em 26 de junho de 2017;
Fl. 33 – Folha de Informação, datada em 07 de agosto de 2017
Fl. 34 – Informa que até o presente momento não foi publicada a aprovação de Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos para o município de Imbaú, datada em 14 de junho de 2017;
Fls. 35 e 36 - Comprovante de recolhimento de Taxa Ambiental de acordo com Tabela III, datada em 21 de dezembro de 2017;
Fl. 37 – Designação da equipe técnica multidisciplinar junto com o plano de atividades da comissão;
Fl. 38 – Edital de Entrada do EIA/RIMA – N° 001/2018 – IAP/DIALE/DAÍ;
Fl. 39 – Comprovante de Publicação do edital de entrada (DIOE), datada em 09 de janeiro de 2018;
 Fl. 40 - Prova de publicação em Diário Oficial do Edital de Entrada, datada em 10 de janeiro de 2018;
Fl. 41 - Designação da equipe técnica multidisciplinar junto com o plano de atividades da comissão;
Fl. 42 - Comprovante de Publicação do edital de entrada (DIOE), datada em 09 de janeiro de 2018;
Fl. 43 – Edital de Convocação para Audiência Pública – Edital n° 002/2018 – IAP/DIALE/DAÍ, datado em 26 de abril de 2018;
Fl. 44 - Comprovante de Publicação do edital de entrada (DIOE), datada em 09 de janeiro de 2018;
Fl. 45 - Prova de publicação em Diário Oficial da Convocação da Audiência Pública, datada em 04 de abril de 2018;
Fls. 46 ao 51 – E-mail referente à Portaria IAP/GP n° 014/2018, pertinente a audiência pública, datado em 12 de abril de 2018;
Fl. 52 – Lista de presença, para apresentação de estudo, que posteriormente foi divulgada na audiência publica, datada em 24 de abril de 2018;
Fls. 53 ao 63 – Termo de Referencia para a elaboração do EIA/RIMA;
6.2. Resultado da Análise
A Audiência Pública foi realizada na data de 26 de abril de 2018 nas dependências do Centro de Idoso de Imbaú no município de Imbaú. 
A equipe técnica do IAP/DIALE/DAI composta por 03 (três) técnicos realizaram a vistoria técnica em 25 de abril de 2018 em conjunto com técnicos do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional Caminhos do Tibagi e da empresa consultora Assessoria Técnica Ambiental Ltda. 
O Check-list documental apontou o restrito cumprimento por parte do requerente Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional Caminhos do Tibagi.
Toda a documentação, esclarecimentos, comprovações, dentre outras, foram devidamente apresentadas pelo requerente.
Quanto à análise técnica do EIA/RIMA elaborado pela empresa consultora CIA Ambiental, constatamos que foram contemplados: 
Informações Gerais; 
Justificativas e Objetivos;
Localização;
Enquadramento Legal; 
Descrição detalhada do empreendimento; 
Áreas de Influência;
Diagnóstico Ambiental; 
Identificação dos Impactos Ambientais;
Estudo de definição de medidas mitigadoras e preventivas;
Plano de acompanhamento e monitoramento;
O Diagnóstico Ambiental do meio físico contempla uma análise das condições climáticas, qualidade do ar, geologia, geomorfologia,riscos geomorfológicos, dinâmicas do relevo e riscos geoambientais, cavidades naturais, pedologia, direitos minerários e recursos minerais, levantamento de campo e aspectos locais, águas superficiais, águas subterrâneas e ruídos. Para o meio biótico, através de levantamento florístico e fitossociológico, com o intuito de diagnosticar a flora, áreas de preservação permanente, fauna e ambientes ecologicamente significativos.
Como contribuições para o Diagnóstico Ambiental do meio socioeconômico foram realizadas levantamento de dados sobre os procedimentos metedológicos, caracterização geral regional, econômica, da infraestrutura e das condições sociais, uso e ocupação, patrimônio histórico, arqueológico cultural, condições socioeconômicas da população, relações sociedade-natureza, taxa de crescimento demográfico e vegetativo e projeções da população total, população afetada pela mudança de regime de operação dos locais de disposição final de resíduos sólidos urbanos, situação fundiária, comunidades e povos tradicionais e assentamento rurais.
Para o Prognóstico Ambiental que tem como função identificar os impactos decorrentes de cada fase do licenciamento, foram identificados no EIA/RIMA impactos socioambientais na implantação e operação do empreendimento, os quais serão identificados a seguir
Fase de instalação: 
- Alteração na paisagem;
- Aceleração de processos erosivos e assoreamento;
- Perda de horizonte orgânico do solo;
- Possibilidade de contaminação da água subterrânea e solo;
- Alteração das condições geotécnicas originais;
- Alteração da dinâmica do relevo;
- Alteração da qualidade do ar;
- Alteração nos usos da água;
- Alteração da quantidade e qualidade da água superficial;
- Alteração do ambiente sonoro;
- Incômodo causado por vibrações;
