Buscar

RESUMO DE ZOOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO DE ZOOLOGIA
CARACTERISTICAS GERAIS
Ametábolos - Formas jovens são semelhantes aos adultos.
Hemimetábola - Insetos que passam por metamorfose gradual (fases de ovo, ninfa e adulto, sendo que as ninfas diferem dos adultos pelo ambiente e alimentação)
Holometábola - Insetos que apresentam metamorfose completa (fases de ovo, larva, pupa e adulto).
Fêmeas e machos se alimentam de sangue: barbeiro, pulgas, mosca do sono, mosca de estábulo
Somente fêmeas se alimentam de sangue: mosquitos, flebotomímeos e borrachudos.
1)HEMATOFAGIA NOS INSETOS 
Picada – via ativa de intoxicação, pois eliminam patógenos pelo aparelho bucal na picada
Aparelho sugador: robusto, longo e firme
Só no caso dos mosquitos que APENAS a fêmea é hematófagaHematofagia
Evolução:
- Pré adaptação morfológica para picar -> Os mosquitos eram fitófagos (aparelho bucal longo e firme) e adaptaram seu aparelho bucal p sugar sangue ao invés de seiva.
-Associação prolongada com vertebrados
Fonte Alimentar
Antropofilico x Zoofilico
Endofílico x Exofílico
Estimulo - Determinado pela fome, o inseto começa um comportamento não orientado, que o conduzirá ao hospedeiro potencial.
Ativação e Orientação - uso de órgãos especiais para rastrear o hospedeiro de uma determinada distância.
Atração – fase final – aproximação e decisão do contato. Estímulos: sinais visuais/ácido lático/ butanol/ dióxido de carbono/ odores/ calor/ vapor d’água
Dióxido de Carbono – é o ativador da corrente de respostas aos estímulos criados pela presença do hospedeiro.
Culicidae (mosquito), Simullidae, Muscidae (moscas) e Triatominae (barbeiro)
Sensilas receptoras TERMO-HIGRORECEPTORAS (calor e agua), QUIMIORECEPTORAS , MECANORECPTORAS, OLFATORIAS E GUSTATIVAS
Solenofagia - Canalículo alimentar (tubo fino) fura a vítima e canaliza o vaso sanguíneo, não formam hematomas
Telmofagia: Estiletes bucais cortam a pele da vítima e o inseto suga o sangue que escorre por hemorragia, laceração da vaso causa hematomas
PORQUE É DIFÍCIL SUGAR SANGUE DE UM VERTEBRADO? Hemostase: Resposta do hospedeiro que controla a perda de sangue, seguido a injúria do tecido – obriga o mosquito a ser rápido
Respostas imunológicas
Inflamação - Resposta do tecido seguido a injúria. Sinais flogisticos ( Dor/ Calor/ Rubor/ Edema/ Perda de Função)
Imunidade: Reação das moléculas do sistema imune para a produção de anticorpos contra antígenos
Saliva dos hematófagos
Anticoagulantes/ vasodilatadores/ anestésicos/ alérgenos/ inibidores plaquetários/ lubrificante dos estiletes bucais
ORDEM DIPTERA
Caracteristicas Gerais: ocupam diferentes habitats; holometábolos(larvas aquáticas ou terrestres; inseto adulto alado); são vetores de vírus, protozoários e helmintos
Familias:
Psychodidae: flebotomíneos
Simuliidae: borrachudos. Aproximadamente 1.000 espécies no mundo
Culicidae: pernilongos. Aproximadamente 3.000 espécies no mundo
Muscidae: moscas. Compreende as mutucas, as moscas domésticas e a mosca tsé-tsé (mosca do sono)
Ceratopogonidae: mosquito pólvora
Tabanidae: moscas do gado e dos cavalos
Flebotomínios – Insetos vetores de Leishmaniose
Lutzomya – transmissão nas Américas
Phlebotomus – transmissão europa
Os flebotomínios são pequenos, com aparelho bucal picador-pungitivo, presentes nas florestas e apenas as fêmeas são hematofogas (machos apresentam aparelho bucal rudimentar) 
Criadouros Naturais:
ricos em matéria orgânica em decomposição de natureza vegetal;
com pouca luminosidade - ausência total ou parcial de luz;
umidade elevada; pouca movimentação de ar.
