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Aristóteles


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ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PAULO PETROLA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 2ºANO
FILOSOFIA
PROFESSOR GADELHA
ALUNA AMANDA LARISSA SANTOS SOUSA Nº01
ARISTÓTELES 
Fortaleza-2017
Introdução
Aristóteles foi um filósofo grego, seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedónia, na época com treze anos de idade, que será o mais conhecido conquistador do mundo antigo. Em 335 a.C. Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Atenas onde funda o Liceu.
 Platão e Aristóteles eram diferentes em seus pensamentos, tendo diferentes maneira de pensar sobre a origem das ideias, Platão elaborou o inatismo e Aristóteles o realismo. Platão tinha o pensava que a verdade se aplicava primeiro ao objeto, ou ao sujeito, e depois ao enunciado, e para Aristóteles  a verdade estaria no pensamento ou na linguagem, e não no ser ou na coisa. Outro importante aspecto era que para Platão existiam dois mundos sendo um das ideias e outro das coisas e para Aristóteles existia apenas um único mundo e seria o que vivemos.
Aristóteles criou a sua metafísica com base em três princípios fundamentais para sustentar a realidade e em quatro pilares fundamentais para a existência das coisas. Aristóteles mostra os princípios para sustentar a realidade com três argumentos: O princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído.
Princípio de identidade – Fala que uma proposição é sempre igual a ela mesma, nunca diferente. Exemplo disso é A=A e B=B.
Princípio da não contradição – Diz que uma afirmação não pode ser falsa e verdadeira ao mesmo tempo. Uma bola não pode ser uma bola ao mesmo tempo em que não é uma bola.
Princípio do terceiro excluído – Uma afirmação ou é verdadeira, ou é falsa. Nunca vai existir uma terceira opção.
Assim conseguiu resumir sua teoria em quatro causas
Causa material – Do que o ser é feito;
Causa formal – A forma;
Causa eficiente – O que originou o ser;
Causa final – Finalidade daquilo existir;
Portando para Aristóteles a nossa finalidade é encontrar a felicidade e só iremos encontra-la quando acharmos uma atividade que nos dê prazer, quando ficamos realizados fazendo aquilo mais do que qualquer outro coisa. Tudo o que fazemos é um meio para encontrarmos a felicidade, sendo que ela é o fim nela mesmo.
Vida de Aristóteles
Entre os principais filósofos antigos está Aristóteles (384 - 322 a.C.), nascido na cidade de Estagira, na Macedônia, hoje pertencente à Grécia. Seus escritos discorrem sobre uma grande variedade de assuntos como biologia, física, lógica, ética, política e arte.
Filho do médico do rei da Macedônia, Amintas III, Aristóteles foi para Atenas para prosseguir com seus estudos. Naquela cidade, que era o centro da produção do conhecimento na época, escolheu a escola de Platão para estudar, a Academia. Estudou ali cerca de vinte anos e deixou a cidade e a escola após a morte de Platão.
Poucos anos após deixar Atenas, Aristóteles recebeu um convite do então rei da Macedônia, Filipe II, filho de Amintas III. O convite de Filipe II era para que Aristóteles fosse preceptor de Alexandre, que ficaria conhecido na história como o Grande. Aristóteles foi professor do adolescente Alexandre até este subir ao trono.
Com a ascensão de seu aluno, Aristóteles deixou a Macedônia e retornou para Atenas. Ali fundou sua própria escola, o Liceu. Com a morte de Alexandre, doze anos após fundar sua escola, Aristóteles resolveu deixar a cidade, pois era macedônio e temia que os atenienses o matassem. Foi para a ilha de Eubeia e faleceu ali dois anos depois.
O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia,  metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos. 
Platão e Aristóteles
É interessante notar que Aristóteles visa superar Platão, seu mestre. Assim como pensa que a essência das coisas está nas próprias coisas, diferente de Platão que pensa nas coisas como cópias de ideias perfeitas, Aristóteles pensa de modo diferenciado assuntos como ética e política.
Em ética, Aristóteles discorda da ideia platônica que via as paixões humanas como negativas e que precisavam ser controladas pela razão. Para ele, as paixões humanas não são nem boas e nem ruins. Ruim é quando as paixões são viciosas, isto é, quando estão em excesso ou em falta. Ter raiva de alguém não é ruim, por exemplo, pois ruim é aplicar em determinada situação mais raiva do que o necessário ou menos raiva do que o necessário. Nesse sentido, Aristóteles pensa que virtude é encontrar uma justa medida entre o excesso e a falta das paixões. Agir corretamente é um treino constante de dosar corretamente as paixões.