- Remoção da cobertura vegetal;
- Degradação da vegetação nativa remanescente e introdução de vegetação exótica;
- Aumento do risco de acidentes com animais peçonhentos;
- Intensificação da caça e pesca predatória;
- Atropelamento da fauna;
- Proliferação de vetores e incremento de espécies sinantrópicas;
- Perturbação e afugentamento da fauna terrestre;
- Perda de habitats para fauna;
- Geração de expectativas;
- Alteração do cotidiano;
- Geração de emprego e renda;
- Geração de tributos diretos e indiretos;
- Interferência nas condições de tráfego;
- Deterioração das condições de pavimentação da via de acesso;
- Aumento da demanda por equipamentos e serviços urbanos e comunitários;
- Risco de acidentes com trabalhadores e população.
- Interferência nos valores imobiliários das propriedades próximas ao empreendimento;
Fase de operação: 
- Alteração do fluxo de recarga da água subterrânea e nível do aqüífero;
- Alteração nos usos da água;
- Alteração da quantidade e qualidade da água superficial;
- Alteração do ambiente sonoro;
- Incômodo causado por vibrações;
- Degradação da vegetação nativa remanescente e introdução de vegetação exótica;
- Aumento do risco de acidentes com animais peçonhentos;
- Intensificação da caça e pesca predatória;
- Atropelamento da fauna;
- Proliferação de vetores e incremento de espécies sinantrópicas;
- Perturbação e afugentamento da fauna terrestre
- Alteração do cotidiano;
- Geração de emprego e renda;
- Geração de tributos diretos e indiretos;
- Risco de acidentes com trabalhadores e população.
- Diminuição da área produtiva de silvicultura
- Interferência nas condições de tráfego;
- Deterioração das condições de pavimentação da via de acesso;
- Aumento da capacidade de destinação correta dos resíduos sólidos urbanos e resíduos da construção civil e adequação à legislação ambiental;
- Geração de energia elétrica;
- Risco de acidentes com trabalhadores e população.
- Restrição de atividades ou uso não recomendáveis
-Interferência nos valores imobiliários das propriedades próximas ao empreendimento;
6.3. Programas e Medidas Propostas
A atividade de gestão de resíduos a ser realizada pelo Aterro Sanitário de Imabú pode gerar uma série de impactos negativos, os quais poderão ser minimizados através da adoção de medidas de controle e de mitigação. 
As medidas mitigadoras são propostas baseadas nos possíveis impactos ambientais causados pela implantação e são discutidas em termos de Programas Ambientais, necessários para a construção e operação do Aterro Sanitário. Os programas ambientais são apresentados abaixo:
	PROGRAMA
	FASE
	Programa de Gestão e Supervisão Ambiental (PGSA)
	Construção e Operação 
	Programa Ambiental de Construção (PAC)
	Construção
	Programa de gerenciamento de resíduos e controle de efluentes na operação
	Operação
	Programa de monitoramento de qualidade das águas superficiais
	Construção e Operação 
	Programa de monitoramento meteorológico e de emissões atmosféricas
	Construção e Operação
	Programa de monitoramento da qualidade da água subterrânea e solo 
	Construção e Operação
	Programa de Monitoramento Geotécnico 
	Operação e Construção 
	Programa de Monitoramento de Ruidos na Operação 
	Operação 
	Programa de Monitoramento da fauna e Bioindicadores
	Operação 
	Programa de Afugentamento da Fauna
	Construção
	Programa de Controle de Vetores
	Construção e Operação
	Programa de Educação Ambiental 
	Construção e Operação 
	Programa de Educação Ambiental ao Trabalhador
	Construção e Operação
	Plano de Priorização da contratação de mão de obra e fornecedores locais
	Construção e Operação 
	Programa de Comunicação Social 
	Construção e Operação 
	Programa de Segurança Viária e manutenção de Vias
	Construção e Operação 
	Programa de Compensação Ambiental
	Construção e Operação 
	Plano de encerramento e recuperação ambiental da área de disposição final de resíduos sólidos
	Construção 
	Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais
	Construção e Operação
	Programa de Proteção ao Patrimônio Cultural 
	Construção
Ressaltamos que o presente parecer foi pautado nos dados apresentados no Estudos de Impactos Ambientais, elaborado pelos técnicos responsáveis pelos mesmos.
Pelos subsídios levantados durante a vistoria realizada no dia 25 de abril de 2018, procedeu-se a análise técnica do Estudo pelos técnicos da DIALE/DAI onde se verificou que as informações contidas no EIA/RIMA mostraram-se consistentes e espelham a realidade em campo. Desta forma, somos pelo parecer de que se poderá emitir a Licença Prévia com as condicionantes abaixo, após a devida manifestação jurídica da DIJUR quanto às questões legais.
7. CONDICIONANTES