Exemplos: Buracos no chão, folhas no chão, raízes tabulares
Aspectos morfológicos:
Corpo e asas coberto de pêlos;
Posição da cabeça forma um ângulo de 90o com o eixo longitudinal do tórax;
Antena longa - 14 flagelômeros cilíndricos; Machos com peças bucais rudimentares;
Abdomen formado de 10 segmentos com 3 últimos formando a genitália;
Genitália: elemento importante para identificação das espécies
Desenvolvimento do ciclo de vida - 18 a 35 dias, dependendo da espécie;
Adultos de ambos os sexos requerem soluções açucaradas na natureza como fonte de energia - frutas ou afídios . Os carboidratosingeridos apresentam um papel importante no desenvolvimento da Leishmania.
Fêmeas são ecléticas podem sugar o sangue de diversos animais: mamíferos, répteis, aves e anfíbios;
Realizam a hematofagia durante as horas escuras, mas sob condições propícias podem vir a sugar o sangue durante o dia.
A picada é dolorosa realizando transmissão do patógeno: Leishmania sp.
Lesishmaniose Viceral : febre irregular e de longa duração/ hepatoesplenomegalia/ linfoadenopatia/ anemia com leucopenia/ hipergamaglobulinemia/ emagrecimento/ edema
Epidemiologia :
Antropofilia/ Distribuição espacial coincidente com a área geográfica onde ocorrer os casos de infecção humana;/ Infecção natural por parasitos, identificados como pertencentes à mesma espécie de Leishmania que infecta o homem, na mesma área geográfica;/ Atração por mamíferos reservatórios/ As fêmeas de flebótomos infectadas experimentalmente com Leishmania devem manter, em laboratório todas as etapas do desenvolvimento parasitário;/ Capacidade das fêmeas de flebótomos se infectarem e transmitirem experimentalmente o parasita, através da picada.
Controle:
Uso de inseticida em habitações domiciliares e peridomiciliares;/ Tratamento dos casos humanos de leishmaniose visceral;/ Eliminação de cães infectados;/ Utilização de nematóides e bactérias como controle biológico;/ Construção de casa longe das matas, mantendo peridomicílio limpo, seco e exposto ao sol;/ Uso pessoal de repelente de pele;/ Uso de mosqueteiro sobre camas, e telas impregnadas com piretróides;/ Campanhas de orientação à população.
Culicidae – Pernilongos
Suas subfamílias são: Anophelinae (ciclo esporogônico completo de plasmodium) e culicinae. Os ovos são colocados próximos a agua, que pode ser limpa ou rica em matéria orgânica (não necessariamente esgoto) 
Homem é o único reservatório da malária, parasita intracelular, reproduzindo-se de maneira assexuada em células humanas (hemácias e hepatócitos) e sexuada nos vetores. A transmissão pode ser vetorial, congênita, transfusional ou pelo transplante de órgãos
Os culicineos transmitem filariose linfática, febre amarela e dengue
Aspectos Gerais:
Conhecido popularmente como mosquito, pernilongo, muriçoca, carapanãs, sovela, mossorongo e zancudo; 
Insetos pequenos, cabeça globular, tórax comprimido e abdomen cilíndrico;
Aparelho bucal picador-pungitivo;
Presentes em hábitats florestais, rurais e urbanos;
Dispersão ampla, encontrados das regiões Árticas até as Equatoriais;
Nas espécies hematófagas, somente fêmeas sugam sangue;
Apresentam grande variabilidade genética e adaptabilidade biológica e valência ecológica;
Vetores de viroses, protozooses e helmintoses.
Criadouros:
Importâcia Médica: Arboviroses 
Febre Amarela:
- Atinge macacos silvestres, mosquitos silvestres de alimentam e transmitem para o homem.
Causada pelo arbovírus Flavivírus
Américas:
ciclo silvestre: macaco – mosquito Haemagogus
ciclo urbano: homem – mosquito Aedes aegypti
Dengue:
Atinge macacos silvestres, mosquitos silvestres de alimentam e transmitem para o homem.
