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30/04/2018 
1 
Cultivo da BATATA 
Solanum tuberosum 
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Brasília 
Campus Planaltina 
Prof. André Ferreira Pereira 
ORIGEM 
Centro de Origem: Andes, do sul do Peru ao Norte 
da Bolívia (Hawkes, 1993); 
 
Vavilov (1951)  batata cultivada teve dois centros 
de origem: Chiloé e regiões do Equador, Peru e 
Bolívia. 
30/04/2018 
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Originária dos Andes 
Lago Titicaca (Peru e Bolívia) na América 
do Sul 3.700 m 
6.000 a.C. 
 
Europa: antes de 1520 
 
Brasil: Colonização 
 
DIVERSIDADE 
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Recebe diferentes nomes conforme o 
local: 
Araucano ou Poni (Chile), 
Lomy (Colômbia), 
Papa (Império Inca e Espanha), 
Patata (Itália), 
Irish Potato ou White Potato (Irlanda) 
Potato (EUA). 
IMPORTÂNCIA SOCIAL E 
 ECONÔMICA 
 4ª Cultura na Ordem de importância Mundial; 
 
 Cultivada em 125 países, consumida por 1 bilhão de pessoas; 
 
 Consumo médio anual na Europa é de 96,15kg/pessoa , na 
América do Norte, é de 57,94kg/pessoa. No Brasil, este consumo é 
de 14,23kg. (FAO) 
 
 Produção Mundial (2008): 315.100.319 ton 
 
 Produção brasileira: 3.636.419 toneladas, com área plantada de 
144.400 hectares, atingindo produtividade de 25,18 t ha-1. 
(Agrianual, 2008) 
 
 Região Sul maior produtora 
 
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 Alimentar 
Rica em carboidratos; Fonte 
de energia; 
Sais minerais; 
Vitamina C; e, 
em pequenas quantidades 
Complexo B. 
IMPORTÂNCIA 
Composição de uma batata de 150 g: 
 
Energia 
150 cal 
Proteínas 3,7 g 
Lipídios (gordura) 0 g 
Carboidratos 23 g 
Fibras 27 g 
Sódio 5 mg 
Potássio 729 mg 
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 Fonte: EMBRAPA/SPSB, 1982 
 
Figura 1: Índice de valor biológico da batata e outros alimentos básicos. 
 
 Fonte: EMBRAPA/ SPSB, 1982 
 
Figura 2: Relação entre proteínas e calorias disponíveis na batata e em 
alimentos Básicos. 
 
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Tabela 1. Teores aproximados das principais vitaminas 
presentes na batata (tubérculos frescos). 
 
Vitamina 
mg / 100g 
Retinol 3,6 - 7,1 
Ac. Ascórbico 22,6 - 36,1 
Tiamina, B1 60,0 - 99,3 
Riboflavina, B2 31,1 - 78,0 
Niacina 1180,0 - 2133,3 
Piridoxina, B6 123,3 - 241,3 
Ac. Fólico 9,1 - 21,7 
Fonte: SHAW, R. & BOOTH, R. 
 
Tabela 2. Teores aproximados dos principais minerais na 
batata (peso seco) 
 
Componentes 
(mg / 100g) Componentes (ppm) 
P 43 - 605 Br 4,8 - 8,5 
Ca 10 - 120 B 4,5 - 8,6 
Mg 46 - 216 I 0,5 - 3,87 
Na 0 - 332 Li traços 
K 1394 - 2825 As 0,35 
Fe 3 - 18,5 Co 0,07 
S 43 - 423 Ni 0,26 
Cl 45 - 805 Mo 0,26 
Zn 1,7 - 2,2 
Cu 0,6 - 2,8 
Si 5,1 - 17,3 
Mn 0,18 - 8,5 
Al 0,2 - 3,54 
Fonte: SMITH, O. 
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UTILIZAÇÃO 
Batata-frita doméstica 
Agroindústria 
Econômica 
Atualmente a batata é o 4º alimento 
mais consumido no mundo, após arroz, 
trigo e milho 
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Batata - Produção Mundial - Mil Toneladas Métricas 
 
