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Objetivo Os objetivos deste experimento são: identificar corretamente a grandeza alcance em um lançamento horizontal de um projétil a partir de uma rampa, executar corretamente as medidas do alcance com seu respectivo desvio (erro), relacionar a altura da posição de largada do móvel com o alcance, determinar a velocidade total, no ponto de lançamento e no ponto de impacto com o solo, utilizar o princípio de conservação de energia para determinar a velocidade de lançamento da esfera (ao abandonar a rampa) e relacionar a altura H com o módulo do vetor quantidade de movimento horizontal e verificar a sua conservação. Fundamentos teóricos Princípio da energia conservativa O princípio da conservação da energia mecânica diz que a energia mecânica de um sistema é a soma da energia cinética e da energia potencial. O princípio geral da conservação de energia diz que a energia total de um sistema isolado é sempre constante. Quando mencionamos a palavra isolado, estamos querendo dizer que o sistema não interage com outros sistemas, pois interações entre sistemas costumam ser efetuadas por meio de troca de energia entre eles. A energia mecânica de um sistema no qual agem somente forças conservativas (forças que não modificam a energia mecânica do sistema) não se altera com o passar do tempo. Nesse caso, podemos dizer que a soma das energias cinética e potencial é constante seja qual for o intervalo de tempo. Forças não conservativa Uma força não conservativa é aquela cujo trabalho realizado depende não só da trajetória descrita pelo ponto de aplicação como, também, da velocidade do corpo que se move. Ao contrário das forças conservativas, não é possível definir qualquer energia potencial associada a forças não conservativas. Normalmente, não se calcula o trabalho realizado pelas forças não conservativas, mas sim a determinação da variação da energia cinética por aplicação do teorema do trabalho-energia. Deste modo, a expressão para o trabalho realizado por forças não conservativas é: W (F não conservativa) = D E m, sendo D E m a variação da energia mecânica total do sistema e W (F não conservativa) o trabalho realizado pelas forças não conservativas. Esta expressão permite concluir que se no sistema existirem forças não conservativas a energia mecânica varia, ou seja, existe uma limitação à sua conservação no sistema. O trabalho das forças não conservativas, pode ser positivo, negativo ou nulo. No primeiro caso, a energia mecânica total do sistema diminui e estamos perante um sistema resistivo. No segundo caso, significa que a energia mecânica total do sistema aumenta e estamos perante certos sistemas bioquímicos. Finalmente, no terceiro caso, a energia mecânica total do sistema é nula. Lançamento Horizontal O lançamento horizontal é composto por um movimento horizontal e um movimento vertical. Segundo Galileu, se um móvel apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo. Esse é o principio da simultaneidade. Quando um corpo é lançado horizontalmente, ele descreve um movimento parabólico em relação à Terra. De acordo com o princípio da simultaneidade, o lançamento horizontal é o resultado da composição de dois movimentos simultâneos e independentes: queda livre e movimento horizontal. No movimento de queda livre, movimento vertical, o corpo se move em razão da ação da gravidade. Assim, podemos dizer que o movimento é uniformemente variado, pois a aceleração gravitacional é constante. No caso do movimento horizontal, a velocidade (v0) permanece constante, portanto o movimento é uniforme. A velocidade do móvel ao final do trajeto permanece a mesma do início desse trajeto. Em cada ponto da trajetória, a velocidade resultante (v), do corpo lançado, é a soma vetorial da velocidade (v0) na direção do eixo x (horizontal) com a velocidade (vy) na direção do eixo y (vertical). A velocidade resultante se altera a cada instante em virtude da alteração da velocidade vertical, cujo módulo varia em face da aceleração gravitacional. É importante salientar que a velocidade inicial na direção vertical é igual a zero, pois no início da queda o móvel não tem movimento vertical. Materiais Rampa de lançamento Esfera Manilha (Papel) Carbono Fio de prumo Balança semi-analítica (mg) Trena milimetrada (mm) Procedimento Experimental Posicione a esfera na rampa e determine a altura (h) e deixe-a em repouso com auxílio de um pino; Solte a esfera e verifique a região em que ela atinge o solo; Nessa região, posicione o papel carbono sobre a manilha e fixe – os no chão com uma fita adesiva; Usando o fio de prumo, anote na manilha a projeção da posição da esfera ao deixar a rampa; Solte mais uma vez a esfera a partir da mesma altura (h) e repita o procedimento 20 vezes; Verifique os pontos de queda na folha e escolha um como base. (Levando em conta o centro da nuvem); Prossiga com os cálculos. Figura 1: Sistema de lançamento Dados Experimentais Utilizando trena e a balança semi analítica obtivemos os seguintes dados: h = 9,5 cm H = 99,5 cm d = 49,4 cm m = 32,76 g Metodologia Para obter os resultados utilizaremos as seguintes equações: U = m.g.h K = mv² 2 Eixo Ox: x = x0 + vt Eixo Oy: x = x0 + v0t + at² 2 Equação de Torricelli v² = v0² + 2 a ∆x Resultados e Discussão O lançamento horizontal de um projétil necessita de algo que o impulsione para acontecer. No caso do lançamento realizado na plataforma de lançamento horizontal, a esfera percorre uma rampa, adquire energia potencial e ao sair da plataforma de lançamento essa energia potencial é transformada gradativamente em energia cinética. É assim que o movimento é realizado. Se a energia potencial não se transformasse em energia cinética, não existiria deslocamento no eixo x, apenas no eixo y (queda livre), por conta da aceleração da gravidade. De acordo com a Lei da Conservação da Energia Mecânica, as energias cinética e potencial se alteram ao longo do percurso. Enquanto uma aumenta, a outra diminui proporcionalmente. Neste caso, a energia potencial começa a ser transformada em energia cinética assim que a esfera deixa a rampa e é lançada. A altura no eixo y também influencia a quantidade de energia potencial. A energia potencial máxima é atingida à 9,5 cm (quando o lançamento está prestes a ser realizado), como é possível observar na figura 2. É perceptível também que embora o cálculo da energia mecânica não interfira no cálculo da energia cinética, quanto maior for a energia potencial, maior será a energia cinética e consequentemente o alcance horizontal e a velocidade resultante. Figura 2: Ilustração dos eixos x e y em relação ao lançamento da esfera Conclusão Ao final do experimento, foi possível concluir que movimentos bidimensionais, possuem deslocamentos independentes nos eixos x e y, com forças atuantes e deslocamentos diferentes em cada um deles, por isso é importante analisa-los separadamente.
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