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Preparação Física Geral
UNIDERP - ANHANGUERA
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Debby Feer Silva
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por um agente externo buscando alcançar o limite máximo, no entanto, se difere da flexibilidade passiva pela velocidade de execução e por ser realizada pouco a pouco, mas é comum alguns autores não diferenciarem os dois conceitos, mas integrá-los chamando de flexibilidade estático-passiva. Dantas (2005) ainda define um tipo de flexibilidade, a fle- xibilidade dinâmica que é expressa pela máxima amplitude de movimento (ADM) que pode ser atingidapelos músculos moto- res sem ajuda, de maneira voluntária, diferenciando da flexibi- lidade ativa devido rápida forma de sua execução que dificulta inclusive sua mensuração, como exemplo deste tipo de flexibili- dade temos o goleiro que salta para alcançar a bola durante uma partida evitando um gol ou o jogador de vôlei que salta e utili- za sua flexibilidade corporal para atingir o ponto mais eficiente em uma "cortada", estes movimentos são realizados de forma abrupta, isolada, sem ajuda de forças externas, assim, a flexibili- dade dinâmica é muito observada em práticas esportivas. 93© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs Figura 6 Exemplos de flexibilidade dinâmica. Por fim, Dantas (2005, p. 86) nos explica sobre a flexibili- dade controlada "que pode ser observada quando se realiza um movimento sob a ação do músculo agonista de forma lenta, até chegar à maior amplitude na qual seja possível realizar uma con- tração isométrica". A flexibilidade controlada é extremamente importante para ginastas, atletas, dançarinos e culturistas, "[...] pois permite ao praticante sustentar um segmento corporal, numa contração estática realizada em um amplo arco articular". A flexibilidade controlada não depende somente da elas- ticidade dos músculos antagonistas e a mobilidade das articula- ções envolvidas, mas também dependerá da força isométrica do agonista. 94 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs Figura 7 Exemplo da flexibilidade controlada na ginástica com argolas. Notamos os diferentes tipos de flexibilidade e sua aplica- bilidade geral ou específica em cada atividade física ou modali- dade esportiva, um consenso da literatura é sobre a importância da flexibilidade. Dantas (2005) e Weineck (1999) evidenciam a flexibilidade como requisito primordial para uma boa execução de movimentos realizados dentro de amplitudes máximas dos limites morfológicos, dependente tanto da elasticidade muscu- lar quanto da mobilidade articular sob os aspectos qualitativos e quantitativos e o seu desenvolvimento tem efeitos positivos sobre fatores físicos do desempenho esportivo, contribuindo para uma maior segurança do gesto motor e consequentemente uma técnica mais, com o aumento da flexibilidade os exercícios podem ser executados com maior amplitude, maior força, maior velocidade de maneira mais harmônica e eficaz, não somente nos esportes ou nas atividades físicas, mas a flexibilidade tam- bém é importante nas atividades da vida diária, melhorando a qualidade de vida, desde a redução de dores articulares até a redução do risco de lesões. 95© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs Dantas (2005) descreve que é através do alongamento que obtemos as melhorias e a manutenção dos níveis de flexibilidade que faz com que a aquisição desta qualidade física seja treinada, dentre os diversos tipos de alongamento, passivo ou estático que são realizados por um período com a musculatura em extensão máxima ou, ativo, dinâmico ou balístico realizado com peque- nos balanceios rápidos na tentativa de gerar maior amplitude de movimento, o autor destaca o alongamento por Facilitação Neu- romuscular Proprioceptiva (FNP) como o mais eficiente para aquisição da flexibilidade, este alongamento consiste em uma integração entre o fuso muscular e o Orgão Tendinoso de Golgi (OTG) de um músculo e seu antagonista, para obter maiores am- plitudes de movimento. A sensibilidade proprioceptiva é estimulada pelo envolvi- mento dos nervos e músculos que enviam impulsos nervosos ao sistema nervoso central durante contrações concêntricas, excên- tricas e combinadas que devido ao efeito de inibição dos moto- neurônios volitivos dos órgãos Tendinosos de Golgi permitem a cada emprego da força contra a resistência do músculo maior amplitude de movimento. 96 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs Figura 8 Arco reflexo de medula espinhal. Powers e Howley (2009) explicam que esta técnica de alon- gamento (FNP) geralmente é realizada por duas pessoas onde uma moverá o segmento a ser alongado passivamente ao longo de sua amplitude de movimento (ADM) até o ponto máximo de sua amplitude atingindo o ponto máximo do movimento, reali- zando o alongamento do segmento alongado neste ponto entre 6 e 10 segundos de maneira isométrica. Em seguida, há um re- laxamento muscular com um sucessivo alongamento "forçando" um pouco mais a amplitude de movimento: "O fundamento fi- siológico para o uso do alongamento por meio da FNP é que o relaxamento muscularsegue uma contração isométrica porque a contração estimula órgãos tendinosos de Golg, que inibem a contração durante o exercício de alongamento subsequente" (POWER; HOWLEY, 2009, p. 492). 97© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs Os testes que mensuram a flexibilidade podem ser divididos em 3 (três grandes grupos) angulares, lineares e adimensionais. Os testes angulares, como a própria denominação sugere são aqueles são mensurados por ângulos (goniometria) realizada geralmente com o goniômetro que é o aparelho utilizado para quantificar os graus de amplitude de uma articulação. Figura 9 Goniômetro. Os testes Lineares são testes expressos em uma escala de distância, geralmente fracionada geralmente em centímetros ou polegadas, como exemplo desta mensuração podemos citar a Caixa de sentar e alcançar de Weels. 98 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs Figura 10 Caixa de sentar e alcançar de Weels. O teste realizado na Caixa de sentar e alcançar de Weels mensura a flexibilidade do quadril, musculatura dorsal e dos músculos posteriores dos membros inferiores. A Caixa de sentar e alcançar de Weels é uma caixa confec- cionada com uma escala fracionada em sua parte superior, ao sentar-se o avaliado apoia os pés na parte anterior da caixa ten- tando alcançar com a ponta dos dedos a maior distância possível. 99© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs Figura 11 Exemplo do uso da caixa de sentar e alcançar. E finalizando os testes adimensionais onde a determinação da flexibilidade é feita pela interpretação dos movimentos arti- culares com dados de um gabarito predefinido que veremos com mais detalhes nos conteúdos integradores. Resistência Podemos definir a resistência como a capacidade física que permite realizar um exercício ou atividade física de manei- ra eficiente superando a fadiga (PLATONOV, 2008). Frey (1977 apud Weineck, 2005) diz que podemos distinguir dois tipos de resistência, a resistência psíquica que seria a capacidade de um atleta/aluno suportar estímulo em seu limite máximo (limiar) por um certo período de tempo vencendo os fatores psicológicos que o induzem a parar e a resistência física que seria a tolerância do organismo, ou dos órgãos de maneira isolada em vencer o cansaço. Platonov (2008) afirma que o nível de desenvolvimento da resistência está condicionado ao potencial energético do orga- nismo do aluno/atleta pelas particularidades da modalidade, ou seja: 100 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL UNIDADE 2 – CApACIDADEs FísICAs • Pelo grau de adaptação em cada modalidade ou ativida- de específica. • Pela eficácia técnica e tática em cada modalidade de- senvolvida ou para cada atividade praticada. • Pela