Países 
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 
China 45.984 53.079 57.260 64.618 56.141 66.325 64.596 75.268 66.813 
Rússia 39.909 38.652 37.040 31.418 31.344 33.980 34.965 32.871 36.747 
Índia 17.401 18.843 24.216 17.648 23.611 24.713 22.143 23.924 23.161 
EUA 20.122 22.618 21.116 21.581 21.692 23.297 19.862 20.856 20.822 
Polônia 24.891 27.217 20.776 25.942 19.927 24.232 19.379 16.620 18.500 
Ucrânia 14.729 18.410 16.701 15.405 12.723 19.838 17.344 15.524 13.732 
Alemanha 10.888 13.558 12.067 11.712 12.031 13.694 11.917 11.492 9.813 
Belarus 9.504 10.881 6.492 7.574 7.491 8.718 7.768 7.421 8.600 
Holanda 7.340 8.081 7.973 5.249 8.221 8.127 7.015 7.363 6.399 
Reino Unido 6.404 7.228 7.128 6.422 7.131 6.636 6.498 6.877 6.235 
França 5.839 6.249 6.690 6.053 6.645 6.434 6.078 6.967 5.918 
Turquia 4.750 4.950 5.100 5.250 6.000 5.370 5.200 4.697 5.324 
Canadá 3.834 4.085 4.171 4.329 4.268 4.555 4.030 5.200 5.300 
Romênia 3.020 3.591 3.206 3.319 3.957 3.470 3.997 4.078 3.947 
Irã 3.074 3.140 3.284 3.430 3.433 3.658 3.486 3.756 3.550 
Bangladesh 1.486 1.492 1.508 1.553 2.762 2.933 3.216 2.994 3.386 
Japão 3.365 3.087 3.395 3.073 2.963 2.898 2.959 3.297 3.300 
Espanha 3.914 3.856 3.254 3.129 3.367 3.138 2.957 3.069 3.200 
Colômbia 2.891 2.801 2.717 2.547 2.775 2.883 2.874 3.125 3.070 
Malaui 397 703 975 1.553 1.840 2.037 2.852 2.841 2.850 
Brasil 2.692 2.406 2.670 2.784 2.905 2.561 2.787 2.950 2.790 
Peru 2.368 2.309 2.398 2.589 3.066 3.274 2.680 2.909 2.522 
Outros 50.599 53.881 52.071 53.624 56.604 56.589 57.240 56.729 54.832 
Total 285.385 311.116 302.658 300.810 300.898 329.361 311.843 320.829 310.810 
 
Produção Mundial - Mil Toneladas Métricas 
Países 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 
China 3.436 3.740 3.825 4.064 4.421 4.725 4.721 4.669 4.502 
Rússia 3.325 3.395 3.325 3.236 3.227 3.235 3.208 3.198 3.172 
Índia 1.069 1.109 1.249 1.206 1.321 1.340 1.211 1.208 1.337 
EUA 555 577 544 562 539 546 495 514 506 
Polônia 1.522 1.342 1.306 1.295 1.268 1.251 1.194 1.592 1.600 
Ucrânia 1.531 1.549 1.577 1.513 1.551 1.631 1.605 803 766 
Alemanha 347 336 304 297 309 304 282 284 284 
Belarus 725 719 700 695 668 661 631 550 524 
Holanda 179 185 180 127 180 175 162 165 157 
Reino Unido 171 177 166 164 178 166 166 162 156 
França 172 175 170 164 171 163 162 159 145 
Turquia 200 210 211 203 220 205 200 171 180 
Canadá 144 147 152 156 157 159 164 198 200 
Romênia 244 257 255 259 273 281 276 282 282 
Irã 143 143 158 163 164 169 175 166 180 
Bangladesh 132 132 134 136 245 243 249 238 245 
Japão 104 103 103 100 98 95 93 271 275 
Espanha 206 182 150 133 136 123 116 96 96 
Colômbia 178 174 167 165 172 171 172 161 150 
Malaui 68 78 102 148 164 178 211 164 165 
Brasil 177 163 175 178 176 150 152 114 104 
Peru 242 229 249 269 272 285 234 52 59 
Outros 3.437 3.543 3.516 3.607 3.762 3.834 3.780 3.789 3.812 
Total 18.308 18.665 18.717 18.840 19.670 20.090 19.658 19.017 18.897 
Área Colhida Mundial - Mil Hectares 
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BOTÂNICA 
Planta dicotiledônea 
Família: Solanaceae 
Gênero: Solanum 
Espécies: + de 2000, 150 produtoras de tubérculo e 
cerca de 20 cultivadas. 
 