 Causada pelo arbovírus Flavivírus
Américas:
Ciclo silvestre > macaco – mosquito Haemagogus
ciclo urbano > homem – mosquito Aedes aegypti
Malária:
Homem é o único hospedeiro reservatório.
 Causada pelos protozoários Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale.
Somente fêmeas de Anopheles participam da transmissão.
 No Brasil são Anopheles darlingi, A. aquasalis, A. albitarsis, A. cruzii e A. bellator.
Filariose:
- Filariose linfática atinge somente o homem – Wuchereria bancrofti.
Filariose não linfática atinge o cão – Dirofilaria aimmitis.
 Principal vetor: Culex quinquefasciatus
Vetores:
Anopheles darlingi
Mais importante vetor da malária no Brasil;
Brasil: em todos os Estados, exceto regiões secas do NE, RS e SC;
Acentuada antropofilia, domesticidadee suscetibilidade ao plasmódio;
Criadouros preferenciais: grandes coleções de água.
Anopheles aquasalis
Vetor da malária na região costeira do Brasil;
Brasil: desde o Amazonas até São Paulo;MALÁRIA
 Vetor secundário da filariose bancroftiana;
Zoofílico e essencialmente crepuscular;
Criadouros preferenciais: pequenas coleções de água, com ligeiro teor de salinidade.
Anopheles albitarsis
Vetor secundário ou local da malária no Brasil;
Brasil: amplamente distribuído;
Comum em áreas de planícies e baixada, se tornando raro á medida que avança florestas;
Criadouros variados: temporárias ou não, artificiais ou naturais;
Zoofílico e exofílico, mas pode ser encontrado picando o homem e dentro de casa
Anopheles cruzii
Vetor local da malária no Brasil (Rio Grande do Sul); restrito ao litoral brasileiro;
Hábito silvestre, podendo picar dentro de casa;
Criadouro preferencial, águas coletadas em folhas de bromélias, protegidas do sol.
Anopheles bellator
Distribuição geográfica: litoral brasileiro até leste da Venezuela;
Menos frequente onde A. cruzzi predomina;
Criadouro preferencial, águas coletadas em folhas de bromélias, expostas ao sol.FILARIOSE
Culex quinquefasciatus
Principal vetor de filariose humana;
Espécie doméstica e antropofílica; Hábito noturno;
fêmeas colocam ovos em recipientes com água;
Brasil, ocorre em cidades litorâneas, principalmente Belém e Recife;
Criadouros depósitos artificiais no solo com água rica em matéria orgânica.
Aedes aegypti
Principal vetor da febre amarela e dengue em todo mundo;
Espécie doméstica e antropofílica; de hábito diurno;DENGUE E FEBRE AMARELA
fêmeas colocam ovos em paredes dorecipientes com água limpa, pobre em matéria orgânica e sais;
Criadouros preferenciais – recipientes artificiais a céu aberto;
Aedes albopictus
Principal vetor da febre amarela, urbana e silvestre, dengue e encefalite nos países Asiáticos;
Brasil - não considerada como vetor do dengue ou febre amarela, porém as populações são suscetíveis ao vírus;
Antropofílica, mas também se alimenta de outros animais; Hábito diurno;
Espécie associada a Ae. Aegypti em ambientes urbanos.FEBRE AMARELA
Haemagogus capricornii
Importante transmissor da febre amarela silvestre;
Genuinamente brasileiro – ocorre somente da região Sudeste, sul da Bahia ao norte do Rio Grande do Sul;
 Antropofílica e zoofílica;
Vive no nível da copa das árvores;
Criadouros: buracos e tronco de árvores.
