Buscar

DocumentoOrientador-ParteI

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 
Diretoria de Avaliação da Educação Superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCUMENTO ORIENTADOR 
DAS COMISSÕES DE AVALIAÇÃO IN LOCO 
 
 
 
 
PARTE I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Março, 2012 
2 
 
FICHA TÉCNICA 
 
Presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira 
Luiz Cláudio Costa 
 
Diretoria de Avaliação da Educação Superior 
Claudia Maffini Griboski 
 
Coordenação-Geral de Avaliação de Cursos de Graduação e 
Instituições de Educação Superior 
Suzana Schwerz Funghetto 
 
Organização, revisão e diagramação do documento 
Ana Carolina de Aguiar Moreira Oliveira 
Claudia Maffini Griboski 
Fabiano Cavalcanti Mundim 
Rodrigo Fraga Massad 
Rogério Dentello 
Sueli Macedo Silveira 
Suzana Schwerz Funghetto 
 
Documento construído pela Comissão de Acompanhamento das 
Capacitações de Avaliadores do BASIS 
Ana Maria Ferreira de Mattos Rettl 
Celso Spada 
Francisco Fechine Borges 
Luis Paulo Mendonça Brandão 
Gilberto Dias da Cunha 
Margo Gomes de Oliveira Karnikoswki 
Mário César Barreto Moraes 
Marion Creutzberg 
Marlis Morosini Polidori 
Míriam Stassun dos Santos 
Paulo Henrique Alves Guimarães 
Ricardo Rossato 
Soraia Napoleão Freitas 
Vânia Sueli Guimarães Rocha 
Vera Regina Fernandes da Silva Marães 
Vitor Francisco Schuch Júnior 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 4 
2. EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL – evolução e transformações a partir da 
Constituição Federal de 1988 ........................................................................... 5 
3. HISTÓRICO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR ................ 9 
4. A CONCEPÇÃO DA AVALIAÇÃO NO ÂMBITO DO SINAES .................................. 11 
5. FUNDAMENTOS LEGAIS E LEGISLAÇÃO DA AVALIAÇÃO PARA CONSULTA ....... 14 
5.1. Fundamentos Legais ....................................................................................... 14 
5.2. Legislação sobre aspectos específicos dos processos avaliativos ....................... 16 
5.3. Requisitos Legais e Normativos ....................................................................... 20 
 
 
 
4 
 
1. APRESENTAÇÃO 
A avaliação das Instituições de Educação Superior (IES) e dos Cursos de 
Graduação, no contexto do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior 
(SINAES), instituído pela Lei nº 10.861 de 14 de abril de 2004 é de 
responsabilidade da Diretoria de Avaliação da Educação Superior (DAES),1 do 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)2 e do 
Ministério da Educação (MEC). 
O SINAES tem como finalidades a melhoria da qualidade da educação 
superior, a orientação da expansão da sua oferta, o aumento permanente da sua 
eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e a promoção do 
aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das IES por meio da 
valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do 
respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade 
institucional. 
De acordo com o SINAES, a avaliação da educação superior ocorre por meio 
da avaliação de instituições, de cursos e de desempenho dos estudantes. Este 
documento orientador tem como finalidade subsidiar as comissões de avaliação in 
loco, ou avaliação externa, compostas por especialistas das respectivas áreas do 
conhecimento. Os especialistas são docentes da educação superior que integram o 
Banco de Avaliadores do SINAES (BASis)3. 
Compete ao INEP, por meio da DAES, a fim de conduzir e operacionalizar o 
processo avaliativo, garantir os programas de capacitação e formação continuada 
dos avaliadores. Nesse sentido, a DAES trabalha para que a concepção e os 
fundamentos da avaliação do SINAES permeiem as atividades das avaliações in 
loco. 
A princípio o documento orientador será disponibilizado parcialmente no 
sistema e-MEC via ferramenta moodle como requisito necessário para a formação 
continuada dos docentes que integram o BASis. 
A leitura deste documento orientador é condição essencial para a realização 
das atividades de capacitação e formação continuada no e-MEC via moodle. 
Ressaltamos que o processo de formação será contínuo e condição para 
designação de comissões de avaliação. 
Essa iniciativa qualificará os docentes que compõem o BASis, 
proporcionando um avanço nas discussões sobre o processo de avaliação na 
melhoria da qualidade das instituições e cursos da educação superior. 
 
1
 Portaria Normativa 40 de 2007, consolidada em 29 de dezembro de 2010, Seção II, Da avaliação do 
INEP, Art. 13 A, Parágrafo único: As decisões sobre os procedimentos de avaliação de responsabilidade 
do INEP cabem à DAES. 
2
 Art. 8º A realização da avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes será de 
responsabilidade do INEP. 
3
 Instituído pela Portaria MEC nº 1.027, de 15 de maio de 2006, revogada pela Portaria Normativa 40, 
consolidada em 29 de dezembro de 2010 
5 
 
2. EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL – evolução e transformações a partir 
da Constituição Federal de 1988 
A Constituição Federal de 19884 gerou transformações no Brasil, elas 
também foram perceptíveis na educação brasileira e, especificamente, no âmbito 
da educação superior. 
A democratização do acesso a esse nível de ensino ocorreu por meio de 
políticas públicas de financiamento estudantil (ProUni e Fies) e de políticas voltadas 
para o desenvolvimento das próprias instituições (Reuni). 
Assim, a partir da década de 1990 ocorreu um movimento de expansão da 
educação superior evidenciado com a crescente ampliação de matrículas, o que se 
prolonga até o momento atual e tendendo a permanecer nos próximos anos. 
Fenômeno semelhante ocorre em relação às IES e o número de cursos, com um 
rápido aumento a cada ano. 
A Tabela 1 demonstra como se deu o crescimento no período. 
 
