OBESIDADE E ADIPÓCITO MARROM

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OBESIDADE E ADIPÓCITO MARROM
Professora: Carolina Nascimento Spiegel
Disciplina: Biologia Celular	
Integrantes: 
Ariane Berquo - 217009067
Camila de Paula – 217009072
Igor Frisch - 217009087
Rafael Antunes – 217009070
Curso: Nutrição 
Semestre: 2017.2	
Data: 25/09/2017
Artigo de Referência
Introdução
Tecido Adiposo :
Tipo de tecido conjuntivo composto por adipócitos, que têm função de reserva energética. 
Pode ser dividivo em:
tecido adiposo unicular ou brancoÉ o principal reservatório de lipídios para uso como fonte de energia.
tecido adiposo multilocular ou marrom  É responsável pela regulação da temperatura corporal.
Tecido Adiposo
Unicular
Multilocular
Depósito de tecido adiposo no corpo
	Camundongos
Possuem muito tecido adiposo branco(TAB), porém apenas um depósito de tecido adiposo marrom(TAM);
O depósito de TAM é encontrado de preferência na região interescapular;
A localização do TAM é influenciada pela idade, genética, nutrição, drogas e ambiente;
Humanos
No passado foi considerado inexistente o TAB em humanos adultos, sendo encontrado apenas com exposição crônica ao frio, tumores, etc.;
Em 2009 estudos comprovaram a existência de TAB nos humanos adultos;
Tecido Adiposo Marrom
	No nível celular, o TAM regula a energia gasta através de sua grande quantidade de mitocôndrias . Tais mitocôndrias possuem em sua membrana interna uma proteína de desacoplamento (UCP-1). Essa proteína existe apenas no TAM e quando ativa dissipa calor em vez de ATP.
Estudos de mudança do paradigma do TAM no corpo humano adulto
	Através da Tomografia por emissão de positron(TEP) e da Tomografia computadorizada(TC) surgiu um novo ponto de vista, causa pelo seu detalhamento. A fusão das imagens de TEP e TC concederam informações estruturais e metabólicas do tecido.
TEP/TC
TEP
TC
Estudos de mudança do paradigma do TAM no corpo humano adulto
	Com essas imagens os cientistas descobriram um grupo de não-tumores de tecido adiposo marrom, ou seja, gorduras com alto poder de absorção.
TEP/TC
TEP
TC
Depósito de tecido adiposo no corpo humano
	A partir de 2009 foram encontrados depósitos de TAM ativos na região cervical-supraclavicular. 
	Concluiu-se então que o TAM está presente e pode ser ativo na maioria dos humanos adultos. Sendo inversamente associado a adiposidade e índices de síndromes metabólicas causadas por farmacológicos ou dietas.
Avanços recentes na biologia do tecido marrom-adiposo
 A MTD é derivada de células de haste mesenquimatosas multipotentes. No entanto, adipócitos marrons em diferentes locais anatômicos parecem ter linhagens distintas.
Assim, as MTD interescapulares e perirrenais parecem derivadas de precursores miogênicos de myf5, mas as células sistêmicas de gordura marrom observadas dentro do tecido adiposo branco e intercaladas no músculo parecem derivar das células myf5 negativas e apresentar características diferentes, incluindo maior sensibilidade à estimulação β3-adrenérgica e exposição a frio.
Terapias para obesidade e diabetes que visam a diferenciação de MTD e via de ativação
 Uma é a abordagem farmacêutica in vitro convencional de desenvolver hormônios ou drogas que ativam componentes da via que conduzem das células precursoras aos adipócitos marrons maduros
A outra é uma nova estratégia ex-vivo em que as células progenitoras são isoladas de pacientes cirurgicamente, tratadas com fatores que promovem a diferenciação de adipócitos marrons e depois transplantadas de volta para os mesmos indivíduos para estabelecer TAM funcionais que podem ser ativadas para queimar calorias em excesso.
O indutor mais conhecido e efetivo da adipogênese e função marrom é a norepinefrina, que desempenha um papel importante na estimulação da proliferação e diferenciação de pré-adipócitos marrons, bem como na modulação direta da função termogênica em adipócitos marrons maduros.
O BMP7 é um poderoso indutor de adipogênese marrom e é de interesse terapêutico por aumentar a biogênese mitocondrial
Usando tecido adiposo marrom como terapia para obesidade e diabetes
Com o reconhecimento de que os humanos adultos têm em TAM um órgão com capacidade substancial para dissipar energia, a segmentação da termogênese TAM pode agora ser vista como uma forma atraente de tratar ou prevenir a obesidade e suas doenças associadas.
Terapias anteriores relacionadas ao TAM e o que elas nos dizem
Efedrina:
Onde e como a efefrina funciona são fatores desconhecidos;
Estudos em ratos mostram que os efeitos da efedrina no metabolismo são mediados, pelo menos em parte, pela ativação de TAM.
Já em humanos, apresentaram efeitos a curto prazo.
Ensaio em Camundongos
CL-316 243:
Em humanos:
Baixa biodisponibilidade oral ou farmacocinética desfavorável
L-796568:
Em humanos:
Aumentou agudamente a lipólise e o gasto de energia em homens com sobrepeso
Porém, o efeito foi perdido após 28 dias de tratamento
Agonistas do Receptor β3-adrenérgico 
Novas terapias para aumentar a ativação do TAM
O fator de crescimento mesodérmico BMP-7 pode estimular o crescimento de TAM e reduzir o ganho de peso quando expresso sistematicamente em camundongos
Os ratos que sobre-expressam FGF-21 (fator de crescimento de fibroblastos 21) são magros e aumentaram a gordura marrom
Reguladores de moléculas pequenas de proteínas conhecidas por controlar a adipogênese marrom, como PGC-1α, Rb, necdin ou PRDM16
 Problemas: não existem ativadores conhecidos desses reguladores transcricionais, e os fatores de transcrição podem ter efeitos pleiotrópicos
Solução: o foco imediato deveria ser em agentes farmacêuticos que regulam mais puramente a atividade da UCP-1
Novo modelo de tratamento antiobesidade
Manipulação de ex-vivos para formar TAM funcionais
O princípio subjacente que torna esta uma opção boa é porque poucas quantidades de TAM são necessárias para ter um impacto metabólico significativo
Seria feito o isolamento células por lipoaspiração ou biópsia muscular, depois a indução da adipogênese marrom usando fatores de crescimento apropriados, como os BMPs, e transplantando-os de volta ao doador original para um crescimento in-vivo
Incerteza: se aumento de quantidade de adipócitos marrom também resultará no aumento do TAM ativado, que é necessário para a termogênese.
Referências Bibliográficas
Revisão do artigo: Brown fat as a therapy for obesity and diabetes. Aaron M.C. e C. Ronald Kahn. Joslin Diabetes Center, Harvard Medical School. Boston, Massachusetts, USA.
JUNQUEIRA, L.C. e CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.