Deverá constar no corpo da Licença Ambiental Prévia:
CONDICIONANTES:
A presente Licença foi emitida com base nas vistorias e no Parecer da Comissão Técnica Multidisciplinar instituída pela Portaria 142/2017 e também de acordo com o que estabelece o art. 8° Inciso I da Resolução CONAMA 237/97, art. 2° inciso III da Resolução CEMA 065/2008, Resoluções CONAMA n° 01/86, Resolução SEMA 86/2013 e Termo de Referência estabelecido pelo Instituto Ambiental do Paraná, e aprova a localização e concepção do empreendimento e atividade – Central de Tratamento e Valorização de Resíduos, no município de Teixeira Soares/PR.
Esta licença também foi emitida com base nas informações constantes nos documentos exigidos pelo IAP ao requerente, no ato da abertura do procedimento administrativo. Tais documentos foram solicitados considerando os dispositivos legais atualmente em vigor e não dispensa tão pouco substitui quaisquer outros alvarás e/ou certidões de qualquer natureza a que, eventualmente, esteja sujeita, exigidas pela legislação federal, estadual ou municipal. 
A presente Licença contempla as seguintes unidades:
Aterro Resíduos Classe II A com características Domiciliares; 
Unidade de Triagem;
Tratamento de Efluentes;
Geração de Biogás e Energia;
Tratamento de Resíduos da Construção Civil (RCC); 
Usina de Compostagem de Resíduos Orgânicos.
Este empreendimento de acordo com as suas características necessitade Licença Ambiental de Instalação – LI e Licença Ambiental de Operação – LO. Para a emissão da LI devem ser atendidas as seguintes condicionantes:
A licença de Instalação estará condicionada a apresentação de:
Plano de Controle Ambiental – PCA em 2 vias, contemplando o Projeto executivo das estruturas e unidades do empreendimento, elaborado por técnicos habilitados e com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica, apresentado de acordo com o Termo de Referência para elaboração do PCA, Anexo IX da Resolução CEMA n° 86/2013 (Alterada pela Resolução CEMA nº 094/2014) e demais normas Técnicas aplicáveis;
Relatório dos impactos ambientais decorrentes da implantação do sistema e as medidas mitigadoras a estes impactos;
Projeto Básico Ambiental – PBA em 02 vias, contemplando o detalhamento de todos os programas e projetos de monitoramento e controle propostos no EIA com cronograma físico e financeiro, com proposição de relatórios conclusivos;
Projeto detalhado da unidade de solidificação e transbordo de resíduos classe II (caso houver), incluindo todos os processos de preparação de resíduos para outras disposições finais;
Deverão ser perfurados poços de monitoramento da água do freático em cumprimento à Portaria IAP 259/2014. Previamente à operação do aterro os dados referentes à qualidade da água destes poços deverão ser coletados e avaliados para servirem como “background” para futuras análises;
Projeto Técnico de Recuperação de Áreas Degradadas, dentre elas as de Preservação Permanente, em atendimento ao art. 2° da Lei Federal n° 4771/65 e suas alterações, Decreto Estadual n° 3742/2008, resolução Conjunta IBAMA/SEMA/IAP n° 005/2008 e demais legislações pertinentes e vigentes, objetivando sua manutenção e preservação;
Relatório com detalhamento das movimentações de solo a serem executadas durante as obras, garantindo existência de camada mínima de solo insaturado entre a superfície inferior do aterro e o nível mais alto do lençol freático. Deverá ser apresentado o comportamento do lençol e sua profundidade em relação à base do aterro e as áreas de escavação. No movimento de terra se por ventura vier a ocorrer na área de surgência ou aparecimento de nascente de água, a responsabilidade é do empreendedor e/ou responsável técnico, devendo paralisar a obra e tomar as providências cabíveis;
Estudo e avaliação de engenharia de trafego veicular pelo incremento de caminhões de resíduos às rodovias, a ser elaborado em articulação junto ao órgão responsável (DER, DNIT ou outro). Esse estudo deverá também contemplar detalhamento da forma de acesso a área, vias a serem utilizadas e a situação que se encontram, bem como projeto de melhoria dos acessos e sinalização.
O empreendimento deverá ser projetado para uma vida útil superior a 15 anos.
Não será permitido o recebimento de efluentes líquidos de qualquer natureza na área. 
Este empreendimento está apto a receber resíduos sólidos Classe II (conforme ABNT NBR 10004:2004) com características domiciliares, sendo que deverão ser dispostos no aterro sanitário apenas os rejeitos, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis dos resíduos sólidos, de forma a garantir o reaproveitamento e reciclagem dos resíduos com valor agregado e ainda garantir a vida útil da área.