Tabela 1 - Evolução das IES, Cursos e Matrículas no Ensino Superior. Brasil, 1990-2010
5
 
Ano IES 
% de 
crescimento 
Cursos 
% de 
crescimento 
Matrículas 
% de 
crescimento 
1990 918 - 4.712 - 1.540.080 - 
1995 894 -0,26 6.252 32,6 1.759.703 1,14 
2000 1.180 31,9 10.585 52,1 2.694.245 53,1 
2005 2.165 86,0 20.407 92,7 4.453.156 65,2 
2008 2.252 4,01 24.709 21,0 5.080.056 14,0 
2009 2.314 2,8 28.671 16,0 5.954.021 17 
2010 2.377 2,7 29.507 2,9 6.379.299 7 
FONTE: INEP. Censos da Educação Superior. Consulta: www.inep.gov.br em 23.11.2011 
 
Essa expansão ocorreu com maior intensidade, no ano de 2005, no setor 
privado e em 2010 no setor público em função dos programas implementados pelo 
governo federal. 
Os gráficos a seguir demonstram a evolução do número de IES e cursos no 
mesmo período. 
 
 
4
 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de 
outubro de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. 
5
 http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2010/ 
divulgacao_censo_2010.pdf 
 Evolução das Instituições de 
Educação Superior (IES) – 1990 – 
2010 
 
 
 Evolução dos Cursos – 1990 – 
2010 
 
 
 
A expansão da educação superior neste período foi marcada pelo aumento 
do número de instituições, decursos e matrículas. 
Diante dessa expansão, conforme dados do Censo da Educação 
Superior/Inep/2010 (Tabela 2), o sistema de educação superior registra 29.507 
cursos de graduação, sendo que destes, 836 são cursos criados no último ano 
(2,9%). Do total de cursos de graduação, 68,7% deles, estão na esfera privada, o 
que representa a manutenção da trajetória histórica do acesso pela via privada de 
educação superior. 
 
Tabela 2 - Estatísticas Básicas da Educação Superior 
 
Fonte: Censo da Educação Superior – MEC/INEP/DEED/2010 
 
 
918 894 
1.180 
2.165 2.252 2.314 2.377 
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 
IES 
4.712 6.252 
10.585 
20.407 
24.709 
28.671 
29.507 
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 
Cursos de Graduação 
7 
 
Mesmo com essa expansão, o Brasil ainda precisa avançar na meta de 
crescimento do número de matrículas na educação superior, considerando os 
objetivos estabelecidos no Plano Nacional de Educação de 33% até 2020 e a 
realidade de outros países. 
O censo da educação superior de 2010, em relação à população de 18 a 24 
anos, demonstra que dos 6.379.299 de matrículas nos cursos de graduação 
(5.449.120 presencial e 930.179 a distância) 267.772 alunos tem até 18 anos 
(259.259 presencial e 8.513 a distância) e 2.9991.587 alunos estão na faixa etária 
dos 19 a 24 anos (2.829.037 presencial e 162.550 a distância). 
Na América Latina, países como a Argentina, este índice, na população de 18 
a 24 anos é de 45%, na Venezuela é de 60% e no Chile é cerca de 47% . No Japão 
este percentual é de 90%, na Bélgica, 80%, na França, 79%, em Portugal, 66%, na 
República Checa, 63%, na Hungria, 62%, na Suécia, 61%, na Coréia do Sul, 60%, 
na Grécia, 56% e na Nova Zelândia, 50% 
Entre as metas do Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020 
(PNE – 2011/2020, Projeto de Lei) referentes à educação superior está a elevação 
da taxa bruta de matrícula nesse nível de ensino para 50% e a taxa líquida para 
33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade de oferta e a 
elevação da qualidade da educação superior pela ampliação da educação de 
mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do 
corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. 
A partir dessas metas, percebe-se a necessidade de avaliar, por meio de 
indicadores, a qualidade em que ocorre a expansão nesse período. 
Nessa dinâmica de expansão da educação superior houve também um 
importante crescimento dos cursos tecnológicos e da oferta da modalidade de 
educação a distância. 
 
 
 
A matrícula nos cursos tecnológicos, que em 2001 era de 69.797 (2,3%) 
atingiu, em 2010, 781.609 matrículas (12,3%) ao longo do período. Este fato se 
deve aos investimentos na educação profissional de nível superior, principalmente 
pela iniciativa privada, mas também pela expansão das Instituições Federais de 
Educação Tecnológica – IFT. 
 Portanto, esses dados demonstram que a expansão tem se caracterizado 
como um elemento significativo resultante da política de democratização da 
8 
 
educação superior instalada no país, que possibilita o acesso de estudantes que de 
classes sociais menos favorecidas. 
Este fenômeno vem desencadeando transformações internas das 
instituições, bem como das políticas de inclusão, na perspectiva do atendimento 
deste público. Tal expansão também impacta as políticas de qualificação de 
docentes, com novos investimentos no desenvolvimento de cursos de pós-
graduação stricto sensu, com o objetivo de titular docentes para acompanhar a 
demanda crescente das IES e de seus cursos de graduação. 
Neste contexto, a avaliação desempenha um papel fundamental no sentido 
de induzir ações para garantir, não somente a expansão, mas também a qualidade 
da educação superior no país. 
A garantia de padrões de qualidade é uma das metas constitucionais . Foi 
com a implantação do SINAES, em 2004, que a avaliação da educação superior foi 
institucionalizada gerando ações governamentais em processos avaliativos 
sistemáticos. Busca-se, dessa forma, respeitar a diversidade da educação superior 
e ampliar a qualidade da oferta desse nível de ensino. 
 