MIÍASES
Diptera: Cyclorrapha (Dípteros Muscóides)
Caracterização
Mosca - Flagelo da antena unisegmentado (com arista)
Larvas acéfalas (pseudo-céfalo)
Pupas imóveis - em forma de barril - emergência do adulto - por um opérculo circular
Morfologia
Ovo 
Forma variável, em geral brancos e longos
Adulto (imago)
Cabeça
Olhos compostos (holóticos – dicópticos)
Ocelos (3) - triângulo ocelar
Aparelho bucal - Sugador labial
Moscas hematófagas - picador sugador
Moscas não hematófagas – embebedor
Tórax
Mesotórax desenvolvido
Quetotaxia
Dois pares de estigmas respiratórios
Um par de asas funcional (anterior)  nervuras - Balancins posteriores
Três pares de patas
Abdome
Sete tergitos evidentes (1 + 2 – fundidos)
Demais – genitália
Larva
Acéfala
12 segmentos
Gancho labial
Esqueleto céfalo-faringeano
Espiráculos respiratórios anteriores e posteriores (troncos traqueais)
Pupa
Imovel
Bem esclerotizadas, envolvidas pela pele da larva de terceiro instar
Emergência do adulto - por um opérculo circular
Biologia
Ciclo holometábolo
Podem depositar seus ovos em tecidos vivos -> Invertebrados - parasitóides (Tachinidae)
Vertebrados – Miíases
Podem depositar seus ovos em matéria orgânica em decomposição: Carcaças/Lixos/Frutas fermentadas/Fezes
Regime alimentar da mosca adulta: Hematófago/Nectar/Materia Organica em Decomposição/ Frutas
Importânica Médica das Moscas:
Transmissão mecânica de agentes etiológicos
Vetores mecânicos: Mosca domestica que pode transmitir:
-Ovos de helmintos: Ascaris lumbricoides/ Trichuris trichiura/ Ancilostomídeos
-Cistos de Protozoários : Entamoeba histolytica/ Giardia intestinalis
-Enterobactérias patogênicas
Causadoras de Miíases
 Entomologia Forense - Especialidade que estuda os insetos resentes em cadáveres (informa desde o tempo da morte, até o local onde pode ter sido morto)
Terapia Larval
Terapia alternativa que utiliza larvas necrófagas para o tratamento de patologias, onde são observados processos de necrose tecidual
 Larvas criadas assepticamente. Ex: Lucilia sericata
Principais moscas de importância no Brasil
Musca domestica
Cinza/ 4 faixas negras longitudinais no tórax /Nervura mediana (M 1+2) em forma de cotovelo
♀ dicópticas, ♂ holóticos
Stomoxys calcitrans
Aparelho bucal picador sugador (hematófagas)/ Nervura mediana (M 1+2) curva/ Abdômen xadrezado
Chrysomya megacephala
Brilho metálico, azuis/ Cabeça grande/ Calípteros pilosos/ Anéis pretos no corpo (abdômen)
Lucilia cuprina
Brilho metálico/ Cor de cobre
Peckia chrysostoma
Grandes/ Sem brilho metálico/ Três faixas longitudinais pretas no tórax/ Abdômen xadrezado
Hipelates sp (mosca-lambe-olhos)
Muito pequenas (2-3 mm)/ Pretas com brilho metálico
Tracoma - O tracoma é uma ceratoconjuntivite crônica, causada pela Chlamydia trachomatis.
Miíases - é a infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que, pelo menos em parte de seu ciclo, se alimentam de tecidos vivos ou mortos de animais (homem), líquidos corporais ou alimentos ingeridos.
Classificação 
Primárias ou obrigatórias - As bicheiras ou miíases cavitárias são miíases primárias causadas pelas larvas da mosca Cochliomyia hominivorax. Essas larvas se desenvolvem em tecidosvivos.
As larvas se desenvolvem unicamente em tecidos vivo
Larvas Biontófagas 
Ex: Cochliomyia hominivorax/ Dermatobia hominis/ Oestrus ovis/ Gasterophilus sp./ Cuterebra sp./Alouatamyia sp./ Phillornis sp.
 Secundárias ou facultativas
As larvas se desenvolvem em tecidos mortos (necrosados) de hospedeiros vivos
Larvas necrobiontófagas
Ex: Lucilia sericata
 Pseudomiíases - é a ocorrência, com manifestações patológicas ou não, de larvas de dípteros no trato digestivo do homem e dos animais, ingeridas acidentalmente.
Larvas de tefritídeos
Larvas de Eristalix (Syrphidae)
Fatores Pré-Disponentes Para Miíases
As miíases se desenvolvem em lesões pré-existentes,resultantes de:
 escoriações de natureza variada (41,7%)
 lesões de origem não identificada (20,8%)
doenças do sistema circulatório (12,5%)
Neoplasias (8,3%)
conjuntivite, otite, dermatite e ferida cirúrgica (4,2%).