Não será admitido o recebimento de resíduos de serviço de saúde no aterro sanitário, exceto resíduos do serviço de saúde do Grupo A1, A2 (Resolução CONAMA n° 358/2005), desde que submetidos previamente a processos de tratamento em equipamento que promova redução de carga compatível com o nível III de inativação microbiana e resíduos de serviços de saúde do Grupo D (Resolução CONAMA n° 358/2005).
Elaborar e implementar o Programa de Educação Ambiental envolvendo funcionários do empreendimento e a comunidade local, abrangendo a adoção de medidas que promovam a sensibilização referente ao empreendimento com o meio ambiente e a relação com a sociedade local.
Promover o desenvolvimento de canais de comunicação com os grupos de interesse de forma a viabilizar o diálogo e informações (reclamações e sugestões), para a boa relação com a comunidade, em todas as fases do empreendimento.
Cumprir as normas relativas ao tráfego nas vias de acesso e manter sinalização vertical ao longo do percurso de acesso ao empreendimento de modo a manter a capacidade de trafegabilidade.
Deverão ser tomadas todas as medidas cabíveis para evitar a ocorrência de erosão e carreamento de sedimentos durante a implantação e operação do aterro, para que não ocorra processo de erosão e assoreamento por ocasião da implantação do empreendimento. 
Proteger as Áreas de Preservação Permanente – APPs e as margens dos cursos d’água e pequenos talvegues nos locais que requeiram terraplanagem, seja por meios de diques de contenção, seja com uso de enrocamentos, gabiões, etc., ou mesmo com a construção de galerias.
Deverá ser realizado, previamente à implantação da obra, um levantamento sobre a situação da qualidade da água superficial e subterrânea na área do futuro aterro. Para este levantamento, deverão ser considerados todos os cursos de água, com amostragem á montante e jusante da área. Também deverão ser amostrados poços cacimba e poços de monitoramento, se existirem. Durante a fase de implantação estes mesmos pontos deverão se monitorados com frequência trimestral e estes resultados deverão servir como base para o futuro programa de automonitoramento do Aterro. 
Todas as análises laboratoriais a serem executadas devem ser realizadas em laboratórios que possuam Certificado de Cadastro de Laboratórios – CCL, emitido pelo IAP, contemplando todas as variáveis e matrizes analisadas.
Deverão ser preservadas as nascentes existentes na área.
Prever sistemas de drenagem que garantam o desvio das águas pluviais para que não entrem em contato com os resíduos dispostos, com instalação de canais dissipadores de energia, lagoas de decantação, poços de infiltração (com brita na superfície e areia fina na base, de forma a reter os detritos e microorganismos), garantindo o devido destino às águas pluviais (indicar aonde serão destinadas e os pontos de lança mento).
Deverão ser respeitadas as áreas de Preservação permanente, conforme art. 4° do Código Florestal (Lei n° 12.651 de 25 de maio de 2012).
Deverá ser atendida a distância mínima de 20 metros de rios, nascentes e demais corpos hídricos, conforme Resolução CEMA n° 94/2014, NBR 13896/1997 e NBR 15849/2010 em relação a área de disposição final, bem como a distancia mínima de 1500 metros de núcleos populacionais e 300 metros de residências isoladas, a partir de do perímetro da área e conforme Resolução CEMA 94/2014.
Firmar termo de compromisso de compensação ambiental de acordo com a Lei Federal nº 9.985/2000, junto a Câmara Técnica de Compensação Ambiental – CTCA.
O lançamento de efluentes no Rio Imbaú está condicionado à implantação de estação de tratamento de efluentes, a qual deverá ser objeto de licenciamento à parte. Esta estação deverá ser projetada a fim de atender aos parâmetros estabelecidos na Portaria de Outorga Prévia n. 812/2017, bem como Portaria IAP 259/2014. 
As emissões atmosféricas deverão atender ao estabelecido na Resolução SEMA n° 16/2014.
Os níveis de pressão sonora (ruídos) decorrentes das atividades desenvolvidas no local do empreendimento deverão estar em conformidade com aqueles preconizados pela Resolução COMANA n° 001/1990.
Para as obras que venham a interferir em cursos hídricos será necessária a apresentação da outorga prévia dos recursos hídricos.
Prever a devida preservação de áreas não impermeabilizadas que favoreçam a infiltração das águas pluviais.
Preservar a vegetação e a camada superficial do solo evitando a “terra nua” por ocasião da implantação do empreendimento.
Prever, após a implantação do empreendimento, o paisagismo da área com espécies nativas e as que já ocorrem no local e nas áreas de entorno.
Toda matéria-prima mineral utilizadana obra deverá ser provenientes de locais devidamente licenciados.