9 
 
3. HISTÓRICO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 
No Brasil a avaliação da educação superior teve início na década de 70 com 
a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES por meio 
da avaliação dos cursos de Mestrado e Doutorado. As primeiras iniciativas de 
avaliação dos cursos de graduação surgiram na década de 80, com o Programa de 
Avaliação da Reforma Universitária (PARU), apresentado pelo MEC em virtude das 
greves nas Universidades Públicas e a preocupação com a qualidade do Ensino 
Superior oferecido. O PARU utilizava como metodologia a aplicação de questionários 
aos docentes, aos dirigentes universitários e aos estudantes, visando coletar 
informações inerentes à organização didática e administrativa das IES, à expansão 
de ingressos e à avaliação das atividades de ensino, pesquisa e extensão6,7. 
O PARU foi desativado após um ano e substituído por medidas 
governamentais como a criação do Grupo Executivo da Reforma da Educação 
Superior (GERES)8. No final da década de 80, surgiram as primeiras iniciativas de 
autoavaliação, criando um espaço de comunicação entre o MEC e as Instituições 
Federais, mediadas pela Associação das Instituições Federais do Ensino Superior 
(ANDIFES). Essa etapa foi essencial para a criação do Programa de Avaliação 
Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), apoiado pela SESu-MEC, 
durante os anos de 1993 e 1994
9
. O PAIUB era dividido em quatro etapas: 
diagnóstico, avaliação interna, avaliação externa e reavaliação interna e possuía 
como objetivo promover a melhoria permanente da qualidade da educação 
superior. 
Em 1996, foi instituído nacionalmente o Exame Nacional de Cursos (ENC), 
conhecido por Provão, a Avaliação das Condições de Ensino (ACE) e a Avaliação 
para Credenciamento de IES, em busca do nivelamento da qualidade de oferta da 
educação superior. O ENC foi criado pela Lei nº 9.131/1995, aplicado no período de 
1996 a 2003, apenas aos estudantes concluintes e com o objetivo de avaliar os 
respectivos cursos de graduação da educação superior. O exame provocou 
mudanças nas IES como reformulações curriculares e mudanças administrativo-
pedagógicas. 
As mudanças ocorridas nos processos de avaliação deste então, tem tido por 
parte do Estado, o objetivo de garantir a qualidade da educação superior ofertada 
no país. A partir do ano de 1996 quando ocorreu a primeira aplicação do Provão aos 
estudantes concluintes dos cursos de graduação, houve um crescimento no número 
de vagas e de IES, aumentando de 894 para 2.377 IES e 1.759.703 matrículas em 
1995 para 6.379.299 em 2010. 
Em 2003, com o intuito de avançar nesse processo de avaliação, e com base 
nas novas diretrizes políticas da educação, foi elaborada a proposta do SINAES. 
 
6
 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. INEP. SINAES: da concepção à regulamentação. 5. ed., 
revisada e ampliada. Brasília: INEP, 2009. 
7
 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho Federal de Educação. A propósito da qualidade do 
Ensino Superior no Brasil: anais de dois encontros. Brasília, 1982. 
8
 GERES. Reforma universitária. Estudos e Debates 13. Brasília: CRUB, 1987. 
9
 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria do Ensino Superior. Programa de Avaliação 
Institucional das Universidades Brasileiras - PAIUB. Brasília, 1993. 
10 
 
O SINAES caracteriza-se como um sistema de avaliação formativa, que 
considera as especificidades e diversidade das IESdo país. 
Com a aprovação da Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004, consolida-se 
definitivamente o SINAES com a institucionalização do processo de avaliação, uma 
nova dinâmica de avaliação da educação superior é implementada, com sucessivos 
ciclos avaliativos, integrando as avaliações de instituições, cursos e estudantes. A 
apresentação do conjunto dos resultados de instituições, cursos e estudantes e a 
criação de referenciais para a avaliação, marcam um momento de avanços na 
avaliação da educação superior rumo à construção da cultura de avaliação na 
graduação. 
A partir do Decreto 5.773, de 09 de maio de 2006, que dispõe sobre o 
exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de IES e cursos 
superiores de graduação no sistema federal de ensino, estas três funções se 
tornaram interligadas. 
Por meio da regulação são emitidos os atos autorizativos que são balizados 
pelos resultados das avaliações. 
 A supervisão tem com o objetivo zelar pela oferta dos cursos e IES, e 
aplicar medidas sempre que estes, por algum motivo, não estiverem se acordo com 
os padrões de qualidade. 
A avaliação, se configura como um processo formativo e se constitui como 
referência de qualidade tanto para regulação como supervisão. Assim estes 
processos, são independentes, entretanto, necessitam estar permanentemente 
interligados a fim de se complementarem para garantir o pleno funcionamento, de 
acordo com as expectativas da sociedade em cumprimento a Lei do SINAES. 
 