Importante economicamente: Solanum tuberosum 
ssp. tuberosum. 
 
 
BOTÂNICA 
Caule, raízes, folhas, inflorescência, fruto e 
tubérculo. 
 
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A FLOR 
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Tubérculos 
São caules adaptados para 
reserva de alimentos e também 
para reprodução 
 
Rico em Amido 
 
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Estruturas externas 
Lenticelas: Troca de gases entre o tubérculo e o meio 
 
Olhos/Gemas: Darão origem aos brotos. Elas podem estar: 
Na extremidade (gema apical ou terminal): primeiras a 
brotar 
Nas laterais (gemas laterais) 
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Estruturas Internas 
Periderme ou pele: protege a parte interna do 
tubérculo; 
Córtex: células parenquimatosas que contêm amido 
e proteína; 
Anel vascular: constituído de xilema e floema; 
Medula Interna: é um tecido de reserva. 
 
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Formação dos 
Tubérculos 
Formam-se como resultado do engrossamento 
da extremidade dos estolões, que são caules 
modificados, subterrâneos, semelhantes a 
raízes 
 
Fatores Ambientais que 
afetam a Tuberização 
 Fatores mais importantes: 
 
– Temperatura; 
– Comprimento do dia; 
– Intensidade da radiação solar; 
– Textura do solo; 
– Suprimento de água. 
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Intensidade de Luz 
Afeta a fotossíntese, o crescimento 
da parte aérea, a distribuição da 
matéria e o rendimento; 
 
 Baixa incidência de luz provoca 
aumento do crescimento da parte 
aérea. 
A Textura do Solo 
 Disponibilidade de água; 
 
Maior ou menor facilidade de ser 
trabalhado; 
 
 Formação de crostas superficiais; 
 
 Compactação. 
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Aeração 
 Atividade microbiana e respiração 
do sistema radicular; 
 
 Profundidade do solo; 
 
 Sensível à falta de água no solo; 
 Facilita o ataque da sarna comum; 
 O consumo diário de água é 
surpreendentemente elevado; 
 O rendimento final é determinado 
pela interação de fatores que 
influenciam a área foliar, início da 
tuberização e intensidade e duração 
de acúmulo de reservas nos 
tubérculos. 
A Boa Aeração 
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Temperatura 
 Temperaturas do solo abaixo de 12°C e 
acima de 28°C impedem a brotação; 
 
 Temperaturas do solo elevadas podem 
estimular a deformação de tubérculos; 
 
 Temperatura do ar elevada, estimula o 
crescimento exagerado da parte aérea; 
 
 Temperaturas elevadas podem provocar 
déficit hídrico. 
TEMPERATURA IDEAL 
Noturnas de 10 a 16 °C 
Diurnas de 20 a 26 °C 
Sonnenberg, 1998 
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FOTOPERIODISMO 
 Dias mais curtos aceleram a tuberização, 
mas diminuem a área fotossintetizante e a 
duração do ciclo; 
 
 Dias longos, temperaturas elevadas e 
excesso de nitrogênio impedem a 
tuberização da batata; 
 
 Outro efeito da duração do dia é sobre a 
resistência às doenças. 
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO 
Utilizando Bintje como exemplo. 
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Estádios de 
desenvolvimento 
Estádio 1: 
 
- Do plantio até a emergência das 
hastes; 
 
- Baixa exigência de água. 
Estádio 2 
- Intervalo entre a emergência e o 
início da tuberização; 
 
- Desenvolvimento do sistema 
radicular. 
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Estádio 3 
- Tuberização até o desenvolvimento 
vegetativo; 
 
