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Fisiologia Muscular domingo, 6 de maio de 2018 18:52 1.Contração muscular: Alguns dos princípios da contração muscular se aplicam para os 3 tipos de fibras musculares (lisa, cardíaca e esquelética). Função de movimentação relacionada à: deglutição, locomoção, respiração, parto, peristaltismo, movimento do sangue e da linfa, batimentos cardíacos, movimentos oculares, entre vários outros tipos de contrações musculares que São essenciais à sobrevivência do animal. A excitabilidade das células musculares é o que caracteriza a despolarização da membrana celular que leva à contração do músculo, que produz força ao membro. Actina e Miosina São proteínas comuns da contração muscular cuja interação entre ambas está relacionada ao alosterismo. A partir da capacidade de mudança de conformação das proteínas para a ligação entre ambas, é iniciada a contração. Actina: proteína globular, sozinha é chamada de ACTINA G, enquanto em filas são chamadas de ACTINA F (actina filamentosa) Miosina: proteína grande constituída por 2 sítios de ligação, um para ATP e outro para actina. Na fibra muscular possuímos filamentos finos e filamentos espessos que são essenciais para a realização do ciclo das pontes cruzadas. Filamentos Finos: actina F + tropomiosina + troponina Filamentos expessos: miosina Ciclo das Pontes Cruzadas É o ciclo básico das contrações musculares. Os filamentos finos e espessos estão em paralelos, e a contração ocorre quando a miosina puxa a actina para mais próximos delas, que faz com que os discos Z se encurtem. Para ocorrer a contração muscular, há gasto de ATP. Logo, a molécula de ATP se liga à miosina, e sua hidrólise em ADP+Pi aumenta a afinidade da miosina pela molécula de actina (pois muda a conformação da miosina). A partir do momento que essas duas proteínas se ligam, chamamos de ponte cruzada. Ou seja: ADP + Pi: no sitio da miosina, quer dizer que o músculo está contraído ATP: no sítio da miosina, quer dizer que o musculo está relaxado. Rigor Mortis: após a morte, os músculos ficam rígidos devido a falta de ATP para se ligar aos sítios da miosina. 2. Músculo esquelético Morfologia -Estriado (actina e miosina dispostas em sarcômeros) - Miofibra: células musculares, conjunto de miofibrilas -Feixe muscular: conjunto de miofibras -Multinucleadas -Sarcolema: membrana celular -Sarcoplasma: citoplasma cheio de actina e miosina, portanto os núcleos ficam mais periféricos -Retículo sarcoplasmático: retículo endoplasmático da célula muscular. Possui cisterna. Armazenamento de cálcio. Disco Z: onde os filamentos finos se ancoram Linha M: ancoragem de filamentos espessos Perimísio: feixe de fibras colágenas que envolvem o tecido muscular e ajudam a potencializar a força e contração do musculo. Titina: ancoragem do filamento espesso no disco Z, proteína que tem formato de mola e está amplamente distribuída pelo corpo Túbulos T: túbulos transversos, são invaginações do sarcolema que aumentam a área da membrana para o potencial de ação chegar mais rápido nas miofibrilas. Túbulos T e Cisternas estão bem próximos. Quando há a despolarização da membrana, há ativação dos canais de Calcio ligados por voltagem nas cisternas, esses canais são abertos e há fluxo de cálcio de dentro do reticulo sarcoplásmatico para o sarcoplasma. Tipos de Fibra Fibras tipo I Pouca força, contração lenta, alta capacidade de fosforilação oxidativa (mais resistência e duração de contração. ex. maratonistas) Fibras tipo II Maior quantidade de força, contração rápida, alta capacidade glicolítica (em casos de ausência de oxigenio) (menor resistência, ex. velocistas) Fibras Intrafusais Formam fusos e fazem parte do sistema nervoso sensorial A atividade física pode alterar a quantidade de fibras de um certo tipo que uma pessoa possui Inervação: Motoneurônios (sistema nervoso eferente somático) (sistema nervoso periférico). Em suas fibras intrafusais, neurônios sensoriais (sistema nervoso aferente). Mecanismos de Contração Troponina Complexo de 3 proteínas ligadas ao longo do filamento fino TROPONINA T: sítio de ligação entre troponina e tropomiosina TROPONINA I: sítio para inibição TROPONINA C: sítio de ligação para o cálcio O complexo troponina bloqueiam a ligação do sítio da actina à miosina(estão na frente), bloqueando assim o ciclo das pontes cruzadas. Quando há ligação entre Cálcio e Troponina C, a molécula muda sua conformação, agora expondo a actina, permitindo a sua ligação à molécula de miosina. ALOSTERISMO. Conclui-se que para haver contração organizada, deve possuir controle do cálcio no organismo. Controle de cálcio = controle do potencial de ação (cálcio é regulado pelo potencial de ação, que abre os canais de cálcio) Calsequestrina Possui alta afinidade com cálcio Está localizada no retículo sarcoplasmático Ela diminui a quantidade de cálcio livre no retículo para facilitar o transporte ativo de cálcio do sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático, que ocorre após a