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30/04/2018 1 Cultivo da BATATA Solanum tuberosum Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Brasília Campus Planaltina Prof. André Ferreira Pereira ORIGEM Centro de Origem: Andes, do sul do Peru ao Norte da Bolívia (Hawkes, 1993); Vavilov (1951) batata cultivada teve dois centros de origem: Chiloé e regiões do Equador, Peru e Bolívia. 30/04/2018 2 Originária dos Andes Lago Titicaca (Peru e Bolívia) na América do Sul 3.700 m 6.000 a.C. Europa: antes de 1520 Brasil: Colonização DIVERSIDADE 30/04/2018 3 Recebe diferentes nomes conforme o local: Araucano ou Poni (Chile), Lomy (Colômbia), Papa (Império Inca e Espanha), Patata (Itália), Irish Potato ou White Potato (Irlanda) Potato (EUA). IMPORTÂNCIA SOCIAL E ECONÔMICA 4ª Cultura na Ordem de importância Mundial; Cultivada em 125 países, consumida por 1 bilhão de pessoas; Consumo médio anual na Europa é de 96,15kg/pessoa , na América do Norte, é de 57,94kg/pessoa. No Brasil, este consumo é de 14,23kg. (FAO) Produção Mundial (2008): 315.100.319 ton Produção brasileira: 3.636.419 toneladas, com área plantada de 144.400 hectares, atingindo produtividade de 25,18 t ha-1. (Agrianual, 2008) Região Sul maior produtora 30/04/2018 4 Alimentar Rica em carboidratos; Fonte de energia; Sais minerais; Vitamina C; e, em pequenas quantidades Complexo B. IMPORTÂNCIA Composição de uma batata de 150 g: Energia 150 cal Proteínas 3,7 g Lipídios (gordura) 0 g Carboidratos 23 g Fibras 27 g Sódio 5 mg Potássio 729 mg 30/04/2018 5 Fonte: EMBRAPA/SPSB, 1982 Figura 1: Índice de valor biológico da batata e outros alimentos básicos. Fonte: EMBRAPA/ SPSB, 1982 Figura 2: Relação entre proteínas e calorias disponíveis na batata e em alimentos Básicos. 30/04/2018 6 Tabela 1. Teores aproximados das principais vitaminas presentes na batata (tubérculos frescos). Vitamina mg / 100g Retinol 3,6 - 7,1 Ac. Ascórbico 22,6 - 36,1 Tiamina, B1 60,0 - 99,3 Riboflavina, B2 31,1 - 78,0 Niacina 1180,0 - 2133,3 Piridoxina, B6 123,3 - 241,3 Ac. Fólico 9,1 - 21,7 Fonte: SHAW, R. & BOOTH, R. Tabela 2. Teores aproximados dos principais minerais na batata (peso seco) Componentes (mg / 100g) Componentes (ppm) P 43 - 605 Br 4,8 - 8,5 Ca 10 - 120 B 4,5 - 8,6 Mg 46 - 216 I 0,5 - 3,87 Na 0 - 332 Li traços K 1394 - 2825 As 0,35 Fe 3 - 18,5 Co 0,07 S 43 - 423 Ni 0,26 Cl 45 - 805 Mo 0,26 Zn 1,7 - 2,2 Cu 0,6 - 2,8 Si 5,1 - 17,3 Mn 0,18 - 8,5 Al 0,2 - 3,54 Fonte: SMITH, O. 30/04/2018 7 UTILIZAÇÃO Batata-frita doméstica Agroindústria Econômica Atualmente a batata é o 4º alimento mais consumido no mundo, após arroz, trigo e milho 30/04/2018 8 Batata - Produção Mundial - Mil Toneladas Métricas Países 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 China 45.984 53.079 57.260 64.618 56.141 66.325 64.596 75.268 66.813 Rússia 39.909 38.652 37.040 31.418 31.344 33.980 34.965 32.871 36.747 Índia 17.401 18.843 24.216 17.648 23.611 24.713 22.143 23.924 23.161 EUA 20.122 22.618 21.116 21.581 21.692 23.297 19.862 20.856 20.822 Polônia 24.891 27.217 20.776 25.942 19.927 24.232 19.379 16.620 18.500 Ucrânia 14.729 18.410 16.701 15.405 12.723 19.838 17.344 15.524 13.732 Alemanha 10.888 13.558 12.067 11.712 12.031 13.694 11.917 11.492 9.813 Belarus 9.504 10.881 6.492 7.574 7.491 8.718 7.768 7.421 8.600 Holanda 7.340 