Não poderão ser implantadas obras de infraestrutura, áreas de descarte ou bota fora, instalações ou edificações necessárias para a implantação e operação da atividade, em áreas de preservação permanente definidas na legislação: Lei Federal 12.651 de 2012, Resoluções CONAMA nº 302 e 303 de 2002. Caso não haja alternativa técnica ou locacional e seja necessária intervenção em área de preservação permanente deverá ser apresentada proposta de compensação conforme preconiza a Resolução CONAMA 369/2006, bem como projeto de recuperação.
Deverá também ser elaborado e aprovado, conforme portaria IAP 097/2012, o programa de afugentamento e resgate de fauna. Este programa deverá ser iniciado antes das supressões florestais.
Prever mecanismos que impeçam o atropelamento de animais, bem como a facilitação da passagem da fauna silvestre.
Apresentar pedido (protocolo) de autorização para supressão vegetal emitido pelo órgão competente, no caso o IAP, incluindo Inventário Florestal com a devida identificação dos estágios de regeneração da vegetação nativa a sofrer intervenção, de acordo com a Resolução CONAMA n0 02/94, identificando as áreas de preservação permanente a sofrer intervenção (se for o caso). Esta autorização deverá ser apresentada antes da emissão da Licença de Instalação – LI;
A supressão de espécies arbóreas da vegetação nativa deverá se restringir apenas às áreas indispensáveis à viabilização do projeto e sob hipótese nenhuma será permitido o corte de indivíduos constantes na Lista Oficial de Espécies Nativas em Extinção.
No caso do empreendimento vier a atingir áreas de Reserva Legal Averbada, o requerente juntamente com o proprietário deverá providenciar a realocação da mesma, antes do início da instalação do empreendimento.
Não serão passíveis de ocupação as áreas úmidas constantes no imóvel e suas respectivas faixas de preservação, de acordo com a legislação em vigor.
Atender ao disposto no artigo 17 da Lei Federal 11.428/2006 em relação à compensação ambiental, considerando-se as áreas prioritárias para conservação conforme definidas pelo Ministério do Meio Ambiente (2010), antes da solicitação de licenciamento ambiental de operação.
Atender ao cumprimento dos programas de arqueologia solicitado no Ofício nº 162/2013 IPHAN datado de 01 de abril de 2013.
O empreendedor deverá viabilizar planos de emergência para eventuais acidentes que possam ocorrer na implantação do empreendimento.
O não cumprimento à legislação ambiental vigente sujeita a empresa e/ou seus representantes, às sanções previstas na Lei Federal nº 9.605/98, regulamentada pelo Decreto nº 6.514/08.
A concessão deste licenciamento não impedirá exigências futuras, decorrentes do avanço tecnológico ou das modificações das condições ambientais, conforme Decreto 857/79 art. 7º parágrafo 2º.
As ampliações ou alterações no empreendimento, ora licenciado, de conformidade com o estabelecido pela Resolução CEMA nº 65, 01 de julho de 2008, ensejarão novo licenciamento prévio, para a parte ampliada ou alterada.
A presente Licença Prévia poderá ser suspensa ou cancelada, se constatada a violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais, omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a sua emissão, conforme disposto no artigo 26, incisos I e II da Resolução CEMA 065/2008.
Esta Licença Prévia não autoriza a implantação do empreendimento, que só poderá iniciar após a obtenção da Licença de Instalação, a ser emitida pelo IAP, de acordo com a Resolução CEMA 065/08, no seu art. 62 e 63.
O empreendedor deverá pronunciar-se sobre o aceite das presentes condicionantes em até 30 dias após o recebimento desta licença.
CONCLUSÕES E ENCAMINHAMENTOS
Ressaltamos, por oportuno, que as análise e conclusões exaradas neste Parecer atendem os preceitos da Constituição Federal art. 225º e a Lei Federal nº 9.605/1998, Seção V - Dos crimes contra a administração ambiental, em seus art. 66º, 67º e 68º.
Após avaliação do EIA/RIMA e da documentação apresentada, concluímos pela regularidade do projeto com relação aos meios físico, biótico e socioeconômico, e consideramos viável a emissão da Licença Ambiental Prévia (LP) para o empreendimento denominado CTRV Teixeira Soares/PR.
A presente Licença Ambiental Prévia poderá ser emitida com as condicionantes elencadas nas recomendações com prazo de 2 (dois) anos de validade.
O Empreendedor deverá manifestar concordância ou discordância quanto as condicionantes, num prazo de trinta dias contados a partir do recebimento desta Licença.
Submeta-se o presente parecer ao Diretor Presidente do IAP para suas considerações e deliberações necessárias.
Curitiba, 08 de abril de 2018
	