Os fatores predisponentes às míiases foram:
debilidade física e mental
desidratação, higiene corporal inadequada
diabetes, desnutrição, elefantíase
esquizofrenia, alcoolismo
infestação por piolhos e, fundamentalmente, feridas acidentais.
Dermatobiose – BERNE
---Não necessita de uma cavidade já aberta, só de tecidos vivos. Coloca ovos no abdome de uma mosca doméstica , mosca vetora libera os ovos no tecido
---Miíase forunculóide causada pelas larvas de Dermatobia hominis, caracterizada pela formação de um nódulo parasitário, pruriginoso.
ARANHAS E ESCORPIÕES
Seu veneno é utilizado para imobilizar a presa e é excretado por quelíceras nas aranhas e pelos dedos dos pedpalpos nos pseudoescorpiões e pelo aguilhão terminal abdominal nos escorpiões
O animal peçonhento tem estrutura inoculadora de veneno, sendo envenenamento ativo, enquanto os animais venenosos não tem essa estrutura, logo seu envenenamento é passivo
Classe Arachnida: tem origem aquática e formas terrestres parecem representar várias invasões
 Ordem Araneae (aranhas) especiosa (35 mil espécies) com grandes populações
- Corpo dividido em prossomo e em abdome que é segmentado (primitivo) em escorpiões
Cefalotórax e abdome fusionado em ácaros
Opilhões e ácaros = miniaturização propicia uma diversificação de hábitos alimentares
Aranhas e escorpiões = 
hábitos predatórios, utilizando pedipalpos para segurar a presa. O veneno é utilizado para imobilizar a presae são excretados pelas quelíceras (aranhas) ou aguilhão abdominal terminal (escorpiões) ou dedos dos pedipalpos (pseudo-escorpiões). A seda é utilizada para construir teias. 
Tricobótrios e órgãos sensoriais em fendas utilizados para localizar a presa
Epicutícula cerosa, pulmões foliáceos e traquéias e apêndices locomotores são adaptações para habitar o ambiente terrestre.
 Transferência de esperma por espermatóforos (escorpiões e aranhas) ou direta (opilhões e ácaros)
Nas aranhas, o cefalotórax e o abdômen são unido por uma “cintura” estreita. As quelíceras são pequenas, com 2 artículos e um ducto venenoso que termina em um aguilhão por onde a aranha injeta o veneno. Nos pedipalpos dos machos acha-se o bulbo genital. Cada uma das 8 patas possui 7 segmentos. A disposição dos olhos, em número de 4, 6 ou 8, constitui importante caráter sistemático.
 Exemplos:
Lycosa erythrognatha – tarântula
Phoneutria nigriventer – armadeira
Loxosceles rufipes – aranha marrom
Latrodectus mactans – viúva negra
Argiope sp – aranha de teia, inofensiva
Lasiodora sp (caranguejeira)
 
 Aranhas de Importância Médica
Phoneutria – Armadeira
cor: cinza ou castanho escuro.
tamanho: ao redor de 15 cm.
habitat: residências e seus arredores (bananeiras e folhagem de jardins); costumam viver escondidas em lugares escuros (calçados, por exemplo).
hábitos: noturnos.
Lycosa – Aranha-lobo
cor: negra.
tamanho: 5 cm.
habitat: gramados perto das residências.
Não são agressivas.
hábitos: ativa durante o dia e a noite.
acidentes: pica ao ser pisada ou quando está impossibilitada de fuga.
Loxosceles – Marrom
cor: marrom.
 tamanho: total de 3 cm.
habitat: no interior das residência, atrás dos móveis, em porões, sótãos, sob casca de árvores, folhas secas de palmeiras.
acidentes: pica quando espremida contra o corpo quando em contato com a roupa.
Caranguejeira
Acidentes geralmente raros por pelos urticantes e sem gravidade; os libera quando se sente ameaçada ou é manipulada.
Latrodectus – Viúva negra
cor: vermelha, negra, esverdeada ou castanha. 
tamanho: as fêmeas atingem até 3 cm no total; os machos apenas 1,5 cm.
habitat: as fêmeas constroem suas teia no meio de vegetação, arbustos, gramíneas; podem viver junto às residências humanas, em latas vazias, em sapatos velhos, etc.
hábitos: ativas durante o dia.
acidentes: pica quando espremida contra o corpo.
observação: as fêmeas são as responsáveis pelos acidentes.
