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� INSTITUTO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR (ISES) - FACULDADE SUMARÉ TECNOLOGIA EM GESTÃO DE SEGURANÇA PRIVADA APOSTILA: SEGURANÇA EM EVENTOS SÃO PAULO 2017 SEGURANÇA PRIVADA – SEGURANÇA EM EVENTOS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA SEGURANÇA PRIVADA Gestão de Segurança Privada A enorme competitividade entre as empresas, independente de seu ramo de atuação ou tamanho, além das incertezas e riscos naturais inerentes ao seu negocio e ainda o crescimento da violência, ascensão do crime organizado, desequilíbrio social e atuação abaixo do desejável dos órgãos de segurança pública, as obriga a se organizarem e planejarem da forma mais eficiente possível todas as despesas e custos. Nesse contexto não se pode mitigar a segurança empresarial. Não se deve ver a segurança apenas como a protetora de pessoas e ativos, pelo menor custo possível e sim como ferramenta fundamental para agregar competitividade e estabilidade aos processos empresariais. A gestão da segurança deve ter uma abrangência muito maior, necessita ter uma visão macro do objetivo da empresa, ser inserida nas decisões estratégicas da organização, prevenindo todas as formas de perdas, desvios, fraudes e outras atitudes delituosas que possam prejudicar e até mesmo paralisar as atividades empresariais, como se o Gestor de Segurança estivesse observando a empresa do alto de uma escada, não se admitindo profissionais responsáveis pela proteção e segurança fiquem alojados em um canto obscuro da organização. Profissionais que atuam na segurança sabem que não existe mais lugar para pessoas sem conhecimento avançado no assunto e utilizando equipamentos e técnicas não profissionais, estão se conscientizando da importância de se preparar para enfrentar os problemas impostos pela falta da segurança pública, crescimento assustador da violência urbana, pelos avanços tecnológicos e pelos diversos tipos de ilícitos e crimes que podem afetar o pleno desenvolvimento de uma empresa. Como consequência dessa necessidade, surgiu há alguns anos o Gestor de Segurança, profissional que tem o papel importantíssimo de planejar e organizar segurança, prevenir riscos e reduzir prejuízos ou perdas, integrando todos os setores e recursos da empresa de forma planejada. Esse profissional deve ter visão sistêmica e totalmente atualizada das mudanças do mercado no qual atua. Baseada na mesma necessidade apresentada pelo mercado carente de profissionais capacitados surgiram os cursos superiores de Tecnólogos em Gestão de Segurança Empresarial, oferecendo formação acadêmica em segurança empresarial, com o objetivo de formar profissionais para gerir empresas e áreas de segurança patrimonial interna, terceirizada ou orgânica. Capaz de planejar, operacionalizar e controlar todas as atividades inerentes à segurança privada patrimonial. Por meio dos conhecimentos adquiridos nas atividades teóricas e praticas e preparado para a compreensão dos princípios gerais e dos fundamentos que norteiam a gestão empresarial dos recursos humanos e materiais. O que se espera minimamente de um Gestor de Segurança que ele possa entre outras atividades: Gerir departamento ou assessorar efetivamente, setores e áreas relacionadas à segurança patrimonial em Instituições Públicas e Privadas; Atender e adequar as empresas à rigorosidade da legislação pertinentes ao segmento de segurança privada; Elaborar ou assessorar efetivamente no planejamento estratégico de segurança, que possua um mínimo de análise crítica dos indicadores da conjuntura socioeconômica, política da empresa contratante e de seus clientes; Identificar e analisar de riscos envolvidos na atividade principal e de apoio das organizações com o objetivo de auxiliar na definição de políticas de segurança e diretrizes que assegurem a continuidade dos negócios; Elaborar ou assessorar projetos integrados de segurança física e eletrônica alicerçados em parâmetros técnicos e legais; Aplicar as técnicas e conceitos adquiridos na universidade nas práticas de prevenção às perdas patrimoniais e no gerenciamento de crises e de riscos à integridade física das pessoas; Identificar possíveis situações geradoras de Crises com a utilização método de identificação, para obter e aplicar os recursos necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma crise. Evolução histórica: Em 1852, devido às deficiências naturais do poder público, os americanos Henry Wells e Willian Fargo, criaram a primeira empresa de segurança privada do mundo a WELLFARGO. Essa empresa tinha como objetivo, escoltar diligências de cargas ao longo do rio Mississipi. Já em 1855, o detetive policial de Chicago, Allan Pinkerton, fundou a PINKERTON´S, que fazia o serviço de proteção das estradas de ferro. Na época, as instituições bancárias já estavam em pleno desenvolvimento. Em 1859, na cidade de Chicago, por Washington Perry Brink, a empresa que levaria seu sobrenome inicia suas atividades como transportadora de caixas e bagagens de homens de negócio, que viajavam para a cidade em missões comerciais. Em 1900 a Brink’s faz sua primeira entrega bancária – seis sacos de dólares de prata – tornando-se com isso a primeira transportadora de valores do Mundo. Segurança Privada no Brasil: A atividade de segurança privada aos moldes parecidos aos atuais teve início em 1967, em pleno período da ditadura militar no Brasil, organizaram-se e foram institucionalizadas guardas armadas de instituições financeiras, como resposta aos assaltos a bancos praticados por grupos políticos de esquerda para financiar as suas ações. A primeira legislação sobre o assunto surgiu em 1969, com a instituição do Decreto-Lei 1.034/69, que autorizou o serviço privado em função do aumento de assaltos a bancos, obrigados, à época, a recorrer à segurança privada. Iniciou-se a tentativa normatização e controle da atividade, deixando para cada Unidade Federativa a tarefa de regular o funcionamento das empresas em seus respectivos locais, fixando ou não formas de treinamento, registro das empresas, armas e algumas delas apontando para a possibilidade de utilização do vigilante na repreensão aos movimentos sociais. Por seu caráter paramilitar, era sempre indicado um militar para gerir esse negócio ou para supervisioná-lo. De igual forma, nos seus quadros ..issionais, o histórico militar dos seus empregados era um dos requisitos elementares. Diferente da situação atual, onde não é permitida a presença de militares ou policiais civis em seus quadros se esses ainda estiverem na ativa. As empresas que exerciam a atividade foram limitadas a um número de cinquenta no Estado de São Paulo e eram controladas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. Até 1983, os governos estaduais fiscalizaram essas empresas. A demanda por Segurança Privada aumentou ao longo dos anos e esta necessidade deixou de ser exclusiva das instituições financeiras, para ser fundamental também a órgãos públicos e empresas particulares. O auge dos serviços de segurança aconteceu no final dos anos 70. A crescente procura exigia uma normatização, pois o decreto-lei de 1969 já não comportava todos os aspectos da atividade. Em 1983, o Congresso Nacional e o executivo sancionam a Lei 7.102 que uniformiza em todo o território nacional a atividade de segurança privada, com currículo de formação único, controle e registro nacional das empresas, registro ..issional do vigilante no Ministério do Trabalho, além de fixar limites e algumas responsabilidades. A fiscalização deixou de ser estadual (SSP) e passou a ser federal (DPF/MJ). As autorizações de funcionamento das empresas de segurança são expedidas pela Policia Federal, que é subordinada ao Ministério da Justiça, por meio de requerimento dirigido ao Superintendente Regional-DPF-, solicitando vistoria nas instalações, análise e encaminhamento do processo à CCP/DPF. LOCAIS DE EVENTOS CONHECIMENTO DOS LOCAIS DE EVENTOS XE "CONHECIMENTO DOS LOCAISDE ESPETÁCULOS PÚBLICOS" CONDIÇÕES GERAIS Originariamente, os grandes espetáculos se realizavam nos logradouros públicos, a céu aberto, com participação franqueada a todos. O interesse em explorar política ou comercialmente o espetáculo público demandou a edificação de locais próprios, onde o público pudesse ser acomodado e controlado. Com o transcorrer do tempo, mercê da evolução social e da inerente responsabilidade do Estado pela segurança do cidadão e garantia do exercício dos direitos e liberdades individuais, o Poder Público passou a adotar medidas dirigidas à proteção dos espectadores. Tais medidas, basicamente de caráter preventivo, incidem sobre as edificações, restrições concernentes aos espectadores, ação de presença policial, etc. Neste capítulo interessa-nos mais de perto a análise das medidas relativas aos locais de Espetáculo Público, desportivo, artístico, cultural ou de outra natureza. O conhecimento do local de espetáculo público é imprescindível aos entes que 34 realizam segurança, quer publica ou privada, qualquer que seja a função a desempenhar. O perfeito conhecimento concorre para que, ao fim de certo tempo, com eles se familiarizem, habilitando-os a desenvolver suas missões integralmente. Todo local de espetáculo público deve ter segurança que abranjam os mínimos detalhes; a entes encarregados da sua execução deverá fazê-lo com objetividade, a segurança devera ser feita em seus postos prioritários e normais e mantendo-se atenta e em condições de reunir-se com rapidez, a fim de fazer frente a distúrbios parciais ou generalizados em um só local ou em vários locais distintos devendo, para tal fim, estar devidamente instruídos. TIPOS DE LOCAIS XE "TIPOS DE LOCAIS" CLASSIFICAÇÃO XE "CLASSIFICAÇÃO" QUANTO À COBERTURA -cobertos; - descobertos; e - cobertos em parte. QUANTO À ESTRUTURA: - de concreto; - de madeira; - de pedra; - de alvenaria; - metálicos; - de combinação dos materiais citados; e - de outros materiais. QUANTO AO ACESSO AO LOCAL ESPECÍFICO DO EVENTO: - com ou sem túneis de acesso; - com ou sem alambrados; - com ou sem fosso; e - com ou sem entradas especiais. QUANTO AOS PLANOS DE PAVIMENTOS: - de um só pavimento; e - de dois ou mais pavimentos. QUANTO À PROPRIEDADE: - públicos; e - privados. QUANTO AO ACESSO DE PÚBLICO: - através de compra de ingresso - liberado sem restrições de controle ao público, gratuitamente; e - liberado com restrições de controle ao público, gratuitamente. QUANTO À FINALIDADE DE USO: - específicos, para o uso a que se destinam; e - improvisados. QUANTO À ATIVIDADE PRINCIPAL A QUE SE DESTINAM: - futebol; - bola-ao-cesto, futebol de salão, voleibol e handebol; - hóquei; beisebol - shows artísticos e culturais; - tênis; - "show ball"; - box; - artes marciais; - demonstrações e ginástica; - corridas de cavalos e de trote; - corridas de automóveis e motocicletas; - corrida de bicicletas; - pedestrianismo; - provas aquáticas; - futebol americano (rugby); e - competições especiais, não comuns ao modo de vida local. As divisões referente às maneiras de se classificar um local não são rígidas, uma vez que, tais características apresentadas podem ser dispostas numa variedade de combinações, inclusive com outras divisões que podem vir a ser acrescentadas às acima. Já quanto à atividade a qual o local de espetáculos públicos se destina, procura-se abordar as atividades por exemplo: as competições realizadas por duas equipes, como futebol, podendo, entretanto os princípios aqui formulados serem aplicados, também, às atividades disputadas por diversos concorrentes individuais ou espetáculos artísticos, religiosos ou culturais, naquilo que couber. CARACTERÍSTICAS GERAIS COMUNS AOS LOCAIS DE ESPETÁCULO PÚBLICO XE "CARACTERISTICAS COMUNS DOS LOCAIS" Além de suas características próprias, um mesmo local em ocasiões diferentes apresentará peculiaridades também diferentes. Existe uma série de características comuns a todos os locais e ocasiões, variando somente com relação a número e espécie, bem como determinado providências que podem e devem ser aplicadas genericamente. DOS SETORES XE "DOS SETORES" DIVISÃO EM SETORES XE "DIVISÃO EM SETORES" Todos os locais, para todas as ocasiões, devem ter uma divisão, para fins da realização da segurança por setores. Os setores serão determinados quando da realização dos planos de segurança do evento e terão pessoas responsáveis pela sua execução. Um setor abrangerá vários postos reunidos por critérios de proximidade física ou por missões afins. Os critérios para a atribuição de setores serão: Um setor compreendendo tudo o que se referir a Administração do evento e tudo o que se referir ao local da realização do espetáculo a que se refere o evento em si; Um ou mais setores, compreendendo os locais destinados à assistência ; e Outros locais julgados necessários. Para efeito operacional ficam os setores divididos de forma que atenda a operacionalidade da segurança. Essa divisão pode ser variada de acordo com a disposição do local. Por exemplo o Estádio Cícero Pompeu de Toledo – MORUMBI, para a realização do evento futebol, é setorizado conforme seus pavimentos de acomodação de público: O 1° setor permanece em sua concepção original, área do campo: O 2° setor com o primeiro pavimento de cativas e numeradas: O 3° setor com o segundo anel de cativas e numeradas: e O 4° setor com as arquibancadas em seu último pavimento. 1° SETOR A área de espetáculo (palco, pista, campo de futebol, pista de atletismo, etc...); Local da administração da segurança do evento; Estacionamento de veículos de apoio ao evento; Vestiários, Camarins dos protagonistas dos espetáculos (árbitros, jogadores, artistas, etc...); Arrecadação de bilheteria; e Posto médico. 2° SETOR A área destinadas as cadeiras numeradas, cativas, setores VIP, tribunas e tudo que se assemelha a esses. 3° e 4º SETOR A área destinada as arquibancadas e numeradas. DOS POSTOS XE "DOS POSTOS" A determinação dos postos efetivos são os fixados conforme estudo prévio levado a efeito no planejamento da segurança, válido para todos os espetáculos. Os postos efetivos serão determinados conforme a classificação do espetáculo, de modo que o espetáculo considerado <médio> compreenderá os postos do espetáculo considerado <pequeno> mais os seus postos, o mesmo acontecendo com o espetáculo considerado <grande>, que compreenderá os postos dos espetáculos menores anteriores, mais os seus postos. Um mesmo posto, que requeira determinado efetivo num determinado espetáculo, em outro poderá necessitar de efetivo maior, em razão da peculiaridade daquele. Os postos de momento são aqueles não previstos para determinado espetáculo, mas que devido às circunstâncias fazem-se necessários seu estabelecimento, a critério do comandante desse setor, e usando de efetivo reserva, fará a cobertura desse posto para a maior eficácia da segurança, dando sempre ciência imediata a pessoa responsável pela segurança do evento. . O responsável pelo setor pode, em casos excepcionais,poderá movimentar o efetivo da segurança dos postos efetivos, para os de momento, evitando, porém desguarnecer os postos cujo efetivo esteja sendo diminuído, dando sempre ciência imediata a pessoa responsável pela segurança do evento. . Os postos que normalmente devem ser abrangidos pelo efetivo da segurança são: Estacionamentos de veículos de apoio, veículos oficiais, veículos de delegações e de veículos especiais, se localizados no interior do local de espetáculo público; Postos de arrecadação; Catracas e locais de entrada de público; Locais de acesso da imprensa e de autoridades; Embocaduras e corredores; Tribunas; Vestiários de árbitros e de atletas; Cabines de som e da imprensa escrita, falada e televisada;Casas de força e geradoras; Torres de som e de iluminação; Bares, se internos; Posto de administração do evento; Postos de comunicações; Arquibancadas; Local da competição; Locais de aglomeração que permitam a ação de punguistas, trombadinhas, assaltantes e outros, se interno; e Outros locais internos necessários, característicos do local de espetáculo público. SEGURANÇA DO LOCAL DE ESPETÁCULO PÚBLICO XE "SEGURANÇA DO LOCAL DE ESPETÁCULO PÚBLICO" A segurança dos locais de espetáculos públicos está intimamente ligada aos fatores abaixo: Pela arquitetura; Pela respectiva administração; Pelos promotores do evento; Pelas autoridades competentes, dentro de suas respectivas área de ação; e Pela ação da segurança realizada pelo policiamento publico. A determinação da lotação máxima desses locais é efetuada inicialmente pelos engenheiros responsáveis por sua concepção, considerando acomodação do público, sentado e em pé, rotas de circulação interna e outros fatores. Estudos técnicos realizados pelos órgãos promotores dos Espetáculos Públicos utilizam para determinação da lotação máxima, entre outros, o critério da acomodação do público sentado. Os parâmetros não são unânimes, mas se prestam à determinação efetiva da capacidade de acomodação do público. O CONTRU (Departamento de Controle do Uso do Solo e Edificações da Prefeitura Municipal de São Paulo), até 1995, adotou como medida básica para o cálculo de acomodação do público sentado a unidade de 40 cm linear. Já a FIA (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE AUTOMOBILISMO) estabeleceu como medida básica 60 cm linear. Hoje a SEHAB (Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo), apesar de utilizar a medida de 80 cm linear, através de Portaria Nº 659/SEHAB G/95 de 15Jul95, estabeleceu que toda edificação destinada à reunião de pessoas deve ter toda sua capacidade de lotação baseada na contagem de assentos individuais, fixos instalados com as dimensões de 50 X 35 cm. Na acomodação em pé, o calculo básico é de 0.4 m² por pessoa. Essa medida, geralmente, é utilizada para os espaços frente aos palcos de shows (pista). A capacidade total de acomodação de público deve ser registrada formal e legalmente no Alvará de Funcionamento da Edificação expedido pela Prefeitura Municipal. DA ARQUITETURA DOS LOCAIS DE ESPETÁCULOS PÚBLICOS XE "DA ARQUITETURA DOS LOCAIS DE ESPETÁCULOS PÚBLICOS" A arquitetura de um local é apoiada no Código de Edificações, que especifica, inclusive, as normas técnicas quanto à sua segurança; sua fiscalização está, conforme disposições legais, a cargo do órgão público municipal. Uma edificação destinada a Espetáculos Públicos é dividida em setores. Cada setor deve ter banheiros, bares, acessos às áreas de serviços e de circulação, sendo distinto por cores e separado por telas e grades. Em São Paulo, a Portaria 659/SEHAB G/95 regula essa questão. O alambrado ou telas de arame que separam o público do local onde se realizará o Espetáculo Público (campo, quadra, palco, etc.) devem ser instalados no solo somente para destacar a área, de modo a serem removidas pela ação mecânica do homem, em situações de emergências. Tal medida visa prevenir o esmagamento e permitir o atendimento emergencial do público no próprio campo ou área de espetáculo, em situações adversas. A setorização da edificação, além de permitir a lotação ordenada, constitui-se medida de comprovada eficácia na evacuação localizada pelas vias de fuga específicas de cada setor. Cada setor deve ter banheiros para ambos os sexos contendo no mínimo um vaso sanitário para cada 500 pessoas (Portaria SEHAB Nº 659 15Jul95). É recomendável que cada setor tenha seu respectivo local apropriado e devidamente adaptado para os serviços de bares, conforme prescrito na lei 9470/96. Portões de acesso às Áreas de Acomodação, de Circulação e de Serviço. Conforme normas internacionais, orientações do CONTRU e a NBR 9077 de Maio de 1993, os acessos das entradas dos locais onde se realizem espetáculos não deve ultrapassar a 50 metros da área de acomodação de público. Porém se verifica que há uma variação conforme a destinação original da edificação. Toda área de serviço e circulação deve estar desimpedidas de obstáculos e objetos que possam causar acidentes. O Posto Médico é obrigatório nos locais de Espetáculo Públicos, e visam dar os primeiros socorros a quem necessitar, em situações normais ou emergências. As normas que estabelecem a obrigatoriedade do posto de atendimento médico, são: Res SS-169 de 19Jun96 (DOE 20Jun96: Res CFM 1451/95 (Conselho Federal de Medicina); e Res CREMERJ-100/96, e as orientações da Organização Mundial de Saúde. Conforme orientação da OMS, é aconselhável ter 1 (um) médico para cada 5000 pessoas e 2 (dois) enfermeiros para cada médico, podendo ser variável conforme o tipo de público e Espetáculo. São materiais obrigatórios de um Posto Médico: Uma Ambulância equipada para o transporte e atendimento de socorro; Local de registro médico e arquivo; Sanitários; Local de esterilização de materiais (instrumental); Material de Limpeza (faxina); Água corrente encanada (pia e bancada); Piso lavável e resistente a detergentes; Instrumental cirúrgico; Aspirador de secreções; Fonte de oxigênio; Mesa de atendimento (maca); Material de ausculta cardíaca; Material de pressão arterial; Material de coleta de resíduos; Caixa básica de enfermagem; Material para traqueostomia e dissecação de veias; Anestesia local; Material de sutura. No Posto de Comando Policial Militar devem ser previstos os itens abaixo: Sala de atendimento dotada de infra-estrutura para escritório (mesa, cadeira, computador, impressora, papel, máquina de escrever, etc...); Área reservada a descanso do efetivo empregado no espetáculo, devido ao emprego prolongado na posição a pé ; Área destinada a retenção e revista de pessoas para condução ao DP respectivo, se for o caso; Linha telefônica ou ramal; Banheiros masculino e feminino. Área de Circulação, local destinado a circulação de pessoas nas praças de espetáculo público, propiciando rotas internas e externas com espaço compatível com a lotação máxima prevista, considerando o abaixo: As áreas internas: Acesso à área de acomodação do público (rampas, escadas, corredores); Acesso às áreas de serviços (bares, banheiros, posto médico e policial, etc.). EVACUAÇÃO Para adequada evacuação do público em situações emergências devemos considerar as Informação prévia previstas no planejamento, sobre rotas de saída e pontos de socorro emergencial; A direção a ser tomada pelo público devidamente indicado pela sinalização emergencial; Largura das portas de saída (inclusive as de emergência) Antes de iniciado o Espetáculo Público, se possível, deve-se anunciar em alto-falantes ou em telões as rotas de saída e a localização dos extintores. Em São Paulo, nos teatros, cinemas, casas de shows e praças de Espetáculo Públicos, o CONTRU, obriga tal procedimento através da Lei Municipal 34571/94. A sinalização do local de Espetáculo Público constitui fator fundamental do controle da multidão na medida em que reduz significativamente a circulação desnecessária de contingente humano, prevenindo eventuais confrontações de facções antagônicas, lotação desordenada de setores específicos e pânico, são reguladas pelas NBR 9077/93; NBR 13434/95 e NBR 13435/95. A sinalização externa tem por escopo orientar o público com relação ao setor pertinente ao ingresso adquirido e sobre a infra-estrutura de serviços colocados à sua disposição. Já a sinalização interna visa orientar os deslocamentos na área interna, distribuindo racionalmente a ocupação dos espaços e a utilização dos serviços internos. A sinalização indicativa visa orientar o público em situações de normalidade, deve ser simplificada, sintetizando a maior gama de informações úteis no menor volume detexto. A sinalização emergencial visa orientar o público em situações de pânico, deve ser visível em qualquer circunstância, com utilização de sinais convencionais capazes de estimular respostas imediatas dirigidas às vias de fuga ou aos postos de socorro. Os portões devem ser do tipo articulado para fora, visto o número de pessoas na área interna da praça de Espetáculo Públicos, e se for de outra forma poderá obstruir a vazão do público e provocar o esmagamento de pessoas que se interponham entre a massa e os portões. Caso necessitem ficar fechados devem ser equipados com barras anti-pânico de acionamento por ação mecânica de um toque humano, conforme normas de saídas emergências da ABNT NBR 9077/93. Estudos realizados pelo Departamento de Catástrofes da ONU e pela Universidade de Saragoza - Espanha dá conta de que em situações emergências o "feeling" (capacidade de resposta, de reação) do indivíduo é ampliado em até 14 (quatorze) vezes. Considerando-se como ponto de pico do "feeling" a faixa etária compreendida entre 20 e 30 anos, sendo certo que nas demais faixas etárias essa capacidade de resposta se dá em níveis inferiores, a análise da faixa etária do público presente ao local é um dos fatores determinantes das reais possibilidades de evacuação. Na eventual verificação de situação emergencial a orientação de saída do público deve considerar o tempo mínimo satisfatório à completa evacuação do local, restringindo o deslocamento aos espaços estritamente necessários ao abandono da área sinistrada. Os mesmos estudos encetados pela ONU consideraram como tempo satisfatório à total evacuação do público de uma praça de Espetáculo Públicos a faixa compreendida entre 13 e 17 minutos (média de 15''), posto que um tempo superior pode determinar a consumação de uma tragédia de grandes proporções. A largura dos portões para evacuações de emergência e tráfego normal de pessoas na entrada e saída do local corresponde ao cálculo das relações de metragem, público, e tempo de evacuação. Considerando um tempo de esvaziamento do local em 15 minutos e para isso ser possível a medida mínima para as saídas seria de 1,5 cm por pessoa presente. A fonte de alimentação de energia elétrica visa suprir as necessidades da praça de Espetáculo Públicos mas tem por função primordial o suprimento dos postos de socorro emergencial, o provimento do nível mínimo de iluminação e da sinalização emergencial para orientação do público. Uma pane na fonte principal deve ser suprida por uma fonte alternativa autônoma (gerador próprio), preferencialmente dotada de "no-break" (equipamento que assegura a manutenção da energia até o acionamento do gerador autônomo). As fontes de alimentação de energia elétrica devem ter localização isolada das rotas de circulação interna, a qual deve ser de conhecimento do comandante do policiamento, pois constitui um dos recursos fundamentais na evacuação e socorro emergencial. Existe um conjunto de equipamentos destinados a maximizar segurança do público presente a uma praça de Espetáculo Públicos. EQUIPAMENTOS EXTINTORES DE INCÊNDIO AGENTES EXTINTORES Água. Utilizado nos incêndios de classe A. Espuma. Utilizado nos incêndios de classes A e B. Gás Carbônico (CO2). Utilizado nos incêndios de classes A, B e C. Pó Químico Seco (PQS). Utilizado nos incêndios de classes B e C (na classe D é utilizado pó químico especial). Gases nobres limpos. Utilizado nos incêndios de classes A, B e C. EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADO Este é o extintor mais indicado para o combate a princípio de incêndio em materiais da classe "A" (sólidos). Não deverá ser usado em hipótese alguma em materiais da classe "C" (elétricos energizados), pois a água é excelente condutor de eletricidade, o que acarretará no aumento do fogo. Deve-se evitar também seu uso em produtos da classe "D" (materiais pirofóricos), como o magnésio, pó de alumínio e o carbonato de potássio, pois em contato com a água eles reagem de forma violenta. A água agirá por resfriamento e abafamento. Procedimentos para uso: Retirar o pino de segurança; Empunhar a mangueira e o gatilho; e Apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo. EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZÁVEL (PRESSÃO INJETADA) Seu uso é equivalente ao de água pressurizada, diferindo-se apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo gás propelente, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua utilização, a fim de pressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o seu funcionamento. O agente propulsor (propulente) é o gás carbônico (CO2). Procedimentos de uso: Abrir a válvula do cilindro de gás; Empunhar a mangueira e o gatilho; e Apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo. EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) É o mais indicado para ação em materiais da classe "B" (líquidos inflamáveis), mas também pode ser usado em materiais classe "A" e, em último caso, na classe "C". Age por abafamento, isolando o oxigênio e liberando gás carbônico assim que entra em contato com o fogo. Procedimentos para uso: Retirar o pino de segurança; Empunhar a pistola difusora; e Atacar o fogo acionando o gatilho. EXTINTOR DE PQS COM PRESSÃO INJETÁVEL As mesmas características do PQS pressurizado, mas mantendo externamente uma ampola de gás para a pressurização no instante do uso. Procedimentos para uso: Abrir a ampola de gás; Empunhar a pistola difusora; e Apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó para a base do fogo. EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA PRESSURIZADO A espuma é gerada pelo batimento da água com o líquido gerador de espuma e ar (a mistura da água e do líquido gerador de espuma está sob pressão) sendo expelida ao acionamento do gatilho, juntando-se então ao arrastamento do ar atmosférico em sua passagem pelo esguicho. Será usado em princípios de incêndio das classes "A" e "B". Procedimentos de uso: Retirar o pino de segurança; Empunhar o gatilho e o esguicho; e Apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo. EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA COM PRESSÃO INJETADA As mesmas características do pressurizado, mas mantendo a ampola externa para a pressurização no instante do uso. Procedimentos para uso: Abrir a válvula do cilindro de gás; Retirar o pino de segurança; Empunhar o gatilho e o esguicho; e Apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo. EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA Embora esteja em desuso no mercado, ainda é possível encontrá-lo em edificações. Seu funcionamento é possível devido a colocação do mesmo de "cabeça para baixo", formando a reação de soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível a interrupção da descarga. Deve ser usado em princípios de incêndio das classes "A" e "B". Procedimentos para uso: Não deitar ou virar o extintor antes de chegar ao local do fogo; No local, inverter a posição do cilindro; e Lançar a espuma contra o fogo. EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) É o mais indicado para a extinção de princípio de incêndio em materiais da classe "C" elétricos energizados), podendo ser usado também na classe "B". Procedimentos para uso: Retirar o pino de segurança; Empunhar o gatilho e o difusor; e Apertar o gatilho, dirigindo o difusor por toda a extensão do fogo. EXTINTOR DE HALOGENADO (HALON) Composto por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Atua por abafamento, quebrando a reação em cadeia que alimenta o fogo. Ideal para o combate a princípios de incêndio em materiais da classe "C". Procedimentos para uso: Retirar o pino de segurança; Empunhar o gatilho e o difusor; e Acionar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. EXTINTOR SOBRE RODAS (CARRETA) A diferença dos extintores em geral é a sua capacidade. Devido ao seu tamanho, sua operação requer duas pessoas. As carretas podem ser de: Água; Espuma mecânica; Espuma química; Pó químico seco; e Gás carbônico. Hidrantes, extintores, equipamentos para rompimento de obstáculos e escalada,visando o combate e socorro na hipótese de incêndio. Sua instalação é requisito obrigatório consoante as exigências técnicas do Corpo de Bombeiros. Pára-raios Destinado à captação de descargas elétricas provocadas por fenômenos meteorológicos. Também de instalação obrigatória em edificações com altura superior à 15 (quinze) metros e em estruturas metálicas em meios abertos (palcos, torres, etc.) . Sua medição ôhmica e fiscalização cabe à Prefeitura. Vias de Acesso e Área Periférica A organização, de um espetáculo público enseja irrefutáveis impactos sobre a normalidade da vida comunitária local. O significativo aumento da população flutuante, decorrente da realização de um Espetáculo Público de grandes proporções e suas conseqüências no âmbito da ordem e da segurança pública são literalmente desconsiderados pelo organizador do Espetáculo Público, cujo propósito maior reside na maximização do lucro e minimização dos custos. Desta feita, resta ao Poder Público restringir a escolha do local do Espetáculo Público ou da edificação da praça de Espetáculo Públicos às áreas onde o fluxo sazonal de público expressivo provoque o menor impacto possível à normalidade local. Vias de acesso suficientes; Infra-estrutura de transportes coletivos; Bolsões de estacionamento; Infra-estrutura de serviços públicos; Interditar a área periférica do Espetáculo Público, restringindo o acesso exclusivamente ao público espectador; Interditar o local por incompatibilização com as proporções do Espetáculo Público; Restringir o número de ingressos colocados à disposição do público em níveis compatíveis com as vias de acesso e a área periférica. PRE-EVENTO Pré-evento. Essa é uma fase importantíssima, onde o organizador de eventos junto com o gestor de segurança do evento deve participar junto com a produção de importantes definições, fazendo uma análise do ambiente que vai do conceito do projeto aos detalhes do que se planeja fazer: local, infraestrutura disponível, acessos, ações/atividades que serão desenvolvidas, elaboração do roteiro de tempos e movimentos, entre outros. Lembre-se que nesta fase, quase tudo está no campo das ideias e todas as definições devem ser formalizadas em ata própria para cada reunião. Evento. Mesmo quando o pré-evento é bem planejado, ainda assim, durante o evento haverá sempre pequenos ajustes. Caso não esteja preparado, tudo será uma surpresa e pequenos problemas poderão comprometer o sucesso do evento. O controle da equipe de segurança e a comunicação, aliados ao treinamento e conhecimento do desenvolvimento do evento são fatores elementares para o sucesso. Nessa fase da gestão, deve-se dar ênfase à coordenação e à implementação de medidas face aos ajustes necessários no planejamento pré-concebido. Além disso, deve-se executar um controle das ações por meio de um acompanhamento constante da dinâmica do trabalho e uma avaliação eficaz do planejamento. Isso tudo para assegurar a execução adequada das ações, sem perdas, desperdícios, retrabalho ou retardo. Pós-evento Quando termina o evento para o público, não quer dizer que acabou para a organização do evento. Há uma série de responsabilidades que começa com a saída do público, passa pela desmontagem e desmobilização do local até a entrega do espaço. Do mesmo modo que muita gente faz lista de checagem dos itens para montar, necessita fazer na desmontagem, além da consolidação do relatório (registro) contendo tudo o que ocorreu, para avaliação posterior e aperfeiçoamento. Uma desmobilização bem planejada e executada sob forte supervisão, evita que riscos se concretizem e gastos adicionais desnecessários. Improviso representa um grande risco para eventos! 