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Prova Direito Constitucional I AV1

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Prova Direito Constitucional I
Existem várias concepções (acepções/conceitos/sentidos) a serem tomadas para definir o termo “Constituição”. As diferentes formas de compreender o direito acabam por produzir diferentes interpretações de Constituição, conforme o prisma de análise.
Acerca das concepções, assinale a alternativa verdadeira:
Concepção sociológica: Valendo-se do sentido sociológico. Ferdinand Lassale interpreta que o fundamento de uma Constituição não está contido em outras normas jurídicas ou em si mesma, mas na vontade política concreta que a antecede. Por ser o conjunto de normas supremas, a Constituição não poderia apoiar-se em outra norma jurídica, mas apenas em uma decisão política fundamental, oriunda de um ser político (vontade política) capaz de impor uma existência política de acordo com determinadas normas.
Concepção normativa: Konrad Hesse refere-se à discrepância entre a função hipertroficamente simbólica e a insuficiente concretização jurídica de diplomas constitucionais. O problema não reduz, portanto à discussão tradicional sobre ineficácia das normas constitucionais. Nesse contexto, discute-se a função simbólica de textos constitucionais carentes de concretização normativo-jurídica.
Concepção Culturalista: Herman Heller, em sua concepção culturalista, defendeu que uma Constituição só seria legítima se representasse o efetivo poder social refletindo as forças sociais que constituem o poder. Caso isso não ocorresse, ela seria ilegítima, caracterizando-se como uma simples “folha de papel”.
Concepção jurídica (ou puramente normativa): Hans Kelsen atribui um sentido jurídico à Constituição. A constituição é colocada no ápice de todo o ordenamento jurídico, em que as demais normas, chamadas de infraconstitucionais, a ela deve ser compatível (compatibilidade vertical e princípio da supremacia da Constituição). Assim, Kelsen concebe em dois sentidos: Lógico-jurídico e Jurídico-positivo.
Para melhor compreensão da natureza, origem, função e outras características das constituições, a doutrina de direito constitucional criou critérios de análise que podem ser chamadas de Classificação ou Tipologia da Constituição.
Acerca das classificações, assinale a alternativa falsa sobre a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:
Quanto à origem é promulgada, pois é fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, para, em nome dele, atuar, nascendo, portanto, da deliberação da representação legítima popular.
Quanto ao conteúdo é formal, pois elege como critério de identificação das normas constitucionais o processo de sua formação, e não o conteúdo de suas normas. Assim, qualquer artigo nela contido terá o caráter de constitucional, independente da matéria.
Quanto à Alterabilidade é semi-rígida, pois exige, para a sua alteração, um processo legislativo mais árduo, mais solene, mais dificultoso do que o processo de alteração das normas não constitucionais, contendo matérias insuscetíveis de modificação pelo poder derivado reformador.
Quanto à forma é escrita, pois é formada por um conjunto de regras sistematizadas e organizadas em um documento, um código, estabelecendo as normas fundamentais de um Estado.
Quanto à extensão é analítica ou prolixa, pois aborda todos os assuntos que os representes do povo entenderam fundamentais, mas também desce a minúcias, estabelecendo regras que deveriam estar em leis infraconstitucionais, como, por exemplo, o art. 242, §2°, da CF/88, que dispõe que o Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.
Consoante o Art. 218, da Constituição de República de 1988, “O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação.”
Com os olhos voltados à classificação das normas constitucionais, é correto afirmar que a interpretação desse comando normativo dá origem a uma norma constitucional
De eficácia limitada e aplicabilidade diferida.
De eficácia contida e aplicabilidade imediata.
De eficácia indireta e aplicabilidade contida.
De eficácia plena e aplicabilidade integral.
De eficácia contida e aplicabilidade limitada.
A Constituição da República Federativa do Brasil 1988 contém em sua estrutura um preâmbulo, o seu corpo e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Acerca dessa estrutura podemos afirmar:
Prevalece a tese entre os doutrinadores e juristas nacionais, de que o preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política, sem relevância jurídica.
A invocação da palavra “Deus” no preâmbulo denota que a vigente Constituição, quanto a sua relação Estado-religião, é teocrática.
A principal diferença do ADCT, para a parte permanente do texto constitucional, é o fato de não ter um caráter permanente, ou seja, tem o objetivo de ser aplicado de forma transitória, por um tempo determinado.
O ADCT não tem natureza de norma constitucional e, portanto, se subordina às regras colocadas no corpo da Constituição por se tratar de norma infraconstitucional.
Diante das sentenças acima, podemos afirmar que estão corretos os itens:
I e II
III e IV
I e III
I, III e IV
Todos os itens
O constitucionalista português José Gomes Canotilho define a história do constitucionalismo moderno como “uma técnica específica de limitação do poder com fins garantísticos.” Assim, diferencie constitucionalismo liberal; constitucionalismo social; constitucionalismo autoritário; e Neoconstitucionalismo. 
Relacione a decisão abaixo com o Princípio da Justeza (conformidade/exatidão funcional):
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu decisão liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5874, na qual é questionado o decreto de indulto editado pelo Presidente da República, Michel Temer, em dezembro de 2017.
A nova liminar amplia o tempo mínimo de cumprimento da pena para obtenção do benefício previsto no decreto em um quinto para um terço da pena e prevê a aplicação do indulto aos casos em que a condenação não for superior a oito anos. Além disso, mantém suspensos os dispositivos que incluíam no indulto os chamados “crimes de colarinho branco,” o que perdoava também penas de multa, o que concedia o benefício aos que tiveram pena de prisão substituída por restritiva de direitos e aos beneficiados pela suspensão condicional do processo e suspende artigo relativo à possibilidade de indulto na pendência de recurso judicial.
“No que diz respeito à exigência de cumprimento do prazo mínimo de 1/3 (um terço) da pena e do limite máximo da condenação em 8 (oito) anos para obtenção do benefício, a decisão retoma o padrão de indulto praticado na maior parte dos trinta anos de vigência da Constituição de 1988”, afirma o relator.
Quanto à manutenção dos crimes do colarinho branco (concussão, corrupção passiva, corrupção ativa, tráfico de influência, os praticados contra o sistema financeiro nacional, os previstos na Lei de Licitações, os crimes de lavagem de dinheiro, entre outros) fora da incidência do decreto, o ministro destaca que o elastecimento imotivado do indulto para abranger essas hipóteses viola o princípio da moralidade e descumpre os deveres de proteção do Estado a valores e bens jurídicos constitucionais que dependem da efetividade mínima do sistema penal. “O excesso de leniência em casos que envolvem corrupção privou o direito penal no Brasil de uma de suas principais funções, que é a de prevenção geral. O baixo risco de punição, sobretudo da criminalidade de colarinho branco, funcionou como um incentivo à prática generalizada desses delitos”, ressalta.
Cabe ressaltar que, conforme art. 84, XII, da CRFB/88, quem tem competência para conceder indulto e comutar penas é o Presidente da República.
GABARITO
D
C
A
C
Descrever cada constitucionalismo com exemplos.
Explicar o que é o princípio da Justeza.

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