Araneísmo -Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, através de aparelho inoculador (quelíceras) de aranhas.
1) Phoneutria (armadeira): neurotóxica de ação periferia
2) Loxoceles (aranha marrom): proteolítica e hemolítica
3) Latrodectus (viúva-negra): neurotóxica central e periferia
4) Lycosa (gênero da tarântula): proteolítica
	
Phoneutria
Ações do veneno:
Ativação e retardo da inativação dos canais de Na: despolarização de fibras musculares e terminações nervosas: liberação de acetilcolina e catecolamina
Ativação do sistema calicreína-cininas: contração de musculatura lisa vascular, aumento da permeabilidade vascular
Clínica:
-Dor, edema eritema, parestesia, sudorese
- Taquicardia, hipertensão ou hipotensão arterial, sudorese, vômitos, agitação psicomotora, sialorréia, priapismo, hipertonia muscular, choque, edema agudo de pulmão
Exames complementares:
- Hemograma: leucocitose com neutrofilia
-Bioquímica: hiperglicemia
-ECG: taquicardia sinusal
Tratamento:
Loxosceles
Epidemiologia: Forma mais grave de araneísmo no Brasil/ Região sul (PR, SC)/ Acidentes em intradomicílio/ Acomete mais coxa, tronco e braços
Ação do Veneno:
Enzima esfingomielinase-D: atua em membrana celular levando à ativação do sistema do complemento, da coagulação e das plaquetas
Lipases, hidrolases, proteases, fosfatases e hialuronidase.
Clinica 
Forma cutânea: 87 – 98% dos casos
Dor, edema endurecido, eritema (pouco valorizados pelo paciente)
Lesão sugestiva: enduração, bolha, equimoses e dor emqueimação
Lesão característica: dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas (placa marmórea) e necrose. Pode evoluir para escara (7-12 dias) e úlcera de difícil cicatrização em 3 – 4 semanas
Astenia, febre, cefaléia, exantema morbiliforme, petéquias, mialgia, sonolência obnubilação, irritabilidade, coma.
Forma cutâneo-visceral (hemolítica)
Além do comprometimento cutâneo ocorre hemólise intravascular
Anemia, icterícia, hemoglobinúria, petéquias, equimoses, CIVD, IRA
Exames complementares:
Hemograma: leucocitose, neutrofilia, anemia, plaquetopenia, reticulocitose, hiperbilirrubinemia indireta, hiperpotassemia, ↑ uréia, ↑creatinina, alteração do coagulograma
Tratamento:
Corticoterapia: prednisona oral 1mg-kg em crianças e 40mg – kg em adultos por 5 dias
Analgésicos
 Compressas frias
ATB se infecção secundária
Remoção da escara após estar delimitada por área de necrose
Latrodectus
Epidemiologia: Região NE, homens, 10 – 30 anos de idade
Ações do Veneno:
Alfa-latrotoxina atua no sistema nervoso autônomo com liberação adrenérgicos e colinérgicos e na junção neuromuscular pré-sinaptica alterando permeabilidade dos canais de Na e K
Clínica Clínica:
tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, cefaléia, prurido, edema de face e pescoço
Dor com irradiação para MI, contraturas musculares, atitude de flexão no leito, hiperreflexia, dor abdominal intensa
Ptose, edema bipalpebral, hiperemia conjuntival, midríase, contratura facial, trismo de masseteres: fáscies latrodectísmica
Opressão precordial, sensação de morte iminente, taquicardia e hipertensão seguida de bradicardia
Náusea, vômitos, sialorréia, anorexia, obstipação
 Retenção urinária, dor testicular, priapismo, ejaculação
Exames complementares:
Hemograma: leucocitose, linfopenia, eosinopenia
Bioquímica: hiperglicemia, hiperfosfatemia
 EAS: albuminúria, hematúria, cilindrúria
 ECG: arritmias: Fibrilação, bloqueios, inversão de onda T, alteração do ST, prolongamento do QT
Tratamento:
Tarântula
Sintomatologia e tratamento para acidentes com Lycosa (gênero da tarântula)
O acidente provoca dor local discreta e transitória, edema e eritrema leves ão descritos em menos de 20% dos casos. O tratamento muitas vezes é desnecessário, a dor pode ser aliviada com analgésicos orais
Aranhas que possuem pelos urticantes no abdomem
Causam reações de hipersensibilidade, prurido cutâneo e nasal, mal- estar, tosse, dipnéia, broncospasmo.
