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Lei nº 8.935 de 18 de novembro de 1994
Regulamento o art. 236 da Constituição Federal, disposto sobre Serviços Notariais e de Registro.
O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Artigo 236 da Constituição federal
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. (Regulamento)
§ 1º - Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
§ 2º - Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.
§ 3º - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 236, atribuiu tratamento igualitário aos serviços notariais e de registros, dispondo: "Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público".
          No âmbito Constitucional, é competência privativa da União legislar sobre registros públicos, conforme art. 22, XXV, sendo, desta forma, a Lei Federal n.8.935/94 regulamentadora do artigo 236 da Constituição que dispõe sobre os serviços notariais e de registro.
Natureza e Fins
 Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.
        Art. 2º (Vetado).
      Art. 3º Notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador, são profissionais do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de registro.
Fé Pública: A fé pública é atribuída constitucionalmente ao Notário e Registrador, que atuam como representantes do Estado na sua atividade profissional. A fé pública é atribuída por lei e "afirma a certeza e a verdade dos assentamentos que o notário e oficial de registro pratiquem e das certidões que expeçam nessa condição, com as qualidades referidas no art. 1°"  da Lei n. 8.935/94 (publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos).
Hely Lopes Meirelles classifica-os como AGENTES DELEGADOS conceituados como:
          Particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem representantes do Estado; todavia, constituem uma categoria à parte de colaboradores do Poder Público. Nessa categoria encontram-se os concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, os serventuários de ofícios não estatizados, os leiloeiros, os tradutores e intérpretes públicos, as demais pessoas que recebem delegação para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo. (3)
Os princípios administrativos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, dispostos no art. 37 da Constituição Federal, serão aplicados no exercício da atividade notarial e registral, pois que esta constitui uma função pública, realizada através dos notários e registradores, agentes públicos que atuam em colaboração com o poder público através de delegação.
 Art. 4º Os serviços notariais e de registro serão prestados, de modo eficiente e adequado, em dias e horários estabelecidos pelo juízo competente, atendidas as peculiaridades locais, em local de fácil acesso ao público e que ofereça segurança para o arquivamento de livros e documentos.
        § 1º O serviço de registro civil das pessoas naturais será prestado, também, nos sábados, domingos e feriados pelo sistema de plantão.
        § 2º O atendimento ao público será, no mínimo, de seis horas diárias.
Natureza e Fins
PROVIMENTO Nº 35/1998 Estabelece os dias de funcionamento dos serviços notariais e de registro, estipula os horários de atendimento ao público e disciplina o sistema de plantão para o registro civil das pessoas naturais. 
Art. 6º - O Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais será prestado, também, aos sábados, domingos e feriados pelo sistema de plantão. § 1º - Na comarca de Belo Horizonte, o plantão será prestado, em sistema de rodízio, pelos Registros Civis de todos os subdistritos da Capital, nos horários estabelecidos no artigo 3º, obedecendo a escala elaborada pela Corregedoria Geral de Justiça. § 2º - Nas demais comarcas, o sistema de plantão será exercido pelos Registros Civis das Pessoas Naturais de todos os distritos e subdistritos, no horário de 08:00 (oito horas) às 12:00 (doze horas). § 3º - Nas comarcas onde houver 2 (dois) ou mais Registros Civis das Pessoas Naturais nos subdistritos, o Diretor do Foro poderá adotar o sistema de plantão através de rodízio. 
Dos Notários e Registradores
 Art. 5º Os titulares de serviços notariais e de registro são os:
        I - tabeliães de notas; 
        II - tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos;
        III - tabeliães de protesto de títulos;
        IV - oficiais de registro de imóveis;
        V - oficiais de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas;
        VI - oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas;
        VII - oficiais de registro de distribuição.
São titulares de serviços notarias e de registro
TITULARES DE SERVIÇOS NOTARIAIS
TITULARES DE SERVIÇOSDE REGISTRO
1. Tabeliães de Notas
1. Oficiais de Registro de Imóveis
2. Tabeliães de Contratos Marítimos
2. Oficiais de Registrode títulos e Documentos
3. Tabeliães de Protesto de Títulos
3. Oficiais de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
4.Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais, Interdições e Tutelas.
5. Oficiaisde Registro de Distribuição.
Das Atribuições e Competências dos Notários
  Art. 6º Aos notários compete: (competência genérica dos notários – tabeliães de notas)
        I - formalizar juridicamente a vontade das partes;
        II - intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redação ou redigindo os instrumentos adequados, conservando os originais e expedindo cópias fidedignas de seu conteúdo;
        III - autenticar fatos.
Das Atribuições e Competências dos Notários
  Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com exclusividade: (competência específica dos notários)
 I - lavrar escrituras e procurações públicas;
        II - lavrar testamentos públicos e aprovar os cerrados;
        III - lavrar atas notariais; (materializar fatos)
        IV - reconhecer firmas;
        V - autenticar cópias.
Parágrafo único. É facultado aos tabeliães de notas realizar todas as gestões e diligências necessárias ou convenientes ao preparo dos atos notariais, requerendo o que couber, sem ônus maiores que os emolumentos devidos pelo ato.
ESCRITURA PÚBLICA DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL - REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
ESCRITURA PÚBLICA DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL QUE FAZEM FULANO E FULANA, NA FORMA ABAIXO:
                                                                                                                    S   A   I   B   A   M
