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Fundamentos Matheus Marquesi M.Sc., Eng. Civil - Prof. PUC-SP Sócio do NCEE e sócio da EGT Engenharia Conceituação • Armadura passiva: – Aquela cuja tensão só é mobilizada pela deformação do concreto nela aderente; – Ocorrem normalmente nas estruturas de concreto armado, mas podem ser usadas como armaduras complementares em estruturas de concreto protendido; • Armadura ativa: – Submetida a tensão independentemente do concreto da estrutura estar sob tensão; – Deforma-se após a operação de protensão e passa a funcionar independentemente da deformação do concreto da estrutura; – Ocorrem nas estruturas em concreto protendido e precisam de meios externos para ser distendida para provocar a protensão; Concreto Protendido “Considera-se que os elementos de Concreto Protendido são aqueles nos quais parte das armaduras são previamente alongadas por equipamentos especiais de protensão com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no ELU (estado limite de último)”. Benefícios da Protensão Situação Conceituação Serviço Impede ou limita a fissuração e os deslocamentos da estrutura; Última Permite o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no ELU (Estado Limite Último); Concreto Protendido Concreto Protendido Devido a contra-flecha inicial da viga protendida, suas deformações iniciais são menores do que a viga de concreto armado, para um mesmo nível de carregamento. A figura ao lado mostra a diferença da curva carga- flecha em uma viga de concreto armado (CA) e em uma viga com armadura de protensão (CP). Ambas têm a mesma capacidade última (Mu), mas a peça protendida tem um momento de fissuração (Mr”) muito maior que a viga de concreto armado. • Com aderência inicial (também chamado de pré-tração) – A aderência entre a armadura e o concreto é iniciada quando se inicia o lançamento do concreto; • Com aderência posterior (também chamado de pós-tração com aderência) – A aderência entre a armadura e o concreto é iniciada posteriormente à execução da protensão, quando o concreto já está endurecido e injeta-se nata de cimento na bainha que isola a armadura de protensão e o concreto; • Sem aderência (também chamado de pós-tração sem aderência) – Neste caso a armadura só estará solidária ao concreto na região das (e através das) ancoragens; Classificação quanto a aderência e processo executivo Classificação quanto a aderência e processo executivo PÓS TRAÇÃO (PROTENSÃO APÓSA CONCRETAGEM) PRÉ TRAÇÃO (PROTENSÃO ANTES DA CONCRETAGEM) Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial Limpeza da forma e esticamento inicial da armadura Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial Protensão e ancoragem da armadura Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial Lançamento do concreto Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial Após cura e resistência adequada do concreto – retirada da ancoragem (saque) Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial Execução simultânea de diversas peças na mesma pista de protensão – Necessidade de corte das peças Protensão com Pré-Tração – Aderência inicial • A) posicionam-se, inicialmente, a armadura de protensão que é ancorada (extremidade afixada) em um dos apoios rígidos; • B) através de um macaco que reage contra o apoio rígido estira-se a armadura de protensão que é devidamente ancorada; • C) por meio de um carro, lança-se o concreto, vibra-o e dá o acabamento da superfície superior; • D) após transcorrido o tempo suficiente para que o concreto seja curado e já tenha alcançado a resistência adequada, promove-se à retirada da ancoragem de um dos apoios, ou simplesmente corte-se a armadura; Protensão com pré-tração – aderência inicial Pós tração – com aderência posterior Pós tração – com aderência posterior Pós tração – com aderência posterior • Etapa 1 (montagem das formas e armação); • Etapa 2 (Lançamento do concreto); • Etapa 3 (Protensão e ancoragem); • Etapa 4 (Injeção de nata de cimento nas bainhas); • Etapa 5 (Acabamento das extremidades dos cabos); • Etapa 6 – Retirado do escoramento. Pós tração – com aderência posterior Pós tração – sem aderência Aquele obtido como na situação anterior, mas em que, após o estiramento da armadura ativa, não é criada aderência com o concreto, ficando a mesma ligada ao concreto apenas em pontos localizados. Concreto protendido sem aderência (armadura de protensão pós-tracionada) Principais tipos de protensão quanto a aderência e em relação a concretagem Quanto à aderência Quanto à concretagem Característica Aderência inicial Pré-tração (antes) Cabos retos – pré-fabricação Aderência posterior Pós-tração (após) Cabos curvos – moldada no local – pré-fabricação Sem aderência Pós-tração (após) Cabos curvos – moldada no local e unidades individuais • Mais leves que as similares em concreto armado (devido ao controle da fissuração); • Com grande durabilidade com pequenos custos de manutenção (o controle da fissuração do concreto aumenta a resistência ao ataque de agentes agressivos na armadura); • Com boa resistência ao fogo; • Que são adequadas ao uso de pré-moldagem (devidos as características de peso menor e controle de fissuração) e portanto com o uso mais eficiente do material