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Noeme Moreira de Oliveira 
Socióloga – DRT/PR n° 155
DIALE / DAIA / IAP
	
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Jean Carlos Helferich
Economista – CORECON n° 7.805 – 6ª Região
DIALE / DAI / IAP
	
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Sandor Sohn 
Engo Florestal – CREA n° 4.776-D
DIALE / DAI / IAP
	
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Cesar Augusto Koczicki
Agente Profissional
DIBAP / IAP
	
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Alessandra Mayumi Nakamura
Enga Química – CREA n° 146814-D
DLP / DIMAP / IAP
	
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Altamir Juliano Hacke 
Engo Ambiental 
DLP / DIMAP / IAP
	
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Leda Neiva Dias
Bióloga 
 DQA / DIMAP / IAP 
	
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Dirlene Cavalcanti
Enga Ambiental 
DAR / DIMAP / IAP
	
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Rossana Baldanzi
Engenheira Agrônoma
DLP / DIMAP / IAP
	
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Ivonete Coelho da Silva
Enga Química
DIMAP / IAP
	
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Marco Antônio Zanin
Engenheiro Agrônomo 
ERPGO / IAP
	
PROTOCOLO: 14.685.462-1
PARECER TÉCNICO Nº 020/2018 – IAP/DIALE/DAIA
CONSÓRCIO CAMINHOS DO TIBAJI
LICENÇA PRÉVIA PARA EMPREENDIMENTO ATERRO SANITÁRIO DE IMBAÚ

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