8.081 7.973 5.249 8.221 8.127 7.015 7.363 6.399 Reino Unido 6.404 7.228 7.128 6.422 7.131 6.636 6.498 6.877 6.235 França 5.839 6.249 6.690 6.053 6.645 6.434 6.078 6.967 5.918 Turquia 4.750 4.950 5.100 5.250 6.000 5.370 5.200 4.697 5.324 Canadá 3.834 4.085 4.171 4.329 4.268 4.555 4.030 5.200 5.300 Romênia 3.020 3.591 3.206 3.319 3.957 3.470 3.997 4.078 3.947 Irã 3.074 3.140 3.284 3.430 3.433 3.658 3.486 3.756 3.550 Bangladesh 1.486 1.492 1.508 1.553 2.762 2.933 3.216 2.994 3.386 Japão 3.365 3.087 3.395 3.073 2.963 2.898 2.959 3.297 3.300 Espanha 3.914 3.856 3.254 3.129 3.367 3.138 2.957 3.069 3.200 Colômbia 2.891 2.801 2.717 2.547 2.775 2.883 2.874 3.125 3.070 Malaui 397 703 975 1.553 1.840 2.037 2.852 2.841 2.850 Brasil 2.692 2.406 2.670 2.784 2.905 2.561 2.787 2.950 2.790 Peru 2.368 2.309 2.398 2.589 3.066 3.274 2.680 2.909 2.522 Outros 50.599 53.881 52.071 53.624 56.604 56.589 57.240 56.729 54.832 Total 285.385 311.116 302.658 300.810 300.898 329.361 311.843 320.829 310.810 Produção Mundial - Mil Toneladas Métricas Países 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 China 3.436 3.740 3.825 4.064 4.421 4.725 4.721 4.669 4.502 Rússia 3.325 3.395 3.325 3.236 3.227 3.235 3.208 3.198 3.172 Índia 1.069 1.109 1.249 1.206 1.321 1.340 1.211 1.208 1.337 EUA 555 577 544 562 539 546 495 514 506 Polônia 1.522 1.342 1.306 1.295 1.268 1.251 1.194 1.592 1.600 Ucrânia 1.531 1.549 1.577 1.513 1.551 1.631 1.605 803 766 Alemanha 347 336 304 297 309 304 282 284 284 Belarus 725 719 700 695 668 661 631 550 524 Holanda 179 185 180 127 180 175 162 165 157 Reino Unido 171 177 166 164 178 166 166 162 156 França 172 175 170 164 171 163 162 159 145 Turquia 200 210 211 203 220 205 200 171 180 Canadá 144 147 152 156 157 159 164 198 200 Romênia 244 257 255 259 273 281 276 282 282 Irã 143 143 158 163 164 169 175 166 180 Bangladesh 132 132 134 136 245 243 249 238 245 Japão 104 103 103 100 98 95 93 271 275 Espanha 206 182 150 133 136 123 116 96 96 Colômbia 178 174 167 165 172 171 172 161 150 Malaui 68 78 102 148 164 178 211 164 165 Brasil 177 163 175 178 176 150 152 114 104 Peru 242 229 249 269 272 285 234 52 59 Outros 3.437 3.543 3.516 3.607 3.762 3.834 3.780 3.789 3.812 Total 18.308 18.665 18.717 18.840 19.670 20.090 19.658 19.017 18.897 Área Colhida Mundial - Mil Hectares 30/04/2018 9 BOTÂNICA Planta dicotiledônea Família: Solanaceae Gênero: Solanum Espécies: + de 2000, 150 produtoras de tubérculo e cerca de 20 cultivadas. Importante economicamente: Solanum tuberosum ssp. tuberosum. BOTÂNICA Caule, raízes, folhas, inflorescência, fruto e tubérculo. 30/04/2018 10 A FLOR 30/04/2018 11 Tubérculos São caules adaptados para reserva de alimentos e também para reprodução Rico em Amido 30/04/2018 12 Estruturas externas Lenticelas: Troca de gases entre o tubérculo e o meio Olhos/Gemas: Darão origem aos brotos. Elas podem estar: Na extremidade (gema apical ou terminal): primeiras a brotar Nas laterais (gemas laterais) 30/04/2018 13 Estruturas Internas Periderme ou pele: protege a parte interna do tubérculo; Córtex: células parenquimatosas que contêm amido e proteína; Anel vascular: constituído de xilema e floema; Medula Interna: é um tecido de reserva. 