quantos este público instrumento de Escritura Declaratória de União Estável virem que aos (DATA DO ATO), nesta Cidade de (....), Capital do Estado do (....), e neste Cartório (....), situado à (......), perante mim (nome do escrevente), comparecem como outorgantes e reciprocamente outorgados, doravante denominados apenas DECLARANTES: FULANO(QUALIFICAÇÃO COMPLETA); e FULANA (QUALIFICAÇÃO COMPLETA). Reconheço a identidade dos comparecentes e suas capacidades para este ato, conformedocumentos de identificação apresentados, do que dou fé. – Então, as partes, de livre e espontânea vontade, sem constrangimento, coação, induzimento e sem qualquer vício de consentimento constante no Código Civil/2002, notadamente os constantes do artigo 138 e seguintes, DECLARAM que, entre si, desde o dia (.../.../....) (data da união) constituíram, ininterruptamente, entidade familiar configurada na convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família, e que desta união, até a presente data, não tiveram filhos (ou tiveram os seguintes filhos:............................; e, que, nesta qualidade decompanheiros em união estável, sem incidência de quaisquer das causas impeditivas estabelecidas no artigo 1.521 do Código Civil Brasileiro, estabelecem livremente, pelo presente instrumento, os mecanismos de regulamentação de tal união, convencionados entre si desde o início da união estável e que neste momento formalizam por escrito, em se tratando de uma situação de fato consolidada há mais de (...) anos, a saber:PRIMEIRA - obrigam-se os conviventes aos deveres de lealdade, respeito mútuo e assistência moral e material recíproca, bem como aos deveres de guarda, sustento e educação dos filhos comuns, que por ventura venham a ter, na forma do art. 1.724 do Código Civil Brasileiro; SEGUNDA - Que o regime adotado foi o da COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS, conforme pacto antenupcial lavrado no livro (.....), folhas (.....), desta serventia notarial, importando na comunicação de todos os bens presentes e futuros dos companheiros; TERCEIRA - a administração do patrimônio dos conviventes compete a ambos; QUARTA - dissolvida a união estável por rescisão, assistência material será prestada por um dos conviventes ao que dela necessitar, a título de alimentos, salvo renúncia ou desistência recíproca;QUINTA - dissolvida a sociedade conjugal por morte de um dos conviventes, o sobrevivente participará da sucessão do outro; SEXTA - osconviventes/companheiros declaram-se reciprocamente dependentes para os efeitos administrativos de interesse comum perante a Previdência Social, Previdência Privada, Entidades Públicas e Privadas, Companhias de Seguro, Instituições Financeiras e Creditícias e outras similares; SÉTIMA - os conviventes poderão, de comum acordo e a qualquer tempo, requerer a conversão da união estável em casamento, por requerimento ao Oficial do Registro Civil da Circunscrição de seu domicílio; OITAVA - assinam como testemunhas: (..................), as quais atestam a veracidade das declarações prestadas 
MODELO: ESCRITURA PÚBLICA DE VENDA E COMPRA
ESCRITURA PÚBLICA DE VENDA E COMPRA QUE OUTORGA (NOME OUTORGANTE), COMO VENDEDOR (NOME OUTORGADO, COMO COMPRADOR, NO VALOR DEVALOR DO ATO, NA FORMA ABAIXO:
S   A   I   B   A   M
quantos este público instrumento de Escritura de Venda e Compra virem que aos DATA DO ATO, nesta Cidade, Capital do Estado do ..............................., e neste Cartório (NOME DO CARTÓRIO), situado à (ENDEREÇO DO CARTÓRIO), perante mim, ASSINANTE, ATO - FUNÇÃO DO ASSINANTE, comparecem: como OUTORGANTE – QUALIFICAÇÃO COMPLETA DO VENDEDOR e, como OUTORGADO –  QUALIFICAÇÃO COMPLETA DO COMPRADOR. Reconheço a identidade dos comparecentes e sua capacidade para este ato, conforme documentos de identificação apresentados, do que dou fé. – Então, o vendedor me declara:OBJETO – que é legítimo proprietário do seguinte imóvel: OBJETO; inscrito no Cadastro Imobiliário da Prefeitura Municipal de ...............sob o n.º 0000000000000; PROCEDÊNCIA/ORIGEM – Registro _______, Matrícula _______ de ordem do Livro n.º __, Página __/__, do Cartório de Registro de Imóveis de ________-__; DISPONIBILIDADE – que o objeto da translação está livre de ônus reais, fiscais e outros judiciais ou extrajudiciais, inexistindo, em relação a eles, ações reais e pessoais reipersecutórias, o que é declarado para os efeitos do § 3.º do artigo 1.º do Decreto Federal n.º 93.240, de 09 de setembro de 1986; e que a presente compra é feita sem qualquer vício de consentimento constante no Código Civil/2002, notadamente os constantes do artigo 138 e seguintes; PREÇO E PAGAMENTO – que o objeto descrito é vendido pelo preço certo de ATO - VALOR DO ATO, já integralmente recebido do comprador, motivo por que lhe é dada plena, total e irrevogável quitação; TRANSMISSÃO – que, destarte, ele vendedor se obriga pela transferência de domínio do objeto descrito ao comprador, a efetivar-se com o registro desta escritura na Serventia Imobiliária competente, nos termos do art. 1245 do Código Civil, ficando o comprador desde já transmitida a posse, os direitos e ações; e, apesar de independer de cláusula expressa e operar de pleno direito, já que deriva da própria natureza jurídica do contrato, caracterizando instituto jurídico essencial dos contratos onerosos, com base nos fundamentos jurídicos estampados no art.447 e seguintes do Código Civil, os alienantes respondem pela evicção. - A seguir, o comprador me declara que concorda com esta escritura. A pedido dos comparecentes, lavro a escritura em meu livro de notas. Foram-me apresentados e ficam arquivados nesta Serventia Notarial os seguintes documentos: Certidão Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União em nome de (.....vendedor....), emitidas em data de ...../...../..... pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, sob o código de controle ..............................., válida até ...../...../.....; Certidão Negativa de Débitos Imobiliários relativa ao imóvel, n.º ......... - Inscrição: .................., expedida em data de ..............pela Prefeitura Municipal de ................/....., válida até ......./......./......; Certidão Negativa de Incapacidade Civil, expedida em data de ...../...../..... pelo Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais de ............../......, constatando a inexistência de registro referente à interdição, tutela e/ou curatela de (......vendedor......); Certidão negativa de ônus reais, inclusive de ações reais e pessoais reipersecutórias, emitida em data de ..../..../.... pelo Cartório de ................. - Comarca da Capital; Certidão Negativa de Débitos para com a Fazenda Pública Estadual, emitida em data de ...../...../...., sob os n.º ............., onde vem certificando a inexistência de débitos contra o portador dos CPF/MF n.ºs ................................, válida até ..../..../....; Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, emitidas em data de ...../....../....., sob o n.º ............................, onde vem certificando a inexistência de débitos em nome de (....vendedor......) junto ao Banco Nacional de Devedores Trabalhistas, válida até ....../....../......; O outorgante declara, sob as penas da lei, que não é equiparados a empresa, isento pois da obrigação contida na legislação previdenciária, na forma da Ordem de Serviço n.º 71/2002, datada de 10/05/2002 (alínea c do ítem 6, inciso II), publicado no D.O.U. de 15/05/02. e se o imóvel for de marinha descrever a CAT.; DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO SOBRE BENS IMÓVEIS-I.T.B.I. - O recolhimento do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de direitos a eles relativos – ITBI será comprovado através de documento de arrecadação a ser apresentado ao Serviço de Registro de Imóveis competente, quando da transferência de domínio do imóvel.
A escritura pública pode ser utilizada para as mais variadas finalidades. Segue abaixo relação das escrituras mais comuns:
 
