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RESUMO DE ZOOLOGIA CARACTERISTICAS GERAIS Ametábolos - Formas jovens são semelhantes aos adultos. Hemimetábola - Insetos que passam por metamorfose gradual (fases de ovo, ninfa e adulto, sendo que as ninfas diferem dos adultos pelo ambiente e alimentação) Holometábola - Insetos que apresentam metamorfose completa (fases de ovo, larva, pupa e adulto). Fêmeas e machos se alimentam de sangue: barbeiro, pulgas, mosca do sono, mosca de estábulo Somente fêmeas se alimentam de sangue: mosquitos, flebotomímeos e borrachudos. 1)HEMATOFAGIA NOS INSETOS Picada – via ativa de intoxicação, pois eliminam patógenos pelo aparelho bucal na picada Aparelho sugador: robusto, longo e firme Só no caso dos mosquitos que APENAS a fêmea é hematófagaHematofagia Evolução: - Pré adaptação morfológica para picar -> Os mosquitos eram fitófagos (aparelho bucal longo e firme) e adaptaram seu aparelho bucal p sugar sangue ao invés de seiva. -Associação prolongada com vertebrados Fonte Alimentar Antropofilico x Zoofilico Endofílico x Exofílico Estimulo - Determinado pela fome, o inseto começa um comportamento não orientado, que o conduzirá ao hospedeiro potencial. Ativação e Orientação - uso de órgãos especiais para rastrear o hospedeiro de uma determinada distância. Atração – fase final – aproximação e decisão do contato. Estímulos: sinais visuais/ácido lático/ butanol/ dióxido de carbono/ odores/ calor/ vapor d’água Dióxido de Carbono – é o ativador da corrente de respostas aos estímulos criados pela presença do hospedeiro. Culicidae (mosquito), Simullidae, Muscidae (moscas) e Triatominae (barbeiro) Sensilas receptoras TERMO-HIGRORECEPTORAS (calor e agua), QUIMIORECEPTORAS , MECANORECPTORAS, OLFATORIAS E GUSTATIVAS Solenofagia - Canalículo alimentar (tubo fino) fura a vítima e canaliza o vaso sanguíneo, não formam hematomas Telmofagia: Estiletes bucais cortam a pele da vítima e o inseto suga o sangue que escorre por hemorragia, laceração da vaso causa hematomas PORQUE É DIFÍCIL SUGAR SANGUE DE UM VERTEBRADO? Hemostase: Resposta do hospedeiro que controla a perda de sangue, seguido a injúria do tecido – obriga o mosquito a ser rápido Respostas imunológicas Inflamação - Resposta do tecido seguido a injúria. Sinais flogisticos ( Dor/ Calor/ Rubor/ Edema/ Perda de Função) Imunidade: Reação das moléculas do sistema imune para a produção de anticorpos contra antígenos Saliva dos hematófagos Anticoagulantes/ vasodilatadores/ anestésicos/ alérgenos/ inibidores plaquetários/ lubrificante dos estiletes bucais ORDEM DIPTERA Caracteristicas Gerais: ocupam diferentes habitats; holometábolos(larvas aquáticas ou terrestres; inseto adulto alado); são vetores de vírus, protozoários e helmintos Familias: Psychodidae: flebotomíneos Simuliidae: borrachudos. Aproximadamente 1.000 espécies no mundo Culicidae: pernilongos. Aproximadamente 3.000 espécies no mundo Muscidae: moscas. Compreende as mutucas, as moscas domésticas e a mosca tsé-tsé (mosca do sono) Ceratopogonidae: mosquito pólvora Tabanidae: moscas do gado e dos cavalos Flebotomínios – Insetos vetores de Leishmaniose Lutzomya – transmissão nas Américas Phlebotomus – transmissão europa Os flebotomínios são pequenos, com aparelho bucal picador-pungitivo, presentes nas florestas e apenas as fêmeas são hematofogas (machos apresentam aparelho bucal rudimentar) Criadouros Naturais: ricos em matéria orgânica em decomposição de natureza vegetal; com pouca luminosidade - ausência total ou parcial de luz; umidade elevada; pouca movimentação de ar. Exemplos: Buracos no chão, folhas