Platão defendia o Inatismo, nascemos como princípios racionais e ideias inatas. A origem das ideias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligível, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as ideias assimiladas em nossas mentes.
Quando nós nascemos no mundo conhecidos por todos, o mundo em que vivemos, denominado por Platão como mundo sensível nós já temos as ideias formuladas em nossas mentes mas muito guardadas que para serem utilizadas  é necessário “relembrar” as ideias já conhecidas através do mundo inteligível.
Para Platão existem quatro formas ou graus de conhecimento que são a crença, opinião, raciocínio e indução. Para ele as duas primeiras podem ser descartadas da filosofia pois não são concretas, sendo as duas últimas são as formas de fazer filosofia. Para Platão tudo se justifica através da matemática e através dessa que nós chegamos a verdadeira realidade.
 	O conhecimento sensível ( crença e opinião ) é apenas uma da realidade, como se fosse uma visão dos homens da caverna do texto “Alegoria da Caverna” e o conhecimento intelectual  (raciocínio e indução) alcança a essência das coisas, as ideias.
	Já Aristóteles era um filosofo que defendia o Empirismo, as ideias são adquiridas  através de experiência, na realidade o Empirismo não era concreto na época de Aristóteles, muitos filósofos acreditavam que Aristóteles foi um dos criadores das principais ideias do Empirismo e para outros filósofos ele é apenas um realista, um filósofo que dá muita importância para o mundo exterior e para os sentidos, como a única fonte do conhecimento e aprimoramento do intelecto.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das ideias é através da observação de objetos para após a formulação da ideia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligível.
Aristóteles diz que existem seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição. Para ele o conhecimento é formado e enriquecido por informações trazidas de todos os graus citados e não há diferença entre o conhecimento sensível e intelectual, um é continuação do outro, a única separação existente é entre as seis primeiras formas e a última forma pois a intuição é puramente intelectual, mas isso não quer dizer que as outras formas não sejam verdadeiras mas sim formas de conhecimento diferentes que utilizam coisas concretas.
No campo político, Aristóteles se preocupou menos com hipóteses de uma sociedade ideal e mais com um estudo dos sistemas políticos e leis existentes em sua época.Assim, diferente de Platão, que teorizou uma cidade ideal, Aristóteles pensou uma sociedade que não fosse nem totalmente democrática e nem totalmente aristocrática: a política permitiria que os conflitos entre ricos e pobres pudessem ser amenizados. Podemos defender Aristóteles, dizendo os problemas sobre a teoria das ideias apresentada por Platão, como por exemplo sua teoria diz que você vem ao mundo com suas ideias já formuladas e que essas ideias são intemporais, e como Platão explica diferentes ideias sobre o que é justiça? Ideia que segundo ele é inata e todos tem a mesma fonte do que seria a justiça.
A metafísica
No conjunto de obras denominado Metafísica, Aristóteles buscou investigar o “ser enquanto ser”. Significa que buscou compreender o que tornava as coisas o que elas são. Nesse sentido, as características das coisas apenas nos mostram como as coisas estão, mas não definem ou determinam o que elas são. É preciso investigar as condições que fazem as coisas existirem, aquilo que determina “o que” elas são e aquilo que determina “como” são.
Em sua metafísica, Aristóteles fala acerca dos primeiros princípios. Os primeiros princípios dizem respeito aos princípios lógicos, a saber: o princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. O princípio de identidade é autoevidente e determina que uma proposição é sempre igual a ela. Disto pode-se afirmar que A=A. O princípio da não contradição afirma que uma proposição não pode, ao mesmo tempo, ser falsa e verdadeira. Não se pode propor que um triângulo possui e não possui três lados, por exemplo. O princípio do terceiro excluído afirma que ou uma proposição é verdadeira ou é falsa, e não há uma terceira opção viável. Tais princípios, deste modo, garantem as condições que asseguram a realidade das coisas.
 A teoria das quatro causas
Para Aristóteles uma coisa é o que é devido a sua forma. Como, porém, o filósofo entende essa expressão? Ele compreende a forma como a explicação da coisa, a causa de algo ser aquilo que é. Na verdade, Aristóteles distingue a existência de quatro causas diferentes e complementares: 
A causa material- de que a coisa é feita? No exemplo da casa, de tijolos.