Compra e venda: Ato pelo qual o proprietário vende seu imóvel, transferindo a posse e o domínio sobre o mesmo ao comprador. Quando o pagamento do preço não for integral, o saldo devedor poderá ser garantido por hipoteca do próprio imóvel em favor do vendedor, alienação fiduciária, ou ainda, poderá ser instituída a “cláusula resolutiva”, com o que o negócio será desfeito se não houver o pagamento.
Doação: Escritura pública em que o doador doa imóvel de sua propriedade a outra pessoa, que a aceita. Se o donatário for descendente ou cônjugedo doador, a doação será adiantamento de legítima, que será descontado do herdeiro quando do falecimento do doador, a não ser que o doador declare que o bem doado fazer parte da parte disponível dos seus bens.
                A aceitação da doação não precisa ser feita na própria escritura de doação, pois o doador pode estabelecer um prazo ao donatário, para que a aceite.  Enquanto não for aceita, não pode ser registrada no Registro de Imóveis.
                Se o donatário for incapaz, a aceitação é tácita. Comparece somente o doador, faz a doação ao incapaz e a escritura pode ser registrada.
 
Dação em pagamento: Quando o devedor que tem uma dívida para com  algum credor não pode saldá-la na forma contratada, pode oferecer ao credor a alternativa de dar em pagamento um imóvel de sua propriedade, para quitação da dívida.
Divorcio e separação: Desde 2007, com o advento da lei 11441/07, que alterou artigos do Código de Processo Civil, o divórcio pode ser feito por escritura pública, com ou sem partilha de bens. Para tanto, o casal não pode ter filhos incapazes, e deverá estar acompanhado de um advogado, na qualidade de assistente.
 
Inventário: A mesma Lei 11441, tratou da possibilidade de se fazer os inventários por escritura pública, se todos os herdeiros forem maiores e capazes, que deverão estar acompanhados de um advogado, como assistente. Esta forma é comprovadamente mais rápida e menos onerosa para as partes.
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.441, DE 4 DE JANEIRO DE 2007.
 Altera dispositivos da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, possibilitando a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  Os arts. 982 e 983 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 982.  Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário.
Parágrafo único.  O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.” (NR)
“Art. 983.  O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
Parágrafo único.  (Revogado).” (NR)
Art. 2o  O art. 1.031 da Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1.031.  A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos do art. 2.015 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, com observância dos arts. 1.032 a 1.035 desta Lei.
.........................................................................” (NR)
Art. 3o  A Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 1.124-A:
“Art. 1.124-A.  A separação consensual e o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.
§ 1o  A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis.
§ 2o  O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou advogados de cada um deles, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
§ 3o  A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.”
Art. 4o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5o  Revoga-se o parágrafo único do art. 983 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil.
Brasília, 4  de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.1.2007.
Divisão e extinção de condomínio: Quando o imóvel estiver em condomínio, entre duas ou mais pessoas, e não havendo mais interesse dos condôminos em permanecer em condomínio, poderão promover a extinção do mesmo através de escritura pública, ficando cada um com sua área determinada.
 
Concessão de superfície: Forma pela qual o proprietário do imóvel concede a superfície de seu imóvel a terceira pessoa, que pode ser sobre a totalidade ou parte do mesmo, por tempo determinado. A concessão pode ser onera ou gratuita.
 
Cessão de direitos hereditários: Escritura pública em que o herdeiro cede seus direitos hereditários a uma terceira pessoa, onerosa ou gratuitamente. A cessão pode ser da totalidade ou de parte dos direitos.
 