no chão, raízes tabulares Aspectos morfológicos: Corpo e asas coberto de pêlos; Posição da cabeça forma um ângulo de 90o com o eixo longitudinal do tórax; Antena longa - 14 flagelômeros cilíndricos; Machos com peças bucais rudimentares; Abdomen formado de 10 segmentos com 3 últimos formando a genitália; Genitália: elemento importante para identificação das espécies Desenvolvimento do ciclo de vida - 18 a 35 dias, dependendo da espécie; Adultos de ambos os sexos requerem soluções açucaradas na natureza como fonte de energia - frutas ou afídios . Os carboidratosingeridos apresentam um papel importante no desenvolvimento da Leishmania. Fêmeas são ecléticas podem sugar o sangue de diversos animais: mamíferos, répteis, aves e anfíbios; Realizam a hematofagia durante as horas escuras, mas sob condições propícias podem vir a sugar o sangue durante o dia. A picada é dolorosa realizando transmissão do patógeno: Leishmania sp. Lesishmaniose Viceral : febre irregular e de longa duração/ hepatoesplenomegalia/ linfoadenopatia/ anemia com leucopenia/ hipergamaglobulinemia/ emagrecimento/ edema Epidemiologia : Antropofilia/ Distribuição espacial coincidente com a área geográfica onde ocorrer os casos de infecção humana;/ Infecção natural por parasitos, identificados como pertencentes à mesma espécie de Leishmania que infecta o homem, na mesma área geográfica;/ Atração por mamíferos reservatórios/ As fêmeas de flebótomos infectadas experimentalmente com Leishmania devem manter, em laboratório todas as etapas do desenvolvimento parasitário;/ Capacidade das fêmeas de flebótomos se infectarem e transmitirem experimentalmente o parasita, através da picada. Controle: Uso de inseticida em habitações domiciliares e peridomiciliares;/ Tratamento dos casos humanos de leishmaniose visceral;/ Eliminação de cães infectados;/ Utilização de nematóides e bactérias como controle biológico;/ Construção de casa longe das matas, mantendo peridomicílio limpo, seco e exposto ao sol;/ Uso pessoal de repelente de pele;/ Uso de mosqueteiro sobre camas, e telas impregnadas com piretróides;/ Campanhas de orientação à população. Culicidae – Pernilongos Suas subfamílias são: Anophelinae (ciclo esporogônico completo de plasmodium) e culicinae. Os ovos são colocados próximos a agua, que pode ser limpa ou rica em matéria orgânica (não necessariamente esgoto) Homem é o único reservatório da malária, parasita intracelular, reproduzindo-se de maneira assexuada em células humanas (hemácias e hepatócitos) e sexuada nos vetores. A transmissão pode ser vetorial, congênita, transfusional ou pelo transplante de órgãos Os culicineos transmitem filariose linfática, febre amarela e dengue Aspectos Gerais: Conhecido popularmente como mosquito, pernilongo, muriçoca, carapanãs, sovela, mossorongo e zancudo; Insetos pequenos, cabeça globular, tórax comprimido e abdomen cilíndrico; Aparelho bucal picador-pungitivo; Presentes em hábitats florestais, rurais e urbanos; Dispersão ampla, encontrados das regiões Árticas até as Equatoriais; Nas espécies hematófagas, somente fêmeas sugam sangue; Apresentam grande variabilidade genética e adaptabilidade biológica e valência ecológica; Vetores de viroses, protozooses e helmintoses. Criadouros: Importâcia Médica: Arboviroses Febre Amarela: - Atinge macacos silvestres, mosquitos silvestres de alimentam e transmitem para o homem. Causada pelo arbovírus Flavivírus Américas: ciclo silvestre: macaco – mosquito Haemagogus ciclo urbano: homem – mosquito Aedes aegypti Dengue: Atinge macacos silvestres, mosquitos silvestres de alimentam e transmitem