11 
 
4. A CONCEPÇÃO DA AVALIAÇÃO NO ÂMBITO DO SINAES 
Para o entendimento do sistema avaliativo instituído pelo SINAES é 
indispensável a compreensão do conceito de avaliação considerando seus objetivos 
e finalidades. 
As finalidades da avaliação no SINAES são, segundo a Lei10: 
Art. 1º §1 [...] a melhoria da qualidade da educação superior; a 
orientação da expansão da oferta; o aumento permanente da sua 
eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; a promoção 
do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais 
das IES. 
Ainda com base no que expressa a Lei, as finalidades devem ser alcançadas 
por meio de princípios fundamentais como: 
 a responsabilidade social com a qualidade da educação 
superior; 
 o reconhecimento da diversidade do sistema; 
 o respeito à autonomia, à identidade, à missão e à história das 
instituições; 
 a compreensão de que a avaliação deve ser feita a partir de um 
conjunto integrado de indicadores de qualidade; 
 o caráter público dos procedimentos e dos resultados; 
 a participação do corpo discente, docente e técnico-
administrativo das IES e da sociedade civil, por meio de suas 
representações; e 
 a continuidade do processo avaliativo. 
 
A seguir, algumas disposições sobre cada uma destas finalidades. 
 A responsabilidade social com a qualidade da educação superior 
A avaliação pretende, por meio de seus processos, fomentar a qualificação 
da oferta da educação superior no país e garantir que as instituições cumpram com 
o compromisso de promover o avanço da arte, da ciência e da justiça e colocá-los a 
serviço da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos do país e formar cidadãos 
altamente qualificados . Seja qual for a natureza da IES ela deve entender-se como 
signatária de um compromisso público com a qualidade da educação. 
 O reconhecimento da diversidade do sistema 
A expansão das instituições e cursos em todo o território nacional gerou, no 
sistema educacional, grande diversidade, tanto do ponto de vista do perfil 
institucional, como da perspectiva e do dimensionamento do empreendimento. A 
diversidade das IES deve ser reconhecida como possível e necessária para atender 
à complexidade e às diferenças dos contextos em que estão inseridas. No entanto, 
a despeito dessas diferenças, a qualidade deve ser garantida, independentemente 
da natureza de cada curso ou IES. 
 
10
 BRASIL. Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação 
Superior – SINAES e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2004. 
12 
 
 O respeito à autonomia, à identidade, à missão e à história das 
instituições 
A autonomia e a liberdade acadêmica são inerentes às IES e, portanto, um 
pressuposto. A identidade, a missão e a história de cada IES são próprias e 
singulares e dessa forma devem ser entendidas. A avaliação busca a compreensão 
da coerência entre a missão expressa e a sua concretude nas ações institucionais e, 
novamente, a qualidade de suas ações na perspectiva da responsabilidade social 
com a educação superior. 
 A compreensão de que a avaliação deve ser feita a partir de um conjunto 
integrado de indicadores de qualidade 
A integração dos diversos sistemas e modalidades de avaliação é uma das 
prerrogativas da avaliação no contexto do SINAES e permite um olhar sobre o 
conjunto das informações. A existência de multiplicidade de indicadores de 
avaliação e seus respectivos critérios, nos instrumentos de avaliação têm a 
finalidade de proporcionar uma percepção abrangente e também precisa da 
instituição ou do curso. 
 O caráter público dos procedimentos e dos resultados 
A transparência acerca dos procedimentos adotados e a publicização dos 
resultados dá consistência aos processos avaliativos, pois exige que cada etapa 
seja profundamente debatida e revisitada permanentemente. Ao mesmo tempo em 
que a transparência gera certo constrangimento em dado momento é, 
principalmente ela, que fomenta a busca pela qualificação e melhoria dos 
resultados, pelas IES. 
 A participação do corpo discente, docente e técnico-administrativo das 
IES e da sociedade civil, por meio de suas representações 
O delineamento e o aperfeiçoamento permanente dos processos avaliativos 
devem ser provenientes de debates acadêmicos e sociais. Assim, mesmo diante da 
complexidade e dimensão do sistema educacional, o diálogo constante entre as IES 
e as entidades representativas dos diversos segmentos envolvidos, deve ocorrer. 
No âmbito das IES e cursos também é esperada a participação de todos os 
segmentos nos processos avaliativos, tanto externos como internos. 
 A continuidade do processo avaliativo 
A avaliação não pode ocorrer apenas em momentos isolados e 
fragmentados. Ela precisa ser contínua para que se possa observar a evolução da 
qualidade. Também não poderia ser política de governo e, portanto, constitui-se de 
política de estado, a fim de cumprir os princípios constitucionais de qualidade da 
educação superior. 
Ao longo do processo de implantação do SINAES tem sido destacado o 
caráter formativo da avaliação, na perspectiva de que ela seja indutora de 
melhorias das instituições de educação superior e dos cursos de graduação. Mesmo 
as experiências de avaliação, anteriores aos SINAES, especialmente nos cursos de 
graduação, evidenciaram que os diferentes procedimentos contribuem para a 
melhora da qualidade ofertada. Portanto, não há dúvidas de que a avaliação 
orientada para a melhoria da qualidade permite contínuo aperfeiçoamento e gera 
conhecimento que fundamenta a tomada de decisões no contexto institucional. 
13 
 