Cessão de direitos possessórios: A pessoa que detenha a posse sobre determinado imóvel, não sendo proprietários do mesmo, pode ceder a terceiros os direitos de posse que exerceu, de forma gratuita ou onerosa.
Alienação fiduciária: A alienação fiduciária é utilizada como forma de garantia de uma dívida. Neste caso o proprietário aliena fiduciariamente o imóvel ao credor, que passa a ter a posse indireta do bem e o devedor permanece com a posse direta, na qualidade de depositário.
 
Hipoteca: Escritura de constituição de garantia de dívidas. O devedor dá um imóvel seu em garantia de empréstimo ou qualquer outra dívida. O prazo máximo da hipoteca é de trinta anos.
 
Hipoteca para fins de Garantia Locatícia – Caução: Dentre as formas de garantia do aluguel temos a caução, e se o bem dado em garantia é um imóvel, a garantia será hipotecária, ou seja, o locatário poderá dar um bem seu ou de terceiro em hipoteca, para fins de garantia do aluguel. Neste caso, não precisará de fiador ou seguro.
Confissão de dívida (com ou sem garantia): A confissão de dívida pode ser em caso de empréstimo ou de uma dívida já existente, e que as partes interessadas resolvem formalizar. A dívida confessada,  poderá ser garantida por hipoteca de um bem do próprio devedor ou de terceiro.
 
Cessão de crédito: Caso em que o titular de um crédito de qualquer espécie, cede (vende) seus direitos a terceira pessoa, que sub-roga-se no direito daquele. Podem ser cedidos os mais variados créditos, como por exemplo, os decorrentes de precatórios.
 
Declaratória: Escritura pela qual a pessoa pode fazer qualquer tipo de declaração que queira deixar expresso.
Declaratório de união estável: O casal que convive em união estável e queira deixar expresso a existência desta união, para fins de prova, poderá declarar este fato por escritura pública, podendo estabelecer o regime de bens, caso seja diferente da comunhão parcial de bens.
 
Declaratória de dissolução de união estável: No caso de separação, o casal que convive em união estável poderá deixar expressa esta situação, declarando a dissolução da união estável, podendo promover a partilha dos bens comuns.
Emancipação: Os pais poderão emancipar seus filhos relativamente incapazes, ou seja, com 16 ou 17 anos de idade. Com a emancipação o filho adquire capacidade legal e passa a exercer todos os atos de sua vida civil.
 
Pacto antenupcial: O casal que pretende casar e o regime de bens não é o da comunhão parcial dos bens, ou mesmo sendo, quer estabelecer algumas restrições, deverá comparecer ao Tabelionato, antes do casamento, para pactuar o regime de bens através de escriturapública, estabelecendo todas as regras que devem reger o patrimônio do casal durante a vigência do casamento.
 
Reconhecimento de filiação: O pai ou a mãe que não reconheceu o filho ou a filha, por ocasião do registro do nascimento, poderá fazer o reconhecimento através da escritura de reconhecimento de filho(a).
Pelo presente instrumento público de procuração, FULANO(A) DE TAL(nome completo), brasileiro, estado civil, número do RG(registro geral), expedido pela SSP/..... Inscrito no CPF, sob o nº ............, Residente e domiciliada à Rua...... nº...... Bairro.... Cidade.. Estado e CEP, nomeia e constitui seu(sua) bastante procurador(a) o (a) Sr.(a) FULANO DE TAL, brasileiro, estado civil, profissão......., RG nº ........, expedida pela SSP/...., inscrita no CPF sob o nº......, residente e domiciliado à Rua.......nº ........, Bairro ......, Cidade .... , Estado.......e CEP ...., com o fim específico de requerer e/ou receber pagamento de benefícios previdenciários, de representá-lo (a) junto ao Banco do Brasil S/A, para receber pagamento de pensão, paga pelo Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM), emitir e endossar cheques, passar recibo e dar quitação, solicitar saldos e extratos, requisitar talonários de cheques, retirar cheques devolvidos, requisitar cartão eletrônico, movimentar conta corrente com cartão eletrônico, sustar conta, ordenar cheques, cancelar cheques, baixar cheques, efetuar saques-conta corrente, cadastrar, alterar e desbloquear senhas. A presente Procuração tem validade de 180 dias a contar da data de sua emissão, se antes alguns ou todos os poderes ora conferidos não forem cancelados pelo(a) outorgante, ou pelo(a) outorgado(a), mediante comunicação por escrito. Belo Horizonte, de de 20..... ---------------------------------------------------------------------------- Assinatura do (a) Outorgante (com firma reconhecida) Assinatura do (a) Outorgado (a) 