1. PrÉ-evento 1.1. Conceito do evento Quando os organizadores de eventos recebem a demanda para preparar e executar um evento, deverão envolver no grupo de trabalho o Gestor de Segurança. A presença dele desde o início da definição dos conceitos, da idealização da dinâmica do trabalho e da discussão do planejamento visa garantir a proteção do evento e evitar surpresas – mitigar os riscos. a) Definição do local Auditório, centro de convenções, pavilhão de exposições, salas de reunião, casa de espetáculos, ginásio esportivo, salão de clubes, casas de recepções, igrejas, ou áreas livres, seja qual for, leve em conta alguns fatores que podem influenciar a qualidade e a segurança do evento, como: os transportes que servem a região, as facilidades de acesso ao local, os índices de criminalidade do bairro, vagas para estacionamento, iluminação das redondezas, segurança das instalações elétricas, rotas de fuga, sinalização, situação legal e as condições climáticas na época da realização ou a situação do abastecimento de água e energia elétrica, por exemplo. Para avaliação da capacidade do local deve-se considerar quatro pessoas por metro quadrado. Uma visita prévia ao local do evento é essencial. Observe também os fatores externos, tais como: uma obra no sistema viário das redondezas, poderá prejudicar o acesso do público – congestionamentos, e exigirá um esquema muito bem montado de orientação do trânsito. Atente para questões de infraestrutura que provoque falhas no abastecimento de água, de energia, comunicação, etc. Deve ser avaliada também a possibilidade de manifestações políticas ou sociais no trajeto do evento ou no entorno do local que podem vir a comprometer o acesso ao evento. Capacidade do local, infraestrutura, acessos, itens de segurança contra incêndio, documentação do local e histórico de ocorrências. b) tipo de Público Variações do perfil do público afetam todos os tipos de eventos – congressos, feiras, festas, competições esportivas, convenções, lançamento de produtos, casamentos, shows, entre outros, determinando as estratégias de segurança. É importante conhecer as características do público, como: faixa etária, classe social e perfil de comportamento. 1.2. Política de segurança A Política de Segurança é um conjunto de diretrizes que influenciam diretamente o modo como os recursos humanos, técnicos e organizacionais serão utilizados. As providências e recursos que serão adotados para garantir que o evento transcorra com um mínimo de incidentes dependem diretamente da Política de Segurança. Defini-la é tarefa do patrocinador e/ou organizador do evento, pois é a eles que cabe formalizar como o evento deverá funcionar e quais serão as prioridades em termos de segurança. A política pode variar muito em função do tipo e local do evento, perfil do público, condições de realização e, principalmente, a cultura do patrocinador e/ou promotor e/ou organizador de evento. Seguem alguns exemplos: controle de acesso ao evento, impedimento da entrada de armas, rigor na prevenção de incêndios, combate a furtos, combate à ação de cambistas (se houver), tratamento do público e patrocinadores, proteção no percurso do estacionamento ao local do evento, controle do fluxo de entrada do público, entre outros. 1.3. Análise de risco 1.3.1. Ambiente externo Inicie a análise tendo uma visão de toda área no entorno do evento, já que muitos riscos podem estar associados ao local em que será realizado. Perfil socioeconômico do bairro, moradias, comércio, vias de acesso e suas condições, estruturas emergenciais e de serviços, pontos de táxi e de ônibus, delegacias, hospitais, Corpo de Bombeiros, postos da Polícia Militar, Defesa Civil e de concessionárias de serviços públicos são apenas alguns exemplos do que precisa ser levantado. 1.3.2. Ambiente Interno Faça um completo levantamento das condições de funcionamento do evento e do espaço em que ele ocorrerá. Quanto ao funcionamento do evento, as informações necessárias serão fornecidas pelo próprio organizador do evento no dossiê de planejamento. Essa análise visa identificar qual é a estrutura que o espaço oferece e que vulnerabilidades precisam ser cobertas para que o evento esteja protegido – riscos sob controle. Solicite ao responsável pelo espaço do evento as autorizaçõese alvarás, lembre-se de inspecionar as instalações elétricas, hidráulicas, ar-condicionado, prevenção e combate a incêndios e de segurança eletrônica (câmeras, alarmes). Conheça as pessoas que trabalham no local e o que fazem. Pergunte sobre os procedimentos de funcionamento do espaço, segurança da informação, quem faz a vigilância das portarias, quem abastece a caixa d’água, quem desliga o disjuntor, por onde entra caminhão, onde se descarrega material para montar o evento e etc. É importante ainda a análise do Sistema de Geradores para abastecimento do evento bem como os seguros contratados pelo espaço para os devidos fins. 1.3.3. Identificação dos riscos Feito o levantamento das condições dos ambientes externo e interno, passamos à identificação dos riscos, classificados em quatro categorias descritas a seguir: humanos, técnicos, naturais e biológicos. a) riscos Humanos São decorrentes de ações intencionais e não intencionais, diretas ou indiretas de pessoas, ações que podem acontecer não só durante o evento, mas, em alguns casos, antes ou depois dele, exemplos: Furto e roubo; Assédios diversos para o caso de presença de artistas, personalidades ou autoridades Vandalismo; Sabotagem; Ameaça de bomba; Mal súbito; Manifestações políticas; Uso de drogas. b) riscos técnicos São os riscos ligados ao mau uso ou deficiência na manutenção de instalações ou equipamentos, exemplos: Palco, back stage além de outros ambientes como salas de reunião, recepção, banheiros, cozinhas, salas de alimentação, entre outras Instalações elétricas; Equipamentos de luz e som. c) riscos naturais São provocados por fenômenos da natureza como tempestades, raios, enchentes, deslizamentos de terra e terremotos. d) riscos Biológicos São aqueles que expõem as pessoas à intoxicação ou contaminação por microrganismos, exemplos: Alimentos e bebidas; Água; Ar-condicionado; Cozinha; Lixeiras; Sistema de esgoto; Banheiros. Depois de identificados os riscos, existem vários métodos para fazer essa análise. Deve ser escolhido aquele que é mais indicado para cada tipo de risco: quando há estatísticas de ocorrência do risco, podem-se utilizar métodos estatísticos; quando não há, os métodos subjetivos, que se baseiam na percepção e sensibilidade do analista devem ser empregados nos itens a serem envolvidos nos check list previamente elaborados. Seja qual for a metodologia utilizada, a análise parte de um mesmo raciocínio: quais são os riscos, as ameaças, as vulnerabilidades do evento, a probabilidade de cada risco se concretizar e quais impactos provocarão. A matriz de risco é um dos estudos contidos na metodologia de análise de risco, usado para ajudar a justificar os investimentos das ações de prevenção e proteção, de acordo com a influência que cada risco irá exercer sobre as atividades desenvolvidas no evento. A proposta é tornar os riscos tangíveis para que a organização tenha uma clara visão em termos de impacto, caso os riscos existentes se concretizem. 1.4. equipe de Informação e Inteligência Geralmente esse papel é feito por toda a equipe de produção em eventos pequenos, mas nos grandes eventos é importante ter uma equipe dedicada em obter informações do reflexo do evento na cidade e quais são os movimentos que podem causar interferência nele. Contatos com as autoridades locais a nível municipal e as vezes estadual ou federal são sempre necessários para o estabelecimento de uma rede de informação e controle sobre os aspectos de segurança a serem abordados e planejados. 1.5. Planejamento 1.5.1. Autorizações e licenças É preciso obter licenças especiais concedidas por autoridades e órgãos públicos para poder fazer eventos em geral e principalmente de grande porte. A falta das devidas autorizações de funcionamento podem provocar pesadas multas ou até mesmo o cancelamento do evento. Acontecendo algum problema que provoque prejuízos, ferimentos ou mortes a terceiros num evento não autorizado, os organizadores serão processados criminalmente e não poderão contar com a cobertura do seguro para ressarcir os danos, pois as seguradoras geralmente não pagam indenizações nesses casos. E a cadeia produtiva como um todo e mesmo a figura do promotor do evento estão cada vez mais diretamente ligadas aos acontecimentos e aos eventuais sinistros Deve inclusive ser preservada também a figura do patrocinador do evento que terá forçosamente seu nome vinculado ao evento e a todos os acontecimentos derivados deste. 1.5.2. legislação Procure conhecer a legislação específica do estado e cidade onde será realizado o evento. Geralmente há diferenças e muitas vezes não há uma regulamentação específica para o tema. Tome como regra documentar o evento nos órgãos competentes e guarde os protocolos e ofícios de resposta, exemplos: Polícia Militar; Corpo de Bombeiros; Prefeitura; Ministério Público; ECAD – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. ANVISA 1.5.3. Credenciamento a) equipe de trabalho t ipos de Crachás: os crachás deverão ser divididos por áreas de atuação no evento, para o devido controle de acesso, exemplos de categorização: Direção – profissionais da direção do evento; Staff – prestadores de serviços ligados ao evento, como os da limpeza, montagem, técnicos, carregadores, recepção, cobertura fotográfica e filmagem, além de vários outros.; Imprensa – profissionais dos veículos de comunicação convidados; Convidados – convidados da direção e organização, Patrocinadores, Autoridades, e Artistas – seus acompanhantes e convidados. Itens de segurança: nome e foto tornam o crachá intransferível; o prazo de validade limita a entrada do portador aos dias em que ele efetivamente deve estar trabalhando; cores por setor facilitam a rápida identificação e a menção à área de acesso restringe a circulação do prestador de serviço ao local onde ele deve estar. Pode-se somar ao crachá, como mais um item de segurança no controle de acesso, a utilização de um porta crachá personalizado, com o nome do evento, da promotora ou de um patrocinador. Os tipos de crachá utilizados dependem do perfil do evento. Outros recursos disponíveis que aumentam a segurança do crachá são: RFID (do inglês Radio-Frequency IDentification), código de barras, etc. b) Público A segurança dos ingressos é um item que requer cada vez mais atenção por causa do aumento de ingressos e inscrições falsos. Além de causar transtornos ao público e prejuízos ao organizador, que perde receita, é responsabilizado pela má organização do evento e pode inclusive ser judicialmente obrigado a indenizar pessoas lesadas pelo golpe do ingresso/inscrição falso. A segurança empregada nos ingressos deve ser conhecida pela equipe de proteção do evento e rigidamente fiscalizada no momento da entrada. Quer por ingressos pagos quer por inscrições antecipadas. Certifique-se que as empresas especializadas em emissão de ingressos para eventos de grandes públicos, possuem segurança suficiente para garantir a autenticidade do ingresso. Os tickets produzidos por essas empresas têm uma série de recursos que dificultam a falsificação, como papéis especiais, impressão com marcas d’água, selos holográficos e códigos. Vale a pena investir em tecnologias antifalsificação. Quando os ingressos e inscrições forem validados por equipamentos especiais, que por sua vez são operados pelo próprio pessoal da empresa de tickets, a função da segurança junto à entrada será de fiscalizar o controle de acesso e estar presente para atuar em caso de incidentes. Também deve-se considerar controle de acesso aos diferentes tipos de estacionamento (convidados, artistas, funcionários da organização do evento, Polícia, Bombeiros, ambulâncias, imprensa, entre outros). 1.5.4. Brigada Contra Incêndio Da mesma forma que se contrata uma empresa de vigilância patrimonial para fazer a segurança, deve-se contratar os Bombeiros Civis. O dimensionamento desses profissionais,equipamentos de combate e resgate, devem seguir um plano próprio e treinamento específico, integrados ao Plano de Segurança do Evento. Certifique-se que o local onde será realizado seu evento possui as licenças do Corpo de Bombeiros, as saídas de emergência, sinalização e extintores. Teste os equipamentos e realize treinamentos com o pessoal. Determine a confecção de um plano de combate a incêndio específico para o evento onde devem constar: localização dos extintores, tipos de extintores, alarme de incêndio, evacuação do local, ações preliminares e demais informações pertinentes. 1.5.5. Plano de Contingências Este plano tem por finalidade prover os meios de atuação que serão utilizados para evitar que os riscos identificados e classificados, caso ocorram, venham a se configurar em perdas de vida e danos ao patrimônio das empresas e entidades envolvidas no evento. Os procedimentos padrão para as situações de contingências a ser desempenhado pelos membros das equipes de segurança e bombeiros são: Isolar e sinalizar o local; Comunicar o gestor e/ou a Central de Comando e Controle; Orientar e conduzir a evasão das pessoas; Preservar o local do fato; Acionar os Órgãos Públicos. Sua função é descrever que procedimentos serão adotados em caso de incidentes graves. O que fazer se houver um incêndio, um desabamento, um tumulto, uma ameaça de bomba? Essa é a pergunta que o plano de contingência responde. Nele relacionamos todos os riscos e definimos, para cada um, qual é a estratégia para minimizar os danos – por exemplo, ações como isolar o local que oferece perigo, socorrer feridos ou retirar as pessoas em segurança. 1.5.6. Plano de Abandono Este plano tem por finalidade prover a ação ordenada de desocupação (ou evacuação) da área do evento em caso de sinistro (incêndios, ameaças de bomba, desabamentos, entre outros), objetivando minimizar e prevenir, o máximo possível, acidentes que possam provocar perdas de vidas. O responsável pela elaboração do plano é o engenheiro de segurança que deverá construí-lo junto com o gestor de segurança e a equipe de organização do evento. O plano deverá contemplar: rotas de fuga, sinalização, localização dos extintores, equipe de brigadistas, portas de emergência e etc. O plano de abandono deve ser do conhecimento de toda equipe que trabalha no evento e ensaiado pelas equipes de segurança e brigadistas. Sempre que possível, faça um vídeo ou panfleto com informações sobre o plano de abandono e leve ao conhecimento do público antes do evento. 1.6. orçamento Para definir um orçamento, primeiramente identificamos os riscos aos quais o evento está exposto; calculamos a probabilidade deles ocorrerem e que montante de perdas poderiam acarretar; definimos as ações necessárias para evitá-los ou mitigá-los e qual o investimento necessário para implantar as ações. Lembre-se de considerar a relação benefício X custo. Primeiro estabeleça com a direção do evento o tipo de proteção, depois apresente o orçamento. 1.7. Contratação de equipamentos e serviços a) empresa de segurança A escolha da empresa de segurança privada é um passo decisivo para o sucesso de fazer acontecer o planejamento. Lembre-se de contratar uma empresa legalmente constituída, que tenha o certificado expedido pela Polícia Federal e com experiência consolidada em eventos. Depois de escolhida a empresa, a tarefa seguinte é fazer a seleção do pessoal que irá trabalhar no evento. O plano operacional elaborado pelo gestor de segurança irá apontar quantos vigilantes serão necessários e onde serão implantados, definindo assim, suas funções. b) segurança eletrônica Geralmente os prestadores de serviços que atendem esse item costumam fazer as famosas “gambiarras”. Peça um projeto para instalação das câmeras e alarmes, com o dimensionamento da carga de energia que será utilizada e inclua em seu orçamento o suporte técnico até o final do evento. Locais como: sala da direção, camarim de artistas, em baixo do palco e outros, precisam de uma atenção especial com câmeras, alarmes de presença e detectores de fumaça. c) Detectores de metais Algumas cidades possuem legislação própria que definem o uso de detectores de metal em eventos. Armas de fogo e outros objetos cortantes representam grande risco em eventos. Detectores de metais são imprescindíveis para ajudar a garantir a segurança de eventos, sobretudo os massivos. Normalmente são utilizados dois tipos de equipamentos: os portais, que viabilizam a triagem do público com rapidez e os manuais, utilizados para uma detecção mais minuciosa nos casos em que o portal acusa a presença de algum metal em poder do indivíduo. O equipamento manual também é usado para a revista das pessoas que declaram ter marca-passo no coração (estas não devem passar pelo portal). Há casas de shows que utilizam scanners de mesa semelhante aos que são empregados em aeroportos para fazer a checagem de bolsas, mochilas, caixas, etc. Tão importante quanto o detector é o treinamento de quem vai utilizá-lo e uma rígida supervisão. d) Comunicação Para que uma equipe de segurança possa trabalhar de forma adequada, a comunicação precisa estar funcionando perfeitamente. A locação de rádios, baterias extras e definição de uma política de comunicação são tópicos que fazem a diferença. Preferencialmente, deve-se optar por equipamentos com tecnologia digital, protegidos de interferência externa à rede rádio. Ao contratar o serviço de rádios lembre-se de fazê-lo através de empresas que possuem licença para tal finalidade e não deixem de fazer os ensaios para conferir o funcionamento: Verifique se há cobertura de comunicação em toda área do evento; Defina o responsável pela recarga e troca das baterias; Analise se serão necessários headphones especiais (devido ao barulho); Testar periodicamente os canais de comunicação durante o evento; Montar uma rede rádio com os nomes dos usuários. Observar distâncias entre os pontos de comunicação e eventuais barreiras físicas como paredes blindadas, antenas, etc. 1.8. treinamento das equipes de segurança É preciso treinar o segurança para exercer a função que se espera dele. Informe ao profissional como funcionará o evento em que ele irá atuar, qual é a programação, qual é seu horário de trabalho, onde ele irá ficar, o que irá fazer, quem é seu supervisor, como proceder em determinadas situações e outras tantas recomendações. Com isso, embora ele fique implantado em um posto, estará informado do que acontece ao seu redor. A fiscalização permanente das equipes de segurança é essencial para evitar dissabores como o abandono de posto, por exemplo. 1.9. Alinhamento – Clientes Internos Os clientes internos de um projeto precisam ter suas expectativas atingidas e para tanto a equipe de segurança precisará entender suas demandas e buscar as melhores soluções que não interfiram no resultado do evento, mas que garantam a segurança do evento: Organização e Promotores Produção; Engenharia; Geradores; Luzes; Som; Palco; Palestrantes e Artistas; Marketing; Jurídico. Patrocinadores 2.1. monitoramento dos riscos a) varredura de Ambiente: Contra Agentes Químicos, Bacteriológicos e Antibomba Pode parecer uma ação não aplicável ao Brasil, mas principalmente em eventos que envolvem autoridades públicas, ONGs (Organizações não Governamentais), entidades religiosas ou que tenham alguma característica que pode atrair ações de extremistas, caberá uma recomendação para realizar uma varredura no local/área do evento, após o gestor de segurança analisar todos os riscos e implicações ao evento. A vistoria pode ser feita por empresas privadas ou solicitada ao poder público (Unidade de Forças Especiais das Polícias Militares, Esquadrão Antibomba da Polícia Civil e demais unidades especializadas). Geralmente são empregados cães farejadores e detectores portáteis de explosivos e agentes químico-biológicos, além de outras tecnologias. b) BilheteriaA bilheteria é uma área sensível, principalmente no dia da realização do evento. A organização do evento deve monitorar constantemente a quantidade de ingressos vendidos e inscrições antecipadas, e trocados (compras on-line) e compartilhar tais informações com o gestor de segurança que poderá propor o aumento do número de 2. evento bilheterias em caso de trocas de ingressos no dia do evento, projetar a formação de filas e barricadas suficientes para contenção do público, prever sinalização e orientação ao público. Atenção especial à ação de cambistas. c) Backstage A área de backstage (atrás do palco), via de regra, fica intransitável, pois além do pessoal da produção ainda há a presença de vários outros públicos. É preciso administrar a movimentação de todos nos bastidores, que deverão estar identificados por crachás, evitando que pessoas circulem por locais em que não precisam estar e atrapalhem o trabalho de outras. Assim, dias antes do evento, faça uma reunião com os assessores dos palestrantes, autoridades ou artistas para apresentar os procedimentos de segurança da organização do Evento e informar como será a circulação das pessoas no espaço. É importante que a segurança conheça essas exigências, não só para poder atendê-las, mas também para minimizar eventuais impactos que geram na proteção do evento. 2.2.Distribuição das equipes A administração e logística das equipes de segurança e brigadistas é extremamente importante, de acordo com a quantidade de efetivo, principalmente em eventos de grande porte, a escala de chegada deve ser elaborada com horários intercalados para que o evento seja coberto antes, durante e depois. A mobilização da equipe deverá ocorrer da área externa para a interna ou conforme estabelecido no planejamento operacional. A recomendação é que antes da abertura do evento o efetivo esteja devidamente posicionado no seu respectivo posto de trabalho e já tenha recebido as orientações básicas de procedimentos. Central de Comando e Controle; Inteligência; Segurança; Brigada; Auditoria; Equipe de Reação/Reforço. 2.3. Comunicação Durante o evento o sistema de comunicação via rádio tem por objetivo atender as necessidades de contato imediato entre todos os integrantes da equipe de segurança e a brigada de incêndio. Um canal entre a organização do evento e a Central de Comando e Controle é de suma importância, a fim de atender os ajustes de última hora, comuns em grandes eventos. Utilize comunicação simples e direta, além de manter uma disciplina rígida e uma permanente checagem das comunicações. Sendo possível, crie uma rede secundária de comunicação (com outra tecnologia de rádio ou celulares). 2.4 Controle de Acesso O controle da entrada de pessoas no local do evento é uma das partes mais delicadas da segurança e normalmente demanda a maior parte dos investimentos. Divida o controle de acesso em duas categorias: 1 As pessoas que trabalharão nas fases pré, durante e pós-evento, e; 2 O público seja ele pagante ou convidado. Exemplos de prestadores de serviços: recepcionistas, técnicos de som e de iluminação, garçons, faxineiros, montadores de estruturas, maquiadores, bailarinos, cenografistas, transportadores de equipamentos, artistas, patrocinadores e etc. Os nomes e RGs dessas pessoas devem estar relacionados numa lista posteriormente encaminhada para o gestor de segurança, que monta no local do evento uma central de cadastramento para os prestadores de serviço (é primeira instalação a funcionar na fase pré-evento). Conforme se apresentam para trabalhar, as pessoas deverão passar pela central e, mediante sua identificação e verificação do nome na lista, recebem um crachá. Por ela também passarão, no dia do evento, os profissionais que farão a cobertura jornalística para a imprensa, rádio e televisão. O controle de acesso exercido pela segurança também tem de lidar com autoridades do serviço público, que requer uma atenção especial. Lembre-se de registrar em livro próprio todas as autoridades que solicitaram entrada de serviço/trabalho no evento. O acesso ao estacionamento também deverá ser controlado: veículos de participantes, convidados, a serviço da organização do evento, viaturas de Polícia, do Corpo de Bombeiros e socorro médico. Em um evento, deve-se sempre reservar para esses veículos um número compatível de vagas próximas às entradas do local, já que eles têm prioridade de acesso, e garantir que essas vagas não sejam ocupadas indevidamente. Para isso, normalmente colocam-se junto à entrada do estacionamento vigilantes que só permitem a passagem de veículos cadastrados ou que portam crachás. 2.5. evento a) Abertura de Portas e Portões: É um momento de muita atenção em função do publico estar em expectativa para adentar o espaço de realização do evento qualquer que seja ele. Por isso a abertura só deve ocorrer após o checklist da segurança e a certificação de que todo o efetivo está devidamente posicionado, incluindo as equipes de recepção e coordenação do evento. b) r oteiro de tempos e movimentos: a elaboração desse roteiro facilita a visualização da dinâmica do evento, possibilitando a ação da segurança de modo sincronizado, bem como executar a implantação da equipe de segurança de forma organizada e cronológica de acordo com os acontecimentos do evento. c) Palco: principalmente em eventos transmitidos ao vivo, o palco precisará de uma atenção extra para evitar o excesso de pessoas e/ou riscos de natureza técnica relacionados às estruturas do palco. A atenção nesse tópico ocorre antes e durante as apresentações. 2.6. Central de Comando e Controle A Central de Comando e Controle tem como finalidade a concentração de todas as informações do evento para agilizar a tomada de decisão em conjunto. A central, além de contar com o sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão) deverá concentrar os seguintes membros: o gestor da segurança; um responsável da empresa organizadora do evento; um membro da Polícia Militar; um membro da Polícia Civil e outros órgãos e setores envolvidos diretamente no resultado do evento. Reserve uma sala própria para estabelecer a sua Central de Comando e Controle. Assegure-se que ela terá condições de operar sob condições adversas (por exemplo): falta de energia. 2.7. Brigada Contra Incêndio A equipe de brigada tem uma forte atuação durante os eventos. Seu foco é preventivo e reativo. Cada item de risco que for detectado deverá ser imediatamente corrigido. Casos como superaquecimento de cabos elétrico, utilização de fogos, infraestrutura de palco, princípios de incêndio, mal súbito, entre outros, deverão estar no radar dos brigadistas para o pronto atendimento. Uma forte Supervisão da equipe e a Integração com a segurança é a chave para o sucesso. 2.8. término do evento Toda a equipe deverá aguardar instruções para desativar os respectivos postos de trabalho e fazer o encerramento. Se necessário, será realizado um cordão de varredura para liberação da área. Ao término do evento permanecerá no local a segurança e ou bombeiros dos postos de guarda de materiais até a desmontagem final de acordo com a avaliação da supervisão operacional. Enfatiza-se a necessidade de uma constante fiscalização do posicionamento das equipes de segurança, evitando-se o abandono do posto. O evento só terminará para equipe de segurança, mediante comando. A desmobilização das equipes poderá ser em etapas, obedecendo ao planejamento feito anteriormente. 