Buscar

PLASTICIDADE SOMÁTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PLASTICIDADE SOMÁTICA
A Neuroplasticidade ou plasticidade neural refere-se à capacidade que o nosso sistema nervoso possui de alterar-se morfologicamente em função das atividades fisiológicas do dia-a-dia de maneira permanente ou demorada, como ampliar o tamanho das áreas que possuem relação com determinada parte do corpo por efeito do uso constante da função do corpo em atividade relacionada a área responsável por ela no córtex cerebral. Do contexto, foi descoberto que em pianistas, a região cortical do cérebro com relação com os dedos das mãos, ocupa um espaço maior em comparação a pessoas que não tocam piano, fator denominado reorganização cortical dependente do uso.
Para o conhecimento neurofisiológico dos inúmeros detalhes acerca do assunto é de fundamental importância o conhecimento prévio sobre neurônios e sua anatomia, a natureza das conexões sinápticas e organização das áreas cerebrais. Além disso, deve-se saber que plasticidade nervosa não acontece exclusivamente em processos patológicos, mas assume ainda funções muito importantes no funcionamento normal do indivíduo.
São cinco os tipos de plasticidade neural. A seguir, será abordado informações sobre plasticidade somática: ‘’pode ser entendida como a capacidade de regular a proliferação ou a morte de células nervosas. Somente o sistema nervoso central embrionário é dotado de tal capacidade, e ele não responde a influências do meio externo’’ (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2013). Sabe-se, hoje em dia, que há regiões do SNC adulto capazes de manter a proliferação e substituir neurônios que morrem em resposta a inferências exteriores. Dessa maneira, uma das esperanças na recuperação somática está no uso de células-tronco, tanto células da Glia como neurônio, pois esse tipo de célula pode sofrer diferenciações compondo diferentes tecidos no organismo, além de gerar cópias idênticas de si mesmas.
A condição da neuroplasticidade varia com a idade do indivíduo. Durante a ontogênese, o sistema nervoso é mais plástico, especialmente as fases denominadas de períodos críticos que são mais suscetíveis a transformações.  A plasticidade neural faz um remapeamento das conexões entre as células nervosas, o que possibilita nosso aprendizado e o desenvolvimento de habilidades constantemente.
Por fim, a neuroplasticidade ou plasticidade neural, é a habilidade do cérebro para se recuperar e reestruturar, ela possibilita a regeneração de neurônios, tanto do ponto de vista anatômico quanto funcional, bem como desenvolver novas conexões sinápticas. 
Essa plasticidade do SNC permite a recuperação do cérebro após transtornos ou lesões e também diminuir as implicações por alterações patologias como a esclerose múltipla, a doença de Parkinson, a deterioração cognitiva, o Alzheimer e etc. 
	
NEUROGENESE E NEUROPLASTICIDADE
O dogma da não proliferação dos neurônios adultos foi pela primeira vez abalado quando se verificou que os epitélios sensoriais especializados retêm alguma atividade proliferativa, ou pelo menos mantêm células precursoras neurais capazes de se diferenciar em neurônios maduros.
Na literatura sobre a plasticidade neural existe uma concordância: o aprendizado ou a prática de atividades, desde que não seja apenas por repetição de movimentos, induza a mudanças plásticas e dinâmicas no SNC, pois o treinamento motor pode promover neurogênese, sinaptogênese, angiogênese, modulação pré e pós sináptica entre outros, e todos esses podem contribuir para um feedback positivo na recuperação em resposta a esse treinamento, mas sempre tendo em vista a cautela, já que fatores como intensidade, especificidade, intervalo entre a lesão e a pratica de atividades influem no processo de recuperação da função nervosa.
A neurogênese é o método pelo qual novos neurônios são acendidos. Ela é tida como o principal fenômeno da plasticidade cerebral, se a olharmos como uma referência quando se trata de reabilitação, na formação de técnicas que beneficiem o comportamento motor e cognitivo, principalmente em se tratando de fatores de envelhecimento, pois sabe-se que um dos fatores que retardam o envelhecimento do cérebro, é a pratica e atividades físicas. Pesquisas acerca do assunto relacionam essa efetividade com mudanças no tecido neural e mecanismos de neurotransmissão, também à neurogênese. Esta última, podendo ser pensada como um dos mais ressaltantes métodos neuroplásticos que o sistema nervoso possa mediar.
Ainda não está estabelecido firmemente se a neurogênese adulta é apenas um mecanismo de reposição de neurônios, ou se participa ativamente dos mecanismos da neuroplasticidade. Há indícios experimentais de que a segunda hipótese seja verdadeira, baseados na influência positiva do exercício físico sobre a neurogênese do hipocampo, possivelmente através da formação de vasos sanguíneos que liberam fatores tróficos pró-neurogênicos. Efeito contrário se produz no caso de estresse comportamental, que atua mediante a secreção de glicocorticoides antineurogênicos. Na vigência desses fatores ambientais pró ou antineurogênicos, a LTP aumenta ou diminui correspondentemente. No sistema olfatório há evidências semelhantes de influências ambientais sobre a neurogênese: o acasalamento, a gestação e a lactação, por exemplo, são fatores pró-neurogênicos identificados.
BIBLIOGRAFIA:
BORELLA, Marcela de Pinho & SACCHELLI, Tatiana. Os efeitos da prática de atividades motoras sobre a neuroplasticidade. Disponível em: <http://revistaneurociencias.com.br/edicoes/2009/RN%2017%2002/14.pdf>. Acesso em: 11/05/2018
Haase; S. S. & Lacerda; S. Neuroplasticidade cerebral. Disponível em: <http://resumos.netsaber.com.br/resumo-120655/neuroplasticidade-cerebral>. Acesso em: 11/05/2018
LENT, Robert. Cem Bilhões de Neurônios (Cap. 5). Vieira & Lent Casa Editorial.2002
Neuroplasticidade - Estrutura e organização Disponível em: <https://www.cognifit.com/br/plasticidade-cerebral>. Acesso em: 11/05/2018
SILVA, Venon Furtado et al. Exercício físico e plasticidade neurogênica: benefícios relacionados às funções mentais do idoso. Disponível em: <https://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/biologicas_e_saude/article/viewFile/206/123>. Acesso em: 11/05/2018
Tipos de plasticidade neural. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/tipos-de-plasticidade-neural/35046>. Acesso em: 11/05/2018

Continue navegando