Escritura Pública x Ata Notarial
         As comparações entre escritura pública e ata notarial são inevitáveis; naquela, o tabelião é responsável pela elaboração de um documento contendo a manifestação de vontade, constituindo um negócio jurídico. Na ata notarial, o tabelião faz a narrativa dos fatos ou a materialização de algo em forma narrativa do que presencia ou presenciou, vendo e ouvindo com seus próprios sentidos e lavrando um documento qualificado com a mesma força probante da escritura pública e fé pública inerente do tabelião.
         É de ressaltar que o tabelião, na elaboração da ata notarial, deverá cumprir a objetividade dos fatos, vedada sua apreciação ou emissão de opinião pessoal a respeito dos fatos presenciados.
tem por objeto constatar a realidade ou verdade de um fato que o notário vê, ouve ou percebe por seus sentidos, cuja finalidade precípua é a de ser um instrumento de prova em processo judicial, mas que pode ter outros fins na esfera privada, administrativa, registral, e, inclusive, integradores de uma atuação jurídica não negocial ou de um processo negocial complexo, para sua preparação, constatação ou execução
Ata Notarial como meio de prova no ambiente eletrônico
         Com o avanço da tecnologia e o crescimento da internet, há uma enorme quantidade de documentos e contratos realizados por via digital. Quando houver necessidade de comprovar a integridade e veracidade destes documentos, ou atribuir autenticidade, os operadores do direito e a sociedade poderão se valer da ata notarial.
Vejamos alguns casos:
- Pré constitui prova sobre páginas eletrônicas ou outros documentos eletrônicos
- Fixa a data e existência do arquivo eletrônico
- Prova de fatos caluniosos
- Prova de fatos contendo injurias e difamações
- Prova de fatos contendo uso indevido de imagens, textos e logótipos
- Prova de infração ao direito autoral, entre outros
         A ata notarial de verificação de fatos na rede de comunicação de computadores internet é um instrumento desconhecido pela maioria dos operadores do direito. Nela, o tabelião ou preposto relata os fatos que presenciou, comprovando a existência e todo o conteúdo do site ou página da internet, arquivando os endereços (www) acessados e imprimindo as imagens no próprio instrumento notarial, a pedido da parte.
A ata notarial é um excelente instrumento como meio de prova, pois contém a segurança inerente da fé pública notarial. Também opera como prevenção de litígios futuros - essa é sua essência.
A ata notarial, cujo objeto é a verificação de um site ou página da rede comunicação de computadores Internet pelo tabelião com transcrição do conteúdo, é prova evidente de sua existência.
A escritura pública notarial e a ata notarial tem a maior força probante do direito brasileiro. Isto significa que quem contesta a escritura deve provar o alegado.
O que é reconhecimento de firma?
Firma = assinatura.
Reconhecimento de firma é o ato pelo qual o tabelião ou escrevente autorizado certifica que a assinatura constante em um documento corresponde ao padrão gráfico depositado em cartório.
Qual a diferença entre reconhecimento de firma por semelhança e por autenticidade?
Autenticar a cópia de um documento significa declarar que a cópia está igual ao documento apresentado.
Este é um trabalho do tabelião, profissional que tem a fé pública do Estado. A autenticação faz prova plena do fato de que a cópia é idêntica ao documento.
A autenticação serve para multiplicar documentos, garantindo às pessoas estranhas que necessitem acreditar nas cópias, que elas têm a mesma validade, a mesma fé do documento verdadeiro.
A autenticação inverte o ônus de prova num processo judicial. Contestada a autenticação, deverá ser provada a falsidade e que o tabelião errou no ato.
Das Atribuições e Competências dos Notários
  Art. 8º É livre a escolha do tabelião de notas, qualquer que seja o domicílio das partes ou o lugar de situação dos bens objeto do ato ou negócio.
     
