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� Universidade Paulista - UNIP Curso de Psicologia ______________________________________________________________________ �PAGE � �PAGE \* MERGEFORMAT�4� Disciplina: Processos Grupais Professora: Ms. Alice de Alencar Arraes Canuto Aluno (a): Desenvolver uma Resenha Crítica sobre o filme “12 Homens e uma Sentença”, fazendo um link entre os principais conceitos e teorias estudados em sala de aula e elementos do filme (entre 2-4 laudas): O filme 12 homens e uma Sentença inicia-se em um cenário de um tribunal do júri Norte-americano, onde doze personagens têm o encargo de dar o veredicto a respeito da culpabilidade ou inocência de um jovem de 18 anos que está sendo julgado pelo assassinato do pai depois de uma briga. Logo no início, o juiz orienta os jurados a respeito da enorme responsabilidade que está recaindo sobre eles, apresentando a regra básica do veredicto: somente no caso de certeza absoluta unanimidade os jurados deveriam condenar ou inocentar o réu. Em caso de discordância entre eles ou possíveis dúvidas, proceder-se-á a prevalência da inocência. Há que se ressaltar também a gravidade da pena a ser aplicada no caso de condenação: pena de morte por crime de homicídio. Inicialmente, ocorre uma votação para verificar quem considerava o acusado culpado ou inocente. Dos doze ali presentes, onze votaram pela condenação apenas o jurado número 8, o Sr. Davis, é o único que duvida da culpa do jovem ele optou pela inocência, afirmando que tinha dúvidas a respeito do caso e que, portanto, manteria seu voto, até apresentação de prova absoluta e incontestável em sentido contrário. Enquanto isso Sr. Davis tenta convencer os outros a repensarem a sentença e os traços de personalidade de cada um dos jurados vão sendo revelados. O Sr. Davis a partir daí inicia uma calorosa discussão dialética a respeito dos pontos obscurecidos do caso em questão, tentando convencer os demais jurados de que as evidências de autoria, apresentadas pela promotoria, poderiam não ser tão irrefutáveis e objetivas quanto pareceram de início. O mesmo, sendo persistente e persuasivo, vai aos poucos fazendo com que cada jurado reflita sobre seu voto e reveja seu modo de pensar, deixando de lado preconceitos que poderiam corromper o julgamento. O filme deixa claro a convicção inicial dos jurados ao julgar o garoto, que poderia resultar em uma sentença injusta, sendo baseada em experiências pessoais e preconceitos dos próprios jurados. Estes, inconscientemente, a partir da imagem do réu, transformaram-na para que se enquadrasse nos seus esquemas e narrativas preestabelecidas de sociedade, levando em conta, não os fatos, mas sim, o estereótipo dos garotos latinos, negros e marginalizados. Kurt Lewin nos anos 40, iniciado com pesquisas realizados no campo do comportamento organizacional. Sua grande inovação foram os chamados T-groups (grupos de treinamento), através dos quais, entre outras características importantes do desenvolvimento de grupos, percebeu-se a importância de se refletir sobre a ação como meio de desenvolver conhecimento necessário para melhorar a atuação do indivíduo. Para Kurt Lewin (1890-1974) os grupos democráticos tinham mais eficiência a longo prazo, enquanto os autoritários tinham uma eficiência imediata. Como as decisões são centralizadas na figura do líder, os membros somente funcionam a partir de sua demanda e são, geralmente, cumpridores de tarefas. Já os grupos democráticos exigem maior participação de seus membros, que dividem as responsabilidades com a liderança. Isso torna a realização dos objetivos mais demorada, entretanto, mais duradoura. Para Piaget, a aprendizagem experiencial emprestou a teoria do desenvolvimento cognitivo, através do qual a experiência permeia o processo dialético de assimilação e acomodação de conhecimento e aprendizado. O psiquiatra suíço-argentino Pichon Rivière (1907-1977) foi também um estudioso dos grupos. Ele desenvolveu uma nova abordagem, que resultou nos chamados grupos operativos, para ele, o grupo é um conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-se, explícita ou implicitamente, a uma tarefa, que constitui sua finalidade. Para Pichon Rivière, vínculo é “[...] a maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada momento” (PICHÓN-RIVIÉRE, 1998, p. 3). Jacob Moreno é considerado um dos precursores da Dinâmica de Grupo juntamente com Kurt Lewin, mas inovador ao associar o trabalho de grupo ao teatro através do Psicodrama e do Sociodrama. Aliás, vale ressaltar que Moreno foi também pioneiro na utilização do grupo como elemento de Psicoterapia. Para Moreno o grupo para chegar ao ponto de aprendizagem, passa por diversas divergências que podem ser amenizado com a aplicação de dinâmicas de grupo, objeto deste trabalho, que tem a finalidade primordial a de elaborar formas de interação e cooperação mútua. A principal mensagem trazida pelo filme é a relacionada à problemática das relações grupais nos processos decisórios, onde cada indivíduo possui certas características, condicionamentos e padrões de vida, o que acaba influenciando nos modos diversos de encarar a mesma situação, pois cada um analisa os fatos a partir de seu ponto de vista, dos seus condicionamentos sociais e pessoais. Vivemos ao mesmo tempo numa sociedade pós-moderna que se propõe a conviver com a pluralidade de valores, e com a exclusão dos valores que são estranhos, sendo estes não reconhecidos e muitas vezes negados é o que justamente percebemos neste filme. Referências Freud, S. (1976). Psicologia dos grupos e a análise do ego. (Vol. 18, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1921). Kernberg, O. (1989). Mundo interior e realidade exterior. Rio de Janeiro: Imago. Figueiredo, L. C., & SANTI, P. L. (2000). Psicologia: uma (nova) introdução. São Paulo: EDUC. LEWIN, K. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1978. PIAGET, J. Abstração reflexionante: relações lógico-aritméticas e ordem das relações espaciais. Porto Alegre: Artes Médicas. 1995. PICHÓN-RIVIÉRE, Enrique. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 1998. �PAGE � �PAGE �4�
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