- Crescimento acelerado da parte 
aérea e acúmulo de fotossintatos. 
Estádio 4 
- Do pico da vegetação até a 
senescência natural; 
 
- Agravam-se os problemas 
fitossanitários. 
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ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO 
Utilizando Bintje como exemplo. 
CLIMA 
Termoperiodicidade 
Fotoperiodismo 
Luminosidade 
Umidade 
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CLIMA 
 Exigências climáticas peculiares e precisas; 
 
 Fator limitante: temperatura elevada, mormente a noturna; 
 
 Temp. Noturna > 20 ºC, durante 60 noites ou mais, não 
ocorre tuberização; 
 
 “Termoperiodicidade diária”: diferença entre temp. diurnas e 
noturnas em torno de 10 ºC; 
 
 Fotoperíodo: planta de dia curto para tuberização e de dia 
longo para florescimento. 
ÉPOCA DE PLANTIO 
Seca 
Inverno 
Águas 
 
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SOLO 
Escolha da gleba 
Preparo do solo 
Calagem 
Escolha da 
gleba 
 
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Preparo do solo 
Calagem 
 
PROPAGAÇÃO 
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Reprodução Vegetativa 
Desenvolvimento: 
 
- Dormência; 
- Início da Brotação ou 
Dominância Apical; 
- Brotação Plena; 
- Brotações Múltiplas e Longas. 
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CULTIVARES Avaliação e escolha 
O problema das cvs. importadas 
CULTIVARES 
utilizadas no Brasil 
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FITOMELHORAMENTO 
As principais variedades plantadas atualmente no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variedade: Ágata 
Formato: Oval 
Pele: Amarela 
Polpa: Amarela Clara 
Preparo: Cozinhar e Assar 
Variedade: Almera 
Formato: Oval alongado 
Pele: Amarela 
Polpa: Amarela clara 
Preraro: Fritar, Cozinhar e Assar 
Variedade: Amorosa 
Formato: Oval Alongado 
Pele: Vermelha 
Polpa: Amarela Clara 
Preparo: Fritar, Cozinhar, 
Assar e Massa 
Variedade: Asterix 
Formato: Oval Alongado 
Pele: Vermelha 
Polpa: Amarela Clara 
Preparo: Cozinhar e Fritar 
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Variedade: Atlantic 
Formato: Oval arredondado 
Pele: Branca, meio áspera. 
Polpa: Branca 
Preparo: Rodelas fritas (Chips) 
Variedade: Bintje 
Formato: Alongado 
Pele: Amarela 
Polpa: Amarela Clara 
Preparo: Cozinhar, Assar e Fritar 
Variedade: Canelle 
Formato: Oval Alongado 
Pele: Amarela Clara 
Polpa: Amarela Clara 
Preparo: Cozinhar, Assar, Fritar, 
Massa e Industrial 
Variedade: Chipie 
Formato: Arredondado 
Pele: Amarela Clara 
Polpa: Amarela Clara 
Prepraro: Fritar e Industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variedade: Colorado 
Formato: Oval Alongado 
Pele: Vermelha Fosca 
Polpa: Amarela Clara 
Preparo: Fritar e Industrial 
Variedade: Emeraude 
Formato: Oval Alongado 
Pele: Amarela 
Polpa: Amarela 
Preparo: Cozinhar, Assar, Fritar, 
Massa e Doméstico 
Variedade: Florice 
Formato: Oval 
Pele: Amarela Clara 
Polpa: Amarela Clara 
Preparo: Doméstico 
Variedade: Fontane 
Formato: Oval 
Pele: Amarela 
Polpa: Amarela 
Prepraro: Cozinhar, Assar, Fritar e 
Massa 
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CULTIVARES 
 Cultivares de película amarela: 
◦ Achat (Alemanha): 
 Planta porte baixo a médio; 
 Tubérculo redondo-alongado achatado; 
 Sensível ao esverdeamento e ao embonecamento; 
 Suscetível à pinta preta; resistência mediana à requeima e boa 
resistência ao PVY E PLRV; 
 Baixa % de MS, própria para cozimento. 
 