para o homem. Causada pelo arbovírus Flavivírus Américas: Ciclo silvestre > macaco – mosquito Haemagogus ciclo urbano > homem – mosquito Aedes aegypti Malária: Homem é o único hospedeiro reservatório. Causada pelos protozoários Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale. Somente fêmeas de Anopheles participam da transmissão. No Brasil são Anopheles darlingi, A. aquasalis, A. albitarsis, A. cruzii e A. bellator. Filariose: - Filariose linfática atinge somente o homem – Wuchereria bancrofti. Filariose não linfática atinge o cão – Dirofilaria aimmitis. Principal vetor: Culex quinquefasciatus Vetores: Anopheles darlingi Mais importante vetor da malária no Brasil; Brasil: em todos os Estados, exceto regiões secas do NE, RS e SC; Acentuada antropofilia, domesticidadee suscetibilidade ao plasmódio; Criadouros preferenciais: grandes coleções de água. Anopheles aquasalis Vetor da malária na região costeira do Brasil; Brasil: desde o Amazonas até São Paulo;MALÁRIA Vetor secundário da filariose bancroftiana; Zoofílico e essencialmente crepuscular; Criadouros preferenciais: pequenas coleções de água, com ligeiro teor de salinidade. Anopheles albitarsis Vetor secundário ou local da malária no Brasil; Brasil: amplamente distribuído; Comum em áreas de planícies e baixada, se tornando raro á medida que avança florestas; Criadouros variados: temporárias ou não, artificiais ou naturais; Zoofílico e exofílico, mas pode ser encontrado picando o homem e dentro de casa Anopheles cruzii Vetor local da malária no Brasil (Rio Grande do Sul); restrito ao litoral brasileiro; Hábito silvestre, podendo picar dentro de casa; Criadouro preferencial, águas coletadas em folhas de bromélias, protegidas do sol. Anopheles bellator Distribuição geográfica: litoral brasileiro até leste da Venezuela; Menos frequente onde A. cruzzi predomina; Criadouro preferencial, águas coletadas em folhas de bromélias, expostas ao sol.FILARIOSE Culex quinquefasciatus Principal vetor de filariose humana; Espécie doméstica e antropofílica; Hábito noturno; fêmeas colocam ovos em recipientes com água; Brasil, ocorre em cidades litorâneas, principalmente Belém e Recife; Criadouros depósitos artificiais no solo com água rica em matéria orgânica. Aedes aegypti Principal vetor da febre amarela e dengue em todo mundo; Espécie doméstica e antropofílica; de hábito diurno;DENGUE E FEBRE AMARELA fêmeas colocam ovos em paredes dorecipientes com água limpa, pobre em matéria orgânica e sais; Criadouros preferenciais – recipientes artificiais a céu aberto; Aedes albopictus Principal vetor da febre amarela, urbana e silvestre, dengue e encefalite nos países Asiáticos; Brasil - não considerada como vetor do dengue ou febre amarela, porém as populações são suscetíveis ao vírus; Antropofílica, mas também se alimenta de outros animais; Hábito diurno; Espécie associada a Ae. Aegypti em ambientes urbanos.FEBRE AMARELA Haemagogus capricornii Importante transmissor da febre amarela silvestre; Genuinamente brasileiro – ocorre somente da região Sudeste, sul da Bahia ao norte do Rio Grande do Sul; Antropofílica e zoofílica; Vive no nível da copa das árvores; Criadouros: buracos e tronco de árvores. MIÍASES Diptera: Cyclorrapha (Dípteros Muscóides) Caracterização Mosca - Flagelo da antena unisegmentado (com arista) Larvas acéfalas (pseudo-céfalo) Pupas imóveis - em forma de barril - emergência do adulto - por um opérculo circular Morfologia Ovo Forma variável, em geral brancos e longos Adulto (imago) Cabeça Olhos compostos (holóticos – dicópticos) Ocelos (3) - triângulo ocelar Aparelho bucal - Sugador labial Moscas hematófagas - picador sugador Moscas não hematófagas – embebedor Tórax Mesotórax desenvolvido Quetotaxia Dois pares de estigmas respiratórios Um par de asas funcional (anterior) nervuras - Balancins posteriores Três pares de patas Abdome Sete tergitos evidentes (1 + 2 – fundidos) Demais – genitália Larva Acéfala 12 segmentos Gancho labial Esqueleto céfalo-faringeano Espiráculos respiratórios anteriores e posteriores (troncos traqueais) Pupa Imovel Bem esclerotizadas, envolvidas pela pele da larva de terceiro instar Emergência do adulto - por um opérculo circular Biologia Ciclo holometábolo Podem depositar seus ovos em tecidos vivos -> Invertebrados - parasitóides (Tachinidae) Vertebrados – Miíases Podem depositar seus ovos em matéria orgânica em decomposição: Carcaças/Lixos/Frutas fermentadas/Fezes Regime alimentar da mosca adulta: Hematófago/Nectar/Materia Organica em Decomposição/ Frutas Importânica Médica das Moscas: Transmissão mecânica de agentes etiológicos Vetores mecânicos: Mosca domestica que pode transmitir: -Ovos de helmintos: Ascaris lumbricoides/ Trichuris trichiura/ Ancilostomídeos -Cistos de Protozoários : Entamoeba histolytica/ Giardia intestinalis -Enterobactérias patogênicas Causadoras de Miíases Entomologia Forense - Especialidade que estuda os insetos resentes em cadáveres (informa desde o tempo da morte, até o local onde pode ter sido morto) Terapia Larval Terapia alternativa que utiliza larvas necrófagas para o tratamento de patologias, onde são observados processos de necrose tecidual Larvas criadas assepticamente. Ex: Lucilia sericata Principais moscas de importância no Brasil Musca domestica Cinza/ 4 faixas negras longitudinais no tórax /Nervura mediana (M 1+2) em forma de cotovelo ♀ dicópticas, ♂ holóticos Stomoxys calcitrans Aparelho bucal picador sugador (hematófagas)/ Nervura mediana (M 1+2) curva/ Abdômen xadrezado Chrysomya megacephala Brilho metálico, azuis/ Cabeça grande/ Calípteros pilosos/ Anéis pretos no corpo (abdômen) Lucilia cuprina Brilho metálico/ Cor de cobre Peckia chrysostoma Grandes/ Sem brilho metálico/ Três faixas longitudinais pretas no tórax/ Abdômen xadrezado Hipelates sp (mosca-lambe-olhos) Muito pequenas (2-3 mm)/ Pretas com brilho metálico Tracoma - O tracoma é uma ceratoconjuntivite crônica, causada pela Chlamydia trachomatis. Miíases - é a infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que, pelo menos em parte de seu ciclo, se alimentam de tecidos vivos ou mortos de animais (homem), líquidos corporais ou alimentos ingeridos. Classificação Primárias ou obrigatórias - As bicheiras ou miíases cavitárias são miíases primárias causadas pelas larvas da mosca Cochliomyia hominivorax. Essas larvas se desenvolvem em tecidosvivos. As larvas se desenvolvem unicamente em tecidos vivo Larvas Biontófagas Ex: Cochliomyia hominivorax/ Dermatobia hominis/ Oestrus ovis/ Gasterophilus sp./ Cuterebra sp./Alouatamyia sp./ Phillornis sp. Secundárias ou facultativas As larvas se desenvolvem em tecidos mortos (necrosados) de hospedeiros vivos Larvas necrobiontófagas Ex: Lucilia sericata Pseudomiíases - é a ocorrência, com manifestações patológicas ou não, de larvas de dípteros no trato digestivo do homem e dos animais, ingeridas acidentalmente. Larvas de tefritídeos Larvas de Eristalix (Syrphidae) Fatores Pré-Disponentes Para Miíases As miíases se desenvolvem em lesões pré-existentes,resultantes de: escoriações de natureza variada (41,7%) lesões de origem não identificada (20,8%) doenças do sistema circulatório (12,5%) Neoplasias (8,3%) conjuntivite, otite, dermatite