Buscar

Sensação e Percepção resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ciência Psicológica – Gazzaniga e Heartherton
Capítulo 5 – Sensação, percepção e atenção
	Introdução
	Para perceber o mundo, dependemos de informações fornecidas por nossos órgãos dos sentidos – nossos olhos, ouvidos, pele, nariz e língua. Cada um desse órgãos é sensível a diferentes estímulos físicos, e cada um contribui com informações diferentes. No final das contas, a nossa representação perceptiva do ambiente é limitada pelos estímulos aos quais somos sensíveis e pelos limites dos nossos sistemas sensoriais ao responder a esses estímulos.
	Sensação Processo Fisiológico: informações que recebemos por meio dos órgãos dos sentidos – como os órgãos dos sentidos respondem aos estímulos externos e como essas respostas são transmitidas ao cérebro. Mundo físico Conhecer o Mundo
	Percepção Processo Psicológico: experiências, vivências, motivação (expectativa), relações, ambiente (contexto), memórias e atenção (estado de alerta) influenciam a percepção - é o processamento, a organização e a interpretação dos sinais sensoriais que resultam em uma representação interna do estímulo (do externo). Mundo psicológico Interpretar o Mundo
	Transdução é o processo pelo qual os receptores sensoriais produzem impulsos neurais quando recebem estimulação física ou química.
	Codificação sensorial é a maneira pela qual os nossos órgãos sensoriais traduzem as propriedades físicas de um estímulo em impulsos neurais (quantitativa e qualitativa).
	Limiares sensoriais: Limiar absoluto: intensidade mínima de estimulação que precisa ocorrer para que possamos experienciar uma sensação. Limiar de diferença: é a diferença apenas perceptível entre dois estímulos – a quantidade mínima de mudança necessária para detectarmos uma diferença. (Psicofísica: Gustav Theodor Fechner (1801-1887))
	Adaptação sensorial é quando a sensibilidade do observador a um estímulo diminui com o passar do tempo. Os sistemas sensoriais estão sintonizados para detectar mudanças no ambiente. Quando algum aspecto do ambiente muda, é importante para nós sermos capazes de detectar isso; não é tão importante continuar respondendo a um estímulo que não muda. Observe que quando um estímulo contínuo para, normalmente também existe uma grande resposta. Se o barulho da obra parar subitamente, você provavelmente perceberá o súbito silêncio.	
	Processos Sensoriais dos Sentidos Primários
Um estímulo físico invade os receptores de um órgão dos sentidos Sensação
Uma resposta fisiológica no órgão do sentido transduz a energia do estímulo em um código elétrico – um impulso neural – que é carregado para o cérebroSensação
Esse código é processado no cérebro, resultando em uma experiência psicológica: a percepção de imagem visual, som, gosto ou cheiro. Percepção
	Sentidos de distância: visão, audição e olfato. Não precisamos estar em contato direto com os estímulos para vê-los, ouvi-los ou cheirá-los.
	Sentidos de proximidade: tato e paladar. Requerem contato direto com os estímulos para que ocorra a sensação.
	Neurofisiologia – estudo da percepção. Quanto maior a intensidade do estímulo, mais rápido o ritmo da descarga neura. Neuropsicologia – relação entre as estruturas do cérebro e as funções psicológicas, por exemplo, como as funções psicológicas são perturbadas quando as pessoas sofrem lesão cerebral – Ver o mundo em preto e branco: acromatopsia; incapacidade de perceber o movimento: acinetopsia.
	Inibição Lateral, um processo da retina, influencia a percepção visual
	Se uma célula é estimulada, ela envia informações para o cérebro, mas também envia informações para os neurônios vizinhos inibindo sua atividade. O efeito dessa inibição lateral é enfatizar mudanças nos estímulos visuais, o que torna o sistema visual especialmente sensível a bordas e contornos.
	O sentido háptico, o sentido do tato, transmite sensações de dor, temperatura e pressão. Os receptores de temperatura, toque e dor são neurônios sensórios que terminam na camada mais externa da pele, a epiderme.