◦ Agria (Holanda): 
 Planta alta; 
 Tubérculo oval-alongado; 
 Resistência mediana à requeima e à pinta preta e susceptibilidade ao 
PVY E PLRV; 
 Fritura na forma de palitos e batata-palha. 
 
CULTIVARES 
 Cultivares de película amarela: 
◦ Astrid (Alemanha): 
 Planta porte baixo a médio; 
 Tubérculo redondo e achatado; 
 Alta resistência à pinta preta e viroses; resistência mediana à 
requeima; 
 Baixa % de MS. 
 
◦ Atlantic (EUA) - USOINDUSTRIAL -: 
 Planta com porte médio a alto; 
 Tubérculo arredondado; 
 Baixa resistência à requeima e suscetibilidade à pinta preta e a 
viroses; 
 Sensível ao coração-oco 
 Alta % de MS, indicada para chips e batata-palha. 
 
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30 
CULTIVARES 
 Cultivares de película amarela: 
◦ Bintje (Holanda): 
 Planta porte médio a alto; 
 Tubérculo alongado; 
 Suscetível à requeima, à pinta preta e viroses; 
 Exigente em fertilidade; 
 Média % de MS, fritura de palitos, batata-palha e outros usos. 
 
◦ Monalisa(Holanda): 
 Planta alta; 
 Tubérculo alongado; 
 Resistência mediana à requeima e à pinta preta, boa ao PLRV; 
 Baixa % de MS, indicada para salada e purê. 
 
CULTIVARES 
 Cultivares de película amarela: 
◦ Eliza (Brasil – Embrapa Clima Temperado): 
 Planta porte médio; 
 Tubérculo ovalado; 
 Boa resistência à requeima e à pinta preta; 
 Tubérculos perdem rapidamente a qualidade no 
armazenamento; 
 Baixa % de MS, salada e purê. 
 
◦ Baraka (Holanda): 
 Plantas altas; 
 Tubérculo alongado e achatado; 
 Resistência média à requeima e à pinta preta; 
 Média-alta % de MS, frituras. 
 
 
 
 
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IMPLANTAÇÃO 
DA CULTURA 
• Brotação 
– Natural 
– Induzida 
– Desbrota 
Brotamento da batata. Inicia-se, 
normalmente nas gemas apicais. 
Dominância Apical 
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Métodos de quebra de 
dormência 
 Câmara frigorífica 
4º C 
Umidade 85% 
Processo caro 
 Bissulfureto de carbono 
•15 a 20 dias após a colheita 
•Colocadas em caixas ou sacos telados 
•Sobre engradados de madeira 
•Cobrir com lona plástica 
•30,0 a 35,0cm3/m3 de Bissulfureto de carbono de 
câmara 72h 
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 Ácido giberélico 
•Fitorregulador 
•Não Tóxico 
•5,0 mL.m-³ a 15,0 mL.m-³ 
•Emergir os tubérculos 15 a 25 minutos 
 Método Rústico 
•↓ R $ 
•Bons resultados 
•Cavar um buraco sob um galpão 
•Colocar as batatas em camadas alternadas 
de capim seco 
•Excluir tubérculos cortados, machucados ou 
doentes 
•Canos de PVC ou bambus furados 
•Cobrir com terra seca 
•Aumenta a temperatura, diminui oxigênio e 
aumenta o gás carbônico 
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Figura 2: Tubérculo do lado esquerdo tratado 
com ácido giberélico e o do lado direito 
brotação natural. 
Condições brasileiras 
3 a 4 brotos curtos e vigorosos 
 
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35 
•Tubérculos de batata-semente adequados 
para o plantio. 
•Brotos vigorosos com aprox. 1,0 cm de 
comprimento. 
PLANTIO 
Profundidade 
Densidade 
Plantio mecânico 
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36 
Espaçamento 
80,0 cm x 35,0 cm 
SOLO E MANEJO 
NUTRICIONAL 
 Adapta-se melhor a solos de textura média, leves, arejados e bem 
drenados; 
 
 Produz bem na faixa de pH 5,0 e 6,0 
 
 Calagem: Saturação de base desejada igual a 60%; 
 
 Adubação, na ausência de dados experimentais,: 
◦ N:120-200 kg/ha (Fracionada: 30% plantio + restante em cobertura, aos 
25-35 dias do plantio) 
 
◦ P2O5: 300-500 kg/ha 
 
◦ K2O: 80-200 kg/ha 
 
 
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37 
MANEJO CULTURAL 
 Preparo do solo 
◦ Uma ou duas arações, 1ª mais profunda. 
 