3.1. saída do Público Tão importante quanto a chegada do público é a saída. Neste momento todas as equipes deverão estar posicionadas e preparadas para acompanhar essa atividade. A saída do público é mais rápida que a chegada, por isso atente para o seguinte: a) externa Todo entorno do local onde está ocorrendo o evento deve ser monitorado por seguranças e/ou câmeras. Via de regra, o estacionamento é considerado como área do evento, mesmo que esteja do outro lado da rua e que não faça parte do mesmo projeto.Tem sido frequente o registro de ocorrências de assaltos no trajeto do local do evento até o local de deslocamento: carro, metrô ou ônibus, onde a segurança deverá monitorar. b) Interna Certifique-se que tanto o público quanto o pessoal de serviço não ficaram nos banheiros, fumódromos, sala de imprensa, camarotes e outros pontos dentro do evento. A segurança deverá checar cada local, antes de encerrar suas atividades. 3. PÓs-evento Pense no conforto do público e ofereça o máximo de segurança no retorno a residência. Essa é a última chance que você tem para impressioná-los e garantir sua participação numa próxima vez. 3.2. saída de Convidados vips, Autoridades e Artistas O assédio aos artistas, convidados VIP e autoridades são previsíveis na maioria dos eventos. Para evitar tumultos e ataques de tietagem na porta do evento, o uso de barricadas mantém os curiosos a uma distância segura da entrada e saída dos veículos. Sempre que possível, solicite o apoio dos agentes de trânsito, policiais militares ou reforce a equipe de segurança para atender esse item. 3.3. Controle de Patrimônio A segurança só poderá ser responsável pelos equipamentos que foram confiados a ela, mediante um inventário e clara definição do seu papel de guarda e/ou proteção. Atente para questões como: uma pessoa que diz ter deixado um tablet em cima de uma mesa e sumiu! Cada pessoa/empresa deverá ser responsável pelo seu material dentro do evento! 3.4. Desmontagem da Infraestrutura A atuação do gestor de segurança não se restringe ao dia do evento, mas começa bem antes e termina depois da desmontagem da infraestrutura que foi utilizada. É uma atuação que também vai muito além da vigilância tradicional, relacionando-se com o trabalho de todos os envolvidos na organização. 3.5. relatório de ocorrências Utilizado para relatar ocorrências inerentes à execução dos serviços de segurança e às alterações encontradas durante o evento, esse relatório deve ser consolidado ao término do evento e colocado à disposição da organização para tomada de providências e ajustes. Tudo deverá estar formalizado! Tipos de relatos: furtos, mal súbito, atraso de implantação de pessoal, falhas nas estruturas, ações de cambistas, princípios de incêndios, ação de risco corrigidas pela equipe, furo no controle de acesso, etc. 3.6. Avaliação de melhorias A avaliação final com propostas de melhorias tem como objetivo, após a identificação de situações inesperadas, problemas e falhas, apontar modelos que poderão ser seguidos a partir das informações coletadas. Estas propostas não se restringem somente a simples apontamentos de sugestões, mas também a preocupação de que estas soluções sejam compatíveis com a empresa ou instituição razão do evento, empresa promotora do evento, empresa fornecedora do local onde se realizará o evento, a organizadora do evento, seus subcontratados e todos os demais terceirizados, procurando harmonia entre todos. 1 A função da segurança de eventos é garantir que todo o planejamento para a realização de um evento aconteça com o mínimo de problemas; 2 É muito importante conhecer os fundamentos de segurança privada para poder avaliar a qualidade da proteção oferecida por quem irá proteger seu evento; 3 Incidentes em eventos mancham a imagem das empresas organizadoras de eventos, promotores e patrocinadoras – marcas envolvidas, além do prejuízo financeiro; 4 Não existe uma fórmula pronta para dimensionar a segurança de um evento. Cada evento exige um planejamento próprio; 5 Não é porque se fará uma análise de riscos que o orçamento da segurança do evento será necessariamente maior que o esperado, mas dará aos responsáveis o conhecimento dos riscos que ele deseja ou não assumir!; 6 A tecnologia supre a maior parte das necessidades de segurança de um evento, desde que seja bem montada, treinada com a equipe e bem utilizada; 7 Em caso de qualquer incidente, podem ser responsabilizadas todas as empresas envolvidas na realização do evento; 8 O profissional de segurança precisa ter uma abordagem técnica, olhar o evento de forma abrangente e preocupar-se em garantir sua entrega ao público e aos organizadores do evento, promotores e patrocinadores; 9 O CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) analisa os projetos das instalações e, quando aprovados, emite um documento chamado ART (Aviso de Responsabilidade Técnica); 10 Obter as licenças exigidas pelas autoridades não só é necessário, mas também uma prevenção para o organizador do evento, pois dará a tranquilidade de que o trabalho de todos os envolvidos na organização do evento têm o aval de órgãos competentes, especialmente no caso de alguma demanda jurídica no dia ou futura; 11 O investimento em segurança, além de proteger vidas e bens materiais, preserva a imagem das empresas que associam suas marcas ao evento. Eventuais prejuízos materiais são recuperáveis, mas prejuízos à imagem de uma marca, assim como perdas de vidas, são irreparáveis; 12 Sempre que for buscar um local para seu evento, identifique qual é a infraestrutura que o espaço oferece e quais vulnerabilidades eventualmente precisam ser cobertas para que o evento esteja protegido; 13 Os riscos precisam ser muito bem analisados, por profissionais competentes, para que seja possível determinar a melhor maneira tratá-los. 14 A empresa organizadora de eventos pode e deve estar amparada por seguros específicos, principalmente de responsabilidade civil, já exigido por diversos espaços de eventos. Para melhor entendimento dos termos utilizados nessa obra, faz-se necessário esclarecer alguns conceitos: Ameaça: é qualquer indicação, circunstância ou evento com potencial de causar dano ou perda. Ativo: é qualquer equipamento, infraestrutura, material, informação, bens tangíveis e bens intangíveis, ou atividades que tenham valor positivo para seu proprietário. Assumir: aceitar, responsabilizar-se pelos danos e/ou perdas causados pelo risco. Avaliação de risco: é o processo de se avaliar as ameaças e vulnerabilidades de um ativo, de modo a formalizar uma opinião sobre a probabilidade da ocorrência de um evento gerador de dano ou perda, e seu consequente impacto, que servirá como referencial para uma tomada de decisão positiva. Bem Intangível: é aquele que não possui existência física (marca da instituição, imagem, conhecimento, etc.). O maior bem protegido pela segurança pessoal é, sem dúvida, a vida humana, porém, é extensiva a outros bens à proporção da dependência que estes tenham da pessoa protegida. Bem tangível: é todo aquele que possui existência física (automóvel, residência, etc.). Contexto: elementos notáveis da referência e suas inter-relações com o meio glossário que afetem ou que possam afetar as características e nível do risco. estratégia de tratamento do risco: são as formas de Gestão do Risco, divididas em: Administrativas Evitar – eliminar ou substituir a atividade que gera a condição de risco; Financiar – provisionar ou contratar um recurso financeiro (transferir) para as consequências do risco; Assumir – aceitar o risco. Operacionais Prevenir – medidas de controle da probabilidade com foco nas ameaças; Proteger – medidas de controle do impacto com foco nas vulnerabilidades. Impacto: é a consequência, um montante ou quantia resultante do dano ou perda. Impacto Financeiro: é o cálculo de todos os custos, tanto os diretos (intrínsecos) como os indiretos (relativos), dos riscos, em caso de sua concretização. Plano de Continuidade: plano cujo objetivo é manter em funcionamento as atividades e processos críticos da organização, na eventualidade da ocorrência de sinistro. Plano de gerenciamento de riscos: processo de diagnóstico e análise dos riscos (e suas componentes: ameaças, vulnerabilidades, probabilidades e impacto) que tem por finalidade definir a estratégia de tratamento político e economicamente viável. Plano de Contingência: também denominadoPlano de Recuperação de Desastre. Através de normas e procedimentos, determina medidas a serem adotadas pela organização e atribui responsabilidades em caso de desastre com parada total ou parcial de suas atividades e processos. Visa o retorno à normalidade no mais curto espaço de tempo, minimizando impactos que podem culminar com o desaparecimento da organização. Plano de emergência: conjunto de normas e procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados de forma a propiciar resposta rápida e eficaz em situações que envolvam incêndio e seus desdobramentos, visando, através da gestão dos recursos disponíveis, minimizar os efeitos catastróficos previamente identificados em área determinada. Plano de gerenciamento de Crise: estabelece ações e responsáveis pela condução de uma crise. Deve ser previamente desenvolvida e revisada periodicamente como forma preventiva de conter consequências danosas advindas da crise que pode ter origem em uma emergência, contingência ou fatores de riscos intrínsecos às atividades da organização. Probabilidade: é a chance do risco vir a acontecer. Proteger: resguardar, abrigar, amparar ou preservar do risco, pessoas, bens, informações e imagem. redução do Impacto: controle da extensão das consequências de um determinado risco. risco: é o evento resultante das variáveis: Ameaça, Vulnerabilidade, Probabilidade e Impacto. Os riscos podem ter origem em quatro grupos: Biológico: proveniente de contato com micro-organismos nocivos a saúde humana; Humano: proveniente de ação ou omissão do ser humano, direta ou indiretamente, voluntária ou involuntariamente; natural: proveniente de fenômenos da natureza; técnico: oriundo de falha ou mau emprego de equipamentos, utensílios ou instrumentos. Observação Importante: o Risco é uma variável permanente em todas as atividades do ser humano, que afeta os seus resultados de maneira positiva desde que seja conhecido e mantido em um nível aceitável, como oportunidade de desenvolvimento. Fora de controle, o risco afeta os seus resultados de maneira negativa e pode pôr em perigo sua estabilidade. Sabemos que não é possível eliminar totalmente os riscos, podendo somente manejá-los de uma maneira adequada, coerente e consistente mediante a implantação de um programa corporativo de Gestão de Segurança. segurança: estado, qualidade, condição daquilo que está seguro, isento de perigo, acautelado, protegido. segurança Institucional: também conhecida como Segurança Corporativa, visa tratar os riscos e suas variáveis – Ameaça, Vulnerabilidade, Probabilidade e Impacto – utilizando-se de Recursos Humanos, Técnicos e Organizacionais com o objetivo de garantir a continuidade das atividades da organização. Protege pessoas, bens, informações e imagem relacionadas direto ou indiretamente à instituição. Utiliza técnicas apropriadas, buscando equilíbrio entre investimento e benefício. sinistro: ocorrência de prejuízo ou dano pela concretização de um ou mais riscos (exemplo: incêndio, acidente, roubo, furto, etc.) em algum ativo ou bem. sistema de referência ou referência: o objeto ou objetivo a partir do qual será feito a análise de risco. Pode ser organizações, instalações, pessoas ou ativos em particular. vulnerabilidade: é qualquer debilidade/fragilidade que pode ser explorada por uma ameaça, possibilitando o acesso a um ativo, podendo vir a causar Impacto (dano ou perda). Anexo I – Checklist para a segurança de eventos modelo geral 2.0 a) Órgãos, Departamentos e entidades Polícia Militar; Corpo de Bombeiros; Serviço Médico de Emergência; Prefeitura Municipal; Ministério Público; Segurança do Trabalho, Saúde e Meio Ambiente; CET – Companhia de Engenharia de tráfego (Departamento de Trânsito); CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia; Juizado da Infância e da Adolescência; ECAD – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais; Defesa Civil. ANVISA b) segurança Patrimonial Análise de Risco Estratégico; AneXos Cronograma de Implantação de Pessoal e Equipamentos; Contratação de Empresa de Segurança Privada (Lei nº 7.102/1983 e Portaria nº 358/09 DPF); Plano de Segurança; Planejamento Operacional; Plano de Comunicações – Rede Rádio; Livro de Registro de Ocorrência – Diário do Evento; Relação de Controle de Acesso; Mapa de Distribuição do Efetivo; Relação Nominal de Profissionais das Empresas Prestadoras de Segurança; Descrição de Postos e Tarefas; Relação de Guarda de Bens Materiais a cargo da Segurança; Ferramentas Tecnológicas (segurança eletrônica: CFTV, alarme, ronda, detectores de metais, outros); Plano de Contingência; Detectores de Metais (Legislação Estadual); Outros itens legais (Legislação Estadual e/ou Municipal). c) Brigada de Incêndio Análise de Risco Estratégico (foco em incêndio); Plano de Abandono ou PECI – Plano de Emergência Contra Incêndio (NBR 14.276 e NBR 15.219); Cronograma de Implantação de Bombeiros, Socorristas e Maqueiros; Plano de Treinamento (NBR 14.608); Certificado de Formação Profissional de Bombeiro Civil (Lei n. 11.901/2009 e NBR 14.608); Livro de Registro de Ocorrência – Diário do Evento; Planejamento Operacional; Plano de Comunicações – Rede Rádio; Relação Nominal de Profissionais; Relação de Materiais Tratados (Ignifugados); Mapa de Distribuição do Efetivo e de Equipamentos (Extintores – Tipo, Modelo – Hidrantes, Mangotinhos, etc.); Descrição de Postos e Tarefas; Comunicação Visual (Saídas de Emergência); Folheto Explicativo/Orientativo para Casos de Emergências (Saídas de Emergências e demais Informações); Vídeo de Comunicação p/ Casos de Emergência (vídeo com Instruções de Segurança); AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (Decreto n. 46.076/2001–SP); AVS – Auto de Verificação de Segurança (Lei n. 11.228/1992, Decreto Reg. Nº 32.329/1992, anexo 17); Laudo de Vistoria/Inspeção das Instalações Elétricas – Termográfica; Plano de Intervenção de Incêndio; Plano de Contingência; Outros itens legais (Legislação Estadual e/ou Municipal). AneXo II – FAses Do evento Fases do evento que merecem destaque e atenção especial. PrÉ-evento evento PÓs-evento Análise de Risco do Local Monitoramento dos Riscos Saída do Público e dos Artistas Seleção, Contratação e Treinamento de Equipe Supervisão Geral Controle de Patrimônio Equipe de Informação (Inteligência) Bilheteria Desmontagem (Infra) Atendimento aos Clientes Internos Área Operacional Inventário de Devolução do Local Área de Backstage Varredura de Ambientes em Pontos Sensíveis Implantação da Segurança Patrimonial Abertura dos Portões ao Público Palco Central de Comando e Controle Início do Show Brigada de Incêndio Equipe de Pronta Resposta Movimentação do Público Término do Show Atividades da Segurança: A segurança privada tal como definida na legislação brasileira é um setor de atividades que abrange tanto as empresas de capital privado que possuem autorização do Estado para comercializar serviços de proteção ao patrimônio e às pessoas (“empresas de segurança privadas especializadas”), quanto as empresas e organizações das mais variadas que estão autorizadas a organizar departamentos internos para promover sua própria segurança (“empresas com segurança orgânica”). O segmento comercial especializado abrange as empresas de segurança privada que oferecem a terceiros os serviços de “vigilância patrimonial”, “transporte de valores”, “escolta armada” e “segurança pessoal privada”. Inclui também os chamados “cursos de formação e aperfeiçoamento de vigilantes”, empresas cuja atividade-fim não é comercializar serviços de proteção e sim formar, especializar e reciclar a mão-de-obra que executará as atividades de segurança privada. Segurança: É a percepção que se temquando do emprego de recursos humanos e tecnológicos, capacitados e específicos, agregando ainda o estabelecimento de normas e procedimentos a fim de proporcionar um estado de ausência de risco. Segurança Patrimonial: “É um conjunto de medidas, capazes de gerar um estado, no qual os interesses vitais de uma empresa estejam livres de interferências e perturbações” Conjunto de medidas: A segurança patrimonial não depende apenas do departamento de segurança da empresa, mas envolve todos os seus setores e todo o seu pessoal. Estado: significa uma coisa permanente. É diferente de uma situação, que é temporária. Interesses vitais: Os interesses vitais de uma empresa não estão apenas em não ser roubada ou incendiada. O mercado, os segredos, a estratégia de marketing, pesquisas de novos produtos devem igualmente ser protegidos. Interferências e perturbações: Nada deve impedir o curso normal da empresa. Deve-se prevenir não apenas contra incêndios e assaltos, mas também contra espionagem, sequestros de empresários, greves, sabotagem, chantagem, etc. Grau de segurança: Não existe segurança perfeita, total ou absoluta. O que existe é a segurança satisfatória. A segurança é satisfatória quando: - É capaz de retardar ao máximo uma possibilidade de agressão; - É capaz de desencadear forças – no menor espaço de tempo possível – capazes de neutralizar a agressão verificada. Segurança Empresarial: É o conjunto otimizado dos meios humanos, técnicos e administrativos, a fim de manter a empresa operando e cumprindo sua missão, ou seja, garantindo a continuidade do negócio e a geração de lucro. Esse conjunto deve assegurar a integridade física e moral do indivíduo, proteger o patrimônio, investigar, prevenir, impedir e reprimir as ações de qualquer natureza que venham ameaçar ou dificultar o pleno desenvolvimento das atividades do empreendimento, contribuindo desta forma para a prevenção e a minimização de perdas. Patrimônio: São todos ativos que participam na produção de lucro do empreendimento, tais como: Recursos Humanos (funcionários, terceiros, parceiros de negócio e clientes); Intelectuais (informações, dados, documentos, políticas, imagem e reputação da corporação) e Materiais (equipamentos, serviços). Análise de Riscos: É um processo de identificação e avaliação de cada ameaça, em relação à probabilidade de ocorrência, a vulnerabilidade do objeto protegido contra a mesma e o impacto sobre o lucro do empreendimento. Risco É a probabilidade do patrimônio sujeitar-se a fatores (incidentes, vulnerabilidade e ameaças) que venham colocar em perigo, gerar perda ou dano aos ativos, comprometendo a continuidade das atividades da corporação, consequentemente do lucro. Sistema eletrônico de Segurança É o conjunto de elementos técnicos destinados a advertir in loco ou a distância qualquer evento que pode acarretar risco para vidas, bens ou continuidade das atividades. Fundamentos e conceitos empregados: Segurança é a sensação que se tem do Grau de Preservação de um bem. A decisão de reduzir as vulnerabilidades a que este bem está sujeito, será determinada em função do valor que estiver agregado a ele. Com a impossibilidade de eliminar o Risco, determina-se até que volume de investimento justifica-se a proteção; portanto, é a relação Custo / Benefício que define o Grau de Risco a que se admite expor o bem a ser preservado. Da corrente de medidas adotadas, o elo mais fraco será o determinante da vulnerabilidade. Um Sistema de Segurança deverá ser buscado, evitando-se a dependência de determinada(s) pessoa(s) ou meio(s), tendo como característica a velocidade entre as seguintes fases: Monitoração * Detecção *Informação * Interpretação * Ação Subdivididas ainda em: Sistema Ativo e Sistema Passivo Sistema Ativo: Compreende os Recursos Humanos especializados empenhados em atingir o Grau de Segurança desejado em uma instalação (área), executando as tarefas de controles, fiscalização, manutenção da ordem, por meio de ações preventivas e corretivas disciplinares. Esse contingente é representado pelos seguintes elementos: • Encarregados/Lideres; • Vigilantes; • Recepcionistas; • Mensageiros; • Bombeiros • Outros. Meios Aplicados: Compreende os Recursos Materiais utilizados na realização dos serviços relativos a: Comunicação: Meios que possibilitem o recebimento imediato de informações e ordens. São exemplos: Rádio Comunicadores ( H.T.); Bases fixas ou Móveis; e outros. Controles: Meios de registro das ações do sistema de segurança São exemplos: Relógios Vigia; Ronda Eletrônica e outros Administrativos: Normas internas e critérios de responsabilidade Sistema Passivo: Compreendem os Recursos Tecnológicos distribuídos convenientemente pela empresa, capazes de detectar qualquer anomalia existente enviando a informação (sinal) a uma Central de Monitoramento para que as providências sejam tomadas conforme o que ficar pré-estabelecido. Podem ser exemplificados pelos seguintes sistemas: • CFTV - Circuito Fechado de Televisão; • Rede de Sensores Ambientais Internos • Rede de Sensores Ambientais Externos • Outros. � CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podemreunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011) XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplementovoluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Decreto nº 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento) LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) DA SEGURANÇA PÚBLICA Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º - A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se a: § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. § 2º - A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) � LEI N. 5.145, DE 30 DE MAIO DE 1986 Disciplina o comparecimento de policiais em espetáculos artísticos, culturais, circenses ou esportivos O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Artigo 1.º - Nos espetáculos artísticos, culturais e circenses, cuja assistência se faça através de pagamento de ingresso, o comparecimento de policiais, com a finalidade de preservar a segurança de seus assistentes ou participantes, deverá se fazermediante comunicação obrigatória dos promotores do evento às autoridades das Polícias Civil e Militar. Artigo 2.º - Caberá às autoridades da área de segurança pública a fixação do número mínimo de policiais necessários ao atendimento da comunicação a que se refere o artigo anterior, as quais deverão, no caso, se ater, entre outros aspectos, ao vulto do evento. Artigo 3.º - As entidades, firmas ou pessoas responsáveis pelos espetáculos artísticos, culturais e esportivos deverão recolher aos cofres públicos o pagamento de uma taxa, de valor variável segundo o número de policiais fixado para dar atendimento ao evento. Artigo 4.º - Esta lei será regulamentada pelo Poder Executivo no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de sua publicação. Artigo 5.º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação. � LEI Nº 7.645, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1991 Dispõe sobre a Taxa de Fiscalização e Serviços Diversos, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Da Incidência Artigo 1º - A Taxa de Fiscalização e Serviços Diversos é devida em virtude da utilização de serviço público ou em razão do exercício do poder de polícia, na conformidade das tabelas anexas a esta lei. Artigo 2º - A taxa não é devida: I - pelo exercício do direito de petição ao Poder Público em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; II - para obtenção, em repartições públicas, de certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos de interesse pessoal. Artigo 3º - São isentos da Taxa de Fiscalização e Serviços Diversos: I - a expedição da primeira via da cédula de identidade, bem como as decorrentes de sua substituição compulsória, por determinação do poder público; II - os atos relativos à situação dos servidores públicos em geral, ativos ou inativos; III - os certificados de registro e de licenciamento de veículos motorizados, quando estes pertencerem a consulados ou representantes consulares devidamente credenciados, cujos países concedam reciprocidade de tratamento aos representantes brasileiros; IV - os atos destinados a fins militares, desde que neles venham declarado ser essa, exclusivamente, a sua finalidade; V - os atos relativos ao alistamento e ao processo eleitoral, desde que neles venha declarado ser esse, exclusivamente, o seu fim; VI - os atos relativos à vida escolar, com referência aos estabelecimentos de ensino oficiais, oficializados e da rede particular, desde que neles venham declarado ser esse, exclusivamente, o seu fim; VII - os alvarás para porte de arma solicitados por autoridade e servidores públicos em razão do exercício de suas funções; VIII - os atos de interesse: a) dos órgãos da administração pública direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; b) das autarquias ou fundações criadas por lei deste Estado; IX - os atos de interesse das pessoas comprovadamente pobres, à vista de atestado da autoridade competente; X - os atestados de residência. Dos Contribuintes Artigo 4º - Contribuinte do tributo é a pessoa física ou jurídica que solicitar a prestação do serviço público ou a prática do ato decorrente da atividade do poder de polícia ou, ainda, por quem for o beneficiário direto do serviço ou do ato. Do Cálculo Artigo 5º - O valor da taxa será fixado em quantidade de Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, criada pelo artigo 113 da Lei n. 6.374, de 1º de março de 1989, nas tabelas a que se refere o artigo 1º. Parágrafo único - A conversão em moeda corrente far-se-á pelo valor da UFESP vigente no dia 1º do mês em que se efetivar o recolhimento, desprezadas, do produto, as frações de cruzeiros. Artigo 6º - Na hipótese de expedição de alvará anual, para estabelecimento que estiver iniciando suas atividades, a taxa será devida, proporcionalmente, a partir do mês em que ocorrer o mencionado evento. Do Lançamento Artigo 7º - O recolhimento do tributo far-se-á antes de solicitada a prestação do serviço ou a prática do ato, sob exclusiva responsabilidade do contribuinte, na forma e nos prazos regulamentares. Artigo 8º - Sem prejuízo das medidas administrativas e aplicação de outras sanções cabíveis, a inobservância de momentos ou prazos estabelecimentos para solicitação da prática de quaisquer dos atos enumerados da Tabela "B" e no item 1 da Tabela "C", anexas a esta lei, ou para pagamento da taxa correspondente sujeitará o contribuinte às seguintes penalidades: I - nas hipóteses previstas na Tabela "B": a) multa de valor igual a duas vezes o da taxa devida, se verificadas pela autoridade competente, cumulativamente, falta de solicitação e falta de pagamento da taxa; b) multa de valor igual a duas vezes o da taxa devida ou da parte faltante se, feita a solicitação, verificar-se falta ou insuficiência de pagamento; c) multa de valor igual a uma vez o da taxa devida, se regularizada a situação antes de qualquer procedimento administrativo; II - na hipótese prevista no item 1 da Tabela "C", multa de valor igual a uma vez o da taxa devida, em hipótese de solicitação da prática dos atos ali enumerados, feita após o último dia do mês de fevereiro de cada exercício. Artigo 9º - Em qualquer outra hipótese não compreendida no artigo anterior, solicitada a prestação do serviço sem o pagamento da taxa ou com insuficiência de pagamento, sujeitar-se-á o contribuinte à multa de valor igual a uma vez o da taxa devida ou da parte faltante. Artigo 10 - O tributo não é restituível, salvo se, regularmente recolhida a taxa devida, for recusada a prestação do serviço ou a prática do ato. Artigo 11 - O servidor ou autoridade pública que prestar o serviço ou praticar o ato decorrente da atividade do poder de polícia, sem o recolhimento da respectiva taxa ou com insuficiência de pagamento, responderá solidariamente com o sujeito passivo da obrigação pelo tributo não recolhido, bem como pela multa cabível. Artigo 12 - São obrigados a exibir os documentos e livros relacionados com o tributo, a prestar informações solicitadas pelo fisco e a não embaraçar a ação dos funcionários fiscais: I - os contribuintes e todos os que tomarem parte nos atos sujeitos ao tributo; II - os serventuários da justiça; III - os servidores e autoridades públicas estaduais. Parágrafo único - Em caso de recusa ou embaraço à ação fiscal por parte de serventuário da justiça, o funcionário fiscal solicitará ao juiz corregedor competente as providências necessárias ao desempenho de suas funções. Das Infrações e Penalidades Artigo 13 - As infrações às normas relativas ao tributo sujeitam o infrator às penalidades a seguir indicadas, sem prejuízo das medidas administrativas e aplicação de outras sanções cabíveis: I - infrações relativas aos documentos de recolhimento do tributo - multa de valor igual a 100 (cem) vezes o da taxa devida, nunca inferior a 20 (vinte) UFESPs por documento, aos que adulterarem ou falsificarem documentos de recolhimento do tribuito e/ou autenticação mecânica, ou ainda, de qualquer forma contribuírem para prática da adulteração ou falsificação; II - infrações para as quais não haja penalidade específica prevista nesta lei - multa de 20 (vinte) UFESPs. Parágrafo único - Sujeitar-se-ão também à multa prevista no inciso I os que, tendo conhecimento do fato, conservarem, por mais de 8 (oito) dias, documento de recolhimento adulterado ou falsificado, sem a adoção de providências perante a autoridade competente. Artigo 14 - Para cálculo das multas baseadas em UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo deve ser considerado o valor vigente no 1º dia do mês em que se lavrar o auto de infração. Da Disposição Final Artigo 15 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 1992. � LEI 10.671, DE 15 DE MAIO DE 2003. (com alterações da Lei nº 12.299/10) Dispõe sobreo Estatuto de Defesa do Torcedor e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES Gerais Art. 1o Este Estatuto estabelece normas de proteção e defesa do torcedor. Art. 2o Torcedor é toda pessoa que aprecie, apóie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva do País e acompanhe a prática de determinada modalidade esportiva. Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se a apreciação, o apoio ou o acompanhamento de que trata o caput deste artigo Art. 3o Para todos os efeitos legais, equiparam-se a fornecedor, nos termos da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, a entidade responsável pela organização da competição, bem como a entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo. Art. 4o (VETADO) ** Art. 4o A Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 1o-A, 2o-A, 13-A, 31-A, 39-A, 39-B e 41-A, e do Capítulo XI-A, com os arts. 41-B, 41-C, 41-D, 41-E, 41-F e 41-G: “Art. 1o-A. A prevenção da violência nos esportes é de responsabilidade do poder público, das confederações, federações, ligas, clubes, associações ou entidades esportivas, entidades recreativas e associações de torcedores, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como daqueles que, de qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam dos eventos esportivos.” “Art. 2o-A. Considera-se torcida organizada, para os efeitos desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado ou existente de fato, que se organize para o fim de torcer e apoiar entidade de prática esportiva de qualquer natureza ou modalidade. Parágrafo único. A torcida organizada deverá manter cadastro atualizado de seus associados ou membros, o qual deverá conter, pelo menos, as seguintes informações: I - nome completo; II - fotografia; III - filiação; IV - número do registro civil; V - número do CPF; VI - data de nascimento; VII - estado civil; VIII - profissão; IX - endereço completo; e X - escolaridade.” “Art. 13-A. São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, sem prejuízo de outras condições previstas em lei: I - estar na posse de ingresso válido; II - não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência; III - consentir com a revista pessoal de prevenção e segurança; IV - não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas inclusive de caráter racista ou xenófobo; V - não entoar cânticos discriminatórios, racistas ou xenófobos; VI - não arremessar objetos, de qualquer natureza, no interior do recinto esportivo; VII - não portar ou utilizar fogos de artifício ou quaisquer outros engenhos pirotécnicos ou produtores de efeitos análogos; VIII - não incitar e não praticar atos de violência no estádio, qualquer que seja a sua natureza; e IX - não invadir e não incitar a invasão, de qualquer forma, da área restrita aos competidores. Parágrafo único. O não cumprimento das condições estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sanções administrativas, civis ou penais eventualmente cabíveis.” “Art. 31-A. É dever das entidades de administração do desporto contratar seguro de vida e acidentes pessoais, tendo como beneficiária a equipe de arbitragem, quando exclusivamente no exercício dessa atividade.” “Art. 39-A. A torcida organizada que, em evento esportivo, promover tumulto; praticar ou incitar a violência; ou invadir local restrito aos competidores, árbitros, fiscais, dirigentes, organizadores ou jornalistas será impedida, assim como seus associados ou membros, de comparecer a eventos esportivos pelo prazo de até 3 (três) anos.” “Art. 39-B. A torcida organizada responde civilmente, de forma objetiva e solidária, pelos danos causados por qualquer dos seus associados ou membros no local do evento esportivo, em suas imediações ou no trajeto de ida e volta para o evento.” “Art. 41-A. Os juizados do torcedor, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pelos Estados e pelo Distrito Federal para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes das atividades reguladas nesta Lei.” “CAPÍTULO XI-A DOS CRIMES ‘Art. 41-B. Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos: Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa. § 1o Incorrerá nas mesmas penas o torcedor que: I - promover tumulto, praticar ou incitar a violência num raio de 5.000 (cinco mil) metros ao redor do local de realização do evento esportivo, ou durante o trajeto de ida e volta do local da realização do evento; II - portar, deter ou transportar, no interior do estádio, em suas imediações ou no seu trajeto, em dia de realização de evento esportivo, quaisquer instrumentos que possam servir para a prática de violência. § 2o Na sentença penal condenatória, o juiz deverá converter a pena de reclusão em pena impeditiva de comparecimento às proximidades do estádio, bem como a qualquer local em que se realize evento esportivo, pelo prazo de 3 (três) meses a 3 (três) anos, de acordo com a gravidade da conduta, na hipótese de o agente ser primário, ter bons antecedentes e não ter sido punido anteriormente pela prática de condutas previstas neste artigo. § 3o A pena impeditiva de comparecimento às proximidades do estádio, bem como a qualquer local em que se realize evento esportivo, converter-se-á em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. § 4o Na conversão de pena prevista no § 2o, a sentença deverá determinar, ainda, a obrigatoriedade suplementar de o agente permanecer em estabelecimento indicado pelo juiz, no período compreendido entre as 2 (duas) horas antecedentes e as 2 (duas) horas posteriores à realização de partidas de entidade de prática desportiva ou de competição determinada. § 5o Na hipótese de o representante do Ministério Público propor aplicação da pena restritiva de direito prevista no art. 76 da Lei 9099, de 26 de setembro de 1995, o juiz aplicará a sanção prevista no § 2o.’ ‘Art. 41-C. Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.’ ‘Art. 41-D. Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.’ ‘Art. 41-E. Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.’ ‘Art. 41-F. Vender ingressos de evento esportivo, por preço superior ao estampado no bilhete: Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.’ ‘Art. 41-G. Fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete: Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. Parágrafo único. A pena será aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o agente for servidor público, dirigente ou funcionário de entidade de prática desportiva, entidade responsável pela organização da competição, empresa contratada para o processo de emissão, distribuição e venda de ingressos ou torcida organizada e se utilizar desta condição para os fins previstos neste artigo.’” CAPÍTULO II DA TRANSPARÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO Art. 5o São asseguradas ao torcedor a publicidade e transparência na organização das competições administradas pelas entidades de administração do desporto,bem como pelas ligas de que trata o art. 20 da Lei no 9.615, de 24 de março de 1998. Parágrafo único. As entidades de que trata o caput farão publicar na internet, em sítio dedicado exclusivamente à competição, bem como afixar ostensivamente em local visível, em caracteres facilmente legíveis, do lado externo de todas as entradas do local onde se realiza o evento esportivo: I - a íntegra do regulamento da competição; II - as tabelas da competição, contendo as partidas que serão realizadas, com especificação de sua data, local e horário; III - o nome e as formas de contato do Ouvidor da Competição de que trata o art. 6o; IV - os borderôs completos das partidas; V - a escalação dos árbitros imediatamente após sua definição; e VI – a relação dos nomes dos torcedores impedidos de comparecer ao local do evento desportivo. ** § 1o As entidades de que trata o caput farão publicar na internet, em sítio da entidade responsável pela organização do evento: I - a íntegra do regulamento da competição; II - as tabelas da competição, contendo as partidas que serão realizadas, com especificação de sua data, local e horário; III - o nome e as formas de contato do Ouvidor da Competição de que trata o art. 6o; IV - os borderôs completos das partidas; V - a escalação dos árbitros imediatamente após sua definição; e VI - a relação dos nomes dos torcedores impedidos de comparecer ao local do evento desportivo. § 2o Os dados contidos nos itens V e VI também deverão ser afixados ostensivamente em local visível, em caracteres facilmente legíveis, do lado externo de todas as entradas do local onde se realiza o evento esportivo. § 3o O juiz deve comunicar às entidades de que trata o caput decisão judicial ou aceitação de proposta de transação penal ou suspensão do processo que implique o impedimento do torcedor de frequentar estádios desportivos.” (NR) Art. 6º A entidade responsável pela organização da competição, previamente ao seu início, designará o Ouvidor da Competição, fornecendo-lhe os meios de comunicação necessários ao amplo acesso dos torcedores. § 1o São deveres do Ouvidor da Competição recolher as sugestões, propostas e reclamações que receber dos torcedores, examiná-las e propor à respectiva entidade medidas necessárias ao aperfeiçoamento da competição e ao benefício do torcedor. § 2o É assegurado ao torcedor: I - o amplo acesso ao Ouvidor da Competição, mediante comunicação postal ou mensagem eletrônica; e II - o direito de receber do Ouvidor da Competição as respostas às sugestões, propostas e reclamações, que encaminhou, no prazo de trinta dias. § 3o Na hipótese de que trata o inciso II do § 2o, o Ouvidor da Competição utilizará, prioritariamente, o mesmo meio de comunicação utilizado pelo torcedor para o encaminhamento de sua mensagem. § 4o O sítio da internet em que forem publicadas as informações de que trata o parágrafo único do art. 5o conterá, também, as manifestações e propostas do Ouvidor da Competição. ** § 4o O sítio da internet em que forem publicadas as informações de que trata o § 1o do art. 5o conterá, também, as manifestações e propostas do Ouvidor da Competição. § 5o A função de Ouvidor da Competição poderá ser remunerada pelas entidades de prática desportiva participantes da competição. Art. 7o É direito do torcedor a divulgação, durante a realização da partida, da renda obtida pelo pagamento de ingressos e do número de espectadores pagantes e não-pagantes, por intermédio dos serviços de som e imagem instalados no estádio em que se realiza a partida, pela entidade responsável pela organização da competição. Art. 8o As competições de atletas profissionais de que participem entidades integrantes da organização desportiva do País deverão ser promovidas de acordo com calendário anual de eventos oficiais que: I - garanta às entidades de prática desportiva participação em competições durante pelo menos dez meses do ano; II - adote, em pelo menos uma competição de âmbito nacional, sistema de disputa em que as equipes participantes conheçam, previamente ao seu início, a quantidade de partidas que disputarão, bem como seus adversários. CAPÍTULO III DO REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO Art. 9º É direito do torcedor que o regulamento, as tabelas da competição e o nome do Ouvidor da Competição sejam divulgados até sessenta dias antes de seu início, na forma do parágrafo único do art. 5º. ** “Art. 9o É direito do torcedor que o regulamento, as tabelas da competição e o nome do Ouvidor da Competição sejam divulgados até 60 (sessenta) dias antes de seu início, na forma do § 1o do art. 5o. § 1o Nos dez dias subseqüentes à divulgação de que trata o caput, qualquer interessado poderá manifestar-se sobre o regulamento diretamente ao Ouvidor da Competição. § 2o O Ouvidor da Competição elaborará, em setenta e duas horas, relatório contendo as principais propostas e sugestões encaminhadas. § 3o Após o exame do relatório, a entidade responsável pela organização da competição decidirá, em quarenta e oito horas, motivadamente, sobre a conveniência da aceitação das propostas e sugestões relatadas. § 4o O regulamento definitivo da competição será divulgado, na forma do parágrafo único do art. 5o, quarenta e cinco dias antes de seu início. ** § 4o O regulamento definitivo da competição será divulgado, na forma do § 1o do art. 5o, 45 (quarenta e cinco) dias antes de seu início. § 5o É vedado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva, salvo nas hipóteses de: I - apresentação de novo calendário anual de eventos oficiais para o ano subseqüente, desde que aprovado pelo Conselho Nacional do Esporte – CNE; II - após dois anos de vigência do mesmo regulamento, observado o procedimento de que trata este artigo. § 6o A competição que vier a substituir outra, segundo o novo calendário anual de eventos oficiais apresentado para o ano subseqüente, deverá ter âmbito territorial diverso da competição a ser substituída. Art. 10. É direito do torcedor que a participação das entidades de prática desportiva em competições organizadas pelas entidades de que trata o art. 5o seja exclusivamente em virtude de critério técnico previamente definido. § 1o Para os fins do disposto neste artigo, considera-se critério técnico a habilitação de entidade de prática desportiva em razão de colocação obtida em competição anterior. § 2o Fica vedada a adoção de qualquer outro critério, especialmente o convite, observado o disposto no art. 89 da Lei no 9.615, de 24 de março de 1998. § 3o Em campeonatos ou torneios regulares com mais de uma divisão, será observado o princípio do acesso e do descenso. § 4o Serão desconsideradas as partidas disputadas pela entidade de prática desportiva que não tenham atendido ao critério técnico previamente definido, inclusive para efeito de pontuação na competição. Art. 11. É direito do torcedor que o árbitro e seus auxiliares entreguem, em até quatro horas contadas do término da partida, a súmula e os relatórios da partida ao representante da entidade responsável pela organização da competição. § 1o Em casos excepcionais, de grave tumulto ou necessidade de laudo médico, os relatórios da partida poderão ser complementados em até vinte e quatro horas após o seu término. § 2o A súmula e os relatórios da partida serão elaborados em três vias, de igual teor e forma, devidamente assinadas pelo árbitro, auxiliares e pelo representante da entidade responsável pela organização da competição. § 3o A primeira via será acondicionada em envelope lacrado e ficará na posse de representante da entidade responsável pela organização da competição, que a encaminhará ao setor competente da respectiva entidade até as treze horas do primeiro dia útil subseqüente. § 4o O lacre de que trata o § 3o será assinado pelo árbitro e seus auxiliares. § 5o A segunda via ficará na posse do árbitro da partida, servindo-lhe como recibo. § 6o A terceira via ficará na posse do representante da entidade responsável pela organização da competição,que a encaminhará ao Ouvidor da Competição até as treze horas do primeiro dia útil subseqüente, para imediata divulgação. Art. 12. A entidade responsável pela organização da competição dará publicidade à súmula e aos relatórios da partida no sítio de que trata o parágrafo único do art. 5o até as quatorze horas do primeiro dia útil subseqüente ao da realização da partida. ** “Art. 12. A entidade responsável pela organização da competição dará publicidade à súmula e aos relatórios da partida no sítio de que trata o § 1o do art. 5o até as 14 (quatorze) horas do 3o (terceiro) dia útil subsequente ao da realização da partida.” (NR) CAPÍTULO IV DA SEGURANÇA DO TORCEDOR PARTÍCIPE DO EVENTO ESPORTIVO Art. 13. O torcedor tem direito a segurança nos locais onde são realizados os eventos esportivos antes, durante e após a realização das partidas. Parágrafo único. Será assegurado acessibilidade ao torcedor portador de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 14. Sem prejuízo do disposto nos arts. 12 a 14 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus dirigentes, que deverão: I – solicitar ao Poder Público competente a presença de agentes públicos de segurança, devidamente identificados, responsáveis pela segurança dos torcedores dentro e fora dos estádios e demais locais de realização de eventos esportivos; II - informar imediatamente após a decisão acerca da realização da partida, dentre outros, aos órgãos públicos de segurança, transporte e higiene, os dados necessários à segurança da partida, especialmente: a) o local; b) o horário de abertura do estádio; c) a capacidade de público do estádio; e d) a expectativa de público; III - colocar à disposição do torcedor orientadores e serviço de atendimento para que aquele encaminhe suas reclamações no momento da partida, em local: a) amplamente divulgado e de fácil acesso; e b) situado no estádio. § 1o É dever da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo solucionar imediatamente, sempre que possível, as reclamações dirigidas ao serviço de atendimento referido no inciso III, bem como reportá-las ao Ouvidor da Competição e, nos casos relacionados à violação de direitos e interesses de consumidores, aos órgãos de defesa e proteção do consumidor. § 2o Perderá o mando de campo por, no mínimo, dois meses, sem prejuízo das sanções cabíveis, a entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo que não observar o disposto no caput deste artigo. Art. 15. O detentor do mando de jogo será uma das entidades de prática desportiva envolvidas na partida, de acordo com os critérios definidos no regulamento da competição. Art. 16. É dever da entidade responsável pela organização da competição: I - confirmar, com até quarenta e oito horas de antecedência, o horário e o local da realização das partidas em que a definição das equipes dependa de resultado anterior; II - contratar seguro de acidentes pessoais, tendo como beneficiário o torcedor portador de ingresso, válido a partir do momento em que ingressar no estádio; III – disponibilizar um médico e dois enfermeiros-padrão para cada dez mil torcedores presentes à partida; IV – disponibilizar uma ambulância para cada dez mil torcedores presentes à partida; e V – comunicar previamente à autoridade de saúde a realização do evento. Art. 17. É direito do torcedor a implementação de planos de ação referentes a segurança, transporte e contingências que possam ocorrer durante a realização de eventos esportivos. § 1o Os planos de ação de que trata o caput: I - serão elaborados pela entidade responsável pela organização da competição, com a participação das entidades de prática desportiva que a disputarão; e II - deverão ser apresentados previamente aos órgãos responsáveis pela segurança pública das localidades em que se realizarão as partidas da competição. ** § 1o Os planos de ação de que trata o caput serão elaborados pela entidade responsável pela organização da competição, com a participação das entidades de prática desportiva que a disputarão e dos órgãos responsáveis pela segurança pública, transporte e demais contingências que possam ocorrer, das localidades em que se realizarão as partidas da competição. § 2o Planos de ação especiais poderão ser apresentados em relação a eventos esportivos com excepcional expectativa de público. § 3o Os planos de ação serão divulgados no sítio dedicado à competição de que trata o parágrafo único do art. 5o no mesmo prazo de publicação do regulamento definitivo da competição. Art. 18. Os estádios com capacidade superior a vinte mil pessoas deverão manter central técnica de informações, com infra-estrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente. ** “Art. 18. Os estádios com capacidade superior a 10.000 (dez mil) pessoas deverão manter central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente.” (NR) Art. 19. As entidades responsáveis pela organização da competição, bem como seus dirigentes respondem solidariamente com as entidades de que trata o art. 15 e seus dirigentes, independentemente da existência de culpa, pelos prejuízos causados a torcedor que decorram de falhas de segurança nos estádios ou da inobservância do disposto neste capítulo. CAPÍTULO V DOS INGRESSOS Art. 20. É direito do torcedor partícipe que os ingressos para as partidas integrantes de competições profissionais sejam colocados à venda até setenta e duas horas antes do início da partida correspondente. § 1o O prazo referido no caput será de quarenta e oito horas nas partidas em que: I - as equipes sejam definidas a partir de jogos eliminatórios; e II - a realização não seja possível prever com antecedência de quatro dias. § 2o A venda deverá ser realizada por sistema que assegure a sua agilidade e amplo acesso à informação. § 3o É assegurado ao torcedor partícipe o fornecimento de comprovante de pagamento, logo após a aquisição dos ingressos. § 4o Não será exigida, em qualquer hipótese, a devolução do comprovante de que trata o § 3o. § 5o Nas partidas que compõem as competições de âmbito nacional ou regional de primeira e segunda divisão, a venda de ingressos será realizada em, pelo menos, cinco postos de venda localizados em distritos diferentes da cidade. Art. 21. A entidade detentora do mando de jogo implementará, na organização da emissão e venda de ingressos, sistema de segurança contra falsificações, fraudes e outras práticas que contribuam para a evasão da receita decorrente do evento esportivo. Art. 22. São direitos do torcedor partícipe: I - que todos os ingressos emitidos sejam numerados; e II - ocupar o local correspondente ao número constante do ingresso. § 1o O disposto no inciso II não se aplica aos locais já existentes para assistência em pé, nas competições que o permitirem, limitando-se, nesses locais, o número de pessoas, de acordo com critérios de saúde, segurança e bem-estar. § 2o missão de ingressos e o acesso ao estádio na primeira divisão da principal competição nacional e nas partidas finais das competições eliminatórias de âmbito nacional deverão ser realizados por meio de sistema eletrônico que viabilize a fiscalização e o controle da quantidade de público e do movimento financeiro da partida. § 3o O disposto no § 2o não se aplica aos eventos esportivos realizados em estádios com capacidade inferior a vinte mil pessoas. ** § 2o A emissão de ingressos e o acesso ao estádio nas primeira e segunda divisões da principal competição nacional e nas partidas finais das competições eliminatórias de âmbito nacional deverão ser realizados por meio de sistema eletrônico que viabilize a fiscalização e o controle da quantidade de público e do movimento financeiro da partida. § 3o O disposto no § 2o não se aplica aos eventos esportivos realizados em estádios com capacidade inferior a 10.000(dez mil) pessoas.” (NR) Art. 23. A entidade responsável pela organização da competição apresentará ao Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal, previamente à sua realização, os laudos técnicos expedidos pelos órgãos e autoridades competentes pela vistoria das condições de segurança dos estádios a serem utilizados na competição. § 1o Os laudos atestarão a real capacidade de público dos estádios, bem como suas condições de segurança. § 2o Perderá o mando de jogo por, no mínimo, seis meses, sem prejuízo das demais sanções cabíveis, a entidade de prática desportiva detentora do mando do jogo em que: I - tenha sido colocado à venda número de ingressos maior do que a capacidade de público do estádio; ou II - tenham entrado pessoas em número maior do que a capacidade de público do estádio. ** III - tenham sido disponibilizados portões de acesso ao estádio em número inferior ao recomendado pela autoridade pública.” (NR) Art. 24. É direito do torcedor partícipe que conste no ingresso o preço pago por ele. § 1o Os valores estampados nos ingressos destinados a um mesmo setor do estádio não poderão ser diferentes entre si, nem daqueles divulgados antes da partida pela entidade detentora do mando de jogo. § 2o O disposto no § 1o não se aplica aos casos de venda antecipada de carnê para um conjunto de, no mínimo, três partidas de uma mesma equipe, bem como na venda de ingresso com redução de preço decorrente de previsão legal. Art. 25. O controle e a fiscalização do acesso do público ao estádio com capacidade para mais de vinte mil pessoas deverá contar com meio de monitoramento por imagem das catracas, sem prejuízo do disposto no art. 18 desta Lei. ** “Art. 25. O controle e a fiscalização do acesso do público ao estádio com capacidade para mais de 10.000 (dez mil) pessoas deverão contar com meio de monitoramento por imagem das catracas, sem prejuízo do disposto no art. 18 desta Lei.” (NR) CAPÍTULO VI DO TRANSPORTE Art. 26. Em relação ao transporte de torcedores para eventos esportivos, fica assegurado ao torcedor partícipe: I - o acesso a transporte seguro e organizado; II - a ampla divulgação das providências tomadas em relação ao acesso ao local da partida, seja em transporte público ou privado; e III - a organização das imediações do estádio em que será disputada a partida, bem como suas entradas e saídas, de modo a viabilizar, sempre que possível, o acesso seguro e rápido ao evento, na entrada, e aos meios de transporte, na saída. Art. 27. A entidade responsável pela organização da competição e a entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo solicitarão formalmente, direto ou mediante convênio, ao Poder Público competente: I - serviços de estacionamento para uso por torcedores partícipes durante a realização de eventos esportivos, assegurando a estes acesso a serviço organizado de transporte para o estádio, ainda que oneroso; e II - meio de transporte, ainda que oneroso, para condução de idosos, crianças e pessoas portadoras de deficiência física aos estádios, partindo de locais de fácil acesso, previamente determinados. Parágrafo único. O cumprimento do disposto neste artigo fica dispensado na hipótese de evento esportivo realizado em estádio com capacidade inferior a vinte mil pessoas. ** Parágrafo único. O cumprimento do disposto neste artigo fica dispensado na hipótese de evento esportivo realizado em estádio com capacidade inferior a 10.000 (dez mil) pessoas.” (NR) CAPÍTULO VII DA ALIMENTAÇÃO E DA HIGIENE Art. 28. O torcedor partícipe tem direito à higiene e à qualidade das instalações físicas dos estádios e dos produtos alimentícios vendidos no local. § 1o O Poder Público, por meio de seus órgãos de vigilância sanitária, verificará o cumprimento do disposto neste artigo, na forma da legislação em vigor. § 2o É vedado impor preços excessivos ou aumentar sem justa causa os preços dos produtos alimentícios comercializados no local de realização do evento esportivo. Art. 29. É direito do torcedor partícipe que os estádios possuam sanitários em número compatível com sua capacidade de público, em plenas condições de limpeza e funcionamento. Parágrafo único. Os laudos de que trata o art. 23 deverão aferir o número de sanitários em condições de uso e emitir parecer sobre a sua compatibilidade com a capacidade de público do estádio. CAPÍTULO VIII DA RELAÇÃO COM A ARBITRAGEM ESPORTIVA Art. 30. É direito do torcedor que a arbitragem das competições desportivas seja independente, imparcial, previamente remunerada e isenta de pressões. Parágrafo único. A remuneração do árbitro e de seus auxiliares será de responsabilidade da entidade de administração do desporto ou da liga organizadora do evento esportivo. Art. 31. A entidade detentora do mando do jogo e seus dirigentes deverão convocar os agentes públicos de segurança visando a garantia da integridade física do árbitro e de seus auxiliares. Art. 32. É direito do torcedor que os árbitros de cada partida sejam escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles previamente selecionados. § 1o O sorteio será realizado no mínimo quarenta e oito horas antes de cada rodada, em local e data previamente definidos. § 2o O sorteio será aberto ao público, garantida sua ampla divulgação. CAPÍTULO IX DA RELAÇÃO COM A ENTIDADE DE PRÁTICA DESPORTIVA Art. 33. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, cada entidade de prática desportiva fará publicar documento que contemple as diretrizes básicas de seu relacionamento com os torcedores, disciplinando, obrigatoriamente: I - o acesso ao estádio e aos locais de venda dos ingressos; II - mecanismos de transparência financeira da entidade, inclusive com disposições relativas à realização de auditorias independentes, observado o disposto no art. 46-A da Lei no 9.615, de 24 de março de 1998; e III - a comunicação entre o torcedor e a entidade de prática desportiva. Parágrafo único. A comunicação entre o torcedor e a entidade de prática desportiva de que trata o inciso III do caput poderá, dentre outras medidas, ocorrer mediante: I - a instalação de uma ouvidoria estável; II - a constituição de um órgão consultivo formado por torcedores não-sócios; ou III - reconhecimento da figura do sócio-torcedor, com direitos mais restritos que os dos demais sócios. CAPÍTULO X DA RELAÇÃO COM A JUSTIÇA DESPORTIVA Art. 34. É direito do torcedor que os órgãos da Justiça Desportiva, no exercício de suas funções, observem os princípios da impessoalidade, da moralidade, da celeridade, da publicidade e da independência. Art. 35. As decisões proferidas pelos órgãos da Justiça Desportiva devem ser, em qualquer hipótese, motivadas e ter a mesma publicidade que as decisões dos tribunais federais. § 1o Não correm em segredo de justiça os processos em curso perante a Justiça Desportiva. § 2o As decisões de que trata o caput serão disponibilizadas no sítio de que trata o parágrafo único do art. 5o. ** § 2o As decisões de que trata o caput serão disponibilizadas no sítio de que trata o § 1o do art. 5o.” (NR) Art. 36. São nulas as decisões proferidas que não observarem o disposto nos arts. 34 e 35. CAPÍTULO XI DAS PENALIDADES Art. 37. Sem prejuízo das demais sanções cabíveis, a entidade de administração do desporto, a liga ou a entidade de prática desportiva que violar ou de qualquer forma concorrer para a violação do disposto nesta Lei, observado o devido processo legal, incidirá nas seguintes sanções: I – destituição de seus dirigentes, na hipótese de violação das regras de que tratam os Capítulos II, IV e V desta Lei; II - suspensão por seis meses dos seus dirigentes, por violação dos dispositivos desta Lei não referidos no inciso I; III - impedimento de gozar de qualquer benefício fiscal em âmbito federal; e IV - suspensão por seis meses dos repasses de recursos públicos federais da administração direta e indireta, sem prejuízo do disposto no art. 18 da Lei no 9.615, de 24 de março de 1998. § 1o Os dirigentes de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo serãosempre: I - o presidente da entidade, ou aquele que lhe faça as vezes; e II - o dirigente que praticou a infração, ainda que por omissão. § 2o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir, no âmbito de suas competências, multas em razão do descumprimento do disposto nesta Lei. § 3o A instauração do processo apuratório acarretará adoção cautelar do afastamento compulsório dos dirigentes e demais pessoas que, de forma direta ou indiretamente, puderem interferir prejudicialmente na completa elucidação dos fatos, além da suspensão dos repasses de verbas públicas, até a decisão final. Art. 38. (VETADO) Art. 39. O torcedor que promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores ficará impedido de comparecer às proximidades, bem como a qualquer local em que se realize evento esportivo, pelo prazo de três meses a um ano, de acordo com a gravidade da conduta, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. § 1o Incorrerá nas mesmas penas o torcedor que promover tumulto, praticar ou incitar a violência num raio de cinco mil metros ao redor do local de realização do evento esportivo. § 2o A verificação do mau torcedor deverá ser feita pela sua conduta no evento esportivo ou por Boletins de Ocorrências Policiais lavrados. § 3o A apenação se dará por sentença dos juizados especiais criminais e deverá ser provocada pelo Ministério Público, pela polícia judiciária, por qualquer autoridade, pelo mando do evento esportivo ou por qualquer torcedor partícipe, mediante representação. Art. 40. A defesa dos interesses e direitos dos torcedores em juízo observará, no que couber, a mesma disciplina da defesa dos consumidores em juízo de que trata o Título III da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. Art. 41. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a defesa do torcedor, e, com a finalidade de fiscalizar o cumprimento do disposto nesta Lei, poderão: I - constituir órgão especializado de defesa do torcedor; ou II - atribuir a promoção e defesa do torcedor aos órgãos de defesa do consumidor. CAPÍTULO XII DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 42. O Conselho Nacional de Esportes – CNE promoverá, no prazo de seis meses, contado da publicação desta Lei, a adequação do Código de Justiça Desportiva ao disposto na Lei no 9.615, de 24 de março de 1998, nesta Lei e em seus respectivos regulamentos. Art. 43. Esta Lei aplica-se apenas ao desporto profissional. Art. 44. O disposto no parágrafo único do art. 13, e nos arts. 18, 22, 25 e 33 entrará em vigor após seis meses da publicação desta Lei. Art. 45. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. publicado no D.O.U. de 16.5.2003 � LEI Nº 12.299, DE27 DE JULHO DE 2010. Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão aos fenômenos de violência por ocasião de competições esportivas; altera a Lei 10671, de 15 de maio de 2003; e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o É dever de toda pessoa física ou jurídica colaborar na prevenção aos atos ilícitos e de violência praticados por ocasião de competições esportivas, especialmente os atos de violência entre torcedores e torcidas. Art. 2o Todos os estádios de futebol e ginásios de esporte onde ocorram competições esportivas oficiais não poderão vender mais ingressos do que o número máximo de capacidade de público existente no local. Art. 3o Os arts. 5o, 6o, 9o, 12, 17, 18, 22, 23, 25, 27 e 35 da Lei 10671, de 15 de maio de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5o ........................................................................ § 1o As entidades de que trata o caput farão publicar na internet, em sítio da entidade responsável pela organização do evento: I - a íntegra do regulamento da competição; II - as tabelas da competição, contendo as partidas que serão realizadas, com especificação de sua data, local e horário; III - o nome e as formas de contato do Ouvidor da Competição de que trata o art. 6o; IV - os borderôs completos das partidas; V - a escalação dos árbitros imediatamente após sua definição; e VI - a relação dos nomes dos torcedores impedidos de comparecer ao local do evento desportivo. § 2o Os dados contidos nos itens V e VI também deverão ser afixados ostensivamente em local visível, em caracteres facilmente legíveis, do lado externo de todas as entradas do local onde se realiza o evento esportivo. § 3o O juiz deve comunicar às entidades de que trata o caput decisão judicial ou aceitação de proposta de transação penal ou suspensão do processo que implique o impedimento do torcedor de frequentar estádios desportivos.” (NR) “Art. 6o ......................................................................... ............................................................................................. § 4o O sítio da internet em que forem publicadas as informações de que trata o § 1o do art. 5o conterá, também, as manifestações e propostas do Ouvidor da Competição. ...................................................................................” (NR) “Art. 9o É direito do torcedor que o regulamento, as tabelas da competição e o nome do Ouvidor da Competição sejam divulgados até 60 (sessenta) dias antes de seu início, na forma do § 1o do art. 5o. ............................................................................................. § 4o O regulamento definitivo da competição será divulgado, na forma do § 1o do art. 5o, 45 (quarenta e cinco) dias antes de seu início. ....................................................................................” (NR) “Art. 12. A entidade responsável pela organização da competição dará publicidade à súmula e aos relatórios da partida no sítio de que trata o § 1o do art. 5o até as 14 (quatorze) horas do 3o (terceiro) dia útil subsequente ao da realização da partida.” (NR) “Art. 17. ....................................................................... § 1o Os planos de ação de que trata o caput serão elaborados pela entidade responsável pela organização da competição, com a participação das entidades de prática desportiva que a disputarão e dos órgãos responsáveis pela segurança pública, transporte e demais contingências que possam ocorrer, das localidades em que se realizarão as partidas da competição. ...................................................................................” (NR) “Art. 18. Os estádios com capacidade superior a 10.000 (dez mil) pessoas deverão manter central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente.” (NR) “Art. 22. ........................................................................ ............................................................................................. § 2o A emissão de ingressos e o acesso ao estádio nas primeira e segunda divisões da principal competição nacional e nas partidas finais das competições eliminatórias de âmbito nacional deverão ser realizados por meio de sistema eletrônico que viabilize a fiscalização e o controle da quantidade de público e do movimento financeiro da partida. § 3o O disposto no § 2o não se aplica aos eventos esportivos realizados em estádios com capacidade inferior a 10.000 (dez mil) pessoas.” (NR) “Art. 23. ........................................................………….. ............................................................................................. § 2o ................................................................................ ............................................................................................. III - tenham sido disponibilizados portões de acesso ao estádio em número inferior ao recomendado pela autoridade pública.” (NR) “Art. 25. O controle e a fiscalização do acesso do público ao estádio com capacidade para mais de 10.000 (dez mil)pessoas deverão contar com meio de monitoramento por imagem das catracas, sem prejuízo do disposto no art. 18 desta Lei.” (NR) “Art. 27. ....................................................................... Parágrafo único. O cumprimento do disposto neste artigo fica dispensado na hipótese de evento esportivo realizado em estádio com capacidade inferior a 10.000 (dez mil) pessoas.” (NR) “Art. 35. ........................................................................ ............................................................................................. § 2o As decisões de que trata o caput serão disponibilizadas no sítio de que trata o § 1o do art. 5o.” (NR) Art. 4o A Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 1o-A, 2o-A, 13-A, 31-A, 39-A, 39-B e 41-A, e do Capítulo XI-A, com os arts. 41-B, 41-C, 41-D, 41-E, 41-F e 41-G: “Art. 1o-A. A prevenção da violência nos esportes é de responsabilidade do poder público, das confederações, federações, ligas, clubes, associações ou entidades esportivas, entidades recreativas e associações de torcedores, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como daqueles que, de qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam dos eventos esportivos.” “Art. 2o-A. Considera-se torcida organizada, para os efeitos desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado ou existente de fato, que se organize para o fim de torcer e apoiar entidade de prática esportiva de qualquer natureza ou modalidade. Parágrafo único. A torcida organizada deverá manter cadastro atualizado de seus associados ou membros, o qual deverá conter, pelo menos, as seguintes informações: I - nome completo; II - fotografia; III - filiação; IV - número do registro civil; V - número do CPF; VI - data de nascimento; VII - estado civil; VIII - profissão; IX - endereço completo; e X - escolaridade.” “Art. 13-A. São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, sem prejuízo de outras condições previstas em lei: I - estar na posse de ingresso válido; II - não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência; III - consentir com a revista pessoal de prevenção e segurança; IV - não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo; V - não entoar cânticos discriminatórios, racistas ou xenófobos; VI - não arremessar objetos, de qualquer natureza, no interior do recinto esportivo; VII - não portar ou utilizar fogos de artifício ou quaisquer outros engenhos pirotécnicos ou produtores de efeitos análogos; VIII - não incitar e não praticar atos de violência no estádio, qualquer que seja a sua natureza; e IX - não invadir e não incitar a invasão, de qualquer forma, da área restrita aos competidores. Parágrafo único. O não cumprimento das condições estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sanções administrativas, civis ou penais eventualmente cabíveis.” “Art. 31-A. É dever das entidades de administração do desporto contratar seguro de vida e acidentes pessoais, tendo como beneficiária a equipe de arbitragem, quando exclusivamente no exercício dessa atividade.” “Art. 39-A. A torcida organizada que, em evento esportivo, promover tumulto; praticar ou incitar a violência; ou invadir local restrito aos competidores, árbitros, fiscais, dirigentes, organizadores ou jornalistas será impedida, assim como seus associados ou membros, de comparecer a eventos esportivos pelo prazo de até 3 (três) anos.” “Art. 39-B. A torcida organizada responde civilmente, de forma objetiva e solidária, pelos danos causados por qualquer dos seus associados ou membros no local do evento esportivo, em suas imediações ou no trajeto de ida e volta para o evento.” “Art. 41-A. Os juizados do torcedor, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pelos Estados e pelo Distrito Federal para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes das atividades reguladas nesta Lei.” “CAPÍTULO XI-A DOS CRIMES ‘Art. 41-B. Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos: Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa. § 1o Incorrerá nas mesmas penas o torcedor que: I - promover tumulto, praticar ou incitar a violência num raio de 5.000 (cinco mil) metros ao redor do local de realização do evento esportivo, ou durante o trajeto de ida e volta do local da realização do evento; II - portar, deter ou transportar, no interior do estádio, em suas imediações ou no seu trajeto, em dia de realização de evento esportivo, quaisquer instrumentos que possam servir para a prática de violência. § 2o Na sentença penal condenatória, o juiz deverá converter a pena de reclusão em pena impeditiva de comparecimento às proximidades do estádio, bem como a qualquer local em que se realize evento esportivo, pelo prazo de 3 (três) meses a 3 (três) anos, de acordo com a gravidade da conduta, na hipótese de o agente ser primário, ter bons antecedentes e não ter sido punido anteriormente pela prática de condutas previstas neste artigo. § 3o A pena impeditiva de comparecimento às proximidades do estádio, bem como a qualquer local em que se realize evento esportivo, converter-se-á em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. § 4o Na conversão de pena prevista no § 2o, a sentença deverá determinar, ainda, a obrigatoriedade suplementar de o agente permanecer em estabelecimento indicado pelo juiz, no período compreendido entre as 2 (duas) horas antecedentes e as 2 (duas) horas posteriores à realização de partidas de entidade de prática desportiva ou de competição determinada. § 5o Na hipótese de o representante do Ministério Público propor aplicação da pena restritiva de direito prevista no art. 76 da Lei 9099, de 26 de setembro de 1995, o juiz aplicará a sanção prevista no § 2o.’ ‘Art. 41-C. Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.’ ‘Art. 41-D. Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.’ ‘Art. 41-E. Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.’ ‘Art. 41-F. Vender ingressos de evento esportivo, por preço superior ao estampado no bilhete: Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.’ ‘Art. 41-G. Fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete: Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. Parágrafo único. A pena será aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o agente for servidor público, dirigente ou funcionário de entidade de prática desportiva, entidade responsável pela organização da competição, empresa contratada para o processo de emissão, distribuição e venda de ingressos ou torcida organizada e se utilizar desta condição para os fins previstos neste artigo.’” Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6o Revogam-se o § 2o do art. 14 e o art. 39 da Lei 10671, de 15 de maio de 2003. Brasília, 27 de julho de 2010; 189o da Independência e 122o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Orlando Silva de Jesus Junior Este texto não substitui o publicado no DOUde 28.7.2010 � DECRETO Nº 6.795, DE 16 DE MARÇO DE 2009. Regulamenta o art. 23 da Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, que dispõe sobre o controle das condições de segurança dos estádios desportivos. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, D E C R E T A : Art. 1o Este Decreto regulamenta o art. 23 da Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, no que concerne ao controle das condições sanitárias e de segurança dos estádios a serem utilizados em competições desportivas. Art. 2o A entidade responsável pela organização da competição apresentará ao Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal, previamente à sua realização, os laudos técnicos expedidos pelos órgãos e autoridades competentes pela vistoria das condições de segurança dos estádios a serem utilizados. § 1o Os laudos técnicos, que atestarão a real capacidade de público dos estádios, bem como suas condições de segurança, serão os seguintes: I - laudo de segurança; II - laudo de vistoria de engenharia; III - laudo de prevenção e combate de incêndio; e IV - laudo de condições sanitárias e de higiene. § 2o Na hipótese de o estádio ser considerado excepcional por seu vulto, complexidade ou antecedentes ou sempre que indicado no laudo de vistoria de engenharia, será exigida a apresentação de laudo de estabilidade estrutural, na forma estabelecida pelo Ministério do Esporte. § 3o O Ministério do Esporte estabelecerá, em até cento e vinte dias a partir da vigência deste Decreto, os requisitos mínimos que deverão ser contemplados nos laudos técnicos previstos nos §§ 1o e 2o e indicará as autoridades competentes para emiti-los. Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. SILVA Orlando Silva de Jesus Junior Este texto não substitui o publicado no DOU de 16.3.2009 DECRETO Nº 46.076, DE 31 DE AGOSTO DE 2001. Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco para fins da lei nº 684, de 30 de Setembro de 1975 e estabelece outras providências. GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Decreta: CAPÍTULO I Disposições Preliminares Artigo 1º - Este Regulamento dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da Constituição Federal, ao artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na Lei Estadual nº 616, de 17 de Dezembro de 1974 e na Lei Estadual nº 684, de 30 de Setembro de 1975. Artigo 2º - Os objetivos deste Regulamento são: I – proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio; II – dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio; III – proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; e IV – dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros. CAPÍTULO II Das Definições Artigo 3º - Para efeito deste regulamento são adotadas as definições abaixo descritas: I - Altura da Edificação: é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento, excluindo-se áticos, casas de máquinas, barriletes; reservatórios de água e assemelhados. Nos casos onde os subsolos tenham ocupação distinta de estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias ou respectivas dependências sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana, a mensuração da altura será a partir do piso mais baixo do subsolo ocupado; II – Ampliação: é o aumento da área construída da edificação; III – Análise: é o ato da verificação das exigências das medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, no processo de segurança contra incêndio; IV – Andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior a sua cobertura; V – Área da Edificação: é o somatório da área a construir e da área construída de uma edificação; VI – Áreas de Risco: é o ambiente externo à edificação que contém armazenamento de produtos inflamáveis, produtos combustível e ou instalações elétricas e de gás; VII – Atiço: é a parte do volume superior de uma edificação, destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação vertical; VIII – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP) certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de revalidação; IX – Carga de Incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos; X – Comissão Especial de Avaliação (CEA): é um grupo de pessoas qualificadas no campo da segurança contra incêndio, representativas de entidades públicas e privadas, com o objetivo de avaliar e propor alterações necessárias ao presente Regulamento; XI – Comissão Técnica: é o grupo de estudo do CBPMESP, instituído pelo Comandante do Corpo de Bombeiros, com o objetivo de analisar e emitir relativos aos casos que necessitarem de soluções técnicas mais complexas ou apresentarem dúvidas quanto às exigências previstas neste Regulamento; XII – Compartimentação: são medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção resistente ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos; XIII – Edificação: é a área construída destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou material; XIV – Edificação Térrea: é a construção de um pavimento, podendo possuir mezaninos cuja somatória de áreas deve ser menor ou igual á terça parte da área do piso de pavimento; XV – Emergência: é a situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional; XVI – Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros (ITCB): é o documento técnico elaborado pelo CBPMESP que regulamenta as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco; XVII – Mezanino: é o pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares. Será considerado andar, o mezanino que possuir área maior que um terço (1/3) da área do andar subdividido; XVIII – Mudança de Ocupação: consiste na alteração de uso que motive a mudança de divisão da edificação e áreas de risco constante da tabela de classificações das ocupações prevista neste Regulamento; XIX – Ocupação: é a atividade ou uso da edificação; XX – Ocupação Mista: é a edificação que abriga mais de um tipo de ocupação; XXI – Ocupação Predominante: é a atividade ou uso principal exercido na edificação; XXII – Medidas de Segurança Contra Incêndio: é o conjunto de dispositivos ou sistemas a serem instalados nas edificações e áreas de risco, necessários para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção ao meio ambiente e ao patrimônio; XXIII – Nível de Descarga: é o nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior; XXIV – Pavimento: é o plano de piso; XXV – Pesquisa de Incêndio: consiste na apuração das causas, desenvolvimento e conseqüências dos incêndios atendidos pelo CBPMESP, mediante exame técnico das edificações, materiais e equipamentos, no local ou em laboratório especializado; XXVI – Prevenção de Incêndio: é o conjuntode medidas que visam: evitar o incêndio; permitir o abandono seguro dos ocupantes de edificação e áreas de risco; dificultar a propagação do incêndio; proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para operações do corpo de bombeiros; XXVII – Processo de Segurança Contra Incêndio: é a documentação que contem os elementos formais exigidos pelo CBPMESP na apresentação das medidas de segurança contra incêndio de uma edificação e áreas de risco que devem ser projetadas para avaliações em analise técnica; XXVIII – Reforma: são as alterações de risco sem aumento de área construída; XXIX – Responsável Técnico: é o profissional habilitado para elaboração e/ou execução de atividades relacionadas a segurança contra incêndio; XXX – Piso: é a superfície superior do elemento construtivo horizontal sobre a qual haja previsão de estocagem de matérias ou onde os usuários da edificação tenham acesso irrestrito; XXXI – Segurança Contra Incêndio: é o conjunto de ações e recursos internos e externos a edificações e áreas de risco que permite controlar a situação de incêndio; XXXII – Subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil do terreno. Não será considerado subsolo o pavimento que possuir ventilação natural e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20m do perfil do terreno; XXXIII – Vistoria: é o ato de verificar o cumprimento das exigências das medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, em inspeção no local. CAPÍTULO III Da Aplicação Artigo 4º - Ao Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo – CBPMESP, por meio do Serviço de Segurança Contra Incêndio, cabe regulamentar, analisar e vistoriar as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, bem como realizar pesquisa de incêndio. Artigo 5º - As normas de segurança previstas neste Regulamento se aplicam às edificações e áreas de risco, devendo ser observadas por ocasião da: I – construção e reforma; II – mudança da ocupação ou uso; III – ampliação da área construída; IV – regularização das edificações e áreas de risco, existentes na data de publicação deste Regulamento. § 1º - Estão excluídas das exigências deste Regulamento: 1 – residências exclusivamente unifamiliares; 2 – residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de ocupação mista, com até dois pavimentos e que possuam acessos independentes. § 2º - Quando existirem ocupações mistas que não sejam separadas por compartimentação, aplica-se as exigências da ocupação de maior risco. Caso haja compartimentação aplicam-se as exigências de cada risco especifico. § 3º - Para que a ocupação mista se caracterize é necessário que a área destinada ás ocupações principais diversas, excluindo-se a maior delas, seja superior a 10% da área total do pavimento onde se situa. § 4º - Não se considera como ocupação mista, o local onde predomine uma atividade principal juntamente com atividades subsidiárias, fundamentais para sua concretização. § 5º - São consideradas existentes as edificações e áreas de risco construídas ou regularizadas anteriormente à publicação deste Regulamento, com documentação comprobatória, desde que mantidas as áreas e ocupações da época. CAPÍTULO IV Do Serviço de Segurança Contra Incêndio Artigo 6º - O Serviço de Segurança Contra Incêndio compreende o conjunto de Unidades do CBPMESP, que tem por finalidade desenvolver as atividades relacionadas à prevenção e proteção contra incêndio nas edificações e áreas de risco, observando-se o cumprimento das exigências estabelecidas neste Regulamento. Artigo 7º - É função do Serviço de Segurança Contra Incêndio: I – realizar pesquisa de incêndio; II – regulamentar as medidas de segurança contra incêndio; III – credenciar seus oficiais e praças; IV – analisar o processo de segurança contra incêndio; V – realizar a vistoria nas edificações e áreas de risco; VI – expedir o AVCB; VII – cassar o AVCB. CAPÍTULO V Dos Procedimentos Administrativos Artigo 8º - Ao Serviço de Segurança Contra Incêndio cabe credenciar seus integrantes por meio de cursos de habilitação e treinamento. Artigo 9º - O AVCB será expedido pelo Corpo de Bombeiros, desde que as edificações e áreas de risco estejam com suas medidas de segurança contra incêndio, projetadas e instaladas de acordo com respectivo processo aprovado, após a vistoria de que trata o artigo 10. § 1º - O processo será iniciado com o protocolo de requerimento, devidamente instruído com o projeto técnico que deve conter plantas, especificações das medidas de segurança contra incêndio e demais documentos necessários à demonstração do atendimento das disposições técnicas contidas neste Regulamento e respectivas ITCB. § 2º - O processo será objeto de análise por oficial ou praça credenciado do Serviço de Segurança Contra Incêndio. § 3º - O indeferimento do processo deverá ser motivado, com base na inobservância, pelo interessado, das disposições contidas neste Regulamento e respectivas ITCB. § 4º - O requerente será sempre notificado quanto ao resultado da análise do processo, só devendo executar as medidas de segurança contra incêndio quando de sua aprovação. § 5º - O processo será aprovado, desde que sanadas as observações apontadas em análise. § 6º - O AVCB terá validade, a contar de sua expedição, de 2 (dois) anos para os locais de reunião de público e de 3 (três) anos para as demais ocupações, com exceção das construções provisórias, conforme Tabela 1 em anexo, que terão prazo estabelecido de acordo com suas características peculiares, conforme descrito na ITBC de Procedimentos Administrativos. Artigo 10 - A vistoria nas edificações e áreas de risco será feita mediante solicitação do proprietário, responsável pelo uso, responsável técnico ou autoridade competente. § 1º - As medidas de segurança contra incêndio aprovadas pelo CBPMESP devem ser projetadas e executadas por profissionais ou empresas habilitadas. § 2º - O AVCB só será expedido, desde que verificadas “in loco” o funcionamento e execução das medidas de segurança contra incêndio, de acordo com o processo aprovado em análise, ou ainda, desde que sanadas as possíveis observações apontadas em vistoria. § 3º - Após a emissão do AVCB, constatada irregularidade nas medidas de segurança contra incêndio previstas neste Regulamento, o CBPMESP providenciará a sua cassação. § 4º - Na vistoria, compete ao CBPMESP a verificação das medidas de segurança contra incêndio previamente aprovadas, bem como seu funcionamento, não se responsabilizando pela instalação, manutenção ou utilização indevida. ARTIGO 11 - O proprietário ou o responsável técnico poderá solicitar informações, sobre o andamento do processo ou do pedido de vistoria, ao Serviço de Segurança Contra Incêndio do CBPMESP. Artigo 12 - A apresentação de norma técnica ou literatura estrangeira pelo interessado, deverá estar acompanhada de tradução para a língua portuguesa, a fim de ser verificada sua compatibilidade com os objetivos deste Regulamento. Artigo 13 - Serão objeto de análise especifica pela Comissão Técnica as edificações e áreas de risco cuja ocupação ou uso não se encontrem entre aqueles relacionados na Tabela 1, de que trata o § 1º do artigo 22 deste Regulamento. Artigo 14 - O proprietário, o responsável pelo uso ou o responsável técnico, poderá interpor recurso das decisões do Corpo de Bombeiros, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data vista dos autos do processo administrativo. § 1º - O recurso será dirigido ao Comandante da Unidade que praticou o ato. § 2º - Recebido o recurso, o Comandante da Unidade o decidirá no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de protocolo. § 3º - A decisão será publicada no Diário Oficial do Estado. Artigo 15 - Caberá recurso, em última instância administrativa, ao Comandante do Corpo de Bombeiros, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação da decisão a que aludeo § 3º do artigo anterior. Parágrafo único – Recebido o recurso, o Comandante do Corpo de Bombeiros o decidirá no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a data de protocolo. CAPÍTULO VI Das Responsabilidades Artigo 16 - Nas edificações e áreas de risco a serem construídas cabe aos respectivos autores e/ou responsáveis técnicos, o detalhamento técnico dos projetos e instalações das medidas de segurança contra incêndio objeto deste Regulamento, e ao responsável pela obra, o fiel cumprimento do que foi projetado. Artigo 17 - Nas edificações e áreas de risco já construídas é de inteira responsabilidade do proprietário ou do responsável pelo uso, a qualquer título: I – utilizar a edificação de acordo com o uso para o qual foi projetada; II – tomar as providências cabíveis para a adequação da edificação e áreas de risco ás exigências deste Regulamento, quando necessário. Artigo 18 - O proprietário do imóvel ou o responsável pelo uso obrigam-se a manter as medidas de segurança contra incêndio em condições de utilização, providenciando sua adequada manutenção, sob pena de cassação do AVCB, independentemente das responsabilidades civis e penais cabíveis. CAPÍTULO VII Da Altura e Área das Edificações Artigo 19 - Para fins de aplicação deste Regulamento, na mensuração da altura da edificação não serão considerados: I – os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias ou respectivas dependências sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanências humana; II – pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados; III – mezaninos cuja área não ultrapasse a 1/3 (um terço) da área do pavimento onde se situa; IV – o pavimento superior da unidade “duplex” do último piso da edificação. Artigo 20 - Para implementação das medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco que tiverem saída para mais de uma via pública, em níveis diferentes, prevalecerá a maior altura. Parágrafo único – Para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas poderão ser tomadas de forma independente, em função de cada uma das saídas. Artigo 21 – Para fins de aplicação deste Regulamento, no cálculo da área a ser protegida com as medidas de segurança contra incêndio não serão computados: I – telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílio, caixas d’água, tanques e outras instalações desde que não tenham área superior a 4 (quatro) metros quadrados; II – platibandas; III – beiras de telhado até um metro de projeção; IV – passagens cobertas, com largura máxima de 3 (três) metros, com laterais abertas, destinadas apenas á circulação de pessoas ou mercadorias; V – as coberturas de bombas de combustível, desde que não sejam utilizadas para outros fins; VI – reservatórios de água; VII – piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados, no tocante a sistemas hidráulicos e compartimentação; VIII – escadas enclausuradas, incluindo as antecâmaras; IX – dutos de ventilação das saídas de emergência. CAPÍTULO VIII Da Classificação das Edificações e Áreas de Risco Artigo 22 - Para efeito deste Regulamento, as Edificações e áreas de risco são classificadas conforme segue: I – quanto à ocupação: de acordo com a Tabela 1 em anexo. II – quanto à altura: de acordo com a tabela 2 em anexo. III – quanto à carga de incêndio: de acordo com a Tabela 3 em anexo. CAPÍTULO IX Das Medidas de Segurança Contra Incêndio Artigo 23 - Constituem medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco: I – acesso de viatura na edificação e áreas de risco; II – separação entre edificações; III – segurança estrutural nas edificações; IV – compartimentação horizontal; V – compartimentação vertical; VI – controle de materiais de acabamento; VII – saídas de emergência; VIII – elevador de emergência; IX – controle de fumaça; X – gerenciamento de risco de incêndio; XI – brigada de incêndio; XII – iluminação de emergência; XIII – detecção de incêndio; XIV – alarme de incêndio; XV – sinalização de emergência; XVI – extintores; XVII – hidrante e mangotinhos; XVIII – chuveiros automáticos; XIX – resfriamento; XX – espuma; XXI – sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono (CO²); e XXII – sistema de proteção contra descargas atmosféricas. § 1º - Para a execução e implantação das medidas de segurança contra incêndio devem ser atendidas as Instruções Técnicas elaboradas pelo CBPMESP. § 2º - As medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco devem ser projetadas e executadas visando atender aos objetivos deste Regulamento. CAPÍTULO X Do Cumprimento das Medidas de Segurança Contra Incêndio Artigo 24 - Na implementação das medidas de segurança contra incêndio, as edificações e áreas de risco devem atender às exigências contidas neste capítulo. Parágrafo único – Consideram-se obrigatórias as exigências assinaladas com “X” nas tabelas anexas, devendo, ainda serem observadas as ressalvas, em notas transcritas logo abaixo das tabela. Artigo 25 - Cada medida de segurança contra incêndio constante das Tabelas 4, 5 e 6 (6A a 6M), deve obedecer aos parâmetros estabelecidos na ITCB respectiva. Artigo 26 - Além da observância das normas gerais do presente Regulamento, a edificação e áreas de risco deverão atender a ITCB respectiva quando: I - houver comercialização e/ou utilização de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP); II – houver manipulação e/ou armazenamento de produtos perigosos, explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis; III – utilizar cobertura de sapê, piaçava ou similares; IV – for provida de heliporto ou heliponto; V – houver comercio de fogos de artifício. Artigo 27 - O sistema de controle de fumaça será exigido: I – para edificações com altura superior a 60 (sessenta) metros, exceto para ocupações destinadas a residências, hotéis residenciais e “apart-hotéis”; II – para subsolos das edificações que possuírem ocupações distintas de estacionamento de veículos. Artigo 28 - O elevador de emergência, sistema constante da ITCB de saídas de emergência nas edificações, é exigido em todas as edificações com altura superior a 60 (sessenta) metros, exceto quando se tratar: I – das ocupações do Grupo A (residenciais), onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior a 80 (oitenta) metros; II – das ocupações do Grupo H, divisão H-3 (hospitais e assemelhados), onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior a 12 (doze) metros. Artigo 29 - As edificações e áreas de risco devem ter suas instalações elétricas e sistema de proteção contra descargas atmosféricas executados, de acordo com as prescrições das normas brasileiras oficiais e normas das concessionárias dos serviços locais. Artigo 30 - As edificações e áreas de risco existentes na data da publicação deste Regulamento, devem atender às exigências contidas na Tabela 4, em anexo. Parágrafo único – Para o dimensionamento das saídas de emergência e do sistema de hidrantes das edificações e áreas de risco, anteriores a 20 de Março de 1983, devem ser observadas as adaptações a serem estabelecidas nas respectivas Instruções Técnicas. Artigo 31 - As edificações e áreas de risco enquadradas nos incisos I, II e III do artigo 5º deste Regulamento devem atender às exigências constante das Tabelas 5 e 6A e 6M em anexo e suas respectivas notas. § 1º - As edificações e áreas de risco com área menor ou igual a 750m² (setecentos e cinqüenta metros quadrados) e altura inferior a 12 (doze) metros devem atender às exigências da Tabela 5 em anexo e suas notas. § 2º - As edificações e áreas de risco não enquadradas no parágrafo anterior, devem atender às exigências das Tabelas 6A a 6M em anexo e suas notas. § 3º - As edificações com as características abaixo descritas, serão analisadas por ComissãoTécnica: 1 – comércio de explosivos (Grupo L) com área superior a 100m² (cem metros quadrados); 2 – indústrias e depósitos de explosivos (Grupo L); 3 – ocupação do(s) subsolo(s) para outra finalidade que não seja a de estacionamento de veículos. CAPÍTULO XI Das Disposições Finais Artigo 32 - Fica instituída Comissão Especial de Avaliação (CEA), prevista no inciso X, do artigo 3º do presente Regulamento que é constituída pelo Comandante do CBPMESP e composta por 2 (dois) representantes da própria Corporação, 2 (dois) representantes de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (CEPAM), 2 (dois) representantes de entidades públicas ou privadas, ligadas às questões de segurança e incêndio, 2 (dois) representantes de Universidades, 2 (dois) representantes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e outros representantes afins. Parágrafo único – Caberá ao presidente a nomeação dos demais integrantes que compõem a CEA, a qual deverá reunir-se bimestralmente em local apropriado, nas instalações do comando do CBPMESP. Artigo 33 - Competirá à Comissão a que alude o artigo anterior: I – avaliar a execução das normas previstas neste Regulamento e os eventuais problemas ocorridos em sua aplicação; II – apresentar propostas de alterações do Regulamento. Parágrafo único – As propostas de alteração do Regulamento e das ITCB deverão ser apreciadas por Comissão Técnica antes de serem homologadas pelo Comandante do CBPMESP, desde que as considere convenientes e oportunas, e na medida que atendam aos objetivos deste Regulamento. Artigo 34 - Decorridos 2 (dois) anos deste Regulamento, a CEA apresentará uma proposta para sua revisão. Artigo 35 - Este Decreto entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrario e, em especial, o Decreto nº 38.069, de 14 de Dezembro de 1993. Palácio dos Bandeirantes, 31 de Agosto de 2001. GERALDO ALCKMIN Governador do Estado de São Paulo Marco Vinício Petrelluzzi Secretário da Segurança Pública João Caramez Secretário-Chefe da Casa Civil Antonio Angarita Secretário do Governo e Gestão Estratégica PUBLICADO no D. O. E, Poder Executivo, Seção I, São Paulo, 111 (166), do dia 01 de Setembro de 2001. � DECRETO Nº 4.960, DE 19 DE JANEIRO DE 2004 Cria a Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos - CONSEGUE. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea a, da Constituição, e Considerando a necessidade de desenvolver instrumentos e implementar medidas que assegurem permanente melhoria e contribuam para o constante aperfeiçoamento das condições de segurança nos locais de prática desportiva; Considerando que os espetáculos desportivos públicos no país, particularmente, nos estádios de futebol, revelam um quadro de insegurança e violência que freqüentemente ameaçam, intimidam e desrespeitam o torcedor; Considerando que compete ao Ministério do Esporte supervisionar e coordenar as ações destinadas à implantação de políticas e medidas de fiscalização, com a finalidade de promover a modernização dos meios de organização e promoção dos espetáculos esportivos em geral em todo País; Considerando, finalmente, a competência do Ministério da Justiça, por intermédio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, para elaborar propostas de legislação e regulamentação em assuntos de segurança pública, referentes ao setor público e ao setor privado; DECRETA: Art. 1o Fica instituída, no âmbito do Ministério do Esporte, a Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos - CONSEGUE, com a finalidade de apoiar e acompanhar a implantação da política nacional de prevenção da violência e segurança nos espetáculos esportivos. Art. 2o Para o efeito do disposto no art. 1o, compete à CONSEGUE: I - propor medidas capazes de reduzir os índices de acidentes, violência e criminalidade nos estádios e locais de práticas desportivas; II - apoiar as iniciativas adotadas com base na Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, que dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor; III - acompanhar a implantação de políticas públicas que visem à segurança dos torcedores, bem como à adequação e melhoria dos estádios; IV - articular os diversos órgãos públicos e organizações da sociedade civil para a cooperação, a troca de experiências e o desenvolvimento regular das ações conjuntas necessárias à efetividade da política nacional de prevenção da violência e segurança nos espetáculos esportivos; V - identificar, sistematizar e apoiar a disseminação, em âmbito nacional, das melhores práticas verificadas na área esportiva, de caráter local ou estadual; VI - elaborar e difundir diretrizes e orientações técnicas para o aperfeiçoamento das estratégias de ação pelos diversos agentes e nos vários setores envolvidos com o esporte; VII - propor e opinar sobre normas e regulamentações para o funcionamento dos estádios e a realização de espetáculos esportivos em condições de conforto e segurança; VIII - articular o apoio técnico e financeiro para o desenvolvimento, a implementação e a avaliação de medidas de caráter estratégico ou prioritário, para a implantação da política nacional de prevenção da violência e segurança nos espetáculos esportivos, por meio de convênios e parcerias com os vários órgãos públicos e organizações da sociedade civil; IX - acompanhar a implementação das políticas propostas e colaborar para o seu aperfeiçoamento em cada localidade ou estabelecimento esportivo; e X - elaborar seu regimento interno. Art. 3o A CONSEGUE será integrada pelos seguintes membros: I - dois representantes do Ministério do Esporte; II - dois representantes do Ministério da Justiça; III - um representante do Conselho Nacional de Defesa Civil - CONDEC; e IV - cinco representantes da sociedade civil organizada e autoridades de notória experiência no tema, escolhidos dentre pessoas reconhecidas por sua atuação na área de segurança nos estádios. Art. 4o A CONSEGUE será presidida pelo Ministro de Estado do Esporte. § 1o O Presidente, em suas faltas ou impedimentos, será substituído pelo Vice-Presidente, indicado pelo Ministro de Estado da Justiça. § 2o O Presidente da CONSEGUE terá voto de qualidade. Art. 5o O Ministro de Estado do Esporte e o Ministro de Estado da Justiça nomearão, para mandato de dois anos, os titulares e os suplentes da CONSEGUE, respeitada a composição de que trata o art. 3o. § 1o O Presidente da CONSEGUE poderá, sempre que necessário ou conveniente, convidar autoridades ou representantes da sociedade civil organizada para participar de suas reuniões. § 2o A função dos membros da CONSEGUE é de relevante interesse público e não será remunerada. § 3o Eventuais despesas com diárias e passagens dos membros da CONSEGUE correrão à conta dos órgãos ou entidades que representam. Art. 6o A CONSEGUE se reunirá ordinariamente a cada três meses, sempre no primeiro mês de cada trimestre e, extraordinariamente, por convocação do seu Presidente ou por requerimento da maioria dos seus membros. Parágrafo único. Quando realizadas na Capital Federal, os Ministérios do Esporte e da Justiça darão apoio técnico e administrativo às reuniões da CONSEGUE. Art. 7o A CONSEGUE aprovará, em sua segunda reunião ordinária, o seu Regimento Interno, observadas as disposições do presente Decreto. Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 19 de janeiro de 2004; 183º da Independência e 116º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA � RESOLUÇÃO 122 DE 24 DE SETEMBRO DE 1985 O Secretário de Estado dos Negócios da Segurança Pública, usando de suas atribuições legais, considerando: - que toda e qualquer competição esportiva ou apresentação artística-cultural, realizada mediante ingresso pago equipara-se a espetáculo público; - que, em espetáculos públicos há probabilidade deocorrer ofensas físicas, danos materiais, desordens, tumultos e catástrofes por falta de normas preventivas proibitivas; - que, a manutenção da ordem pública, da disciplina, do respeito, da segurança física e patrimonial, se insere na órbita do Poder de Polícia inerente ao Estado. - que, mais do repressiva, compete a Polícia Militar exercer atividades predominantemente preventivas. R E S O L V E Artigo 1º - Determinar que as autoridades policiais militares, no exercício da polícia de manutenção da ordem pública, somente forneçam policiamento ostensivo para espetáculos públicos, mediante prévia vistoria das instalações dos estádios, ginásios, teatros ou recintos onde serão realizados, expressa em relatório. § 1o - Do relatório constará exposições e parecer sobre as condições de segurança, para o espetáculo pretendido; § 2o - Em não sendo aprovadas as condições de segurança serão apontadas as modificações necessárias a sua adequação, se possíveis, ou solicitada a indicação de outro local para a realização do evento. Artigo 2º - Determinar que as solicitações de policiamento sejam pleiteadas em documento circunstanciado, protocolado com 20 dias, no mínimo, de antecedência, na Organização Policial Militar responsável. Artigo 3º - Proibir nas praças desportivas ou locais onde se realizarem espetáculos públicos sujeitos ao policiamento estadual a entrada e venda de: a) bebidas alcoólicas; b) substâncias tóxicas; c) fogos de artifícios e de estampido; d) papel em rolo de qualquer espécie, jornais e revistas; e) balões em geral; f) materiais ou objetos que possam causar ferimentos; g) armas de fogo e branca de qualquer tipo e espécie; e h) vasilhames, copo de vidro ou qualquer outro tipo de embalagem , contendo bebidas ou refrigerantes de qualquer natureza que , direta ou indiretamente , possam provocar ferimentos em caso de esforço físico isolado ou generalizado. Parágrafo Único - O comércio de cerveja, chope, sucos, águas e refrigerantes será livre, desde que servidos em copo de papelão. Artigo 4º - Determinar que em espetáculos esportivos, em que se façam presentes torcidas organizadas, seus dirigentes mantenham contato com a autoridade policial militar, competente, antes do início do espetáculo, a fim de receberem orientação sobre procedimentos. Artigo 5o - Determinar que a autoridade policial militar competente adote as providências complementares relativas a segurança nos recintos e imediações onde se realizarão os espetáculos, contactando com as Autoridades Públicas e pessoas jurídicas ou físicas diretamente responsáveis pelo evento. Artigo 6o - Determinar que os espetáculos e apresentações públicas com ingresso gratuito, sujeitem-se ao dispositivos desta Resolução, desde que solicitado policiamento ostensivo. Artigo 7o - A infração de qualquer dispositivo da presente Resolução sujeitará o infrator às sanções penais, bem como as previstas na Resolução SSP/36 de 13 de maio de 1985. Artigo 8o - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada as disposições em contrário. MICHEL TEMER SECRETARIO DE SEGURANÇA PUBLICA � Resolução SSP-154, de 19 de setembro de 2011. Dá nova disposição sobre fiscalização, fabrico, comércio e uso de fogos de artifício no Estado de São Paulo O Secretário da Segurança Pública, Considerando a necessidade de rever e atualizar a regulamentação sobre a fabricação, comércio, transporte, a queima e o uso, sob qualquer forma, de fogos de artifício, tendo em vista a sua periculosidade, assim como a gravidade dos acidentes pessoais e dos danos que o mau uso dos mesmos pode acarretar; Considerando que é dever do Estado garantir o pleno exercício da cidadania, por meio de ações para a manutenção da ordem, da paz pública, da proteção pessoal e patrimonial a que todos têm direito incontestável, máxime a população laboriosa; Considerando que a sociedade cobra responsabilidades pela existência, fiscalização e autorização de funcionamento dessa atividade; Considerando a necessidade de se resguardar o sossego público a que todos os cidadãos têm direito, mormente nos centros urbanos; Considerando ainda o disposto na legislação federal sobre a fiscalização de produtos controlados, notadamente o Decreto-Lei Federal nº 4.238, de 8/4/1942 e o Decreto Federal nº 3.665, de 20/11/2000 – R-105 do Exército Brasileiro, resolve: baixar as seguintes instruções para serem observadas no serviço de fiscalização do comércio, transporte, depósito e uso de fogos de artifício no Estado de São Paulo. Seção I FINALIDADE E DEFINIÇÕES Artigo 1º - Esta resolução tem por finalidade estabelecer instruções para serem observadas no serviço de fiscalização de fabrico, comércio, queima e uso de fogos de artifício no Estado de São Paulo. Artigo 2º - Para os efeitos desta Resolução, serão adotadas as seguintes definições: I. Advertência: admoestação verbal ou escrita aplicada ao infrator por no máximo três vezes no período de seis meses. II. Alvará para Comércio de Fogos de Artifícios: documento expedido pela Divisão de Produtos Controlados da Capital que permite a empresa funcionar durante o exercício corrente de sua expedição. III. Área de Execução: espaço reservado à montagem e realização da queima. IV. Armazenamento (estoque): ato ou efeito de guardar ordenadamente, em espaço apropriado, mercadorias pirotécnicas diversas, permitidas para o comércio. V. Artefato Pirotécnico: designação do fogo de artifício, de qualquer efeito. VI. Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de revalidação. VII. “Blaster” Pirotécnico: também denominado Cabo Pirotécnico, é o operador responsável pelo planejamento, supervisão e/ou execução do espetáculo pirotécnico, legalmente habilitado pelo órgão estadual competente, segundo a regulamentação do Exército Brasileiro, em especial o Reg/T 3. VIII. Cassação de Alvará: sanção administrativa imposta ao infrator de falta grave, segundo as diretrizes desta regulamentação. IX. Certificado de Registro: documento hábil que autoriza as pessoas físicas ou jurídicas à utilização industrial, armazenagem, comércio, exportação, importação, transporte, manutenção, recuperação e manuseio de produtos controlados pelo Exército Brasileiro. X. Contratado: empresa e/ou “blaster” pirotécnico legalmente habilitado pela Divisão de Produtos Controlados do Departamento de Identificação e Registros Diversos (DPC – DIRD), responsável pelo fornecimento de material e pessoal habilitado para realização de espetáculo pirotécnico. XI. Contratante: empresa ou indivíduo responsável pela contratação de espetáculo pirotécnico, solidário nas responsabilidades daí decorrentes. XII. Depósito: estabelecimento com atividade exclusiva de armazenamento, em espaço apropriado, de materiais pirotécnicos. XIII. Distância de Segurança: limites mínimos de afastamento que deverão ser obrigatoriamente adotados segundo a legislação vigente. XIV. Espetáculo Pirotécnico: evento onde se realiza a ignição de fogos de artifício, também chamado de “queima” ou “show pirotécnico”. XV. Fogos de artifício: peças pirotécnicas com propriedade para produzir ignição para produção de luz, ruído, chamas ou explosões, empregadas normalmente em festividades. XVI. Guia de Tráfego Para Fogos: autorização do Exército Brasileiro para o transporte de fogos de artifício, de acordo com o R-105. XVII. Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros (ITCB): é o documento técnico elaborado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo que regulamenta as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e locais de risco. XVIII. Isolamento: medida de segurançaobrigatória para separação do público por meio de material apropriado (cordões de isolamento, cavaletes, cones, alambrados, fitas etc.), da área de execução, antes e após o show. XIX. Laudo Técnico: relatório detalhado realizado por engenheiro químico ou químico industrial, devidamente qualificados. XX. Legislação de Segurança Contra Incêndio: ordenamento jurídico composto notadamente pelo Regulamento de Segurança contra Incêndio, Portarias e Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros. XXI. Livro de fiscalização: livro obrigatório para registro de visita de agentes públicos incumbidos da fiscalização do estabelecimento. XXII. Loja: estabelecimento comercial regular, destinado à comercialização de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos. XXIII. Mostruário: quadro exemplificativo para exposição, ao consumidor, de produtos pirotécnicos inertes. XXIV. Produto Controlado: produto que, devido ao seu poder de destruição ou outra propriedade, deva ter seu uso restrito a pessoas físicas e jurídicas legalmente habilitadas, capacitadas técnica, moral e psicologicamente, de modo a garantir a segurança social e militar do país. XXV. Suspensão de Alvará: sanção administrativa imposta ao infrator de falta média, segundo as diretrizes desta regulamentação, por período não inferior a 1 mês e não superior a 4 meses. XXVI. Título de Registro: documento hábil que autoriza a pessoa jurídica à fabricação de produtos controlados pelo Exército. XXVII. Uso Permitido: a designação “de uso permitido” é dada aos produtos controlados pelo Exército, cuja utilização é permitida a pessoas físicas ou jurídicas, legalmente habilitadas, observados os critérios de segurança e faixa etária, estabelecidas em legislação normativa pertinente. XXVIII. Uso Restrito: a designação “de uso restrito” é dada aos produtos controlados pelo Exército que só podem ser utilizados pelas Forças Armadas ou, autorizadas pelo Exército, algumas Instituições de Segurança, pessoas jurídicas habilitadas e pessoas físicas habilitadas. XXIX. Vistoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo: documento oficial expedido pela Divisão de Produtos Controlados do Departamento de Identificação e Registros Diversos (DPC - DIRD), na Capital ou Delegacias Seccionais de Polícia nos demais municípios, apto a atestar que, durante a vistoria, o estabelecimento apresentou-se em consonância com as exigências regulamentares em vigor. Seção II DA CLASSIFICAÇÃO Artigo 3º – Os fogos de artifício considerados permitidos classificam-se em: I. Classe A a) fogos de vista, sem estampido. b) fogos de estampido que contenham até 20 cg (vinte centigramas) de pólvora ou massa explosiva por artefato pirotécnico. II. Classe B a) artefatos pirotécnicos que contenham entre 21 cg (vinte e um centigramas) a 25 cg (vinte e cinco centigramas) de pólvora ou massa explosiva, por peça. III. Classe C a) artefatos pirotécnicos que contenham entre 26 cg (vinte e seis centigramas) a 6 g (seis gramas) de pólvora ou massa explosiva, por tubo. b) artigos denominados por bombas de riscar, ou acender, também chamadas por morteiros, para apoio no chão, contendo o máximo de 2 g (dois gramas) de pólvora ou massa explosiva, por peça. IV. Classe D a) foguetes, com ou sem flecha (artigo de ar) cujas bombas contenham mais de 6 g (seis gramas) de massa explosiva ou pólvora. b) morteiro de estampido de qualquer calibre fixado ao solo, desde que projetado por meio de tubo metálico ou de papelão, cuja bomba contenha mais de 6 g (seis gramas) de pólvora ou massa explosiva. c) salvas de tiro, usadas em festividades, desde que cada bomba contenha mais de 6 g (seis gramas) de pólvora ou massa explosiva. d) peças pirotécnicas, presas em armações especiais usadas em espetáculos pirotécnicos. e) artigos denominados por bombas de riscar, ou acender, também chamadas por morteiros, para apoio no chão, contendo mais de 2 gramas de massa de estampido, por peça. Artigo 4º. Os fogos de artifício, também, serão classificados conforme os seguintes critérios da ONU: I. 1.1G: aqueles que apresentam risco de explosão em massa e/ou projeção, considerando que uma explosão em massa é a que afeta, virtualmente, toda a carga, de maneira praticamente instantânea. II. 1.2G: aqueles que apresentem risco de projeção e fragmentos, mas sem risco de explosão em massa. III. 1.3G: aqueles que apresentem risco de fogo, com pequeno risco de explosão e/ou de projeção, mas sem risco de explosão em massa. IV. 1.4G: aqueles que não apresentam risco significativo. E, eventualmente, em casos de ignição ou iniciação, os efeitos ficam confinados, predominantemente, à embalagem, e não promova projeção de fragmentos de dimensões apreciáveis ou a grande distância e que um fogo externo não provoque explosão instantânea de, virtualmente, todo o conteúdo de uma embalagem coletiva (embalagem externa). Artigo 5º. Os fogos de artifícios, inclusive importados, deverão estar devidamente acondicionados em suas embalagens originais, trazendo impresso nas embalagens ou rótulos, em língua portuguesa de forma clara, os necessários esclarecimentos sobre o manejo, efeito, denominação, data de validade, procedência, nome do fabricante e classificações dos artigos 3º e 4º desta Resolução, sendo considerada para classificação a quantidade da embalagem ou rótulo e não o artefato individualmente. Parágrafo Único – Em caso de dúvida sobre a veracidade das informações impressas, poderão ser apreendidos exemplares para exame. Seção III - DAS FÁBRICAS E DEPÓSITOS – INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO (.....) Seção IV - DO COMÉRCIO (.....) Seção V - DA CONCESSÃO E RENOVAÇÃO DE LICENÇA (.....) Seção VI - DO TRANSPORTE (....) Seção VII DA QUEIMA E USO Artigo 32 – Os fogos de classe “A” poderão ser queimados livremente, exceto nas portas, janelas, terraços, etc. que dêem para a via pública e, nas proximidades de locais destinados ao tratamento médico de internação ou ambulatorial, casa de descanso para idosos. Artigo 33 – Os fogos de classe “B” não podem ser queimados nas portas e janelas ou terraços que dêem para via pública, locais destinados ao tratamento médico de internação ou ambulatorial, casa de descanso para idosos, estabelecimentos de ensino e, outros locais determinados pelas autoridades policiais, desde que expressamente justificados. Artigo 34 – A queima de fogos da Classe “C” depende de licença da autoridade competente, com local e hora previamente designados, nos seguintes casos: I. para festa pública seja qual for o local. II. nas festas em instituições de ensino ou filantrópicos, apresentações artísticas, comícios ou eventos similares. Artigo 35 – A queima e uso de material pirotécnico das classes “C” e “D”, que se enquadrem no artigo 26 da presente Resolução, será considerado espetáculo pirotécnico, dependendo de autorização da autoridade competente e, deverá ser realizado exclusivamente por profissional licenciado e habilitado junto à Divisão de Produtos Controlados do Departamento de Identificação e Registros Diversos. § 1º - Os fogos de artifício com iniciação por corrente elétrica deverão ser executados com um afastamento mínimo de: I. 50 metros de rede de alta tensão. II. 200 metros de ferrovia ou metrô. III. 100 metros de rodovias. § 2º - É proibido aos operadores portar ou utilizar telefone móvel. § 3º - Fica proibido no Estado de São Paulo o comércio varejista de fogos de artifício com calibre interno maior de 2 polegadas, efeito de tiro, exceto quando encomendados para queimas legalmente autorizadas. § 4º - Para os demais casos, será aplicada a tabela 2 ou 3 do Reg/T 3 do Exército Brasileiro, observada a ressalva do item 2.2 do mesmo regulamento. Artigo 36 – Para todos os casos mencionados no artigo anterior, deverá ser observado: I. Os cuidados necessários para evitar a perturbação ao sossego público e o respeito ao período de silêncio compreendido entre 22:00h e 06:00h; II. As distânciasestipuladas no artigo 14 desta Resolução, além das previstas no Reg/T 3 do Exército Brasileiro. Artigo 37 – É de responsabilidade exclusiva do blaster pirotécnico encarregado pela queima, aferir se as condições climáticas, inclusive a velocidade do vento, são apropriadas, conforme prevê o Reg/T 3 do Exército Brasileiro, devendo postergar ou cancelar a apresentação em caso de risco. § 1º – Nos dias e vésperas das tradicionais festas (como por exemplo: Santo Antonio, São João e São Pedro), a queima poderá se prolongar até as 24 horas, exceto quando em desacordo com as condições expostas no artigo 36 e incisos desta Resolução. § 2º - Nas comemorações de Natal e Reveillon, será permitido o show de queima de fogos de artifício até a 01:00h dos dias 25 de dezembro e 01 de janeiro, observado as condições de segurança e respeito social relacionados nesta Resolução. § 3º - Casos excepcionais deverão ser analisados pela autoridade policial competente que se manifestará de forma expressa Artigo 38 – Antes, durante e após a queima deverão ser observados os critérios estipulados pelo Exército Brasileiro, em especial no Reg/T 3. Parágrafo Único - A montagem do show deve ser realizada com total segurança para a equipe técnica e, o público, sendo primordial a presença de no mínimo uma pessoa habilitada em combate à incêndio, totalmente equipada com isolamento total da área de execução. Artigo 39 – Após o término do show, deverão ser tomadas as seguintes providências, coordenadas pelo Blaster Pirotécnico: I. proceder uma vistoria rigorosa, em um raio proporcional à distância exigida para bombas maiores (área de queda), com a finalidade de recolher eventuais detritos e o material utilizado. II. na ocorrência de falha de fogos de artifício, deverá o operador responsável pela execução do show recolher o produto residual, observando rigorosamente as cautelas regulamentares, guardando-os em suas respectivas embalagens. Seção VII - I DA LICENÇA PARA ESPETÁCULOS DE PIROTECNIA Artigo 40 – A solicitação de licença para queima e uso de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos, deverá ser endereçada à autoridade policial da Divisão de Produtos Controlados do Departamento de Identificação e Registros Diversos, na capital e, às Delegacias Seccionais de Polícia, nos demais municípios onde será realizado o espetáculo, sendo protocolizada com uma antecedência mínima de três dias e, deverá ser instruída com os seguintes documentos: I. Requerimento padrão em 2 vias. II. Prova documental de vínculo empregatício ou contrato de prestação de serviços à estabelecimento regular segundo os critérios desta Resolução. III. Cópia da carteira de Blaster Pirotécnico, responsável pelo evento, expedida pela Divisão de Produtos Controlados (DPC - DIRD). IV. Relação dos materiais a serem utilizados na queima. V. Declaração de responsabilidade civil e criminal, pela queima, firmada pelo responsável da queima, contratado para realização do evento. VI. Croqui do local. VII. Comprovante de recolhimento da taxa de fiscalização de serviços diversos. VIII. Cópia reprográfica do alvará expedido pela Polícia Civil do Estado de São Paulo. IX. Relação dos componentes da equipe, se houver, acompanhada de cópia reprográfica dos respectivos documentos comprobatórios de participação nos cursos exigidos nesta Resolução. § 1º - A falta de qualquer documento acima relacionado será razão suficiente para justificar o indeferimento da solicitação. § 2º - Casos excepcionais, desde que justificados, inclusive com juntada de provas documentais, quando houver, serão avaliados pela autoridade policial competente. Seção IX – DA HABILITAÇÃO PARA BLASTER PIROTÉCNICO (....) Seção X - DA VISTORIA E FISCALIZAÇÃO (.....) Seção XI - DAS PROIBIÇÕES Artigo 46 – A fim de assegurar o fiel cumprimento das normas básicas de segurança nas atividades comerciais reguladas pela presente Resolução, fica terminantemente proibido: I. O uso e a venda varejista, à pessoas não habilitadas, de produtos classificados como 1.1G, 1.2G, segundo os critérios desta Resolução – artigo 20. II. A venda a varejo de produtos profissionais classificados como 1.3G. III. Manipular, adulterar, desmontar, por qualquer meio, fogos de artifício e artefatos pirotécnicos, excetuando-se as práticas regulamentares necessárias à montagem de queima, feitos por Cabo Pirotécnico habilitado, em hora e local autorizado. IV. A comercialização de produtos por unidades (a granel), fora da embalagem original. V. Fumar ou permitir