Em seu conjunto, os processos avaliativos pretendem articular e permitir a 
integração das diversas dimensões da realidade avaliada, assegurando as 
coerências conceitual, epistemológica e prática, bem como o alcance dos objetivos 
dos diversos instrumentos e modalidades. 
Para cumprir os objetivos da avaliação da educação superior, três 
avaliações, articuladas entre si, constituem o SINAES: Avaliação Institucional, 
Avaliação de Curso e Exame Nacional de Avaliação doDesempenho dos Estudantes 
(ENADE). 
A avaliação Institucional tanto é realizada internamente pela IES e 
conduzida pela sua Comissão Própria de Avaliação (CPA), assim como é realizada, 
externamente, por comissões designadas pela DAES/ INEP, seguindo as diretrizes 
da CONAES. Em ambas as modalidades, o processo se orienta por uma visão 
multidimensional que busca integrar sua natureza formativa e regulatória, em uma 
perspectiva de globalidade. A avaliação externa toma como referência os relatórios 
de autoavaliação, o PDI e os padrões de qualidade para a educação superior 
expressos nos instrumentos de avaliação. 
 A Avaliação de Curso é o procedimento pelo qual se avalia o ensino 
ofertado, aferindo, para tanto, a organização didático-pedagógica, o corpo docente 
e verificando as instalações físicas. Igualmente à avaliação externa, é realizada por 
comissões designadas pelo INEP, seguindo as diretrizes da Comissão Nacional de 
Avaliação da Educação Superior (CONAES). 
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) é aplicado com 
regularidade de 3 (três) anos dando início ao chamado ciclo avaliativo do SINAES , 
tendo como objetivo aferir o rendimento e a aprendizagem dos alunos dos cursos 
de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e 
competências. 
É, pois, possível perceber que uma etapa importante da avaliação 
institucional e de cursos, a avaliação in loco, é desenvolvida pelas comissões 
formadas por docentes que integram Banco de Avaliadores do SINAES (BASIS) e 
que atuam no processo de avaliação. Garantir que os fundamentos e a concepção 
de avaliação do SINAESS permeiem a atuação dos avaliadores, constitui importante 
e contínuo papel do INEP, por meio dos programas de capacitação de avaliadores e 
com a permanente colaboração da Secretaria de Regulação do MEC. E é o que se 
pretende, na continuidade desse documento orientador, ao aprofundar, de forma 
especial, o momento da avaliação in loco. 
 
 
14 
 
5. FUNDAMENTOS LEGAIS E LEGISLAÇÃO DA AVALIAÇÃO PARA CONSULTA 
Toda a operacionalização da avaliação está pautada na legislação. Na 
sequência são apresentados os principais marcos legais que fundamentam o 
processo de avaliação da educação superior brasileira e a legislação referente a 
aspectos específicos dos processos avaliativos. 
5.1. Fundamentos Legais 
 Constituição Federal11: define o princípio da garantia do padrão de qualidade 
da educação e indica que o ensino é livre à iniciativa privada. 
Art. 206º - O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: [...] 
VII - garantia de padrão de qualidade. (Art. 206, inciso VII) 
 Lei de Diretrizes e Bases12: fundamenta a avaliação das políticas de ensino de 
IES e cursos de graduação.§ 
Art. 46 - A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o 
credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos 
limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo 
regular de avaliação. 
§ 1 - Após um prazo para saneamento de deficiências 
eventualmente identificadas pela avaliação a que se refere este 
artigo, haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o caso, 
em desativação de cursos e habilitações, em intervenção na 
instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da 
autonomia, ou em descredenciamento. 
Art. 52 - As universidades são instituições pluridisciplinares de 
formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, 
de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se 
caracterizam por: 
I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo 
sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do 
ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional; 
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação 
acadêmica de mestrado ou doutorado; 
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral. 
 Plano Nacional de Educação13: define as grandes linhas e metas da educação 
superior para o País. 
 
11
 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de 
outubro de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. 
12
 BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. Brasília, DF: MEC, 1996. 
13
 BRASIL. Lei nº. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá 
outras providências. Brasília, DF: MEC, 2001. 
15 
 
Art. 4 - A União instituirá o Sistema Nacional de Avaliação e 
estabelecerá os mecanismos necessários ao acompanhamento das 
metas constantes do Plano Nacional de Educação. 
 
 Lei do SINAES14: normatiza o processo de avaliação da educação superior. 
Art. 3 - A avaliação das instituições de educação superior terá por 
objetivo identificar o seu perfil e o significado de sua atuação, por 
meio de suas atividades, cursos, programas, projetos e setores, 
considerando as diferentes dimensões institucionais, dentre elas 
obrigatoriamente as seguintes: 
 § 2 - Para a avaliação das instituições, serão utilizados 
procedimentos e instrumentos diversificados, dentre os quais a 
autoavaliação e a avaliação externa in loco. 
§ 3 - A avaliação das instituições de educação superior resultará 
na aplicação de conceitos, ordenados em uma escala com 5 (cinco) 
níveis, a cada uma das dimensões e ao conjunto das dimensões 
avaliadas. 
Art. 4 - A avaliação dos cursos de graduação tem por objetivo 
identificar as condições de ensino oferecidas aos estudantes, em 
especial as relativas ao perfil do corpo docente, às instalações 
físicas e à organização didático-pedagógica. 
§ 1 - A avaliação dos cursos de graduação utilizará procedimentos 
e instrumentos diversificados, dentre os quais obrigatoriamente as 
visitas por comissões de especialistas das respectivas áreas do 
conhecimento. 
§ 2 - A avaliação dos cursos de graduação resultará na atribuição 
de conceitos, ordenados em uma escala com 5 (cinco) níveis, a 
cada uma das dimensões e ao conjunto das dimensões avaliadas. 
 Decreto nº 5.773/200615: fundamenta as funções de regulação, supervisão e 
avaliação. Define os diferentes atos regulatórios. 
Art. 1o Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de 
regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação 
superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no 
sistema federal de ensino. 
[...] 
§ 3o A avaliação realizada pelo Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Superior - SINAES constituirá referencial básico para os 
 