30/04/2018 14 Formação dos Tubérculos Formam-se como resultado do engrossamento da extremidade dos estolões, que são caules modificados, subterrâneos, semelhantes a raízes Fatores Ambientais que afetam a Tuberização Fatores mais importantes: – Temperatura; – Comprimento do dia; – Intensidade da radiação solar; – Textura do solo; – Suprimento de água. 30/04/2018 15 Intensidade de Luz Afeta a fotossíntese, o crescimento da parte aérea, a distribuição da matéria e o rendimento; Baixa incidência de luz provoca aumento do crescimento da parte aérea. A Textura do Solo Disponibilidade de água; Maior ou menor facilidade de ser trabalhado; Formação de crostas superficiais; Compactação. 30/04/2018 16 Aeração Atividade microbiana e respiração do sistema radicular; Profundidade do solo; Sensível à falta de água no solo; Facilita o ataque da sarna comum; O consumo diário de água é surpreendentemente elevado; O rendimento final é determinado pela interação de fatores que influenciam a área foliar, início da tuberização e intensidade e duração de acúmulo de reservas nos tubérculos. A Boa Aeração 30/04/2018 17 Temperatura Temperaturas do solo abaixo de 12°C e acima de 28°C impedem a brotação; Temperaturas do solo elevadas podem estimular a deformação de tubérculos; Temperatura do ar elevada, estimula o crescimento exagerado da parte aérea; Temperaturas elevadas podem provocar déficit hídrico. TEMPERATURA IDEAL Noturnas de 10 a 16 °C Diurnas de 20 a 26 °C Sonnenberg, 1998 30/04/2018 18 FOTOPERIODISMO Dias mais curtos aceleram a tuberização, mas diminuem a área fotossintetizante e a duração do ciclo; Dias longos, temperaturas elevadas e excesso de nitrogênio impedem a tuberização da batata; Outro efeito da duração do dia é sobre a resistência às doenças. ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO Utilizando Bintje como exemplo. 30/04/2018 19 Estádios de desenvolvimento Estádio 1: - Do plantio até a emergência das hastes; - Baixa exigência de água. Estádio 2 - Intervalo entre a emergência e o início da tuberização; - Desenvolvimento do sistema radicular. 30/04/2018 20 Estádio 3 - Tuberização até o desenvolvimento vegetativo; - Crescimento acelerado da parte aérea e acúmulo de fotossintatos. Estádio 4 - Do pico da vegetação até a senescência natural; - Agravam-se os problemas fitossanitários. 30/04/2018 21 ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO Utilizando Bintje como exemplo. CLIMA Termoperiodicidade Fotoperiodismo Luminosidade Umidade 30/04/2018 22 CLIMA Exigências climáticas peculiares e precisas; Fator limitante: temperatura elevada, mormente a noturna; Temp. Noturna > 20 ºC, durante 60 noites ou mais, não ocorre tuberização; “Termoperiodicidade diária”: diferença entre temp. diurnas e noturnas em torno de 10 ºC; Fotoperíodo: planta de dia curto para tuberização e de dia longo para florescimento. ÉPOCA DE PLANTIO Seca Inverno Águas 30/04/2018 23 SOLO Escolha da gleba Preparo do solo Calagem Escolha da gleba 30/04/2018 24 Preparo do solo Calagem PROPAGAÇÃO 30/04/2018 25 Reprodução Vegetativa Desenvolvimento: - Dormência; - Início da Brotação ou Dominância Apical; - Brotação Plena; - Brotações Múltiplas e Longas. 