que fumem no interior dos estabelecimentos, ficando vedada a presença de cinzeiros, sendo necessária a fixação de placas de 20 x 15 cm, na cor laranja com letras pretas alusivas a presente restrição. VI. Permitir a presença de pessoas estranhas nas áreas restritas do estabelecimento, principalmente na área de armazenamento. VII. Empregar pessoa que não preencha os requisitos aqui exigidos. VIII. Vender, exibir, possuir, entregar, promover, reproduzir, por qualquer forma, produtos que façam alusão a práticas ilegais. IX. Estocar produtos químicos ou inflamáveis classificados segundo a IT 03/2011 do Corpo de Bombeiros/SP. X. Entregar a direção do estabelecimento à pessoa em desacordo com as exigências aqui regulamentadas. XI. Praticar durante a atividade comercial/profissional, conduta considerada ilegal perante legislação em vigor. XII. Impedir, sob qualquer pretexto, fiscalização dos agentes dos órgãos públicos competentes. XIII. Vender, possuir, entregar, exibir, por qualquer meio, fogos de artifício e artefatos pirotécnicos irregulares ou de origem espúria. XIV. Exceder os limites de armazenagem estipulados na presente Resolução. XV. Manter em estoque, material em desacordo com os critérios de segurança, inclusive no que se refere às classes. XVI. Manter na área de comércio (showroom) fogos de artifício e artefatos pirotécnicos em desacordo com o estipulado. XVII. Manter no estabelecimento equipamento destinado a produzir fogo, faísca, calor ou centelha elétrica. XVIII. Manter estacionado defronte ao estabelecimento, sem motivo justificado, veículo carregado de material pirotécnico, por tempo superior a 60 minutos. XIX. O armazenamento, a venda ou o uso de fogos de artifício que possuam em sua composição produtos químicos proibidos pelo Exército Brasileiro ou por autoridade policial competente. Artigo 47 – Ficam terminantemente proibidas as seguintes práticas de uso de fogos de artifício: I. Fazer ou alimentar fogueira nas ruas ou logradouros públicos. II. Colocar bomba nas vias públicas, nas passagens de veículos de carga ou de passageiros. III. Atirar bombas de veículos para via pública e sobre as pessoas. IV. Queimar fogos de artifício nas sacadas dos edifícios, exceto os de categoria “A”. V. Estacionar veículo carregado de material pirotécnico, defronte a locais com exigência de distância mínima obrigatória. VI. Realização de queima, sob qualquer pretexto, em desacordo com a regulamentação vigente. Artigo 48 – É proibida a venda de produtos químicos controlados para fins pirotécnicos a quem não tenha licença do Exército Brasileiro e da Polícia Civil, para fabricação ou comércio de matéria-prima, devendo as notas fiscais emitidas conter, obrigatoriamente, o número de registro do comprador ou a data do título ou certificado expedido pelo Exército Brasileiro. Seção XII - DAS PENALIDADES (....) Seção XIII - DA APREENSÃO (...) Seção XIV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS (...) � RESUMO DAS NORMAS ABNT - FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS. Finalmente, chegamos ao ponto mais importante do processo de criação de uma monografia/tcc/PPI. Depois de escolher o orientador e o tema para sua monografia, definir qual será a linha de pesquisa e utilizar os melhores métodos para encontrar conteúdo de qualidade, considerar aspectos importantes e saber tudo sobre como fazer uma apresentação/defesa matadora, chegou a hora de formatarseu trabalho! VOCÊ Está precisando de ajuda com a monografia? Neste ponto do trabalho, o aluno fica cheio de dúvidas e desesperado com tantas regras criadas para nortear a formatação do trabalho segundo as normas da ABNT, certo? Trouxemos um guia completo sobre como formatar sua monografia/tcc/PPI. A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – é o órgão que rege a normalização das diversas técnicas documentais e tecnológicas, possibilitando aos pesquisadores a perfeita formatação e estruturação de um projeto. Há quem diga que a ABNT atrapalha ou tem regras demais. Porém, se olharmos com senso e pensamento críticos veremos o quanto é importante manter um padrão, uma estrutura em um projeto, especialmente o monográfico ou o trabalho de conclusão de curso, pois reflete a organização padronizada dos dados e informações coletados durante determinado tempo e que auxilia na confecção do conhecimento. Formatações básicas Antes de tudo é preciso verificar o Manual de Elaboração de Trabalhos Científicos que a instituição possui para informações mais aprofundadas. Salientamos, ainda, que as faculdades costumam adequar algumas formatações básicas, portanto acabam por criar um Manual próprio, por isso, indicamos que você conheça também o manual da sua instituição de ensino. Neste post, no entanto, citaremos a formatação mais básica de acordo com as normas gerais da ABNT, mais comumente utilizadas. 1 – Elementos pré-textuais: – Capa, Folha de Rosto, Catalogação na Publicação (expedida pela Biblioteca), Folha do Examinador (geralmente expedida pela Coordenação de Estágios), Dedicatória (opcional), Epígrafe (opcional), Agradecimentos (opcional), Resumo, Abstract, Sumário. A capa leva o nome da instituição de ensino, curso, autor, título do trabalho, cidade e ano. A folha de rosto apresenta nome do autor, título, cidade e ano, além de uma nota descritiva, que contenha os dados, objetivo do trabalho e nome do orientador. A dedicatória é um espaço para o autor prestar homenagens. Os agradecimentos, para citar aqueles que contribuíram com a pesquisa. A epígrafe é uma frase relacionada ao trabalho, que tenha servido de inspiração para o autor. Elemento opcional. O resumo sintetiza em um parágrafo as ideias do trabalho. Deve ter de 150 a 500 caracteres, ser escrito em voz ativa e na terceira pessoa do singular. Também deve conter palavras-chave que identifiquem o tema. As listas devem trazer os títulos de elementos (ilustrações, tabelas, etc.) e os números das páginas em que se encontram. Elemento opcional. O sumário enumera as divisões e seções do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no texto. Deve ser alinhado à esquerda, sem recuo. Com exceção dos itens marcados como opcionais, os demais elementos são de suma importância para direcionar e organizar a sua monografia, bem como dar rumo ao leitor, “ilustrando” o conteúdo que o espera. Por isso, é necessário que seu trabalho contenha todas as etapas citadas. 2 – Itens importantes a se considerar na formatação (NBR 14724/2005): Configuração da página: Margem superior: 3 cm; Margem esquerda: 3 cm; Margem inferior: 2 cm; Margem direita: 2 cm. Utilize a fonte Times New Roman (muitas faculdades aceitam a fonte Arial) para o texto da sua monografia/TCC. Capa do trabalho Veja abaixo o modelo utilizado para preparar a capa de uma Monografia/TCC: (Clique para ampliar) Folha de rosto do trabalho Abaixo temos um modelo utilizado para a folha de rosto do seu trabalho. Utilize sempre fonte Times New Roman (ou Arial) tamanho 12, sem parágrafo, entre linhas simples. Veja: (Clique para ampliar) Folha de Aprovação Geralmente a instituição de ensino entrega a folha de aprovação pronta ao aluno, já com as assinaturas devidas após o deferimento da sua apresentação. Mas, se você tiver que produzi-la para sua monografia/tcc, veja este modelo. Lista de ilustrações, gráficos, tabelas e siglas Estes são itens opcionais, no entanto, recomenda-se que sejam utilizadas quando o corpo do trabalho possuir mais do que 4 imagens, gráficos, tabelas e siglas. A formatação das listas segue a formatação do sumário e devem ser feitas em página própria de listas. Veja um exemplo: LISTA DE ILUSTRAÇÃO (centralizado e em negrito) Ilustração 1: Título da ilustração…………….. pX. (um espaçamento simples entre cada ilustração) Ilustração 2: Título da ilustração…………….. pXX. As demais listas (gráficos, tabelas etc.) seguem a mesma formatação de apresentação. Agora veja como citá-las no corpo do trabalho: As referências seguem o mesmo padrão das referências de livros, periódicos e artigos científicos. Notas de Rodapé e Glossário As notas de rodapé são utilizadas quando é necessário explicar um termo, destacar uma expressão ou indicar um autor. Nas monografias do curso de Direito, o formando é obrigado a inserir notas de rodapé para cada autor citado, portanto, ao citá-lo não é necessário colocar (ANO, página), basta o sobrenome e inserir a obra pesquisada no rodapé. Para inserir nota de rodapé (Word 2007): Referências > Inserir Nota de Rodapé. Outros cursos também adotam essa norma, porém geralmente as notas de rodapé só são utilizadas em casos específicos quando tem uma ou outra expressão, palavra, termo desconhecido do público leigo. Se forem mais do que 10 termos, opte por criar um glossário, no qual o aluno insere todas essas expressões e os seus significados. Insira o glossário após as Considerações Finais/Conclusão para fins de consulta. Paginação A localização do número da página será sempre no canto superior direito, utilizando a fonte Times New Roman/Arial e tamanho 10. Quanto às páginas que devem ser contadas, porém não paginadas: a capa não é contada e nem paginada; os demais elementos pré-textuais (folha de rosto, errata, ata, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, lista de ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos e sumário) são contados e não paginados. A Ficha Catalográfica não é contada nem paginada, pois será inserida no verso da Folha de Rosto. Quanto às páginas que devem ser paginadas: são contados e paginados seqüencialmente os elementos textuais (introdução, desenvolvimento e conclusão) e pós-textuais (referências, glossário, apêndices, anexos e índice). 3 – Elementos textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução é a parte inicial do texto. Deve trazer os temas tratados no trabalho, delimitação, justificativa, objetivo da pesquisa e procedimentos adotados. O desenvolvimento é o corpo do trabalho, a parte principal, onde deve constar uma exposição ordenada do assunto. A conclusão é onde o autor faz uma recapitulação sintética do assunto e dos resultados da pesquisa, avaliando a contribuição e os méritos de seu trabalho. Parágrafo: Na primeira linha, utilize espaçamento de 1,5 cm (Atenção! Um TAB é igual a 1,25cm). Espaçamento entre linhas: 1,5 cm entre cada linha. Abertura de novo capítulo: Você deve iniciá-lo sempre em uma nova página. Importante: sempre insira Quebras > Próxima Página; essa ação é imprescindível para a paginação do documento. Abertura de nova seção: 2 espaços entre linhas, de 1,5 cm cada. Entre o título/subtítulo e a abertura de parágrafo: 2 espaços entre linhas de 1,5 cm. 4 – Elementos pós-textuais: – Referências bibliográficas, apêndices (material criado pelo aluno) e anexos (material bibliográfico). As referências devem sempre ser apresentadas em ordem alfabética para facilitar a consulta. O espaçamento deverá ser simples na referência em si, em cada tópico, mas precisa ter 2 espaços simples entre as mesmas. Alinhamento sempre à esquerda. Como fazer a referência bibliográfica As referências são tão importantes quanto os demais itens do seu trabalho. Existem faculdades que impõem um limite mínimo de autores e obras, e geralmente são em torno de no mínimo 10 referências. De fato, quanto mais obras forem pesquisadasmais ricos serão seus argumentos para compor sua análise e conclusão. Como não poderia deixar de ser, as referências também possuem regras específicas. Portanto, lembre-se do item anterior: anotar todas as informações sobre a edição da obra pesquisada é importante para compor a sua referência bibliográfica. FORMATAÇÃO Formato: papel A4 (21 cm x 29,7 cm) na vertical. Numeração das páginas: feita a partir da folha de rosto, mas só aparece a partir da introdução. Em algarismos arábicos, no campo superior direito da folha, a 2 cm da borda superior. Margens: superior e esquerda com 3 cm de distância da borda da página; inferior e direita, 2 cm. É recomendado... Fonte do texto: arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5. Títulos: arial ou Times New Roman, tamanho 14. Outros: citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas no tamanho 10 e espaçamento simples. Citações Diretas: trazem o sobrenome do autor em letras maiúsculas, ano de publicação e página da citação, entre parênteses e separados por vírgula. Citações com menos de três linhas são feitas no corpo de texto, entre aspas duplas. Citações com mais de três linhas devem ser destacadas do texto com um recuo de 4 cm, sem aspas. Indiretas: devem ter o sobrenome do autor e o ano da publicação, entre parênteses e separados por vírgula. Em latim Apud: se você usou o texto de um autor que aparece no trabalho de outro, deve usar a expressão "apud" (citado por). Você consultou a obra de João Silva, que citou Carlos Vieira: (VIEIRA, 2000 apud SILVA, 2001). Et al: referências com mais de três autores devem trazer o sobrenome do primeiro autor, seguido pela expressão "et al." (e outros). Referências Livros: contêm o sobrenome do autor em letras maiúsculas, nome do autor, título em negrito, edição, cidade, editora e ano de publicação: MARTIN, Marcel. A Linguagem Cinematográfica. 1ª edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 2003. Sites: páginas e documentos encontrados na internet devem trazer o link e data de acesso: Lembre-se que uma referência mal feita ou incompleta, tanto na citação dentro do texto quanto no campo de referências, pode ser considerado plágio. Como parafrasear os autores Esse é o momento da pesquisa que geralmente os alunos se esquecem de dar a devida atenção, deixando sempre para organizar depois as citações e referências pesquisadas para a monografia. Antes de iniciar o item, aconselhamos ao aluno anotar todas as informações referentes à obra bibliográfica pesquisada, sejam elas livros, sites, artigos científicos, periódicos. Separe um arquivo somente para essas informações e sempre identifique a página do seu trabalho que está utilizando a citação. Essas ações vão facilitar a ordenação e produção das referências. Anote sempre as principais informações sobre o documento utilizado, como: Autor ou Autores (se for mais do que três autores, anotar os três principais, adiante veremos como referenciar utilizando et al, títulos e subtítulos, edição (se houver), editora, cidade, ano, quantidade de páginas e a página que utilizou a citação. Se todas as informações não forem coletadas, corre-se o risco de esquecê-las e, assim, as citações podem ser vistas como um plágio (como veremos adiante). Como fazer citações Existem dois tipos de citação que podem ser utilizados, veja a descrição deles e os exemplos abaixo: A direta, que corresponde à transcrição integral de uma parte do texto pesquisado; que deve ser apresentada entre aspas (até três linhas), caso contrário, aparecerá recuada em 4cm da margem esquerda, utilizando-se tamanho de fonte 10, espaçamento simples e o alinhamento do texto justificado, seguida do sobrenome do autor, ano da publicação. Sendo necessário indicar o número da página de onde foi extraída a informação. Neste caso, a citação é antecedida e precedida por dois espaços simples. A citação indireta é a transcrição das ideias do autor consultado, usando suas palavras, ou seja, é uma paráfrase. Como a ideia continua é do autor e não sua, é necessário citar a fonte: dar crédito ao autor, sendo apenas desnecessário indicar o número da página do livro pesquisado. Essa é uma das citações que os orientadores mais curtem, pois possibilita que o aluno exponha seus conhecimentos a partir do conhecimento de um “mestre”, abrindo espaço para que o pesquisador aprenda com maior facilidade. Saiba escolher bem as suas bibliografias. Elas devem trazer entendimento e riqueza à pesquisa acadêmica. E uma dica: brinque com as citações, amarre-as para que sigam uma linha de raciocínio, e sempre as analise com dedicação para não colocar pensamentos desnecessários só pelo fato de serem “bonitos”. A informação deve ser útil à produção. Novidade! Regras sustentáveis Em 2011, a NBR 14.724 vem com uma novidade muito interessante. Antes, os trabalhos deveriam ser impressos em papel branco. Com a NBR 14724, o acadêmico tem a opção de imprimir o seu trabalho em papel reciclado. Além disso, você também pode escrever nos dois lados das folhas (anverso e verso) na parte textual e pós-textual. No entanto, deve-se tomar muito cuidado: Se você escrever somente no anverso das folhas, a margem esquerda deve ser de 3cm, com esta nova regra, você deverá colocar a margem direita dos versos das páginas em 3cm. Pense nessas novas opções! Temos que preservar nosso planeta! A seguir, saiba quais as consequências do seu trabalho ser considerado plágio. As consequências do plágio Plágio é uma situação em que o aluno tem a intenção clara de se passar pelo autor de um texto, imagem, fotografia, música, gráfico etc. Veja abaixo os tipos de plágio existentes: Plágio integral – Quando o aluno cita de forma integral um texto que não é de sua autoria. Plágio parcial – Quando o aluno monta um trabalho acadêmico com partes de diversos textos que não são dele. Uma montagem de cópias de vários atores sem os devidos créditos. Plágio conceitual – Quando o aluno apenas reescreve a idéia de um autor, sem dizer claramente que a idéia é de outra pessoa. Veja abaixo o que o Código Penal Brasileiro, em vigor, prevê para os casos de crime contra a propriedade intelectual em seu Artigo 184: Violar direito autoral: Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa. §1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, com intuito de lucro, de obra intelectual, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (…): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (…). § 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (…), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral. LEGISLAÇÃO ESPECIFICA Segurança Privada: Todo Gestor de segurança deve ter conhecimentos básicos de legislação e dos direitos e obrigações de cada cidadão, pois, a todo o momento, estará envolvido com eles em sua atividade. No sistema legal brasileiro há princípio segundo o qual ninguém pode se eximir de cumprir a lei alegando o seu desconhecimento: Art. 3º. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. LICC O preceito foi herdado do direito romano “ignorantia legis neminem excusat” e fundamenta-se na necessária exclusão da possibilidade de que alguém, ao cometer certa infração, possa invocar em sua defesa o desconhecimento da existência de lei que incrimine a prática do ato cometido. As normas jurídicas têm diversos nomes: leis, decretos, resoluções e etc. São todas submetidas a uma hierarquia imposta a partir da lei maior: a Constituição Federal. Aos comandos das normas constitucionais devem se submeter todos os poderes, todos os cidadãos e, inclusive, todas as leis e demais normas editadas por quem quer que seja. É isto, aliás, somado aos princípios geraisde direito, que garante a harmonia e a coerência interna de todo o sistema. Abaixo da Constituição, existem leis que a modificam ou acrescem alguma determinação. Para regular a atividade de segurança temos apenas leis ordinárias. Elas ocupam uma posição hierárquica privilegiada, pois vêm abaixo da Constituição, mas acima dos decretos e demais normas. A relação hierárquica entre a Constituição e as demais normas infraconstitucionais não há divergências: vigora o princípio da supremacia da Constituição, segundo o qual as normas Constitucionais, obra do poder constituinte originário, estão num patamar de superioridade em relação as demais leis, servindo de fundamento de validade para estas Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. A Constituição prioriza as normas genéricas, os princípios que nortearão as condutas e demais normas no país. A lei, que pode ser federal, estadual ou municipal, desce a situações mais específicas, ditando direitos e obrigações. Como mesmo a lei é, geralmente, bastante genérica, cabe à autoridade designada, na maior parte das vezes encarregada de aplicá-la, desenvolver regramentos, especificações e etc., pelos quais fica mais fácil entendê-las e saber o que deve ser feito. O primeiro regramento dentro dessa hierarquia é o decreto. Observe-se, por exemplo, que temos a Lei Federal nº 7.102/83 e, para regulamentá-la, temos o Decreto nº 89.056/83, assinado pelo próprio Presidente da República. O decreto, no âmbito federal, é assinado pelo Presidente, no âmbito estadual pelo Governador e no municipal pelo Prefeito. Os decretos, por sua vez, nem sempre esgotam a necessidade de regras para aplicação das leis, e então podem surgir as resoluções, detalhando ainda mais a matéria contida na lei, viabilizando sua aplicação em situações concretas, contribuindo para que ela atinja suas metas. As resoluções podem ser editadas ao nível federal por Ministros e nos níveis estadual e municipal por Secretários. Em seguida temos portarias. A portaria pode ser editada por autoridades de menor nível hierárquico, mas Ministros ou Secretários também podem providenciá-las. No mesmo sentido, podem-se entender as instruções, que objetivam dar diretrizes de aplicação de decisões de autoridades na busca de determinado objetivo contido na lei. É importante considerar que todas essas normas devem estar coerentes com a Constituição e princípios gerais de direito, e devem ser coerentes umas com as outras, sob pena de gerarem confusão, terem dificuldades de serem observadas, isentarem aqueles que as descumprem, etc. Os princípios gerais de direito são como normas não escritas, determinações valorativas que expressam uma ética social. Quando há uma contradição entre duas normas, deve-se aplicar alguma outra norma, geralmente a Constituição, para saber qual delas prevalece. Por exemplo, a Lei nº 8.213/91, em seu art. 93, obriga todas as empresas brasileiras a admitir determinado número de deficientes físicos. No entanto, a Lei nº 7.102/83 afirma que as empresas de segurança só poderão ter vigilantes, que são a imensa maioria de seus trabalhadores, com saúde física inatacável. Nesse caso, pode-se apelar para o art. 2º, § 2º, da chamada Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), onde está disposto que “a norma especial derroga a geral”. Ainda que não houvesse uma lei para solucionar o conflito, teríamos os princípios gerais de direito, como, por exemplo, o da razoabilidade. Não é razoável exigir-se que empresas da área contratem deficientes para zelar pela segurança de pessoas físicas ou empresas. Assim, as multas aplicadas pelo Poder Público às empresas privadas, por descumprimento da lei das cotas, pode acabar sendo anuladas. Como se constata, as normas jurídicas têm a diferenciá-las, além da abrangência e natureza do seu conteúdo, as autoridades encarregadas de aprová-las. A Constituição, exceto em períodos de exceção, são aprovadas pelos Constituintes, pessoas eleitas para essa finalidade. As leis são aprovadas pelo Poder Legislativo, composta pelos Deputados Federais e Senadores ao nível federal, Deputados Estaduais nos estados e Vereadores ao nível municipal, sendo promulgadas pelos respectivos Chefes do Poder Executivo, que são o Presidente, o Governador e o Prefeito, que se encarregarão de aplicá-las e fiscalizá-las, a quem cabem também regulamentá-las, como explicado. Por fim, havendo infração à lei ou mesmo dúvida sobre sua aplicação, a questão deve ser dirimida pelo Poder Judiciário. As questões que interessam diretamente à União ou envolvem seus órgãos são decididas pela Justiça Federal, cuja segunda instância são os Tribunais Regionais Federais de cada região; no caso de São Paulo, esta forma a 3ª Região juntamente com Mato Grosso do Sul. Por sua vez, as questões trabalhistas são decididas pela Justiça do Trabalho, cuja segunda instância são os Tribunais Regionais do Trabalho, existindo ainda nessa área um Tribunal Superior do Trabalho. Além da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho, existem diversas outras, sendo a mais relevante para a atividade a Justiça Estadual, onde estão os juízes de primeira instância e os Tribunais de Justiça. Acima de todos, exceto quanto à Justiça do Trabalho, temos o Superior Tribunal de Justiça, para o qual só se pode recorrer quando um julgamento em tribunal de hierarquia inferior fere lei federal ou contradiz decisões sobre a mesma questão tomadas em outros tribunais. Por fim, temos o Supremo Tribunal Federal, ao qual uma causa só pode chegar se envolver descumprimento da Constituição. Antes de apelar ao Poder Judiciário, a parte que se julgar prejudicada numa determinada questão que envolve autoridade ou órgão público pode entrar com requerimentos e recursos administrativos junto aos mesmos. Em determinados setores, como nos órgãos fiscais, há tribunais administrativos constituídos por servidores públicos e representantes de entidades privadas. Na União, estados e alguns municípios temos também tribunais de contas, onde se pode denunciar um ato de improbidade ou irregularidade em licitações. Se no Poder Judiciário é necessário ter advogado para pleitear ou se defender, o mesmo não ocorre nas instâncias administrativas, apesar de ser sempre recomendável a assistência de um profissional. Enfim, o sistema jurídico é, em geral, organizado e coerente, e o leigo deve ter noções mínimas para melhor se adequar e agir na vida social e profissional, em especial os empresários e executivos, que lidam com decisões diversas, complexas e de enorme responsabilidade. HISTÓRICO NORMATIVO: A Lei 7.102, de 20/06/1983, foi instituída para regulamentar as atividades de segurança privada, em especial a segurança dos estabelecimentos financeiros e o funcionamento das empresas prestadoras de serviços de segurança privada. Após alguns anos, foi publicada a Lei nº. 8.863, de 20/03/1994, que buscou definir as atividades de segurança privada, prevendo o serviço orgânico de segurança, pelo qual é facultado às empresas criar o seu próprio sistema de segurança. Em seguida, foi editada a Lei nº. 9.017, de 30/03/1995, que, na parte em que alterou as disposições normativas alusivas à área de segurança privada, atribuiu ao Departamento de Polícia Federal a competência para fiscalizar os estabelecimentos financeiros e as empresas de segurança privada, assim como previu a cobrança de taxas, atualizou os valores referentes a taxas e estabeleceu parâmetros para o capital social mínimo das empresas e o transporte de numerário. A Lei n° 7.102/83 foi regulamentada pelo Decreto n.º 89.056, de 24/11/1983, que, por sua vez, foi atualizado pelo Decreto n.º 1.592, de 10/08/1995. O Departamento de Polícia Federal, depois da ediçãodas normas acima indicadas, instituiu a Portaria n° 992-DG/DPF, de 25/10/1995, responsável pelo disciplinamento de toda a atividade de segurança Privada existente no país. Após a Portaria n° 992/95-DG/DPF, a Direção Geral do Departamento de Polícia Federal editou as Portarias n.º 1.129, de 15/12/1995 (que aprovou o Certificado de Segurança e de Vistoria, emitidos pelas Superintendências Regionais do Departamento de Polícia Federal), n.º 277, de 13/04/98 (que alterou diversos dispositivos da Portaria n.º 992/95-DG/DPF), n.º 891, de 12/08/99 (que instituiu e aprovou o modelo da Carteira Nacional de Vigilante e respectivo formulário de requerimento), n.º 836, de 18/08/2000 (que alterou dispositivos da Portaria n.º 891/99) e n.º 076, de 08/03/2005 (que alterou o art. 113 da Portaria n.º 992/95). LEGISLAÇÃO ESPECIFICA DO SEGMENTO LEIS FEDERAIS Lei n º 7.102 de 20 de junho 1983. (D.O.U. - 21 de junho 1983). Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências. Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003. (D.O.U. - 23 de dezembro de 2003). Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências. LEIS ESTADUAIS Lei Estadual n º 11.218, de 24 de julho de 2002. (D.O.E. - 25 de julho de 2002). Dispõe sobre a obrigatoriedade da implantação de um sistema de organização básica de segurança no interior das lojas de departamentos, “shopping centers”, hiper e supermercados, casas de espetáculos e diversões em geral. DECRETOS FEDERAIS: DECRETOS FEDERAIS Decreto nº 89.056 de 24 de novembro 1983. (D.O.U. - 25 de junho 1983). Regulamenta a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que “dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram ser viços de vigilância e de transporte de valores e dá outras providências”. Decreto nº 5.123, de 01 de julho de 2004. (D.O.U. – 02 de julho de 2004). Regulamenta a Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e define crimes. PORTARIAS FEDERAIS: PORTARIAS FEDERAIS Portaria nº 1.264, do Ministério da Justiça, de 29 de novembro de 1995. (D.O.U. - 02 de outubro 1995). Estabelece condições de defesa dos veículos especiais de transpor tes de valores e de suas guarnições Portaria nº 891, do Departamento de Polícia Federal, de 12 de agosto de 1999. (D.O.U. – 13 de agosto de 1999). Institui e aprova o modelo da Carteira Nacional de Vigilante e respectivo formulário de requerimento, estabelece normas e procedimentos para sua concessão e dá outras providências. Portaria Interministerial nº 12, do Ministério do Trabalho e Emprego, de 21 de fevereiro de 2001. Estabelece diretrizes com vistas à cooperação mútua, com expressa delegação de competência para execução do serviço de concessão do prévio registro do candidato ao exercício da profissão de vigilante. Portaria nº 2.494, do Ministério da Justiça, de 03 de setembro de 2004. (D.O.U. – 08 de setembro de 2004). Dispõe sobre a composição da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada e sua competência. Portaria nº 346 DG/DPF, de 03 de agosto de 2006. Institui o Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada – GESP e dá outras providências. Portaria nº 387 DG/DPF, de 28 de agosto de 2006. (D.O.U. – 01 de setembro de 2006). Altera e consolida as normas aplicadas sobre segurança privada Portaria nº 521, do Ministério da Justiça, de 30 de novembro de 2006. Disciplina o procedimento para a renovação do registro federal de arma de fogo via internet. Portaria nº 191, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, de 04 de dezembro de 2006. (D.O.U. – 27 defevereiro de 2007). Inclui o subitem E.2 no anexo 1 da Norma Regulamentadora nº 6 Portaria nº 18 D-LOG, do Comando do Exército, de 19 de dezembro de 2006. (D.O.U. – 23 de fevereiro de 2007). Aprova as Normas Reguladoras da Avaliação Técnica, Fabricação, Aquisição, Importação e Destruição de Coletes à Prova de Balas, e dá providências. Portaria nº 1 - D Log, do Comando do Exército, de 5 de janeiro de 2009. Autoriza a aquisição diretamente no fabricante de armamento e munição não-letais para as atividades de segurança privada, praticada por empresas especializadas ou por aquelas que possuem serviço orgânicode segurança. Portaria nº 195, do Ministério da Justiça, de 13 de fevereiro de 2009 Portaria nº 196, do Ministério da Justiça, de 13 de fevereiro de 2009. PORTARIAS ESTADUAIS: PORTARIAS ESTADUAIS Portaria nº 001/2001 – DIRD, de 31 de janeiro de 2001. Dispõe sobre as normas para emissão do Certificado de Regularidade Anual. Portaria nº 002/2001 – DIRD, de 05 de fevereiro de 2001. Dispõe sobre o uso do Certificado de Regularidade Anual para expedição do registro de arma de fogo. Portaria nº 003/2001 – DIRD, de 13 de março de 2001. Dispõe sobre a licença anual para fabricantes, montadoras, comerciantes e locadoras de veículos de passeio blindados e coletes à prova de balas. INSTRUÇÕES NORMATIVAS: Instrução Normativa nº 9, do Departamento de Polícia Federal, de 02 de dezembro de 1997. (D.O.U. - 08 de dezembro de 1997). Dispõe sobre a regulamentação do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das atividades fim da Policia Federal – FUNAPOL -, e determina outras providências. Instrução Normativa nº 23, do Departamento de Polícia Federal, de 01 de setembro de 2005. (D.O.U.