14 BRASIL. Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Superior – SINAES e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2004. 
15
 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006. Dispõe 
sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições 
de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema 
federal de ensino. Brasília, DF: MEC, 2006. 
16 
 
processos de regulação e supervisão da educação superior, a fim 
de promover a melhoria de sua qualidade. 
 Portaria Normativa no40/200716: institui o e-Mec, sistema eletrônico de fluxo 
de trabalho e gerenciamento de informações relativas aos processos de 
regulação, avaliação e supervisão da educação superior no sistema federal de 
educação, e o Cadastro e-MEC de Instituições e Cursos Superiores e consolida 
disposições sobre indicadores de qualidade, banco de avaliadores (BASis) e o 
exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) e outras disposições. 
Art. 1 - Atramitação dos processos regulação, avaliação e 
supervisão de instituições e cursos superiores do sistema federal 
de educação superior será feita exclusivamente em meio 
eletrônico, no sistema e-MEC [...]. 
Art. 13. Encerrada a fase de instrução documental, com o 
despacho do Diretor ou do Secretário, conforme o caso, o processo 
seguirá ao INEP, para realização da avaliação in loco. 
5.2. Legislação sobre aspectos específicos dos processos avaliativos 
Para além dos marcos legais que fundamentam a avaliação da educação 
superior, há legislações que sustentam procedimentos e critérios de aspectos 
específicos que estão presentes nos processos avaliativos. Assim, é mencionada na 
sequência a legislação que, de forma recorrente, precisa ser consultada pelos 
avaliadores17. 
 Decreto nº 5.296/200418: regulamenta as condições de acesso para alunos 
com necessidades especiais. 
Art. 24 - Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa 
ou modalidade, públicos ou privados, proporcionarão condições de 
acesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentos 
para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e 
instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários. 
§ 1 - Para a concessão de autorização de funcionamento, de 
abertura ou renovação de curso pelo Poder Público, o 
estabelecimento de ensino deverá comprovar que: 
I - está cumprindo as regras de acessibilidade arquitetônica, 
urbanística e na comunicação e informação previstas nas normas 
técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica ou 
neste Decreto; 
 
16
 Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007, teve nova redação, foi consolidada e 
publicada no D.O.U em 29 de dezembro de 2010. 
17
 Foi incluída a legislação vigente na data de elaboração / atualização do presente documento 
orientador. Chama-se à atenção de que novos documentos legais são publicados constantemente e 
podem não ter sido incorporados nesta versão ora consultada pelo avaliador. 
18
 BRASIL. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de 
novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de 
dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade 
das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, 
DF: Presidência da República, 2004. 
17 
 
II - coloca à disposição de professores, alunos, servidores e 
empregados portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida 
ajudas técnicas que permitam o acesso às atividades escolares e 
administrativas em igualdade de condições com as demais 
pessoas; e 
III - seu ordenamento interno contém normas sobre o tratamento 
a ser dispensado a professores, alunos, servidores e empregados 
portadores de deficiência, com o objetivo de coibir e reprimir 
qualquer tipo de discriminação, bem como as respectivas sanções 
pelo descumprimento dessas normas. 
 Decreto nº 5.786/2006: define regime de trabalho para docentes de 
universidades e centros universitários. 
Art. 1º Os centros universitários são instituições de ensino superior 
pluricurriculares, que se caracterizam pela excelência do ensino 
oferecido, pela qualificação do seu corpo docente e pelas condições 
de trabalho acadêmico oferecidas à comunidade escolar. 
Parágrafo único. Classificam-se como centros universitários as 
instituições de ensino superior que atendam aos seguintes 
requisitos: 
I - um quinto do corpo docente em regime de tempo integral; e 
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação 
acadêmica de mestrado ou doutorado. 
 Portaria Normativa no 1/200719: estipula o Ciclo Avaliativo 2007/2009. Art. 1 
- O calendário de avaliações do Ciclo Avaliativo do –SINAES para o triênio 
2007/2009 fica estabelecido nos termos desta Portaria. 
 Portaria nº 928 de 25 de setembro de 2007: Aprova, em extrato, o 
instrumento de avaliação para autorização de cursos de graduação, 
Bacharelados e Licenciaturas, do Sistema Nacional de Avaliação da educação 
Superior. 
 Portaria nº 1.051 de 7 de novembro de 2007: Aprova, em extrato, o 
instrumento de avaliação do INEP para autorização de curso superior na 
modalidade de educação a distância. 
 Portaria nº 91 de 17 de janeiro de 2008: Aprova em extrato o instrumento 
de avaliação para autorização de Cursos Superiores de Tecnologia, no âmbito do 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria 474 de 14 de abril de 2008: Aprova, em extrato, o instrumento de 
avaliação para autorização de curso de graduação em Medicina no âmbito do 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria 840 de 4 de julho de 2008: Aprova, em extrato, o instrumento de 
avaliação para autorização de curso de graduação em Direito no âmbito do 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 
19
 MNISTÉRIO DA EDUCAÇAO. Portaria Normativa No 1, de 10 de janeiro de 2007. Brasília, DF: 
MEC, 2007. 
18 
 