A causa eficiente- o que fez a coisa? A construção
A causa formal- o que lhe da a forma? A casa
A causa final- o que lhe deu a forma? A intenção do construtor 
Temos que examinar as causas, quais e quantas são. Dado que o objeto desta investigação é o conhecer e não acreditamos conhecer algo se antes não estabelecemos em cada caso o “por quê” (que significa captar a causa primeira), é evidente que teremos que examinar tudo que se  refere à geração e à destruição e a toda mudança natural, a investigação é o conhecer e não acreditamos conhecer algo se antes não estfim de que, conhecendo seus princípios, possamos tentar fazer referência a eles em cada uma de nossas investigações.
Neste sentido se diz que é causa aquele constitutivo interno de que algo é feito, como por exemplo o bronze a respeito da estátua ou a prata a respeito da taça, e os gêneros do bronze ou da prata. [É a causa material.]
Em outro sentido é a forma ou o modelo, isto é, a definição da essência e seus gêneros (…) e as partes da definição. [É a causa formal.]
Em outro sentido é o princípio primeiro de onde vem a mudança ou o repouso, como o que quer algo é causa, como é também o pai é causa de seu filho, e de modo geral o que faz algo é causa do que é feito, e o que faz mudar é causa do que é mudado. [É a causa eficiente.]
E em outro sentido causa é o fim, isto é, aquilo para o qual é algo, por exemplo: o caminhar é a causa da saúde. Pois por que caminhamos? Ao que respondemos: para ficar saudáveis, e ao dizer isso cremos ter indicado a causa. E também qualquer coisa que, sendo movida por outra coisa, chega a ser um meio para obter um fim, como os medicamentos e os instrumentos cirúrgicos são meios para obter a saúde. Todas essas coisas são para um fim, e se diferenciam entre si em que umas são atividades e outras, instrumentos. [É a causa final.]
Tais são, portanto, os sentidos em que diz que algo é causa. Mas, como se diz causa em vários sentidos, ocorre também que uma mesma coisa tem várias causas, e não por acaso. Assim, no caso de uma estátua, tanto a arte do escultor [a causa eficiente] quanto o bronze [a causa material] são causas dela, e causas da estátua enquanto estátua e não causas de outra coisa; pois não são do mesmo modo: um é a causa como matéria, outra aquilo de onde provêm o movimento.
Há também coisas que são reciprocamente causas; assim, o exercício é causa do bom estado do corpo, e este é causa do exercício, ainda que não do mesmo modo: o bem estar do corpo é causa como fim, o exercício é causa como princípio do movimento [causa eficiente].
Ato e potência
Aristóteles se depara com um grande problema filosófico deixado por Heráclito e por Parmênides, isto é, o problema do movimento (mudança) do ser, das coisas, do ente: o ente se move, se altera ou permanece imóvel, sempre idêntico a si mesmo?
 Segundo Heráclito, a mudança se dá de modo constante nas coisas, pois tudo flui. Já Parmênides defende o monismo e o imobilismo do ser, de modo que este é considerado como imutável, indivisível e imóvel.
Com a finalidade de superar as teorias e os problemas acerca do movimento e do imobilismo do ser, Aristóteles formula sua perspectiva – até certo ponto, apresentada como uma síntese dos pensamentos heraclitianos e parmenídicos – atrelada à sua compreensão da realidade sensível: a existência concreta do ser deve ser garantida, mas sem que se negue o movimento encontrado na natureza.
 
Deste modo, a distinção com relação ao ser é realizada: o ser é o que existe em ato e também o que existe em potência – isto é, o que pode vir a ser em ato. O ser pode, pois, possuir determinadas características em um momento e outras características diversas em um momento diferente. Ademais, pode ser dito de vários modos: pode-se dizer o ser através das categorias, através do ato e potência, pela verdade e falsidade e também pelas quatro causas.
Com a finalidade de explicar o movimento que ocorre na natureza, o Estagirita utiliza-se das noções de ato e potência –  abordadas com profundidade no Livro IX da Metafísica de Aristóteles. Ambas as noções compõem nosso objeto neste trabalho, no qual são tomadas brevemente, comparadas e contrapostas por nós.
Ato e potência são apontados pelo filósofo como modos de ser divergentes e diferentes. 