   Art. 9º O tabelião de notas não poderá praticar atos de seu ofício fora do Município para o qual recebeu delegação.
Desta forma, é proibido ao notário ir até outro município para lavrar atos. Mas nada impede que os interessados procurem e se dirijam ao Tabelião que melhor lhes aprouver, inclusive em outro município.
 Art. 10. Aos tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos compete:
        I - lavrar os atos, contratos e instrumentos relativos a transações de embarcações a que as partes devam ou queiram dar forma legal de escritura pública;
        II - registrar os documentos da mesma natureza;
        III - reconhecer firmas em documentos destinados a fins de direito marítimo;
        IV - expedir traslados e certidões.
Das Atribuições e Competências dos Notários
  Art. 11. Aos tabeliães de protesto de título compete privativamente:
        I - protocolar de imediato os documentos de dívida, para prova do descumprimento da obrigação;
        II - intimar os devedores dos títulos para aceitá-los, devolvê-los ou pagá-los, sob pena de protesto;
        III - receber o pagamento dos títulos protocolizados, dando quitação;
        IV - lavrar o protesto, registrando o ato em livro próprio, em microfilme ou sob outra forma de documentação;
        V - acatar o pedido de desistência do protesto formulado pelo apresentante;
Das Atribuições e Competências dos Notários
   VI - averbar:
        a) o cancelamento do protesto;
        b) as alterações necessárias para atualização dos registros efetuados;
        VII - expedir certidões de atos e documentos que constem de seus registros e papéis.
        Parágrafo único. Havendo mais de um tabelião de protestos na mesma localidade, será obrigatória a prévia distribuição dos títulos.
Das Atribuições e Competências dos Notários
SEÇÃO III
Das Atribuições e Competências dos Oficiais de Registros
 Art. 12. Aos oficiais de registro de imóveis, de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas, civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas compete aprática dos atos relacionados na legislação pertinente aos registros públicos, de que são incumbidos, independentemente de prévia distribuição, mas sujeitos os oficiais de registro de imóveis e civis das pessoas naturais às normas que definirem as circunscrições geográficas.
COMPETÊNCIA GENÉRICA DOS OFICIAIS DE REGISTRO – LEI 6.015/73
        Art. 13. Aos oficiais de registro de distribuição compete privativamente:
        I - quando previamente exigida, proceder à distribuição eqüitativa pelos serviços da mesma natureza, registrando os atos praticados; em caso contrário, registrar as comunicações recebidas dos órgãos e serviços competentes;
        II - efetuar as averbações e os cancelamentos de sua competência;
        III - expedir certidões de atos e documentos que constem de seus registros e papéis.
SEÇÃO III
Das Atribuições e Competências dos Oficiais de Registros
Titulo II
das normas comuns
Do Ingresso na Atividade Notarial e de registro
  Art. 14. A delegação (AGENTES DELEGADOS – são particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem representantes do Estado, todavia constituem uma categoria à parte de colaboradores do Poder Público. Nesta categoria encontram-se :
· Os concessionários e os permissionários de obras e serviços públicos;Os serventuários de ofícios ou cartórios não estatizados;Os leiloeiros;Os tradutores e intérpretes públicos.)
para o exercício da atividade notarial e de registro depende dos seguintes requisitos:
        I - habilitação em concurso público de provas e títulos;
        II - nacionalidade brasileira;
        III - capacidade civil;
        IV - quitação com as obrigações eleitorais e militares;
        V - diploma de bacharel em direito; (salvo se o candidato tiver completado 10 anos de exercíco em serviço notarial e de registro)
        VI - verificação de conduta condigna para o exercício da profissão.
Do Ingresso na Atividade Notarial e de registro
 Art. 15. Os concursos serão realizados pelo Poder Judiciário, com a participação, em todas as suas fases, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público, de um notário e de um registrador.
        § 1º O concurso será aberto com a publicação de edital, dele constando os critérios de desempate.
        § 2º Ao concurso público poderão concorrer candidatos não bacharéis em direito que tenham completado, até a data da primeira publicação do edital do concurso de provas e títulos, dez anos de exercício em serviço notarial ou de registro.
        § 3º (Vetado).escolaridade mínima de segundo grau até 30 mil habitantes
Art. 16. As vagas serão preenchidas alternadamente, duas terças partes por concurso público de provas e títulos e uma terça parte por meio de remoção, mediante concurso de títulos, não se permitindo que qualquer serventia notarial ou de registro fique vaga, sem abertura de concurso de provimento inicial ou de remoção, por mais de seis meses.
Parágrafo único. Para estabelecer o critério do preenchimento, tomar-se-á por base a data de vacância da titularidade ou, quando vagas na mesma data, aquela da criação do serviço.
Do Ingresso na Atividade Notarial e de registro
  Art. 17. Ao concurso de remoção somente serão admitidos titulares que exerçam a atividade por mais de dois anos.
        Art. 18. A legislação estadual disporá sobre as normas e os critérios para o concurso de remoção.
        Art. 19. Os candidatos serão declarados habilitados na rigorosa ordem de classificação no concurso.
Do Ingresso na Atividade Notarial e de registro
   Art. 20. Os notários e os oficiais de registro poderão, para o desempenho de suas funções, contratar escreventes, dentre eles escolhendo os substitutos, e auxiliares como empregados, com remuneração livremente ajustada e sob o regime da legislação do trabalho.
        § 1º Em cada serviço notarial ou de registro haverá tantos substitutos, escreventes e auxiliares quantos forem necessários, a critério de cada notário ou oficial de registro.
        § 2º Os notários e os oficiais de registro encaminharão ao juízo competente os nomes dos substitutos.
        § 3º Os escreventes poderão praticar somente os atos que o notário ou o oficial de registro autorizar.
       