– 16 de setembro de 2005). Estabelece procedimentos visando o cumprimento da Lei nº 10.826 de 22 de dezembro de 2003, regulamentada pelo Decreto nº 5.123 de 1º de julho de 2004, concernentes à posse, ao registro, ao porte e à comercialização de armas de fogo e sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e dá outras providências. RESOLUÇÕES FEDERAIS: Resolução CNSP/MF nº 05/84 de 10 de julho 1984. (D.O.U. - 25 de julho 1984). Estabelece normas vigentes para Seguro de Vida em Grupo dos Vigilantes RESOLUÇÔES ESTADUAIS: RESOLUÇÕES ESTADUAIS Resolução SSP - 79 de 04 de abril de1994. (D.O.E. - 05 de abril 1994). Disciplina a atuação de Policiais Civil e Militar, no que tange à fiscalização e controle do transporte de produtos controlados por parte das empresas particulares de segurança. Entendendo a legislação: Lei n º 7.102 de 20 de junho 1983. (D.O.U. - 21 de junho 1983). Empresas de Segurança Privada Decreto nº 89056/83 e Decreto nº 1592/95 Atividades de segurança privada São consideradas de segurança privada as atividades desenvolvidas por empresas especializadas em prestação de serviços com a finalidade de: 1. Proceder à vigilância e segurança patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, sejam públicos ou particulares; 2. garantir a incolumidade física de pessoas; 3. Realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga; 4. Recrutar, selecionar, formar e reciclar o pessoal a ser qualificado e autorizado a exercer essas atividades. Enquadram-se como segurança privada os serviços de segurança desenvolvidos por empresas que tenham objeto econômico diverso da vigilância ostensiva e do transporte de valores, que utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para a execução dessas atividades, definidos como serviços orgânicos de segurança. Segurança Orgânica As empresas que tenham objeto econômico diverso da vigilância ostensiva e do transporte de valores, que utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para execução dessas atividades, ficam obrigadas ao cumprimento do disposto nesta lei e demais legislações pertinentes. (Incluído pela Lei nº 8.863, de 1994). Paragrafo1º do artigo 10º da Lei 7.012 – Qualquer empresa poderá ter vigilantes próprios em seu quadro, desde que assim como as empresas especializadas em segurança, sigam todos os requisitos da legislação. Escola de Formação As escolas de formação de vigilantes só podem funcionar com autorização do DPF (Departamento de Polícia Federal), e por este são fiscalizadas. Existem diversas outras escolas que tem como objetivo o treinamento específico de ..issionais para a área de segurança. Segurança Privada Esta atividade, é a mais conhecida da sociedade brasileira e que tem dado mostra de sua abrangência e crescimento, com um número expressivo de empresas autorizadas pelo DPF, com base na Lei 7102/83 e demais legislação e que tem se modernizado pelas outras atividades, como a Segurança Eletrônica, Pessoal, Transporte de Valores, Documentos, Especial, Eventos, Orgânica, Escoltas e Escolas de Formação. Art. 10 da Lei 7102/83 alterada pela Lei 8863/94 e, dentre outras, no Título I - Capítulo I da Portaria 992/95. Art. 19 - São consideradas de Segurança Privada as atividades desenvolvidas por empresas especializadas em prestação de serviços com a finalidade de: I - Proceder à vigilância e segurança patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, sejam públicos ou particulares; Il - garantir a incolumidade física de pessoas; lIl - realizar transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga; IV - recrutar, selecionar, formar e reciclar o pessoal a ser qualificado e autorizado a exercer essas atividades. § 1° Enquadram-se como segurança privada os serviços de segurança desenvolvidos por empresas que tenham objeto econômico diverso da vigilância ostensiva e do transporte de valores, que utilizem pessoal do quadro funcional próprio, para a execução dessas atividades. § 2° Os serviços de segurança a que se referem o parágrafo anterior denominam-se serviços orgânicos de segurança. § 3° As atividades de segurança privada desenvolvidas por empresas especializadas em prestação de serviços, com a finalidade de proceder à segurança de pessoas físicas e de garantir o transporte de valores ou de qualquer outro tipo de carga, serão consideradas, para os efeitos desta portaria segurança pessoal privada e escolta armada, respectivamente. Art. 2° - O Sistema de segurança privada inclui, dentre outros requisitos contidos nesta portaria, pessoal adequadamente preparado, assim designado vigilante. Art. 3° - O funcionamento das empresas especializadas em segurança privada será regido pelas disposições da Lei nº 7102, de 20.06.83, do Decreto ng 89056, de 24.11.83, da Lei nº 9017, de 30.03.95, do Decreto ng 1592, de 10.08.95, e por esta portaria. § Único O funcionamento a que se refere este artigo dependerá de autorização a ser revista anualmente. Escolta Armada Art. 41 - Escolta Armada, para efeito desta portaria, é o serviço executado por empresa especializada em vigilância e transporte de valores, no auxílio operacional ao transporte de valores ou carga valiosas. Art. 42 - A escolta armada será executada com veículos comuns, guarnição formada por pessoal adequadamente preparado para esse fim, uniformizado e armado. Paragráfo Único - Os veículos comuns a que se refere este artigo poderão ser arrendados ou locados, desde que suas condições atendam ao disposto no artigo 43 desta portaria. Art. 43 - O veículo a que se refere o artigo anterior deverá atender as seguintes especificações: I - Estar em perfeitas condições de uso e ser dotado de quatro portas; II - Possuir documentação que comprove a propriedade pela empresa, contrato de locação ou arrendamento; III - Possuir documentação que comprove estar com as vistorias do Departamento Estadual de Trânsito Atualizadas; IV - Inscrição externa que permita a fácil identificação do veículo; V - Possuir sistema de telecomunicação. Art. 44 - A guarnição a que se refere o artigo 42 deverá atender as seguintes exigências: I - Guarnição mínima de quatro vigilantes, adequadamente preparados para esse fim, já incluído o responsável pela condução do veículo; II - Nos casos excepcionais, quando não se tratar de transporte de numerários ou carga de alto valor, a guarnição referida no inciso anterior poderá ser reduzida até a metade; III - Os vigilantes emprenhados nessa atividade deverão ter, comprovadamente, no mínimo, um ano de experiência na atividade de transporte de valores. Parágrafo Único - Entende-se como vigilante adequadamente preparado o portador do Certificado de Conclusão do Curso de Formação de Vigilantes com extensão para Transporte de Valores. Portaria MJ n° 1264 de 29.09.95. Art. 14°. Art. 4° O Transporte de Numerário em montante superior a 20000 Unidades Fiscais de Referência - UFIR, para suprimento ou recolhimento do movimento diário dos estabelecimentos financeiros será obrigatoriamente efetuado em veículo especial da própria instituição ou de empresa especializada. Art. 5° O transporte de numerário entre 7000 e 20000 UFIR poderá ser efetuado em veículo comum com a presença de dois vigilantes. Transporte de valores Art. 4° e 5° da Lei 7102/83 alterada pela Lei 9017/95 - Art. 14°. Art. 4° O Transporte de Numerário em montante superior a 20000 Unidades Fiscais de Referência - UFIR, para suprimento ou recolhimento do movimento diário dos estabelecimentos financeiros será obrigatoriamente efetuado em veículo especial da própria instituição ou de empresa especializada. Art. 5° O transporte de numerário entre 7000 e 20000 UFIR poderá ser efetuado em veículo comum com a presença de dois vigilantes. Vigilante Art. 2° da Lei 7102/83. Art. 15° da Lei 7102/83 alterada pela Lei 8863/94 - Art. 3° Art. 3° Vigilante, para os efeitos desta lei, é o empregado contratado para a execução das atividades definidas nos incisos I e II do caput e paragráfos 2°, 3° e 4° do Art. 10. Art. 2º O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes... Direitos Art. 117. Assegura-se ao vigilante: I – o recebimento de uniforme, devidamente autorizado, a expensas do empregador; II – porte de arma, quando em efetivo exercício; III – a utilização de materiais e equipamentos em perfeito funcionamento e estado de conservação, inclusive armas e munições; IV – a utilização de sistema de comunicação em perfeito estado de funcionamento; V – treinamento regular nos termos previstos nesta portaria; VI – seguro de vida em grupo, feito pelo empregador; VII – prisão especial por ato decorrente do exercício da atividade. Deveres Art. 118. São deveres dos vigilantes: I – exercer as suas atividades com urbanidade, probidade e denodo; II – utilizar, adequadamente, o uniforme autorizado, apenas em serviço; III – portar a Carteira Nacional de Vigilante – CNV; IV – manter-se adstrito ao local sob vigilância, observando-se as peculiaridades das atividades de transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal; V – comunicar, ao seu superior hierárquico, quaisquer incidentes ocorridos no serviço, assim como quaisquer irregularidades relativas ao equipamento que utiliza, em especial quanto ao armamento, munições e colete à prova de balas, não se eximindo o empregador do dever de fiscalização. Notas: 1) Não existe na legislação pesquisada especificamente/restrição quanto ao sexo do vigilante; 2) Guarda Municipal e Guarda Noturno - vide decreto n° 50301 de 02.09.68 não pertinente aos serviços de vigilância e segurança patrimonial. 3) Porteiros: Assunto deve ser tratado a parte. Segurança de Estabelecimento de créditos Lei 7102/83 Art. 1° É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança aprovado pelo Banco Central do Brasil, na forma desta Lei. Parágrafo Único - Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiaisou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupanças, suas agências, subagências e seções. Art. 2° O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas de vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou orgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos: I - Equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação de assaltantes; II - Artefatos que retardem a ação de criminosos, permitindo sua perseguição, identificação ou captura; III - Cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento. Parágrafo Único: O Banco Central do Brasil poderá aprovar o sistema de segurança dos estabelecimentos financeiros localizados em dependência das sedes de órgãos da União, Distrito Federal, Estados, Municípios e Territórios, independentemente das exigências deste artigo. Vigilância ostensiva DECRETO N° 89056, 24.11.83 Art. 5° Vigilância Ostensiva, para os efeitos deste regulamento, consiste em atividade exercida no interior dos estabelecimentos e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e adequadamente preparadas para impedir ou inibir ação criminosa. A legislação e as armas e coletes balísticos: Na Portaria 387 de 01/09/2006, o artigo 117 assegura ao vigilante o porte de arma em efetivo exercício. Contudo, isso também não significa que o vigilante tenha que trabalhar armado. Por essa razão existem diversos postos de trabalho onde o ..issional atua sem o uso de armas. A arma só poderá ser utilizada se o ..issional em questão estiver a serviço da empresa. Isso significa que, caso o mesmo precise se ausentar temporariamente, a arma deverá permanecer dentro do perímetro da contratante. Guia de Transporte É o documento com validade de até 30 dias que autoriza as empresas especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança a transportarem armas e munições entre estabelecimentos da mesma empresa ou para suprimento de postos de serviço. Documentos/Requisitos necessários 1 - Preencher o requerimento, que deve conter: a) Descrição das armas e munições a serem transportadas; b) Descrição dos endereços de origem e destino, bem como o motivo da necessidade do transporte; c) Trajeto do material a ser transportado, quando entre municípios não contíguos; d) Comprovante do recolhimento da taxa de autorização para transporte de armas, munições, explosivos e apetrechos de recarga. Como obter? Entregar o requerimento à Polícia Federal juntamente com os documentos. Atenção! Somente será necessária a guia de transporte de coletes quando forem encaminhados para destruição ou quando se tratar de aquisição de coletes de outra empresa de segurança privada. Prazo Médio 30 dias Autorização para Aquisição de Coletes Balísticos É o documento válido por 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, que autoriza a empresa a adquirir coletes balísticos. Documentos/Requisitos necessários Requerimento especificando quantidade e nível de proteção Relação dos coletes à prova de balas que possui Relação atualizada dos vigilantes Como obter? O processo de Autorização para Aquisição de Coletes Balísticos ainda não foi incorporado ao sistema GESP. O requerimento deve ser apresentado junto à unidade da Polícia Federal mais próxima. DAS PUNIÇÕES Art. 23 - As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme a gravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e a condição econômica do infrator: I - advertência; II - multa de quinhentas até cinco mil Ufirs: (Redação dada pela Lei 9.017, de 1995) III - proibição temporária de funcionamento; e IV - cancelamento do registro para funcionar. Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições. Inteligência e Contra Inteligência Introdução ao tema: A Inteligência está presente em todas as grandes decisões nacionais, seja proporcionando Segurança ao Estado ou fornecendo competitividade às Empresas. Durante muito tempo seu uso ficou restrito aos círculos militares, tendo sido decisiva em todos os grandes conflitos mundiais. Sua atual utilização como ferramenta-chave na gestão de negócios de forma nem sempre ética, entretanto, representa uma ameaça corporativa real, sendo registrados continuamente casos de fraudes internas, concorrência desleal e furto de informações, e até o seu uso, com regularidade, pelo crime organizado. As empresas brasileiras, da mesma forma que suas concorrentes internacionais, estão se capacitando a guardar os seus segredos econômicos, industriais e científico-tecnológicos. Inteligência é um conhecimento que prescinde da oportunidade. Deve conjecturar sobre aspectos de um evento antes que este se realize. São informações processadas por um conjunto de estratégias, utilizadas para captá-las, avaliá-las, combiná-las e utilizá-las de forma eficaz, em decisões e ações necessárias... para o alcance de objetivos preestabelecidos. Contra inteligência pode ser definida como "a atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a inteligência adversa, espionagem e ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda de dados, informações, conhecimento de interesse e da segurança ou patrimônio da empresa". Atividades de inteligência e de contra inteligência ocorre não apenas entre países, mas também entre entidades comerciais e industriais assim como entre organizações policiais e grupos criminosos. Informação significa fenômeno conhecido, fato, dado ou acontecimento, algo que está estritamente ligado ao passado e não ao futuro. Na verdade, o que se espera da informação é um quadro de conhecimentos coerentes, um mosaico panorâmico que mostre como os fenômenos idênticos se desenvolveram no passado. Assim, Informação é a matéria-prima para a produção de "Inteligência". Relaciona-se com fatos presentes ou passados e deve expressar o estado de certeza. É utilizada em apoio ao processo de tomada de decisão, particularmente em decisões pontuais ou de nível tático-operacional. INTELIGENCIA E CONTRA INTELIGENCIA Inteligência é conhecimento. Mais do que mera ferramenta, é fonte de poder. O trabalho de inteligência deve concentrar-se em apoiar a solução de problemas evidenciando tendências, mudanças, desafios, ameaças e oportunidades que possam afetar nações, empresas, instituições, organizações ou pessoas. Para se falar de inteligência é necessário citar pessoas que dela lançaram mão ainda nos primórdios como o General chinês Sun Tzu -A Arte da Guerra -, sua ingerência no assunto é de suma importância, “[...] aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas”. “[...] nada dever ser mais estimado do que a informação, mais bem pago do que a informação e nada deve ser mais confidencial do que o trabalho de coleta de informações”. Assim como para assuntos de guerra ou de estado, as origens da atividade de inteligência para propósitos empresariais perdem-se no tempo. Até bem pouco tempo, o emprego da Inteligência (como reunião e tratamento de informações para apoiar um processo de tomada de decisões) configurava uma prerrogativa exclusiva das instituições governamentais. Entretanto,com o advento da globalização e o acirramento da competição em todos os níveis, grande parte das pessoas e/ou organizações, passaram a valer-se do processamento das informações, ou melhor, do conhecimento, com o objetivo de melhorar o desempenho e garantir sobrevivência em uma conjuntura cada vez mais complexa. O emprego da inteligência como recomendações fundamentadas embasam decisões do futuro, com intuito de assegurar vantagem competitiva sobre os concorrentes. A atividade de inteligência pode ter focos diferentes em diferentes áreas de atuação tais como: foco estratégico, de negócios, competitivo, concorrente, entre outros, conforme o objetivo seja o desenvolvimento ou comercialização de novos produtos, o monitoramento de fatos novos no ambiente de negócios, a análise das perspectivas atuais ou potenciais de empresas que tenham produtos similares ou o levantamento do perfil de um concorrente específico. Inteligência é um processo criação do conhecimento que conduz à melhor tomada de decisão, tornando necessária atitude proativa do seu detentor. É um processo sistemático que visa descobrir as forças que regem sua área de atuação, reduzindo os riscos e conduzindo para tomada de decisão antecipada. Alguns pontos merecem atenção: informação é o centro do assunto; pro atividade é fator chave; não basta tomar decisões, isso fazemos o tempo todo. A diferença está em tomar as decisões mais acertadas, o que não se fará sem uma boa base de informações; processo sistemático; descobrir as forças que regem os negócios; reduzir os riscos e proteger o conhecimento. O processo de inteligência trata do futuro, busca embasar decisões relativas ao futuro, que assegurem vantagens sobre os concorrentes. Os ..issionais em suas diferentes áreas de atuação devem ter um correto entendimento da sua aplicabilidade, associada a focos distintos, assim como uma percepção clara do que constitui dado, informação, inteligência, conhecimento e das etapas do processo. Não atendido esse requisito, há o risco de que a atividade torne-se confusa e pouco produtiva. Inteligência é a capacidade de administrar os conhecimentos produzidos ou adquiridos de forma a gerar soluções necessárias para uso imediato ou potencial, levando em conta suas qualidades mais importantes, como raridade de sua obtenção, haja vista, sua limitação e onerosidade na aquisição, sua exclusividade, nem todos possuem acesso, e finalmente, direcionada, pois é produzida com fim especifico. Por conseguinte, é a conexão do conhecimento com a atitude. Contra inteligência, que segundo a ABRAIC em seu site, define: É a atividade que objetiva neutralizar as ações de Inteligência ou de espionagem da concorrência. As ações de contra inteligência buscam detectar o invasor, neutralizar sua atuação, recuperar ou mesmo contra-atacar por meio da produção de desinformação. Os segmentos de proteção do conhecimento abrangem a segurança dos talentos humanos, das áreas e instalações, dos documentos e materiais, dos sistemas de informação, de comunicações e de informações. Este programa permite a uma organização tornar-se significativamente menos vulnerável aos concorrentes por meio da proteção da informação competitiva. É o conjunto de medidas e procedimentos de proteção com enfoque na segurança das informações, objetivamente voltado para prevenir, obstruir, detectar e neutralizar as atividades de coleta de inteligência dos rivais. A contra inteligência pode ser ativa, destinada a detectar e a neutralizar ações de busca dos outros, tais como: contra espionagem, a contrapropaganda e a desinformação ou passivas, destinada a prevenir e a obstruir ações de coleta dos outros, como a segurança das instalações, informações e tecnologias associadas à informação e recursos humanos. Após estudos na área, conclui-se que inteligência é instrumento de poder e contra inteligência instrumento de controle, cabe agora, disseminar esse conhecimento para que profissionais liberais o utilizem no intuito de manter-se à frente dos demais, buscando, capturando e mantendo vantagens competitivas, dentre as oportunidades e ameaças detectadas em um mundo predominantemente hostil. Enfim, segundo Maquiavel “... para um general, nada é mais necessário e útil do que conhecer as intenções e planos do inimigo. Quanto mais difícil é conseguir esse conhecimento, maior o mérito daquele que corretamente o antecipa”. Para implantar políticas de segurança (inteligência e contra inteligência), primeiro, é preciso saber que são ações integradas, abrangentes e pormenorizadas, compreendendo educação de segurança, identificação de ameaças e vulnerabilidades, nos seguintes segmentos: 1. Proteção física e do ambiente: medidas destinadas à proteção dos locais onde são elaborados, tratados, manuseados, custodiados ou armazenados, conhecimentos, informações, dados e materiais sigilosos. 2. Proteção de documentos e conformidade: medidas destinadas a proteger a elaboração, o manuseio, o trânsito, a difusão, a recepção, o armazenamento e o descarte de documentos sigilosos, bem como a sua adequação às leis e normas que regem o negócio da instituição. 3. Proteção na gestão de pessoas: medidas que visam a dificultar o ingresso de pessoas não desejáveis nos locais de trabalho, além de assegurar padrões de comportamento ..issional e ético, a fim de salvaguardar os conhecimentos sensíveis. 4. Proteção de sistemas de informação e continuidade: medidas que visam a garantir o funcionamento da infra estrutura tecnológica de suporte ao acesso, ao armazenamento e à comunicação de dados, informações e conhecimentos sensíveis, destinados a garantir a sua integridade, disponibilidade e confidencialidade, além de prover o restabelecimento desses serviços em caso de sinistro. As etapas para implementação de um programa de segurança são: Sensibilização, pois é destinada à conscientização dos profissionais para adoção de medidas; Procedimentos e comportamentos adequados; Identificação de alvos e ameaças que identificam o que deve ser protegido e o nível de ameaça existente; Diagnóstico, que visa avaliar o sistema de proteção existente, a fim de identificar vulnerabilidades, recomendar ações, procedimento e controle de segurança, tendo por base metodologias existentes nas legislações e órgãos afins; Acompanhamento e avaliação das ações implementadas, conforme normatização e classificação. PROTEÇÃO Nesse sentido, é imperativa a adoção de medidas que viabilize a atuação, em sua plenitude, das diversas profissões autônomas, tais como: Definir o conhecimento a ser protegido; Classificar documentos e materiais em graus de sigilo, conforme a legislação brasileira e normas internas. Revisar periodicamente normas, procedimentos e necessidades de proteção. Disseminar a cultura de proteção do conhecimento, principalmente, junto àqueles que vão conjuntamente utilizá-lo, treinando-os para os procedimentos adequados e sensibilizando-os para a necessidade de proteção, de maneira que conheçam suas responsabilidades e estejam aptos a cumpri-las. Fazer periodicamente, cópias de segurança (backups) dos arquivos e guardá-las em local seguro e afastado dos computadores com os arquivos em uso. Definir o acesso a assuntos sensíveis, tais como carteira de clientes, dados bancários, documentos importantes, dentre outros, somente a pessoas com necessidade de conhecê-los. Evitar fornecer dados pessoais ou de outrem, principalmente informações sobre hábitos ou rotinas. Guardar documentos sob sua custódia em locais seguros e trancados. Atribuir grau de sigilo preliminarmente à elaboração de documento, para que o material e os rascunhos utilizados na sua produção recebam o devido tratamento. Ao tirar cópias de documento sensível, recolha o documento original e cuide para que cópias inutilizadas sejam apropriadamente descartadas. Certificar-se de que esboços, cópias, impressão de documentos e materiaissubsidiários à produção de documentos sensíveis sejam devidamente destruídos, por fragmentação ou outro processo. A eliminação dos documentos propriamente ditos só deve ser realizada em conformidade com as determinações legais. Um profissional de destaque, perante um mercado cheio concorrência e deslealdades, urge a necessidade em se proteger o que mais de valioso existe na atualidade, o conhecimento. No mais, concluímos com a máxima de Sun Tzu: “A garantia de não sermos derrotados está em nossas próprias mãos, porem a oportunidade de derrotar o inimigo é fornecida pelo próprio inimigo”. A C.L.T. E A JUSTA CAUSA É de conhecimento,ou ao menos deveria ser, de todo o trabalhador brasileiro, que as regras trabalhistas são regidas pela CLT, (Consolidação das Leis do Trabalho), sendo assim, antes do trabalhador tomar qualquer atitude em relação ao empregador, deverá ter em mente, a convenção ou estatuto pelo qual é regido, os deveres estabelecidos em contrato de trabalho,etc. A seguir, "faltas trabalhistas passíveis de Justa Causa", à luz da C.L.T.: Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei n.º 3, de 27-01-66, DOU 27-01-66) Fonte: trtsp.jus.br... Em breve, os direitos estabelecidos e algumas jurisprudências. Postado há 6th September 2016 por Marcio Paz Martins "PRIMEIROS SOCORROS" PROCEDIMENTOS QUE PODERÃO SALVAR VIDAS PROCEDIMENTOS QUE PODERÃO SALVAR VIDAS PARADA CARDÍACA O coração é um órgão muscular oco localizado no centro do tórax, logo abaixo do osso chamado esterno. As suas contrações promovem a circulação do sangue, bombeando a corrente sangüínea inicialmente ao pulmão para ser oxigenado e, posteriormente, a todo o corpo. A maior parte dos casos de morte súbita resulta de doenças cardiovasculares. Muitas destas vítimas eram assintomáticas e não se sabiam portadoras de doença do coração. Quando o coração pára, cessa o envio de sangue para o organismo, não havendo, portanto, o transporte de oxigênio para os tecidos. O cérebro, órgão essencial, é muito sensível à falta de oxigênio, sofrendo lesões irreversíveis, após 4 ou 5 minutos sem oxigenação. Os casos de parada cardíaca exigem, portanto, ação imediata. Inicie o socorro imediatamente. Principais causas de Parada Cardíaca - Ataque cardíaco - afogamento - Choque elétrico - Reações alérgicas graves - Contusões no crânio - Intoxicação medicamentosa - Intoxicação por monóxido de carbono. Diagnóstico - Ausência de batimento cardíaco - Ausência de pulso - Ausência de respiração - Pele fria e amarelada - Dilatação das pupilas - Inconsciência. ATENÇÃO - O critério isolado mais importante no diagnóstico da parada cardíaca é a ausência de pulso. - Em caso de dúvida proceda como se fosse parada cardíaca. Atendimento - Deite a vítima de costas sobre uma superfície dura - Desobstrua as vias respiratórias - Inicie a respiração boca a boca - Coloque a palma das mãos sobrepostas na metade inferior do esterno - Pressione, firmemente, comprimindo o coração contra a coluna vertebral - Repita a compressão, tantas vezes quanto necessário, até o atendimento médico. - Intercale 45 massagens cardíacas, com uma respiração boca a boca. CUIDADOS - Em crianças, use apenas uma das mãos para comprimir o tórax e em bebê, apenas a ponta dos dedos. Nos adultos, cuide para não causar fraturas nas costas. - Para controle da eficiência da massagem cardíaca, observe a pulsação da artéria carótida e a do reflexo pupilar. PARADA RESPIRATÓRIA A respiração compreende a inspiração (entrada de ar nos pulmões) e a expiração (saída de ar dos pulmões). A respiração normal é realizada através de músculos o diafragma e os músculos torácicos. É controlada, automaticamente, por um sistema especializado no cérebro, chamado centro respiratório, o qual é dependente das contrações de oxigênio e gás carbônico (CO²) do sangue. Parada respiratória é a cessação súbita da respiração. O oxigênio existente no sangue dura somente de 4 a 5 minutos, e tecidos como cérebro e coração, que não têm capacidade de estocar oxigênio, param de funcionar rapidamente. Principais causas da Parada Respiratória - Inalação de gases venosos ou vapores químicos - Afogamento - Choque elétrico - Excesso de ingestão de drogas que deprimam o sistema nervoso central (álcool, tranqüilizantes, hipnóticos, etc) - Obstrução das vias respiratórias por corpo estranho - Contusões cranianas. Diagnóstico - Ausência de movimento respiratório - Cianose (arroxamento dos lábios e extremidades) - Inconsciência - Dilatação das pupilas. Reanimação. Técnica de respiração Boca a Boca Tome os mesmos cuidados já escritos anteriormente para hiper extensão da cabeça e limpeza das vias aéreas. - Feche as narinas da vítima com o polegar e o indicador da mão esquerda - Encha seus pulmões de ar - Coloque sua cabeça sobre a da vítima de maneira firme, sem deixar frestas. - Retire sua boca e deixe a vítima expirar o ar que você soprou - Mantenha o ritmo de 15 a 20 inspirações, por minuto. (Luis/Joselaine) Postado há 9th August 2013 por Marcio Paz Martins REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: Andrade, José Helder. Segurança é Prevenção. Rio de Janeiro. Ed. Ciência Moderna. 2007. Brasiliano, Antonio Celso Ribeiro. Planejamento de Segurança Empresarial. São Paulo. Sicurezza Editora. 1999. Mandarini, Marcos. Segurança Corporativa Estratégica. Rio de Janeiro. Manole. 2005 Dantas Filho, Diogenes. Segurança e Planejamento. Rio de Janeiro. Ed. Ciência Moderna. 2007. Brasiliano, Antonio Celso Ribeiro. Manuel de Planejamento Tático e Técnico. São Paulo. Sicurezza Editora. 2004. Parodi, Lorenzo. Manual de Fraudes. Rio de Janeiro. Brasport. 2005. Sindicato das Empresas de Segurança de São Paulo – Sesvesp. www.sesvesp.com.br. Departamento da Policia Federal – www.dpf.gov.br ABIN -Agência Brasileira de Inteligência http://www.abin.gov.br ABRAIC –Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva. http://www.abraic.org.br/site/faqs.asp>. DRUCJER, P. Desafios gerenciais para o século XXI. São Paulo: Pioneira, 1999. Instituto Sumaré de Educação Superior – Faculdade SUMARE Apostila: Segurança em Eventos Prof.: Carlos Botelho Lourenço