Quando se diz que algo é em ato, diz-se que a coisa existe concretamente, existe em ato, diz-se que possui existência real.  Ao se dizer do ser enquanto potência, refere-se a algo que tem a capacidade de realizar sua existência, algo que tem a possibilidade de existir, embora não de modo necessário. Estes dois modos de ser prevalecem sobre todos os seres. O ser é tomado pelo filósofo como ato e/ou potência. É por essa concepção que se pode explicar a mudança das coisas: o pensamento de que as coisas deixam de ser ao mudarem é excluído por Aristóteles, já que, ao sofrerem as mudanças, o movimento a coisa passa de um modo de ser – potência – a outro modo de ser – ato.
Com relação ao ato e potência, o ser pode existir de três modos:
1) pode existir enquanto ato, mas não em potência;
2) pode existir enquanto ato e enquanto potência;
3) pode existir enquanto potência, embora não em ato.
Estes modos de existir trazem várias implicações, como:
1) ao existir em ato, mas não em potência, o ser existe necessariamente, de modo que não pode ser diferente do que é;
2) ao existir em ato e em potência, o ser existe necessariamente, todavia pode se tornar outra coisa com relação ao que é atualmente;
3) ao existir como potência, mas não em ato, o ser existe enquanto possibilidade e, assim, não existe de modo necessário.
Deve-se ressaltar que, segundo Aristóteles, o que existe em ato não possui dois contrários concomitantemente,enquanto o que existe em potência pode contê-los ao mesmo tempo. Neste ponto, podemos notar que Aristóteles estabelece a tese ontológica de não-contradição, a qual já havia sido apontada por Parmênides, embora ele não a houvesse sistematizado. Perscrutando um pouco mais a questão da potência comportar seu oposto, entende-se que o que tem a potência de existir, também tem a potência de não existir, como afirma Aristóteles: “Portanto, pode ocorrer que uma substância seja em potência para ser e que, todavia, não exista, e, também, que uma substância seja em potência para não ser e que, todavia, exista” (Met., IX(3), 1047 a 20-22).
A existência em ato é considerada determinada pelo Estagirita e a existência em potência é tida como indeterminada, posto que a passagem de potência à ato pode ou não ocorrer. De potência, a coisa vai em direção ao ato, pois este é o fim visado pela coisa que está em potência. Assim, o ser só pode atualizar-se com a condição de haver nele a capacidade potencial para tal ato, seja externa ou interna.
Há também outro ponto de diferenciação e oposição entre as noções de ato e de potência: o ato é concebido como princípio ativo determinante, e a potência é concebida como capacidade de realização, conforme apontou o Estagirita: “Chamo, por exemplo, construtor quem tem a capacidade construir, vidente quem tem a capacidade de ver, e visível o que pode ser visto.
O mesmo vale para tudo o mais. De modo que a noção de ato, necessariamente, precede o conceito de potência e o conhecimento do ato precede o conhecimento da potência” (Aristóteles, Metafísica, IX(8), 1049 b 20). Para o filósofo, o movimento, a alteração das coisas se dá de modo teleológico, a saber, visando um fim. O ato é considerado o fim a ser atingido pela potência. Esta, por sua vez, existe visando seu fim, o ato, sendo a finalidade e o ser que visa alcançá-la opostos e diferentes.
A lógica
A lógica aristotélica é uma ferramenta em favor do exercício do pensamento e da linguagem.Diferente da dialética platônica, que é o exercício direto do pensamento e da linguagem, a lógica aristotélica dispõe do aparato para que o conhecimento do discurso seja realizado.
 Em resumo: é um instrumento para o conhecimento porque se constitui de ciência da linguagem.
Oferece elementos que devem ser aplicados nos raciocínios direcionados a todas as coisas pelas quais é possível ter o conhecimento universal e, portanto, necessário. A lógica aristotélica parte de princípios que regem o pensamento.
E como instrumento e não teoria, nem elemento prático ou produtivo, a lógica está à serviço da ciência. Obedecendo a esse preceito, as obras que versam sobre a lógica aristotélica recebem o nome de Óragon (instrumento).
Características da Lógica Aristotélica:
Instrumental
Formal
Propenêutica ou preliminar
Normativa
Doutrina da prova
Geral e atemporal 
Aristóteles define que o fundamento da lógica é a proposição. Essa usa a linguagem para expressar os juízos que são formulados pelo pensamento. Proposição atribui um predicado ( denominado P) a um sujeito (denominado S).