 Portaria nº 1.081 de 29 de agosto de 2008: Aprova, em extrato, o 
instrumento de Avaliação para renovação de reconhecimento de Cursos de 
Graduação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria nº 1 de 5 de janeiro de 2009: Aprova, em extrato, o instrumento de 
Avaliação para reconhecimento de Cursos Superiores de Tecnologia do Sistema 
Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria nº 2 de 5 de janeiro de 2009: Aprova, em extrato, o instrumento de 
Avaliação para reconhecimento de Cursos Graduação – Bacharelados e 
Licenciaturas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES 
 Portaria nº 3 de 5 de janeiro de 2009: Aprova, em extrato, o instrumento de 
Avaliação para reconhecimento dos Cursos de Graduação em Direito do Sistema 
Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria nº 505 de 3 de junho de 2009: Aprova, em extrato, o instrumento 
de Avaliação para Reconhecimento dos Cursos de Graduação de Medicina do 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria nº 101, 17/12/2009: indica que os planos de carreiras e salários 
devem estar protocolados junto ao órgão competente do Ministério do Trabalho e 
Emprego. 
 Portaria nº 459 de 13 de abril de 2010: Aprova, em extrato, o instrumento 
de avaliação para reconhecimento de Cursos Superiores de Tecnologia do 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria nº 808 de 18 de junho de 2010: Aprova o instrumento de avaliação 
para reconhecimento de Cursos de Pedagogia, no âmbito do Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Portaria nº 1.326 de 18 de novembro de 2010: Aprova, em extrato, o 
Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação: Bacharelados e Licenciatura, 
na modalidade de educação a distância, do Sistema Nacional de Educação 
Superior – SINAES. 
 Parecer CONAES, no 4/2010 e Resolução CONAES no 1/201020: aborda as 
características do Núcleo Docente Estruturante (NDE); 
Art. 1 - O Núcleo Docente Estruturante (NDE) de um curso de 
graduação constitui-se de um grupo de docentes, com atribuições 
acadêmicas de acompanhamento, atuante no processo de 
concepção, consolidação e contínua atualização do projeto 
pedagógico do curso. 
Parágrafo único. O NDE deve ser constituído por membros do 
corpo docente do curso, que exerçam liderança acadêmica no 
âmbito do mesmo, percebida na produção de conhecimentos na 
área, no desenvolvimento do ensino,e em outras dimensões 
entendidas como importantes pela instituição, e que atuem sobre 
o desenvolvimento do curso. 
 
20
 CONAES. Resolução nº 01, de 17 de junho de 2010. Normatiza o Núcleo Docente Estruturante e 
dá outras providências. Brasília, DF: CONAES, 2010. 
19 
 
Art. 2º. São atribuições do Núcleo Docente Estruturante, entre 
outras: 
I - contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso 
do curso; 
II - zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as 
diferentes atividades de ensino constantes no currículo; 
III - indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de 
pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de 
exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas 
públicas relativas à área de conhecimento do curso; 
IV - zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais 
para os Cursos de Graduação. 
 Resolução nº 1/2010: define normas e procedimentos para credenciamento e 
recredenciamento de centros universitários. 
 Resolução nº 3/2010: define normas e procedimentos para credenciamento e 
recredenciamento de universidades. 
 Resolução CNE/CES nº 1/2007: Estabelece normas para o funcionamento de 
cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização. 
 Resolução CNE/CES nº 1/2001: Estabelece normas para o funcionamento de 
cursos de pós-graduação. 
 Resolução CNE/CP 3/202: Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais 
para a organização e o funcionamento dos Cursos Superiores de Tecnologia. 
 Ofício Circular MEC/INEP/DAES/CONAES 000074/2010: Comunica 
definição do NDE, atualização do PDI e PPC e retificação dos Instrumentos de 
Avaliação. 
 Decreto nº 6.092 de 2007: Regulamenta o Auxílio de Avaliação Educacional – 
AAE, instituído pela Medida Provisória nº 361, de 28 de março de 2007. 
Parágrafo único. Ato do Ministro de Estado da Educação definirá os 
processos de avaliação educacional sob responsabilidade do INEP, 
da CAPES e do FNDE que ensejam o pagamento do AAE. 
 Decreto 7.114 de 201021: Dá nova redação a dispositivos do Decreto nº 6.092, 
de 24 de abril de 2007, que regulamente o Auxílio de Avaliação Educacional22. 
Art.1º O Auxílio de Avaliação Educacional – AAE é devido ao 
servidor ou colaborador eventual que, em decorrência do exercício 
da docência ou pesquisa no ensino básico ou superior, público ou 
privado, participe, em caráter eventual, de processo de avaliação 
educacional de instituições, cursos, projetos ou desempenho de 
estudantes a ser executado pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, pela Fundação 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – 
 
21
 DOU de 22 de fevereiro de 2010. 
22
 Valores do Auxílio de Avaliação Educacional – AAE – Atualmente no valor de R$ 1.200,00. 
20 
 
CAPES e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – 
FNDE. 
 Nota Técnica CGACGIES/DAES/INEP de 01 de junho de 2011: 
Reformulação dos Instrumentos de Avaliação dos Cursos de Graduação da 
Educação Superior para operacionalização do Sistema Nacional da Educação 
Superior – SINAES. 
 Portaria nº 1.741, de 12 de dezembro de 2011: Aprova, em extrato, os 
indicadores do instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação nos graus de 
tecnólogo, de licenciatura e de bacharelado para as modalidades: presencial e a 
distância, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. 
 Nota Técnica Conjunta n° 1/MEC/SERES/INEP de 16 de dezembro de 
2012: Processos de renovação de reconhecimento de Cursos de Graduação e 
recredenciamento de IES tomando como referencia os resultados do Ciclo 
Avaliativo - ano 2010. 
5.3. Requisitos Legais e Normativos 
A seguir estão dispostos os requisitos legais e normativos do instrumento de 
avaliação de cursos, com a legislação específica e a fonte de consulta. 
 