30/04/2018 26 CULTIVARES Avaliação e escolha O problema das cvs. importadas CULTIVARES utilizadas no Brasil 30/04/2018 27 FITOMELHORAMENTO As principais variedades plantadas atualmente no Brasil. Variedade: Ágata Formato: Oval Pele: Amarela Polpa: Amarela Clara Preparo: Cozinhar e Assar Variedade: Almera Formato: Oval alongado Pele: Amarela Polpa: Amarela clara Preraro: Fritar, Cozinhar e Assar Variedade: Amorosa Formato: Oval Alongado Pele: Vermelha Polpa: Amarela Clara Preparo: Fritar, Cozinhar, Assar e Massa Variedade: Asterix Formato: Oval Alongado Pele: Vermelha Polpa: Amarela Clara Preparo: Cozinhar e Fritar 30/04/2018 28 Variedade: Atlantic Formato: Oval arredondado Pele: Branca, meio áspera. Polpa: Branca Preparo: Rodelas fritas (Chips) Variedade: Bintje Formato: Alongado Pele: Amarela Polpa: Amarela Clara Preparo: Cozinhar, Assar e Fritar Variedade: Canelle Formato: Oval Alongado Pele: Amarela Clara Polpa: Amarela Clara Preparo: Cozinhar, Assar, Fritar, Massa e Industrial Variedade: Chipie Formato: Arredondado Pele: Amarela Clara Polpa: Amarela Clara Prepraro: Fritar e Industrial Variedade: Colorado Formato: Oval Alongado Pele: Vermelha Fosca Polpa: Amarela Clara Preparo: Fritar e Industrial Variedade: Emeraude Formato: Oval Alongado Pele: Amarela Polpa: Amarela Preparo: Cozinhar, Assar, Fritar, Massa e Doméstico Variedade: Florice Formato: Oval Pele: Amarela Clara Polpa: Amarela Clara Preparo: Doméstico Variedade: Fontane Formato: Oval Pele: Amarela Polpa: Amarela Prepraro: Cozinhar, Assar, Fritar e Massa 30/04/2018 29 CULTIVARES Cultivares de película amarela: ◦ Achat (Alemanha): Planta porte baixo a médio; Tubérculo redondo-alongado achatado; Sensível ao esverdeamento e ao embonecamento; Suscetível à pinta preta; resistência mediana à requeima e boa resistência ao PVY E PLRV; Baixa % de MS, própria para cozimento. ◦ Agria (Holanda): Planta alta; Tubérculo oval-alongado; Resistência mediana à requeima e à pinta preta e susceptibilidade ao PVY E PLRV; Fritura na forma de palitos e batata-palha. CULTIVARES Cultivares de película amarela: ◦ Astrid (Alemanha): Planta porte baixo a médio; Tubérculo redondo e achatado; Alta resistência à pinta preta e viroses; resistência mediana à requeima; Baixa % de MS. ◦ Atlantic (EUA) - USOINDUSTRIAL -: Planta com porte médio a alto; Tubérculo arredondado; Baixa resistência à requeima e suscetibilidade à pinta preta e a viroses; Sensível ao coração-oco Alta % de MS, indicada para chips e batata-palha. 30/04/2018 30 CULTIVARES Cultivares de película amarela: ◦ Bintje (Holanda): Planta porte médio a alto; Tubérculo alongado; Suscetível à requeima, à pinta preta e viroses; Exigente em fertilidade; Média % de MS, fritura de palitos, batata-palha e outros usos. ◦ Monalisa(Holanda): Planta alta; Tubérculo alongado; Resistência mediana à requeima e à pinta preta, boa ao PLRV; Baixa % de MS, indicada para salada e purê. CULTIVARES Cultivares de película amarela: ◦ Eliza (Brasil – Embrapa Clima Temperado): Planta porte médio; Tubérculo ovalado; Boa resistência à requeima e à pinta preta; Tubérculos perdem rapidamente a qualidade no armazenamento; Baixa % de MS, salada e purê. ◦ Baraka (Holanda): Plantas altas; Tubérculo alongado e achatado; Resistência média à requeima e à pinta preta; Média-alta % de MS, frituras. 