1) Acanthoscurria geniculata (caranguejeira)
2) Espécies das famílias Theraphosidae
Escorpiões 
Ordem Scorpionida (Escorpiões)
O corpo dos escorpiões é alongado e o cefalotórax é largamente unido ao abdômen. As quelíceras são pequenas. Possuem pinças fortes (nos pedipalpos) para prender a vítima. O telson apresenta um aguilhão venenoso pontiagudo (no último segmento).
Exemplos: Tityus bahiensis, Tityus serrulatus
Ordem Phalangida (Opiliões)- O corpo destes animais é curto e ovóide. O cefalotórax é fundido ao abdômen ligeiramente segmentado. As patas são longas, cada uma tendo 7 artículos. Os opiliões
são inofensivos, vivendo em lugares úmidos e abrigados do sol.
Exemplo: Phalangrium sp
Reprodução e Desenvolvimento
Pouco dimorfismo sexual
Placa opercular dos machos com gancho
 Ritual de corte
 Sem cópula - Espermatóforos no solo
Ovovivíparos (vivíparos ?- Hormurus australasiae)
 ovos incubados no trato reprodutivo feminino desenvolvimento - vários meses >> 6 a 90 jóvens
 Mudas ou ecdises (até a maturidade sexual) - 5 ecdises >>> maturidade sexual 1 ano
Escorpiões de Importância Médica
Bothriurus 
menores que o Tityus com corpo escuro, sem o espinho sob o ferrão
Tityus
sob o ferrão existe um pequeno espinho
T. serrulatus (maior número de acidentes)
Presentes: BA, ES, MG, SP, PR, RJ.
T. bahiensis
Presentes: Bahia até Santa Catarina e Mato Grosso
Escorpianismo
Tityus serrulatus: Ba, ES, GO, MG, PR, RJ, SP
Tityus bahiensis: GO, SP, MS, MG, PR, RS, SC
Tityus stigmurus:NE
Tityuscambridgei:AM
Tityus metuendus: AM, AC, PA
Ação do Veneno
Dor local
Alterações nos canais de Na: despolarizações pós gaglionares com liberação de acetil colina
Sinais e sintomas: náuseas, vomitos, bradicardia,hipotensão,bradpnéia e choque.
Tratamento: lavar local, analgesia,uso de soro anti-escorpionico em casos graves.
Clínica:
– Local
Acidentes por Tityus serrulatus são mais graves. Dor local, parestesia
– Sitêmicas: hipo-hipertemia, sudorese profusa, náuseas, vômitos, sialorréia, dor abdominal,
diarréia, arritmia cardíaca, hiper-hipotensão, choque, taqui/dispnéia, edema pulmonar agudo, agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia, tremores
Gravidadade: Espécie, tamanho, quantidade de veneno, massa corporal do acidentado e sensibilidade do paciente
Exames complementares:
ECG: desaparecem em 3 dias, podendo persistir por 7 -10 dias
 Raio-x de órax:
Aumento da área cardíaca, edema pulmonar
Ecocardiograma
 Hemograma (leucocitose com neutrofilia)
 Bioquímica: hiperglicemia, amilasemia, hiponatremia, hipopotassemia.
Tratamento Inespecífico:
–Lidocaína (bloquador dos canais de Na)a 2% sem vasoconstrictor infintração, 1-2 ml para crianças e 3-4 ml para adultos. Analgésicos (dipirona 10mg-kg de 6 em 6h). Atropina (antagonista dos receptores de acetilcolina) 0,01-0,02 mg-kg(bradicardia sinusal). Nifedipina (bloqueador dos canais de Ca2+)0,5 mg-kg ( hipertensão e edema pulmonar). Monitorização (UTI)
Tratamento:

Outros materiais