Dispositivo Legal Legislação a ser consultada 
Diretrizes Curriculares 
Nacionais do Curso -
DCN 
De acordo com cada curso. Pode ser consultada no 
endereço eletrônico: portal.mec.gov.br 
Importante: todo avaliador deve ter conhecimento 
sobre a DCN do curso avaliado. Há cursos que não 
tem DCN específica. Para esta situação específica 
consultar o PPC do curso avaliado. 
Diretrizes Curriculares 
Nacionais para 
educação das Relações 
Étnico-raciais e para o 
Ensino de história e 
Cultura Afro-brasileira e 
Africana 
Resolução CNE/CP nº 01 de 17 de junho de 2004: 
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino 
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana 
§1º do Art. 1º As Instituições de Ensino Superior incluirão nos 
conteúdos de disciplinas e atividades curriculares dos cursos 
que ministram, a Educação das Relações Étnicas-Raciais, bem 
como o tratamento de questões e temáticas que dizem 
respeito aos afrodescententes, nos termos explicitados no 
Parecer cne/CP/3/2004. 
§2º o cumprimento das referidas Diretrizes Curriculares, por 
parte das instituições de ensino, será considerado na avaliação 
das condições de funcionamento do estabelecimento. 
Titulação do corpo 
Docente 
Artigo 66 da Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior 
far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em 
programas de mestrado e doutorado. 
Núcleo Docente 
Estruturante - NDE 
Resolução CONAES nº 1 de 17 de junho de 2010: 
Normatiza o Núcleo Docente Estruturante e dá outras 
providências. 
Denominação dos 
Cursos Superiores de 
Tecnologia 
Portaria Normativa nº 12 de 14 de agosto de 2006: 
Dispõe sobre a adequação da denominação dos cursos 
superiores de tecnologia ao Catálogo Nacional de 
Cursos Superiores de Tecnologia, nos termos do art. 
71, §1º e 2º, do decreto 5.773, de 2006. 
21 
 
Dispositivo Legal Legislação a ser consultada 
Carga Horária Mínima, 
em horas para Cursos 
Superiores de 
Tecnologia 
Portaria nº 10 de 20 de agosto de 2006: Catálogo 
Nacional dos CSTs 
Portaria nº 1.024 de 11 de maio de 2006: Dispõe 
sobre o Catálogo Nacional dos CSTs. 
Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002: 
Institui as DCNs para a organização e o funcionamento 
dos cursos superiores de tecnologia. 
Carga horária mínima, 
em horas para 
Bacharelados e 
licenciaturas 
Resolução CNE/CES nº 4 de 6 de abril de 2009: 
Dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos 
relativos à integralização e duração dos cursos de 
graduação em Biomedicina, Ciências Biológicas, 
Educação Física, Enfermagem, Farmácia, fisioterapia, 
Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia Ocupacional, 
bacharelados, na modalidade presencial. 
Resolução nº2 de 18 de junho de 2007: Dispõe sobre 
carga horária mínima e procedimentos relativos à 
integralização e duração dos cursos de graduação, 
bacharelados, na modalidade presencial. 
Condições de acesso 
para pessoas com 
deficiência e/ou 
modalidade reduzida 
Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004: 
Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 
2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas 
que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 200, 
que estabelece normas gerais e critérios básicos para 
a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras 
de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras 
providências. 
Disciplina 
obrigatória/optativa de 
Libras 
Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005: 
Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, 
que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – 
Libras, e o art 18 da Lei nº 10.098, de19 de 
dezembro de 2000. 
Observar todo o Capítulo II: Da inclusão da LIBRAS 
como disciplina Curricular 
Prevalência de 
avaliação presencial 
para EaD 
Decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005: 
Regulamenta o art.80 da Lei 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional. 
Art.4º A avaliação do desempenho do estudante para fins de 
promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou 
certificados dar-se-á no processo, mediante: Inciso II – 
realização de exames presenciais §2º Os resultados dos 
exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre os 
demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de 
avaliação a distância. 
Informações 
Acadêmicas 
Portaria Normativa 40 de 12 de dezembro de 2007, 
consolidada em 29 de dezembro de 2010. 
Art. 32 Após a autorização do curso, a instituição compromete-
se a observar, no mínimo, o padrão de qualidade e as 
condições em que se deu a autorização, as quais serão 
verificadas por ocasião do reconhecimento e das renovações 
de reconhecimento. 
§1º A instituição deverá afixar em local visível junto à 
Secretaria de alunos, as condições de oferta do curso 
informando especificamente o seguinte: observar na portaria a 
relação. 
22 
 
Dispositivo Legal Legislação a ser consultada 
Políticas de educação 
ambiental 
Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999: Dispõe sobre a 
educação ambiental, institui a Política Nacional de 
educação Ambiental e dá outras providências. 
Art 9º Entende-se por educação ambiental na educação 
escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das 
instituições de ensino públicas e privadas, englobando: 
II – educação superior 
Decreto nº 4.281 de 25 de junho de 2002: 
Regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, 
que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, 
e dá outras providências.

Continue navegando