30/04/2018 31 IMPLANTAÇÃO DA CULTURA • Brotação – Natural – Induzida – Desbrota Brotamento da batata. Inicia-se, normalmente nas gemas apicais. Dominância Apical 30/04/2018 32 Métodos de quebra de dormência Câmara frigorífica 4º C Umidade 85% Processo caro Bissulfureto de carbono •15 a 20 dias após a colheita •Colocadas em caixas ou sacos telados •Sobre engradados de madeira •Cobrir com lona plástica •30,0 a 35,0cm3/m3 de Bissulfureto de carbono de câmara 72h 30/04/2018 33 Ácido giberélico •Fitorregulador •Não Tóxico •5,0 mL.m-³ a 15,0 mL.m-³ •Emergir os tubérculos 15 a 25 minutos Método Rústico •↓ R $ •Bons resultados •Cavar um buraco sob um galpão •Colocar as batatas em camadas alternadas de capim seco •Excluir tubérculos cortados, machucados ou doentes •Canos de PVC ou bambus furados •Cobrir com terra seca •Aumenta a temperatura, diminui oxigênio e aumenta o gás carbônico 30/04/2018 34 Figura 2: Tubérculo do lado esquerdo tratado com ácido giberélico e o do lado direito brotação natural. Condições brasileiras 3 a 4 brotos curtos e vigorosos 30/04/2018 35 •Tubérculos de batata-semente adequados para o plantio. •Brotos vigorosos com aprox. 1,0 cm de comprimento. PLANTIO Profundidade Densidade Plantio mecânico 30/04/2018 36 Espaçamento 80,0 cm x 35,0 cm SOLO E MANEJO NUTRICIONAL Adapta-se melhor a solos de textura média, leves, arejados e bem drenados; Produz bem na faixa de pH 5,0 e 6,0 Calagem: Saturação de base desejada igual a 60%; Adubação, na ausência de dados experimentais,: ◦ N:120-200 kg/ha (Fracionada: 30% plantio + restante em cobertura, aos 25-35 dias do plantio) ◦ P2O5: 300-500 kg/ha ◦ K2O: 80-200 kg/ha 30/04/2018 37 MANEJO CULTURAL Preparo do solo ◦ Uma ou duas arações, 1ª mais profunda. Amontoa ◦ Imprescindível, estimula a tuberização e a produtividade, previne esverdeamento, protege contra patógenos, melhora eficiência da adubação NK; ◦ Amonta uma única vez: hastes com 25-30cm, aos 25-35 dias após plantio; ◦ Faz-se o aterramento das fileiras, formando um camalhão com 25-30 cm de altura. Irrigação ◦ Plantios durante outono-inverno, condiciona a produtividade; ◦ Teor de água útil no solo, acima de 60%, deve ser mantido enquanto parte aérea estiver fotossinteticamente ativa; ◦ Aspersão. Capina Dessecamento de parte aérea ◦ Impede translocação de vírus; ◦ Multiplicação de batata-semente, sob certificação, é obrigatório o dessecamento antecipado, aos 75-80 dias de plantio. ◦ Antes da colheita, aguardar 10-15 dias após aplicação, possibilitando que a película se torne resistente ao esfoleamento. Amontoa Forma Época Benefícios 30/04/2018 38 MANEJO DE DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS Esverdeamento ◦ Expostos à luz natural ou artificial, os tubérculos desenvolvem uma coloração esverdeada (clorofila); ◦ Prevenir: Amonta cuidadosa ◦ Após colheita: armazenagem na semi-obscuridade. Embonecamento ◦ Crescimento secundário dos tubérculos, formatos grotescos; ◦ Causa: variações acentuadas no teor de água no solo; temp. elevada no solo e excesso de N. Chocolate ◦ Interior dos tubérculos com manchas ferruginosas; ◦ Favorecida por temperaturas altas no solo durante formação dos tubérculos e oscilação hídrica. MANEJO DE DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS Coração-oco ◦ Cavidade no centro da polpa ◦ Provocado: crescimento muito rápido da parte externa ◦ Ocorrer em solos de alta fertilidade ◦ Prevenir: reduzir espaçamento de plantio e controlar adubação Coração-preto ◦ Mancha escura, de formato irregular, no centro do tubérculo; ◦ Resultante de asfixia; ◦ Solos excessivamente argilosos, pesados e úmidos; ◦ Também acontece por arejamento insuficiente durante estocagem e transporte; Esfolamento ◦ Películas esfolada por colheita prematura; ◦ A colheita antecipada, quando da dessecação da parte aérea, somente realizada após película se tornar firme. 