Silogismo
Os juízos encadeados por esse segmento são expressados de maneira lógica por conexões de preposições, o que é denominado silogismo.
Os princípios que devem ser seguidos para que o silogismo seja verdadeiro, os tipos de proposições de silogismo e os elementos que constituem uma proposição são objetos da lógica.
O silogismo é comparado ao ponto central da lógica aristotélica. Representa a teoria que permite a demonstração das provas a que estão atreladas o pensamento científico e filosófico.
É marcado por três características principais: é mediato, é demonstrativo (dedutivo ou indutivo), é necessário. Três preposições o constituem: premissa maior, a premissa menor e a conclusão.
Exemplo: O mais aplicado, repetido e difundido exemplo do silogismo é:Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem, Logo, Sócrates é mortal.
 	Proposição
A proposição é integrada por elementos que são seus termos. Esses termos são definidos também como categorias e, segundo Aristóteles, representam o que é utilizado para designar uma coisa.
Há dez categorias ou termos:
Substância
Quantidade
Qualidade
Relação
Lugar
Tempo
Posição
Posse
Ação
Paixão
O que algo ou coisa é e faz é indicado pelas categorias. Elas refletem o que a percepção capta de maneira imediata e diretamente. As categorias ou termos têm duas propriedades lógicas, que são a extensão e a compreensão.
A extensão é constituída pelo conjunto de coisas designados por um termo ou uma categoria. Já a compreensão representa o conjunto de propriedades que foi designado por esse termo ou essa categoria designa.
Pela lógica aristotélica, a extensão de uma conjunto é inversamente proporcional à sua compreensão. Por isso, quanto maior for a extensão de um conjunto, menor será a compreensão dele.
E, ao contrário, quanto maior for a compreensão de um conjunto, menor será a extensão. Esse comportamento favorece a classificação das categorias em gênero, espécie e indivíduo.
Quando avaliamos a proposição, a categoria da substância é o sujeito (S). As demais categorias são os predicados (P) que foram atribuídos ao sujeito. Podemos compreender a predicação ou atribuição pela designação do verbo ser, que é um verbo de ligação.
Exemplo: O cão é bravo.
Preposição
Preposição é o enunciado por meio do discurso declarativo de tudo o que foi pensado, organizado, relacionado e reunido pelo juízo. Representa, reúne ou separa pela demonstração verbal o que foi separado pelo juízo mentalmente.
A reunião de termos é feita pela afirmação: S é P (verdade). A separação ocorre pela negação: S não é P (falsidade).
Sob o prisma do sujeito (S), existem dois tipos de preposições: preposição existencial e preposição predicativa.
As preposições são declaradas conforme a qualidade e a quantidade e obedecem à divisão por afirmativas e negativas. Sob o prisma da quantidade, as preposições se dividem em universais, particulares e singulares. Já sob o prisma da modalidade, se dividem em necessárias, não-necessárias ou impossíveis e possíveis.
Lógica Matemática
No século XVIII, o filósofo e matemático alemão Leibniz criou o cálculo infinitesimal, que constituía o passo para a encontrar uma lógica que, inspirada na linguagem matemática, chegasse à perfeição.
A matemática é considerada uma ciência de linguagem simbólica perfeita porque manifestando-se por meio de cálculos puros e organizados é retratada por algoritmos de único sentido.
Já a lógica descreve as formas é capaz de descrever as relações das proposições lançando mão de um simbolismo regulado criado especificamente para esse fim. Em suma, é servida por uma linguagem construída para ela, com base do modelo matemático.
A matemática passou a constituir um ramo da lógica a partir da mudança de pensamento no século XVIII. Até então, o pensamento grego prevalecia de que a matemática era uma ciência da verdade absoluta sem qualquer interferência humana.
Todo o modelo matemático conhecido, constituído por operações, o conjunto de regas, 
princípios, símbolos, figuras geométricas, a álgebra e a aritmética existiam por si, permanecendo independente da presença ou da ação do homem. Os filósofos consideravam a matemática uma ciência divina.
A transformação do pensamento no século XVIII remodelou o conceito da matemática, que passou a ser considerada como resultado do intelecto humano.
Teoria dos Conjuntos
Somente ao fim do século XIX, o matemático italiano Giussepe Peano (1858 – 1958) divulgou seus trabalhos sobre a teoria dos conjuntos, abrindo um novo ramo na lógica: a lógica matemática.