contração muscular. Gradiente de concentração do cálcio: regulados por voltagem Meio exterior>interior da célula. Retículo sarcoplasmático>sarcoplasma Cálcio sai do reticulo sarcoplasmatico > Cálcio no sarcoplasma > Contração muscular > Cálcio volta para o retículo por transporte ativo Sinapse neuromuscular Transferência do potencial de ação do motoneurônio para a célula muscular Junção neuromuscular (contato entre motoneronio e sarcolema) Neurotransmissor: acetilcolina Receptor: nicotínicos Potencial de placa motora: potencial graduado, é a perturbação do potencial de repouso da fibra muscular após a sinapse. Placa motora: conjunto de motoneuronio e fibras musculares inervadas por esse. Possuem invaginações chamadas fenda subneural (receptores de acetilcolina e canais de sódio). Potencial de ação só ocorre quando o limiar é atingido e possui energia suficiente paraa abertura de canais de sódio controlados por voltagem. Acoplamento excitação-contração Transformação do estímulo elétrico em força mecânica Como ocorre: Chegada do potencial de ação no terminal axônico do motoneuronio Abertura dos canais de cálcio controlados por voltagem Formação de vesículas que liberam neurotransmissor (acetilcolina) Na fenda sináptica a acetilcolina se liga à receptores nicotínicos Entrada da acetilcolina na membrana pós-sináptica Abertura de canais de sódio controlado por ligante (entrada) Despolarização da membrana Potencial de placa motora -perturbação do potencial de repouso- Limiar atingido> abertura dos canais de sódio controlados por voltagem POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA MUSCULAR Propagação do impulso pelo sarcolema e pelos túbulos T Túbulos T ao lados das cisternas perturbam a membrana do retículo sarcoplasmático, provocando a abertura dos canais de cálcio controlados por voltagem Cálcio flui do ret. Sarcoplasmático para o sarcoplasma Cálcio se liga à troponina C, que permite a mudança de conformação do complexo troponina, permitindo a exibição do sítio de ligação da actina para ligar-se à miosina. Ciclo das pontes cruzadas ocorre caso o ATP se ligue à miosina Relação comprimento-tensão Comprimento do sarcômeroxforça que ele pode produzir Não pode produzir força nem totalmente contraído nem totalmente esticado ESTIRAMENTO: sem pareamento entre actina e miosina CONTRAÍDO: cabeças de miosina já estão ocupadas Cada grupo muscular reage à um estímulo de uma forma (ex musculos flexores), varia em relação a função deste. 3.Músculo liso A actina e a miosina não são organizadas em sarcômeros Inervada pelo sistema nervoso autônomo Geralmente uninucleadas Células únicas fusiformes Fibras sem estriações O núcleo não é necessariamente periférico Mantêm a tensão, ou seja nunca está completamente contraída ou relaxada Tipos de musculatura lisa Musculatura lisa unitária Junções comunicantes=sinapse elétrica Trabalham em conjnto Possuem mesma resposta a um estímulo Algumas células possuem função marca passo, o que induz ritmo ao potencial de ação Musculatura lisa multiunitária Densa inervação autônoma Células individualizadas, ou seja, o estímulo deve atingir todas as células Inervação mais densa Sem junções comunicantes CORPOS DENSOS: estrutura proteica na membrana onde os filamentos lisos e espessos se ancoram Acoplamento excitação-contração POTENCIAL DE AÇÃO NO MUSCULO Abertura canais de cálcio controlados por voltagem Influxo de cálcio (meio externo>interno) Canais de cálcio dependentes de ligante (IP3) abrem-se no retículo sarcoplasmático e libera Ca+2 para sarcoplasma Cálcio se lia a calmodulina e forforila a miosina Aumenta a afinidade do ATP à miosina Ciclo das pontes cruzadas OBS: A força de contração é proporcional a quantidade de Cálcio intracelular Varicosidade: varias dilatações nervosas pelo tecido, o que permite o aumento da superfície de contato entre sinapses 4. Músculo cardíaco Músculo estriado esquelético Unidade contrátil organizada em sarcômeros Células individualizadas, porém com junções tipo GAP Não possui motoneurônio: contração feita pelas células marca-passo Sistema nervoso autônomo Sincício funcional: funciona como um único bloco celular (2 sincícios, um atrial e um ventricular, são separados por tecido conjuntivo fibroso) A divisão em dois sincicios permite que os atrios contraiam um pouco antes que os ventriculos. IMPORTANTE PARA EFICIENCIA DO BOMBEAMENTO CARDÍACO. Células marca-passo: polarizam e despolarizam sozinhas, alterando o frequência e força de acordo com fatores externos. São elas que ditam o ritmo cardíaco. Acoplamento excitação-contração Células marca-passo Potencial de ação espalha-se por todo coração Abertura dos canais de Ca+2 do sarcolema Influxo de Ca+2 Indução da abertura dos canais de Ca+2 do retículo sarcoplasmático (para o sarcoplasma) Ligação de cálcio na troponina C Ciclo das pontes cruzadas Relaxamento: Calcio bombeado de volta para fora da célula e para o ret. Sarcoplasmatico Contração: potencial de ação
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