concreto; • Empregado no Brasil a pouco mais de 50 anos; Concreto Protendido - vantagens • Apresenta menores deformações; • Maior controle de qualidade dos materiais; • Fazem parte de uma tecnologia bastante conhecida nos grandes centros do país; • Mais econômicas. Concreto Protendido - desvantagens • Peso final relativamente alto (comparado às estruturas metálicas e de madeira); • Necessidade de escoramento e tempo de cura para peças moldadas no local; • Necessidade de colocação de elementos específicos: bainhas, cabos, placas de ancoragem; • Mão de obra especializada; × S AV A B A S B P P N =Pcos V =Psen P P detalhe 1 detalhe 1 da seção S do cabo e e cento de gravidade h yi s y trecho curvo Concreto Protendido - definições ss pp s w M w eN - A N :superior Borda ±⋅=σ ii pp i w M w eN A N :inferior Borda ±⋅+=σ PP P P e e tangente ao cabo na extremidade do mesmo u P PP L/2 extremidade do mesmo L/2 O efeito final da protensão pode ser substituído por: Concreto Protendido - definições Consideração da protensão por meio de uma ação equivalente: u P PP P P e L/2 e tangente ao cabo na extremidade do mesmo L/2 Supondo as ações da figura ao lado e fazendo o equilíbrio vertical, tem-se: l⋅=⋅⋅ pu senαP2 Concreto Protendido - definições Efeito da protensão na deformação g+q d) Controlando-se a protensão é possível obter-se como efeito Final, uma leve curvatura para “cima” como se vê na figura “f” melhorando o estado de deformação da estrutura. P P a) e L b) R2 c) P PP p e) P P p-(g+q) f) P P Concreto Protendido - definições • TENSÃO DE COMPRESSÃO →→→→ (boa para o concreto) SINAL POSITIVO Convenção de sinal • TENSÃO DE TRAÇÃO →→→→ (ruim para o concreto) SINAL NEGATIVO Concreto Protendido - definições Dada a viga com as características abaixo, determinar o esforço de protensão (Np), no meio do vão, para que as tensões normais se situem no intervalo de 0 a 17,5 MPa, considerando: q = 17,0 kN/m a) e = 70,0 cm;3000 cm 70 180 Exemplo numérico 1 Considerando as variáveis: 3) Momentos extremos Dados 2 e 3 obter 1 - Dimensionamento de cabos; Conhecidas as características geométricas através das verificações de fissuração, há três tipos de problema a serem resolvidos: 2) excentricidade 1) Força de protensão Dados 1 e 2 obter 3 – Verificação; Dados 1 e 3 obter 2 - Detalhamento Concreto Protendido Exemplo numérico 2 Determinar o intervalo possível de excentricidades para a força de protensão Np = 1800 kN pode ter para que a tensão normal na seção transversal fique entre o intervalo de -2,65 a 17,50 MPa, considerando como características geométricas: – A = 0,5099 m2; yi= 1,074 m, h(altura da seção) = 1,80 m; Ws = 0,2877 m 3; – Para os valores de momentos fletores máximo e mínimo, considerar 1800 kN.m e 300 kN.m, respectivamente; Exemplo numérico 3 CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS 1 2 3 4 6 7 8 9 P A(m2) y (m) Ay (m3) y`=y-ys (m) Ay` (m3) Ay`2 (m4) Ix0 (m4) 1 1x0,16=0,16 0,08 0,0128 -0,646 -0,1034 0,0668 (1x0,163)/12=3,41x10-4 2 0,425x0,09=0,038 0,19 0,0072 -0,536 -0,0205 0,0110 (0,425x0,093)/18=1x10-5 3 0,15x1,44=0,216 0,88 0,1900 0,154 0,0333 0,0051 (0,15x1,443)/12=3,7310-2 4 2x0,1252/2=0,015 1,55 0,0243 0,824 0,0129 0,0106 (2x0,1254/36=1,35x10-5 5 0,4x0,2=0,08 1,70 0,1360 0,974 0,0779 0,0759 (0,2x0,203)/12=2,66x10-4 Σ 0,5099 - 0,3703 - 0,0002 0,1694 0,03796 CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Exemplo numérico 3 2m 0,5099 A = m 1,074 0,726 - 1,90 yinf == 4 x m 0,2074 0,037960,1694 I =+= 3 sup m 0,2857 0,726 2074,0 w == 3 inf m 0,193 1,074 2074,0 w == m 0,726 0,5099 3703,0 ysup == CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS Exemplo numérico 3 200 2 0 0 1 0 0 100 Cálculo das características de seções transversais utilizando o AutoCAD • 1 – Desenha-se os contornos com polyline (é preciso ter certeza que estão formando um polígono fechado – cada um dos retângulos no caso); • 2 – Criar a região. Com o menu DRAW seleciona-se o comando REGION (ou entra direto) e seleciona-se toda a figura arrastando o mouse e o botão direito pressionado da direita para a esquerda; • 3- Usar o comando SUBTRACT selecionando o retângulo externo e clicando o botão a direita, e procedimento idêntico para o retângulo interior. Para verificar se o comando foi devidamente executado testar fazendo um comando MOVE e verificar se ao selecionar a figura ela está realmente composta pelos dois retângulos; • 4 – Transferir a origem do sistema de eixos para um ponto conhecido, por exemplo, o meio da base inferior. A sequência seria, menu: TOOLS, NEW, UCS e ORIGIN; • 5 – No menu TOOLS selecionar INQUIRY e MASS PROPRITES e pedir para gravar o arquivo que tem o formato apresentado no quadro a seguir: 200 2 0 0 1 0 0 100 ---------------- REGIONS ---------------- Area: 30000.0000 Perimeter: 1200.0000 Bounding box: X: -100.0000 -- 100.0000 Y: 0.0000 -- 200.0000 Centroid: X: 0.0000 Y: 100.0000 Moments of inertia: X: 425000000.0000 Y: 125000000.0000 Product of inertia: XY: 0.0000 Radii of gyration: X: 119.0238 Y: 64.5497 Principal moments and X-Y directions about centroid: I: 125000000.0000 along [1.0000 0.0000] J: 125000000.0000 along [0.0000 1.0000] Cálculo das características de seções transversais utilizando o AutoCAD
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