 Amontoa 
◦ Imprescindível, estimula a tuberização e a produtividade, previne esverdeamento, protege contra patógenos, 
melhora eficiência da adubação NK; 
◦ Amonta uma única vez: hastes com 25-30cm, aos 25-35 dias após plantio; 
◦ Faz-se o aterramento das fileiras, formando um camalhão com 25-30 cm de altura. 
 
 Irrigação 
◦ Plantios durante outono-inverno, condiciona a produtividade; 
◦ Teor de água útil no solo, acima de 60%, deve ser mantido enquanto parte aérea estiver fotossinteticamente 
ativa; 
◦ Aspersão. 
 
 Capina 
 
 Dessecamento de parte aérea 
◦ Impede translocação de vírus; 
◦ Multiplicação de batata-semente, sob certificação, é obrigatório o dessecamento antecipado, aos 75-80 dias de 
plantio. 
◦ Antes da colheita, aguardar 10-15 dias após aplicação, possibilitando que a película se torne resistente ao 
esfoleamento. 
 
 
Amontoa 
Forma 
Época 
Benefícios 
30/04/2018 
38 
MANEJO DE DISTÚRBIOS 
FISIOLÓGICOS 
 Esverdeamento 
◦ Expostos à luz natural ou artificial, os tubérculos desenvolvem uma 
coloração esverdeada (clorofila); 
◦ Prevenir: Amonta cuidadosa 
◦ Após colheita: armazenagem na semi-obscuridade. 
 
 Embonecamento 
◦ Crescimento secundário dos tubérculos, formatos grotescos; 
◦ Causa: variações acentuadas no teor de água no solo; temp. elevada no 
solo e excesso de N. 
 
 Chocolate 
◦ Interior dos tubérculos com manchas ferruginosas; 
◦ Favorecida por temperaturas altas no solo durante formação dos 
tubérculos e oscilação hídrica. 
 
 
 
 
MANEJO DE DISTÚRBIOS 
FISIOLÓGICOS 
 Coração-oco 
◦ Cavidade no centro da polpa 
◦ Provocado: crescimento muito rápido da parte 
externa 
◦ Ocorrer em solos de alta fertilidade 
◦ Prevenir: reduzir espaçamento de plantio e controlar 
adubação 
 
 Coração-preto 
◦ Mancha escura, de formato irregular, no centro do tubérculo; 
◦ Resultante de asfixia; 
◦ Solos excessivamente argilosos, pesados e úmidos; 
◦ Também acontece por arejamento insuficiente durante 
estocagem e transporte; 
 
 Esfolamento 
◦ Películas esfolada por colheita prematura; 
◦ A colheita antecipada, quando da dessecação da parte aérea, 
somente realizada após película se tornar firme. 
 
 
 
 
30/04/2018 
39 
MANEJO FITOSSANITÁRIO 
DOENÇAS FÚNGICAS 
Requeima (Phytophthora infestans) 
 
 
 
 
COLHEITA 
 Ciclo até colheita: 90 a 115 dias; 
 
 Na ausência de chuvas, podem permanecer nas leiras; 
 
 Colheita semimecanizada: pequenas colhedeiras que 
desfazem as leiras, expondo o tubérculo para catação 
manual. 
 
 Colhedeiras mais modernas 
também recolhem os tubérculos 
 e encaminha para a carretas. 
 
 
 
 
 
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40 
BENEFICIAMENTO 
 Tubérculos podres ou com defeitos graves são 
eliminados ainda no campo; 
 
 Beneficiamento pode consistir apenas em escovagem 
a seco. 
 