Peano promoveu um estudo demonstrando que os números cardinais finitos podiam derivar de cinco axiomas ou proporções primitivas traduzidas em três termos não definíveis: zero, número e sucessor de.
A lógica matemática foi aperfeiçoada pelos estudos do filósofo e matemático Friedrich Ludwing Gottlob Frege (1848 - 1925) e pelos ingleses Bertrand Russel (1872 -1970) e Alfred Whiterhard (1861 - 1947).
O princípio da identidade
O princípio de identidade, oque requer que o objeto deve ser pensado como tendo uma natureza imutável (A é A), o princípio da Contradição, onde não pode ser pensado como de uma só vez com umdeterminado personagem e não ter esse caráter (A não pode ser B e não B), e do Princípio do terceiro excluído, onde quer que tem caráter ou a propriedade ou não tê-lo(A é B ou não B). Aristóteles dá a estes princípios distintas interpretações.
O Princípio da identidade não é como poderia aparecer a reiteração abstrata de um termo como sujeito e predicado. Na sua forma proposicional, como observa Hegel, não há promessa de uma distinção entre sujeito e predicado, bem como identidade.. A verdadeira apreciação deste princípio é encontrada em Leibniz, que afirma que toda verdade é a identidade, mas não uma repetição vazia despojado de diferença. O Princípio da identidade é sim a afirmação da unidade do que é diferente.
O princípio de identidade não é derivado de qualquer um dos outros, mas a partir das
reflexões de Aristóteles sobre a unidade e ser: “Para perguntar por que algo é por si só é investigar nada, pois o fato ou a existência de algo que deve ser clara”. Assim, o fato de
que é algo em si, isto é uma resposta, a uma causa em todos os casos, como, por exemplo, nas questões: Por que é um homem um homem? e Por que o músico émúsico? a menos que se tivesse respondido que cada coisa é indissociável de si mesma,uma vez que para ser um para cada coisa é ser indivisível de si mesmo. Mas isso (que uma coisa é em si) é comum a todas coisas e uma resposta curta para todos elas.
 
O princípio da não contradição
O Principio da Não Contradição é a segunda das Três Leis Clássicas do Pensamento, em sua formulação mais simples, determina que duas afirmações contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo sob o mesmo aspecto. Sob o mesmo tempo e aspecto, tais afirmações serão mutuamente excludentes.
O principal cuidado a se ter, quando aplicamos o Princípio da Não Contradição, é quanto a suas condições, de tempo e aspecto. As afirmações "A é B" e "A não é B" serão mutuamente excludentes apenas se ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto dado, desta forma, por exemplo, se dizemos que "o vestido tem uma manga vermelha" e que "o vestido não tem uma manga vermelha", mas não especificamos em que momento isto acontece ou qual a manga a qual nos referimos, se direita ou esquerda, ambas as afirmações podem estar corretas e por isto não serão mutuamente excludentes. Ignorar a importância destes elementos para o uso do Princípio da Não Contradição tem sido, desde tempos remotos, o principal erro daqueles que desafiaram ou recusaram o princípio.
Desta forma, uma formulação mais precisa do princípio seria que, é impossível predicar da mesma coisa, ao mesmo tempo, no mesmo sentido, a ausência e a presença de uma mesma qualidade fixa, por exemplo "ser vermelho".
De acordo com o que nos informam Platão e Aristóteles, a primeira aparição conhecida do Princípio da Não Contradição foi a sua negação pelo filósofo grego Heráclito, que teria afirmado que o Princípio da Não Contradição não comporta as mudanças no mundo. Se uma filosofia do "vir a ser" não é possível sem mudança, então, segundo teria afirmado Heráclito, o que virá a ser já deve existir em nós, de modo que quando somos, também não somos. Este aspecto é explorado ao longo da história da filosofia como o potencial para vir a ser, de modo que qualidades podem existir simultaneamente, mas em aspectos diferentes, como potenciais e como factuais. A despeito da acusação de Platão e Aristóteles, pouco se sabe dos escritos de Heráclito para afirmar sua intenção em recusar o princípio de maneira rigorosa, podendo o autor simplesmente ter preocupado-se em afirmar a dualidade presente quando não consideramos tempo e aspecto, esta hipótese é levantada por M. Cornford ao analisar o aforismo no qual Heráclito afirma que a estrada leva a dois sentidos, do contrário não seria uma estrada.