Dos Prepostos
 § 4º Os substitutos poderão, simultaneamente com o notário ou o oficial de registro, praticar todos os atos que lhe sejam próprios exceto, nos tabelionatos de notas, lavrar testamentos.
        § 5º Dentre os substitutos, um deles será designado pelo notário ou oficial de registro para responder pelo respectivo serviço nas ausências e nos impedimentos do titular.
Dos Prepostos
  Art. 21. O gerenciamento administrativo e financeiro dos serviços notariais e de registro é da responsabilidade exclusiva do respectivo titular, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, investimento e pessoal, cabendo-lhe estabelecer normas, condições e obrigações relativas à atribuição de funções e de remuneração de seus prepostos de modo a obter a melhor qualidade na prestação dos serviços.
Dos Prepostos
Da Responsabilidade Civil e Criminal
  Art. 22. Os notários e oficiais de registro responderão pelos danos que eles e seus prepostos causem a terceiros, na prática de atos próprios da serventia, assegurado aos primeiros direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos.
Responsabilidade civil objetiva. 
        Art. 23. A responsabilidade civil independe da criminal.
 Art. 24. A responsabilidade criminal será individualizada, aplicando-se, no que couber, a legislação relativa aos crimes contra a administração pública.
        Parágrafo único. A individualização prevista no caput não exime os notários e os oficiais de registro de sua responsabilidade civil.
Da Responsabilidade Civil e Criminal
Das Incompatibilidades e dos Impedimentos
  Art. 25. O exercício da atividade notarial e de registro é incompatível com o da advocacia, o da intermediação de seus serviços ou o de qualquer cargo, emprego ou função públicos, ainda que em comissão.
        § 1º (Vetado).
        § 2º A diplomação, na hipótese de mandato eletivo, e a posse, nos demais casos, implicará no afastamento da atividade.
Art. 26. Não são acumuláveis os serviços enumerados no art. 5º.
        Parágrafo único. Poderão, contudo, ser acumulados nos Municípios que não comportarem, em razão do volume dos serviços ou da receita, a instalação de mais de um dos serviços.
        Art. 27. No serviço de que é titular, o notário e o registrador não poderão praticar, pessoalmente, qualquer ato de seu interesse, ou de interesse de seu cônjuge ou de parentes, na linha reta, ou na colateral, consanguíneos ou afins, até o terceiro grau.
Das Incompatibilidades e dos Impedimentos
Dos Direitos e Deveres
 Art. 28. Os notários e oficiais de registro gozam de independência no exercício de suas atribuições, têm direito à percepção dos emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia e só perderão a delegação nas hipóteses previstas em lei.
Dos Direitos e Deveres
 Art. 29. São direitos do notário e do registrador:
        I - exercer opção, nos casos de desmembramento ou desdobramento de sua serventia;
        II - organizar associações ou sindicatos de classe e deles participar.
Art. 30. São deveres dos notários e dos oficiais de registro:
        I - manter em ordem os livros, papéis e documentos de sua serventia, guardando-os em locais seguros;
        II - atender as partes com eficiência, urbanidade e presteza;
        III - atender prioritariamente as requisições de papéis, documentos, informações ou providências que lhes forem solicitadas pelas autoridades judiciárias ou administrativas para a defesa das pessoas jurídicas de direito público em juízo;IV - manter em arquivo as leis, regulamentos, resoluções, provimentos, regimentos, ordens de serviço e quaisquer outros atos que digam respeito à sua atividade;
        V - proceder de forma a dignificar a função exercida, tanto nas atividades profissionais como na vida privada;
        VI - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenham conhecimento em razão do exercício de sua profissão;
Dos Direitos e Deveres
   VII - afixar em local visível, de fácil leitura e acesso ao público, as tabelas de emolumentos em vigor;
        VIII - observar os emolumentos fixados para a prática dos atos do seu ofício;
        IX - dar recibo dos emolumentos percebidos;
        X - observar os prazos legais fixados para a prática dos atos do seu ofício;
        XI - fiscalizar o recolhimento dos impostos incidentes sobre os atos que devem praticar;
        XII - facilitar, por todos os meios, o acesso à documentação existente às pessoas legalmente habilitadas;
        XIII - encaminhar ao juízo competente as dúvidas levantadas pelos interessados, obedecida a sistemática processual fixada pela legislação respectiva;
        XIV - observar as normas técnicas estabelecidas pelo juízo competente.
Dos Direitos e Deveres
Das Infrações Disciplinares e das Penalidades
Art. 31. São infrações disciplinares que sujeitam os notários e os oficiais de registro às penalidades previstas nesta lei:
        I - a inobservância das prescrições legais ou normativas;
        II - a conduta atentatória às instituições notariais e de registro;
        III - a cobrança indevida ou excessiva de emolumentos, ainda que sob a alegação de urgência;
        IV - a violação do sigilo profissional;
 Art. 33. As penas serão aplicadas:
        I - a de repreensão, no caso de falta leve;
        II - a de multa, em caso de reincidência ou de infração que não configure falta mais grave;
        III - a de suspensão, em caso de reiterado descumprimento dos deveres ou de falta grave.
Das Infrações Disciplinares e das Penalidades
Art. 32. Os notários e os oficiais de registro estão sujeitos, pelas infrações que praticarem, assegurado amplo direito de defesa, às seguintes penas:
        I - repreensão;
        II - multa;
        III - suspensão por noventa dias, prorrogável por mais trinta;
        IV - perda da delegação.  Art. 33. As penas serão aplicadas:
        I - a de repreensão, no caso de falta leve;
        II - a de multa, em caso de reincidência ou de infração que não configure falta mais grave;
        III - a de suspensão, em caso de reiterado descumprimento dos deveres ou de falta grave.
Das Infrações Disciplinares e das Penalidades
  Art. 34. As penas serão impostas pelo juízo competente, independentemente da ordem de gradação, conforme a gravidade do fato.
        Art. 35. A perda da delegação dependerá:
        I - de sentença judicial transitada em julgado; ou
        II - de decisão decorrente de processo administrativo instaurado pelo juízo competente, assegurado amplo direito de defesa.
        § 1º Quando o caso configurar a perda da delegação, o juízo competente suspenderá o notário ou oficial de registro, até a decisão final, e designará interventor, observando-se o disposto no art. 36.
        § 2º (Vetado)
Das Infrações Disciplinares e das Penalidades
  Art. 36. Quando, para a apuração de faltas imputadas a notários ou a oficiais de registro, for necessário o afastamento do titular do serviço, poderá ele ser suspenso, preventivamente, pelo prazo de noventa dias, prorrogável por mais trinta.
        § 1º Na hipótese do caput, o juízo competente designará interventor para responder pela serventia, quando o substituto também for acusado das faltas ou quando a medida se revelar conveniente para os serviços.