 Porém tem-se a lavagem por meio de jatos d'água, 
seguindo-se a aplicação de ar aquecido: 
◦ Ótimo aspecto 
◦ Onera os custos 
◦ Favorece o esverdeamento 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO E 
EMBALAGEM 
Classificação baseada no diâmetro transversal do 
tubérculo, utilizando-se peneiras vibratórias. 
Classes: 
 
 
 
 
 
 
30/04/2018 
41 
CLASSIFICAÇÃO E 
EMBALAGEM 
Batatas limpas, selecionadas e padronizadas são 
embaladas em sacos de malha larga, de juta ou 
outra fibra natural ou sintática; 
 
Capacidade para 50kg 
 
 
 
 
 
 
ARMAZENAGEM E 
FRIGORIFICAÇÃO 
 No Brasil, não há tradição em estocagem e frigorificação: 
sucessivas safras. 
 
 Após colheita, batata-consumo armazenadas por 1 mês em 
galpões rústicos. 
 
 Ambiente arejado e semi-obscuro; 
 
 Frigorificação: 
◦ Conservar durante três meses, 80-90% de UR e 7-12 ºC 
◦ Material básico, batata-semente. 
 
 
 
 
 
 
 
30/04/2018 
42 
Irrigação 
Aspersão 
Sulco 
Gotejamento 
PRODUÇÃO DA 
BATATA-SEMENTE 
30/04/2018 
43 
Cultura de meristemas 
Multiplicação sob telado 
 
2 inspeções no campo 
1 inspeção pós-colheita 
 
Limites p/ plantas com Viroses 
2% classe Básica 
4% Registrada 
6% Certificada 
 
Murcha-bacteriana 0 % 
BATATA-SEMENTE 
• Qualidade 
– Fisiológica 
– Sanidade 
– Classes 
• Tamanho 
• Gasto 
30/04/2018 
44 
Tipo• I diâmetro maior de 50 a 60 mm 
• II entre 40 e 50 mm 
• III entre 30 e 40 mm 
• IV entre 23 e 30 mm 
• V diâmetro menor que 23 mm 
 
 
Batata-semente 
30 a 40 % custo da cultura; 
Ideal 40 a 60 g 
↓ peso ↓ custo 
 
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45 
Regiões Favoráveis 
• Altitudes superiores a 800 m Centro-Sul 
• Solo isento de bactérias 
• Topografia favorável à mecanização 
• Condições agroclimáticas 
 
• Extremo Sul clima subtropical e topografia plana 
• Centro-Sul regiões serranas e planaltos 
 
 
 
Produtores de Batata-semente 
• Santa Catarina 
1.500 m 
Invernos rigorosos favorecendo controle 
fitossanitário 
 
 
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46 
Exemplos 
• São Joaquim-SC 
• Alto Paraíso de Goiás-GO 
 
• Altitudes superiores a 1.200m 
• Ótimas condições agroecológicas 
ANOMALIAS FISIOLÓGICAS 
Esverdecimento 
Embonecamento 
Coração oco 
Chocolate 
Rachadura 
Esfolamento 
Coração negro 
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MANEJO DE DISTÚRBIOS 
FISIOLÓGICOS 
 Coração-oco 
◦ Cavidade no centro da polpa 
◦ Provocado: crescimento muito rápido da parte 
externa 
◦ Ocorrer em solos de alta fertilidade 
◦ Prevenir: reduzir espaçamento de plantio e controlar 
adubação 
 
 Coração-preto 
◦ Mancha escura, de formato irregular, no centro do tubérculo; 
◦ Resultante de asfixia; 
◦ Solos excessivamente argilosos, pesados e úmidos; 
◦ Também acontece por arejamento insuficiente durante 
estocagem e transporte; 
 
 Esfolamento 
◦ Películas esfolada por colheita prematura; 
◦ A colheita antecipada, quando da dessecação da parte aérea, 
somente realizada após película se tornar firme. 
 