No que pese Parmênides e Sócrates terem tratado do tema e Platão ter apresentado uma relevante formulação do princípio, a fonte tradicional do Princípio da Não Contradição é a Metafísica de Aristóteles, na qual ele apresenta três versões do princípio:
Lógico: A maior certeza, dentre todos os princípios básicos, é que proposições contraditórias não são verdadeiras simultaneamente.
Psicológico: Estabelece que ninguém pode acreditar que a mesma coisa possa, ao mesmo tempo, ser e não ser.
Ontológico: Estabelece que, uma mesma coisa não pode pertencer e não pertencer a mesma coisa ao mesmo tempo sob o mesmo aspecto.
Uma das mais relevantes características do princípio é que a própria tentativa de prová-lo errado pressupõe o princípio, uma vez que o direito de exigir uma prova, ou de oferecer refutação, pressupõe a existência de uma alternativa correta e uma incorreta, sendo ambas mais do que incompatíveis, mas mutuamente excludentes. Assim, se afirmamos que o princípio de não contradição não é válido, ou que é incorreto, teremos de aceitar que a contradição é possível, sendo a contradição possível o oposto de qualquer conclusão será também possível, assim, ao mesmo tempo em que afirmamos que o Princípio de Não Contradição é incorreto, teremos de supor que seja correto.
O princípio do terceiro excluído
O princípio do terceiro excluído afirma que ou uma proposição é verdadeira ou é falsa, e não há uma terceira opção viável. Tais princípios, deste modo, garantem as condições que asseguram a realidade das coisas.O princípio do terceiro excluído é a terceira das três leis clássicas do pensamento. Ele afirma que, para qualquer proposição, ou ela é verdadeira, ou a sua negação é verdadeira. Ou seja, uma coisa deve ser de uma forma ou de outra, não há meio termo .Um bom exemplo seria se "Sócrates é mortal" e "Ou Sócrates é mortal, ou não é o caso de que Sócrates é mortal", a posição "meio", que Sócrates não é mortal, nem não-mortal, é excluído pela lógica e assim quer a primeira possibilidade (de que Sócrates é mortal) ou a sua negação (que Sócrates não é mortal) deve ser verdade.
 Esta regra não é derivada do princípio da contradição, ao invés é a definição do que é a verdade e a mentira: O que é mais, não pode ser qualquer coisa entre dois contraditórios, mas de qualquer assunto, uma coisa deve ser afirmada ou negada. 
Conclusão
Podemos concluir com esse trabalho que Aristóteles foi um pensador muito importante e respeitado no mundo, ao lado de Sócrates e Platão, que influenciaram e mudaram a filosofia pré-socrática, assim construindo um dos principais explicação da Filosofia ocidental. Aristóteles contribui bastante em várias áreas do conhecimento humano, entre elas ética, poesia, política, lógica, psicologia. Porém existe uma que destaca-se a física: a concepção de Aristóteles sobre física parte do movimento, esclarecendo os conceitos sobre o crescimento, alteração e mudança.
Diversos aspectos da produção filosófica de Aristóteles continuam a ser matéria de estudo e investigação. Ainda, graças ao trabalho de Aristóteles temos acesso ao pensamento de vários filósofos pré-socráticos, cujas obras não sobreviveram até nosso tempo, mas sobreviveram o bastante para serem citadas, criticadas ou comentadas por Aristóteles.
 
Referências bibliográficas 
Vida de Aristóteles: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/aristoteles.htm
Platão e Aristóteles: http://www.coladaweb.com/filosofia/platao-x-aristoteles
A metafísica: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/metafisica.htm
-A teoria das quatro causas: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/aristoteles-o-mundo-da-experiencia-as-quatro-causas-etica-e-politica.htm
-Ato e potência: http://www.psicologiamsn.com/2014/04/ato-e-potencia-em-aristoteles-modos-diversos-de-ser.html
4-A lógica: http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/logica-aristoteles.htm-O princípio da identidade: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/metafisica.htm
-O princípio da não contradição: http://www.infoescola.com/filosofia/principio-da-nao-contradicao/
-O princípio do terceiro excluído: http://www.academia.edu/3658762/Princ%C3%ADpios_de_identidade_n%C3%A3o-contradi%C3%A7%C3%A3o_e_terceiro_exclu%C3%ADdo