        § 2º Durante o período de afastamento, o titular perceberá metade da renda líquida da serventia; outra metade será depositada em conta bancária especial, com correção monetária.
        § 3º Absolvido o titular, receberá ele o montante dessa conta; condenado, caberá esse montante ao interventor.
Das Infrações Disciplinares e das Penalidades
Da Fiscalização pelo Poder Judiciário
   Art. 37. A fiscalização judiciária dos atos notariais e de registro, mencionados nos artes. 6º a 13, será exercida pelo juízo competente, assim definido na órbita estadual e do Distrito Federal, sempre que necessário, ou mediante representação de qualquer interessado, quando da inobservância de obrigação legal por parte de notário ou de oficial de registro, ou de seus prepostos.
        Parágrafo único. Quando, em autos ou papéis de que conhecer, o Juiz verificar a existência de crime de ação pública, remeterá ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.
  Art. 38. O juízo competente zelará para que os serviços notariais e de registro sejam prestados com rapidez, qualidade satisfatória e de modo eficiente, podendo sugerir à autoridade competente a elaboração de planos de adequada e melhor prestação desses serviços, observados, também, critérios populacionais e socioeconômicos, publicados regularmente pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Da Fiscalização pelo Poder Judiciário
Da Extinção da Delegação
  Art. 39. Extinguir-se-á a delegação a notário ou a oficial de registro por:
        I - morte;
        II - aposentadoria facultativa;
        III - invalidez;
        IV - renúncia;
        V - perda, nos termos do art. 35.
§ 1º Dar-se-á aposentadoria facultativa ou por invalidez nos termos da legislação previdenciária federal.
        § 2º Extinta a delegação a notário ou a oficial de registro, a autoridade competente declarará vago o respectivo serviço, designará o substituto mais antigo para responder pelo expediente e abrirá concurso.
Da Seguridade Social
 Art. 40. Os notários, oficiais de registro, escreventes e auxiliares são vinculados à previdência social, de âmbito federal, e têm assegurada a contagem recíproca de tempo de serviço em sistemas diversos.
        Parágrafo único. Ficam assegurados, aos notários, oficiais de registro, escreventes e auxiliares os direitos e vantagens previdenciários adquiridos até a data da publicação desta lei.
Das Disposições Gerais
  Art. 41. Incumbe aos notários e aos oficiais de registro praticar, independentemente de autorização, todos os atos previstos em lei necessários à organização e execução dos serviços, podendo, ainda, adotar sistemas de computação, microfilmagem, disco ótico e outros meios de reprodução.
        Art. 42. Os papéis referentes aos serviços dos notários e dos oficiais de registro serão arquivados mediante utilização de processos que facilitem as buscas.
        Art. 43. Cada serviço notarial ou de registro funcionará em um só local, vedada a instalação de sucursal.
Art. 44. Verificada a absoluta impossibilidade de se prover, através de concurso público, a titularidade de serviço notarial ou de registro, por desinteresse ou inexistência de candidatos, o juízo competente proporá à autoridade competente a extinção do serviço e a anexação de suas atribuições ao serviço da mesma natureza mais próximo ou àquele localizado na sede do respectivo Município ou de Município contíguo.
        § 1º (Vetado).
        § 2º Em cada sede municipal haverá no mínimo um registrador civil das pessoas naturais.
        § 3º Nos municípios de significativa extensão territorial, a juízo do respectivo Estado, cada sede distrital disporá no mínimo de um registrador civil das pessoas naturais.
Das Disposições Gerais
 Art. 45. São gratuitos os assentos do registro civil de nascimento e o de óbito, bem como a primeira certidão respectiva.
 Art. 46. Os livros, fichas, documentos, papéis, microfilmes e sistemas de computação deverão permanecer sempre sob a guarda e responsabilidade do titular de serviço notarial ou de registro, que zelará por sua ordem, segurança e conservação.
        Parágrafoúnico. Se houver necessidade de serem periciados, o exame deverá ocorrer na própria sede do serviço, em dia e hora adrede designados, com ciência do titular e autorização do juízo competente.
Das Disposições Gerais
Das Disposições Transitórias
   Art. 47. O notário e o oficial de registro, legalmente nomeados até 5 de outubro de 1988, detêm a delegação constitucional de que trata o art. 2º.
        Art. 48. Os notários e os oficiais de registro poderão contratar, segundo a legislação trabalhista, seus atuais escreventes e auxiliares de investidura estatutária ou em regime especial desde que estes aceitem a transformação de seu regime jurídico, em opção expressa, no prazo improrrogável de trinta dias, contados da publicação desta lei.
        § 1º Ocorrendo opção, o tempo de serviço prestado será integralmente considerado, para todos os efeitos de direito.
        § 2º Não ocorrendo opção, os escreventes e auxiliares de investidura estatutária ou em regime especial continuarão regidos pelas normas aplicáveis aos funcionários públicos ou pelas editadas pelo Tribunal de Justiça respectivo, vedadas novas admissões por qualquer desses regimes, a partir da publicação desta lei.
Das Disposições Transitórias
  Art. 49. Quando da primeira vacância da titularidade de serviço notarial ou de registro, será procedida a desacumulação, nos termos do art. 26.
        Art. 50. Em caso de vacância, os serviços notariais e de registro estatizados passarão automaticamente ao regime desta lei.
        Art. 51. Aos atuais notários e oficiais de registro, quando da aposentadoria, fica assegurado o direito de percepção de proventos de acordo com a legislação que anteriormente os regia, desde que tenham mantido as contribuições nela estipuladas até a data do deferimento do pedido ou de sua concessão.
        § 1º O disposto neste artigo aplica-se aos escreventes e auxiliares de investidura estatutária ou em regime especial que vierem a ser contratados em virtude da opção de que trata o art. 48.
        § 2º Os proventos de que trata este artigo serão os fixados pela legislação previdenciária aludida no caput.
        § 3º O disposto neste artigo aplica-se também às pensões deixadas, por morte, pelos notários, oficiais de registro, escreventes e auxiliares.
 Art. 52. Nas unidades federativas onde já existia lei estadual específica, em vigor na data de publicação desta lei, são competentes para a lavratura de instrumentos traslatícios de direitos reais, procurações, reconhecimento de firmas e autenticação de cópia reprográfica os serviços de Registro Civil das Pessoas Naturais.
        Art. 53. Nos Estados cujas organizações judiciárias, vigentes à época da publicação desta lei, assim previrem, continuam em vigor as determinações relativas à fixação da área territorial de atuação dos tabeliães de protesto de títulos, a quem os títulos serão distribuídos em obediência às respectivas zonas.
Parágrafo único. Quando da primeira vacância, aplicar-se-á à espécie o disposto no parágrafo único do art. 11.
Das Disposições Transitórias
 Art. 54. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
        Art. 55. Revogam-se as disposições em contrário.
       
Brasília, 18 de novembro de 1994; 173º da Independência e 106º da República.
Das Disposições Transitórias