 
 
 
Esverdecimento 
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48 
Embonecamento 
Coração-oco 
30/04/2018 
49 
Chocolate 
Rachadura 
30/04/2018 
50 
Esfolamento 
FITOSSANIDADE 
Doenças fúngicas 
Bacterioses 
Viroses 
Nematóides 
Insetos-pragas 
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51 
FUNGOS NA FOLHAGEM 
 
Requeima 
Phytophthora infestans 
30/04/2018 
52 
Requeima 
Tubérculos podem ser infectados na lavoura, antes, 
durante ou após a colheita. 
Os tubérculos apresentam coloração purpúrea a pardo-
escura; 
Internamente, uma podridão dura de cor marrom-
avermelhada e bordos irregulares. 
Podem dar lugar a fungos e bactérias que causam 
podridões moles exalando odor pútrido. 
 
Requeima 
Phytophthora infestans 
 
30/04/2018 
53 
Pinta-preta 
(Alternaria solani) 
FUNGOS DE SOLO 
30/04/2018 
54 
Rizoctoniose 
Podridão-seca 
Podridão-seca em batata-semente 
armazenada, destacando-se a frutificação 
branca 
 
Fusarium solani 
30/04/2018 
55 
Olho-pardo 
BACTERIOSES 
• Murcha-bacteriana 
• Canela-preta e podridão-mole 
• Sarna-comum 
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56 
Murcha-
bacteriana 
Ralstonia solanacearum 
Ralstonia solanacearum 
30/04/2018 
57 
 
– Sintomas 
– Causas 
– Controle 
 
Canela-preta e podridão-mole 
Talo-oco (Canela Preta) 
Pectobacterium carotovorum subsp. brasiliensis 
 
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58 
Sarna-comum 
 (Actinomiceto) 
 
BACTERIOSES 
Sarna prateada 
(Helminthosporium solani) 
cultivar Monalisa 
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59 
VIROSES 
 
• Mosaico-leve 
• Mosaico-severo 
• Enrolamento 
 
Enrolamento da folha (Potato Leafroll Virus–
PLRV) e Mosaico Y (Potato Virus Y–PVY) 
Perdas causadas pelo vírus do 
enrolamento da folha 
(A; planta sadia à esquerda) 
são evitadas mediante a 
testagem por ELISA 
(B; coloração amarela indica a 
presença do vírus no 
respectivo tubérculo) 
de amostras de batata-
semente (C). 
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60 
INSETOS 
• Mastigadores 
• Sugadores 
Tecia solanivora 
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61 
NEMATÓIDES 
Nematóide-de-galhas 
Nematóides 
 (Meloidogyne incognita, M. javanica, M. arenaria) 
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62 
MÉTODOS DE CONTROLE FITOSSANITÁRIO 
Genético 
Ambiental 
Cultural 
 
Biológico 
Químico 
COLHEITA E 
COMERCIALIZAÇÃO 
Operação de colheita 
Produtividade 
 
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63 
Beneficiamento 
Embalagem 
 
Peneira fina 
Profissionalização 
Problemas sociais 
30/04/2018 
64 
MERCOSUL 
Competição por qualidade 
Competição por preço 
Introdução de fitopatógenos 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A qualidade da batata produzida é fruto da batata-
semente 
 
A produção brasileira de material Básico vem 
aumentando 
 
Embora sendo lucrativa a produção de batata-
semente ainda é pouco desenvolvida 
30/04/2018 
65 
Literatura Consultada 
CASTELLANE, P. D., NICOLSE, W. M., HASENGAWA, M. Produção de 
sementes de hortaliças. Jaboticabal, FCAV / FUNEP, 1990. 261p. 
 
FILGUEIRA, F. A. R.. Novo manual de Olericultura, Agrotecnologia 
moderna na produção e comercialização de hortaliças. Editora: UFV. 2ª 
Edição. 402p. 
 
FILGUEIRA, F. A. R. Solanáceas: agrotecnologia moderna na produção 
de tomate, batata, pimentão, pimenta, berinjela e jiló. Lavras: UFLA, 
2003. 333p. 
 
http://www.abbabatatabrasileira.com.br/revista12_014.htm - pesquisa 
realizada em 15 de outubro de 2014. 
 
http://www.cnph.embrapa.br/paginas/dicas_ao_consumidor/batata.htm - 
pesquisa realizada em 15 de outubro de 2014.

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