e ferida cirúrgica (4,2%). Os fatores predisponentes às míiases foram: debilidade física e mental desidratação, higiene corporal inadequada diabetes, desnutrição, elefantíase esquizofrenia, alcoolismo infestação por piolhos e, fundamentalmente, feridas acidentais. Dermatobiose – BERNE ---Não necessita de uma cavidade já aberta, só de tecidos vivos. Coloca ovos no abdome de uma mosca doméstica , mosca vetora libera os ovos no tecido ---Miíase forunculóide causada pelas larvas de Dermatobia hominis, caracterizada pela formação de um nódulo parasitário, pruriginoso. ARANHAS E ESCORPIÕES Seu veneno é utilizado para imobilizar a presa e é excretado por quelíceras nas aranhas e pelos dedos dos pedpalpos nos pseudoescorpiões e pelo aguilhão terminal abdominal nos escorpiões O animal peçonhento tem estrutura inoculadora de veneno, sendo envenenamento ativo, enquanto os animais venenosos não tem essa estrutura, logo seu envenenamento é passivo Classe Arachnida: tem origem aquática e formas terrestres parecem representar várias invasões Ordem Araneae (aranhas) especiosa (35 mil espécies) com grandes populações - Corpo dividido em prossomo e em abdome que é segmentado (primitivo) em escorpiões Cefalotórax e abdome fusionado em ácaros Opilhões e ácaros = miniaturização propicia uma diversificação de hábitos alimentares Aranhas e escorpiões = hábitos predatórios, utilizando pedipalpos para segurar a presa. O veneno é utilizado para imobilizar a presae são excretados pelas quelíceras (aranhas) ou aguilhão abdominal terminal (escorpiões) ou dedos dos pedipalpos (pseudo-escorpiões). A seda é utilizada para construir teias. Tricobótrios e órgãos sensoriais em fendas utilizados para localizar a presa Epicutícula cerosa, pulmões foliáceos e traquéias e apêndices locomotores são adaptações para habitar o ambiente terrestre. Transferência de esperma por espermatóforos (escorpiões e aranhas) ou direta (opilhões e ácaros) Nas aranhas, o cefalotórax e o abdômen são unido por uma “cintura” estreita. As quelíceras são pequenas, com 2 artículos e um ducto venenoso que termina em um aguilhão por onde a aranha injeta o veneno. Nos pedipalpos dos machos acha-se o bulbo genital. Cada uma das 8 patas possui 7 segmentos. A disposição dos olhos, em número de 4, 6 ou 8, constitui importante caráter sistemático. Exemplos: Lycosa erythrognatha – tarântula Phoneutria nigriventer – armadeira Loxosceles rufipes – aranha marrom Latrodectus mactans – viúva negra Argiope sp – aranha de teia, inofensiva Lasiodora sp (caranguejeira) Aranhas de Importância Médica Phoneutria – Armadeira cor: cinza ou castanho escuro. tamanho: ao redor de 15 cm. habitat: residências e seus arredores (bananeiras e folhagem de jardins); costumam viver escondidas em lugares escuros (calçados, por exemplo). hábitos: noturnos. Lycosa – Aranha-lobo cor: negra. tamanho: 5 cm. habitat: gramados perto das residências. Não são agressivas. hábitos: ativa durante o dia e a noite. acidentes: pica ao ser pisada ou quando está impossibilitada de fuga. Loxosceles – Marrom cor: marrom. tamanho: total de 3 cm. habitat: no interior das residência, atrás dos móveis, em porões, sótãos, sob casca de árvores, folhas secas de palmeiras. acidentes: pica quando espremida contra o corpo quando em contato com a roupa. Caranguejeira Acidentes geralmente raros por pelos urticantes e sem gravidade; os libera quando se sente ameaçada ou é manipulada. Latrodectus – Viúva negra cor: vermelha, negra, esverdeada ou castanha. tamanho: as fêmeas atingem até 3 cm no total; os machos apenas 1,5 cm. habitat: as fêmeas constroem suas teia no meio de vegetação, arbustos, gramíneas; podem viver junto às residências humanas, em latas vazias, em sapatos velhos, etc. hábitos: ativas durante o dia. acidentes: pica quando espremida contra o corpo. observação: as fêmeas são as responsáveis pelos acidentes. Araneísmo -Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, através de aparelho inoculador (quelíceras) de aranhas. 