30/04/2018 39 MANEJO FITOSSANITÁRIO DOENÇAS FÚNGICAS Requeima (Phytophthora infestans) COLHEITA Ciclo até colheita: 90 a 115 dias; Na ausência de chuvas, podem permanecer nas leiras; Colheita semimecanizada: pequenas colhedeiras que desfazem as leiras, expondo o tubérculo para catação manual. Colhedeiras mais modernas também recolhem os tubérculos e encaminha para a carretas. 30/04/2018 40 BENEFICIAMENTO Tubérculos podres ou com defeitos graves são eliminados ainda no campo; Beneficiamento pode consistir apenas em escovagem a seco. Porém tem-se a lavagem por meio de jatos d'água, seguindo-se a aplicação de ar aquecido: ◦ Ótimo aspecto ◦ Onera os custos ◦ Favorece o esverdeamento CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM Classificação baseada no diâmetro transversal do tubérculo, utilizando-se peneiras vibratórias. Classes: 30/04/2018 41 CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM Batatas limpas, selecionadas e padronizadas são embaladas em sacos de malha larga, de juta ou outra fibra natural ou sintática; Capacidade para 50kg ARMAZENAGEM E FRIGORIFICAÇÃO No Brasil, não há tradição em estocagem e frigorificação: sucessivas safras. Após colheita, batata-consumo armazenadas por 1 mês em galpões rústicos. Ambiente arejado e semi-obscuro; Frigorificação: ◦ Conservar durante três meses, 80-90% de UR e 7-12 ºC ◦ Material básico, batata-semente. 30/04/2018 42 Irrigação Aspersão Sulco Gotejamento PRODUÇÃO DA BATATA-SEMENTE 30/04/2018 43 Cultura de meristemas Multiplicação sob telado 2 inspeções no campo 1 inspeção pós-colheita Limites p/ plantas com Viroses 2% classe Básica 4% Registrada 6% Certificada Murcha-bacteriana 0 % BATATA-SEMENTE • Qualidade – Fisiológica – Sanidade – Classes • Tamanho • Gasto 30/04/2018 44 Tipo• I diâmetro maior de 50 a 60 mm • II entre 40 e 50 mm • III entre 30 e 40 mm • IV entre 23 e 30 mm • V diâmetro menor que 23 mm Batata-semente 30 a 40 % custo da cultura; Ideal 40 a 60 g ↓ peso ↓ custo 30/04/2018 45 Regiões Favoráveis • Altitudes superiores a 800 m Centro-Sul • Solo isento de bactérias • Topografia favorável à mecanização • Condições agroclimáticas • Extremo Sul clima subtropical e topografia plana • Centro-Sul regiões serranas e planaltos Produtores de Batata-semente • Santa Catarina 1.500 m Invernos rigorosos favorecendo controle fitossanitário 30/04/2018 46 Exemplos • São Joaquim-SC • Alto Paraíso de Goiás-GO • Altitudes superiores a 1.200m • Ótimas condições agroecológicas ANOMALIAS FISIOLÓGICAS Esverdecimento Embonecamento Coração oco Chocolate Rachadura Esfolamento Coração negro 30/04/2018 47 MANEJO DE DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS Coração-oco ◦ Cavidade no centro da polpa ◦ Provocado: crescimento muito rápido da parte externa ◦ Ocorrer em solos de alta fertilidade ◦ Prevenir: reduzir espaçamento de plantio e controlar adubação Coração-preto ◦ Mancha escura, de formato irregular, no centro do tubérculo; ◦ Resultante de asfixia; ◦ Solos excessivamente argilosos, pesados e úmidos; ◦ Também acontece por arejamento insuficiente durante estocagem e transporte; Esfolamento ◦ Películas esfolada por colheita prematura; ◦ A colheita antecipada, quando da dessecação da parte aérea, somente realizada após película se tornar firme. Esverdecimento 30/04/2018 48 Embonecamento Coração-oco 30/04/2018 49 Chocolate Rachadura 30/04/2018 50 Esfolamento FITOSSANIDADE Doenças fúngicas Bacterioses Viroses Nematóides Insetos-pragas 30/04/2018 51 FUNGOS NA FOLHAGEM Requeima Phytophthora infestans 30/04/2018 52 Requeima Tubérculos podem ser infectados na lavoura, antes, durante ou após a colheita. Os tubérculos apresentam coloração purpúrea a pardo- escura; Internamente, uma podridão dura de cor marrom- avermelhada e bordos irregulares. Podem dar lugar a fungos e bactérias que causam podridões moles exalando odor pútrido. Requeima Phytophthora infestans 30/04/2018 53 Pinta-preta (Alternaria solani) FUNGOS DE SOLO 30/04/2018 54 Rizoctoniose Podridão-seca Podridão-seca em batata-semente armazenada, destacando-se a frutificação branca Fusarium solani 30/04/2018 55 Olho-pardo BACTERIOSES • Murcha-bacteriana • Canela-preta e podridão-mole • Sarna-comum 30/04/2018 56 Murcha- bacteriana Ralstonia solanacearum Ralstonia solanacearum 30/04/2018 57 – Sintomas – Causas – Controle Canela-preta e podridão-mole Talo-oco (Canela Preta) Pectobacterium carotovorum subsp. brasiliensis 30/04/2018 58 Sarna-comum (Actinomiceto) BACTERIOSES Sarna prateada (Helminthosporium solani) cultivar Monalisa 30/04/2018 59 VIROSES • Mosaico-leve • Mosaico-severo • Enrolamento Enrolamento da folha (Potato Leafroll Virus– PLRV) e Mosaico Y (Potato Virus Y–PVY) Perdas causadas pelo vírus do enrolamento da folha (A; planta sadia à esquerda) são evitadas mediante a testagem por ELISA (B; coloração amarela indica a presença do vírus no respectivo tubérculo) de amostras de batata- semente (C). 30/04/2018 60 INSETOS • Mastigadores • Sugadores Tecia solanivora 30/04/2018 61 NEMATÓIDES Nematóide-de-galhas Nematóides (Meloidogyne incognita, M. javanica, M. arenaria) 30/04/2018 62 MÉTODOS DE CONTROLE FITOSSANITÁRIO Genético Ambiental Cultural Biológico Químico COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO Operação de colheita Produtividade 30/04/2018 63 Beneficiamento Embalagem Peneira fina Profissionalização Problemas sociais 30/04/2018 64 MERCOSUL Competição por qualidade Competição por preço Introdução de fitopatógenos CONSIDERAÇÕES FINAIS A qualidade da batata produzida é fruto da batata- semente A produção brasileira de material Básico vem aumentando Embora sendo lucrativa a produção de batata- semente ainda é pouco desenvolvida 30/04/2018 65 Literatura Consultada CASTELLANE, P. D., NICOLSE, W. M., HASENGAWA, M. Produção de sementes de hortaliças. Jaboticabal, FCAV / FUNEP, 1990. 261p. FILGUEIRA, F. A. R.. Novo manual de Olericultura, Agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Editora: UFV. 2ª Edição. 402p. FILGUEIRA, F. A. R. Solanáceas: agrotecnologia moderna na produção de tomate, batata, pimentão, pimenta, berinjela e jiló. Lavras: UFLA, 2003. 333p. http://www.abbabatatabrasileira.com.br/revista12_014.htm - pesquisa realizada em 15 de outubro de 2014. http://www.cnph.embrapa.br/paginas/dicas_ao_consumidor/batata.htm - pesquisa realizada em 15 de outubro de 2014.