1) Phoneutria (armadeira): neurotóxica de ação periferia 2) Loxoceles (aranha marrom): proteolítica e hemolítica 3) Latrodectus (viúva-negra): neurotóxica central e periferia 4) Lycosa (gênero da tarântula): proteolítica Phoneutria Ações do veneno: Ativação e retardo da inativação dos canais de Na: despolarização de fibras musculares e terminações nervosas: liberação de acetilcolina e catecolamina Ativação do sistema calicreína-cininas: contração de musculatura lisa vascular, aumento da permeabilidade vascular Clínica: -Dor, edema eritema, parestesia, sudorese - Taquicardia, hipertensão ou hipotensão arterial, sudorese, vômitos, agitação psicomotora, sialorréia, priapismo, hipertonia muscular, choque, edema agudo de pulmão Exames complementares: - Hemograma: leucocitose com neutrofilia -Bioquímica: hiperglicemia -ECG: taquicardia sinusal Tratamento: Loxosceles Epidemiologia: Forma mais grave de araneísmo no Brasil/ Região sul (PR, SC)/ Acidentes em intradomicílio/ Acomete mais coxa, tronco e braços Ação do Veneno: Enzima esfingomielinase-D: atua em membrana celular levando à ativação do sistema do complemento, da coagulação e das plaquetas Lipases, hidrolases, proteases, fosfatases e hialuronidase. Clinica Forma cutânea: 87 – 98% dos casos Dor, edema endurecido, eritema (pouco valorizados pelo paciente) Lesão sugestiva: enduração, bolha, equimoses e dor emqueimação Lesão característica: dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas (placa marmórea) e necrose. Pode evoluir para escara (7-12 dias) e úlcera de difícil cicatrização em 3 – 4 semanas Astenia, febre, cefaléia, exantema morbiliforme, petéquias, mialgia, sonolência obnubilação, irritabilidade, coma. Forma cutâneo-visceral (hemolítica) Além do comprometimento cutâneo ocorre hemólise intravascular Anemia, icterícia, hemoglobinúria, petéquias, equimoses, CIVD, IRA Exames complementares: Hemograma: leucocitose, neutrofilia, anemia, plaquetopenia, reticulocitose, hiperbilirrubinemia indireta, hiperpotassemia, ↑ uréia, ↑creatinina, alteração do coagulograma Tratamento: Corticoterapia: prednisona oral 1mg-kg em crianças e 40mg – kg em adultos por 5 dias Analgésicos Compressas frias ATB se infecção secundária Remoção da escara após estar delimitada por área de necrose Latrodectus Epidemiologia: Região NE, homens, 10 – 30 anos de idade Ações do Veneno: Alfa-latrotoxina atua no sistema nervoso autônomo com liberação adrenérgicos e colinérgicos e na junção neuromuscular pré-sinaptica alterando permeabilidade dos canais de Na e K Clínica Clínica: tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, cefaléia, prurido, edema de face e pescoço Dor com irradiação para MI, contraturas musculares, atitude de flexão no leito, hiperreflexia, dor abdominal intensa Ptose, edema bipalpebral, hiperemia conjuntival, midríase, contratura facial, trismo de masseteres: fáscies latrodectísmica Opressão precordial, sensação de morte iminente, taquicardia e hipertensão seguida de bradicardia Náusea, vômitos, sialorréia, anorexia, obstipação Retenção urinária, dor testicular, priapismo, ejaculação Exames complementares: Hemograma: leucocitose, linfopenia, eosinopenia Bioquímica: hiperglicemia, hiperfosfatemia EAS: albuminúria, hematúria, cilindrúria ECG: arritmias: Fibrilação, bloqueios, inversão de onda T, alteração do ST, prolongamento do QT Tratamento: Tarântula Sintomatologia e tratamento para acidentes com Lycosa (gênero da tarântula) O acidente provoca dor local discreta e transitória, edema e eritrema leves ão descritos em menos de 20% dos casos. O tratamento muitas vezes é desnecessário, a dor pode ser aliviada com analgésicos orais Aranhas que possuem pelos urticantes no abdomem Causam reações de hipersensibilidade, prurido cutâneo e nasal, mal- estar, tosse, dipnéia, broncospasmo. 1) Acanthoscurria geniculata (caranguejeira) 2) Espécies das famílias Theraphosidae Escorpiões Ordem Scorpionida (Escorpiões) O corpo dos escorpiões é alongado e o cefalotórax é largamente unido ao abdômen. As quelíceras são pequenas. Possuem pinças fortes (nos pedipalpos) para prender a vítima. O telson apresenta um aguilhão venenoso pontiagudo (no último segmento). Exemplos: Tityus bahiensis, Tityus serrulatus Ordem Phalangida (Opiliões)- O corpo destes animais é curto e ovóide. O cefalotórax é fundido ao abdômen ligeiramente segmentado. As patas são longas, cada uma tendo 7 artículos. Os opiliões são inofensivos, vivendo em lugares úmidos e abrigados do sol. Exemplo: Phalangrium sp Reprodução e Desenvolvimento Pouco dimorfismo sexual Placa opercular dos machos com gancho Ritual de corte Sem cópula - Espermatóforos no solo Ovovivíparos (vivíparos ?- Hormurus australasiae) ovos incubados no trato reprodutivo feminino desenvolvimento - vários meses >> 6 a 90 jóvens Mudas ou ecdises (até a maturidade sexual) - 5 ecdises >>> maturidade sexual 1 ano Escorpiões de Importância Médica Bothriurus menores que o Tityus com corpo escuro, sem o espinho sob o ferrão Tityus sob o ferrão existe um pequeno espinho T. serrulatus (maior número de acidentes) Presentes: BA, ES, MG, SP, PR, RJ. T. bahiensis Presentes: Bahia até Santa Catarina e Mato Grosso Escorpianismo Tityus serrulatus: Ba, ES, GO, MG, PR, RJ, SP Tityus bahiensis: GO, SP, MS, MG, PR, RS, SC Tityus stigmurus:NE Tityuscambridgei:AM Tityus metuendus: AM, AC, PA Ação do Veneno Dor local Alterações nos canais de Na: despolarizações pós gaglionares com liberação de acetil colina Sinais e sintomas: náuseas, vomitos, bradicardia,hipotensão,bradpnéia e choque. Tratamento: lavar local, analgesia,uso de soro anti-escorpionico em casos graves. Clínica: – Local Acidentes por Tityus serrulatus são mais graves. Dor local, parestesia – Sitêmicas: hipo-hipertemia, sudorese profusa, náuseas, vômitos, sialorréia, dor abdominal, diarréia, arritmia cardíaca, hiper-hipotensão, choque, taqui/dispnéia, edema pulmonar agudo, agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia, tremores Gravidadade: Espécie, tamanho, quantidade de veneno, massa corporal do acidentado e sensibilidade do paciente Exames complementares: ECG: desaparecem em 3 dias, podendo persistir por 7 -10 dias Raio-x de órax: Aumento da área cardíaca, edema pulmonar Ecocardiograma Hemograma (leucocitose com neutrofilia) Bioquímica: hiperglicemia, amilasemia, hiponatremia, hipopotassemia. Tratamento Inespecífico: –Lidocaína (bloquador dos canais de Na)a 2% sem vasoconstrictor infintração, 1-2 ml para crianças e 3-4 ml para adultos. Analgésicos (dipirona 10mg-kg de 6 em 6h). Atropina (antagonista dos receptores de acetilcolina) 0,01-0,02 mg-kg(bradicardia sinusal). Nifedipina (bloqueador dos canais de Ca2+)0,5 mg-kg ( hipertensão e edema pulmonar). Monitorização (UTI) Tratamento:
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