	O paladar depende muito do sentido do olfato – se as suas passagens nasais estão bloqueadas, a comida parece não ter gosto. Os receptores do paladar são parte dos botões de paladar da língua e da boca. Esses botões codificam uma das quatro sensações “primárias” de sabor: doce, ácido, salgado e amargo.
	 O sentido dominante é a visão: grande parte do córtex é dedicado à visão; localização e reconhecimento de objetos.
	Processos Perceptivos Básicos
	Se estivéssemos conscientes em todo os momentos do que o nosso cérebro está fazendo, ficaríamos paralisados pela sobrecarga de informações. A maioria dos cálculos que o cérebro realiza – todos em milissegundos – jamais atinge a nossa consciência, só os resultados importantes.
	Percepção de profundidade: 
Deixas binoculares de profundidade – deixas de percepção de profundidade que decorrem do fato de as pessoas terem dois olhos; 
Deixas monoculares de profundidade – deixas de percepção de profundidade que estão disponíveis para cada olho separadamente; útil para objetos que estão relativamente perto;
Disparidade binocular – uma deixa de percepção de profundidade causada pela distância entre os dois olhos da pessoa; o acesso do nosso cérebro às duas imagens diferentes sobrepostas permite o cálculo de distância de objetos próximos
Ilusão ópticas – surgem quando os processos perceptivos normais resultam em uma representação incorreta do estímulo distal; elas aproveitam as deixas de profundidade para nos enganar e nos fazer enxergar profundidade onde ela realmente não existe;
A vasta maioria das ilusões visuais parece estar além do nosso controle consciente – nós não podemos nos obrigar a não enxergar ilusões.
Gestalt Percepção é mais do que sensações acumuladas 
	Princípios organizadores proximidade, similaridade, continuação, fechamento, figura e fundo.
	Princípio da Proximidade: quanto mais próximas duas figuras estão uma da outra, mais provável que as agrupemos juntas e as vejamos como parte do mesmo objeto.Ambos os princípios tendem a juntar elementos da cena visual em agrupamentos, permitindo-nos considerá-los como um todo em vez de em suas partes individuais.
	Princípio da Similaridade: nós tendemos a agrupar figuras de acordo com quanto elas se parecem umas com as outras, quer na forma, na cor, quer na orientação.
	Princípio da Continuação: tendência a interpretar linhas que se intersecionam como sendo contínuas, em vez de como mudando radicalmente e direção.Ambos princípios descrevem como nós percebemos as características de uma forma.
	Princípio do Fechamento: tendência de completas figuras que têm lacunas. Contornos ilusórios é a tendência de ver contornos mesmo quando eles não existem.
	A situação oposta das ilusões chama-se constância perceptiva, em que percebemos corretamente os objetos como constantes, apesar de dados sensoriais brutos que poderiam nos levar a pensar diferentemente.
	Teoria da percepção direta (Gibson, 1904-1979) afirma que o estímulo já deve ter suficiente informação para ser percebido por nós e, portanto, que o sistema visual é construído não para nos permitir ver uma cópia exata do mundo real, mas para interpretar deixas que maximizem sua função.
	Atenção é o estudo de como o cérebro seleciona quais estímulos sensoriais descartar e quais transmitir para níveis superiores de processamento.
	Avareza cognitiva buscamos gastar a menor quantidade de energia possível - economizar energia com o que já é familiar – característica biológica para lidarmos com a diversidade de informações que chegam no cérebro. 
	A atenção visual é seletiva e serial:
	Segundo a psicóloga Anne Treisman, nós identificamos automaticamente características “primitivas” (cor, forma, orientação, etc.). Ela propôs que diferentes características visuais dos objetos são analisadas por sistemas separados. Esses sistemas processam informações em paralelo (ao mesmo tempo), e nós conseguimos prestar atenção, seletivamente, a uma característicaao bloquear efetivamente o processamento adicional das outras. Treisman propôs a teoria de dois estágios do processamento da imagem visual, na qual o processamento visual começa com uma conexão rápida, paralela, de características elementares. Nesse estágio, o sistema visual está simplesmente mapeando a distribuição das características visuais. Mapas separados são criados para cada tipo de característica – um para a cor, um para a forma, e assim por diante. O segundo estágio de processamento é mais lento e mais trabalhoso; as características dos vários mapas são combinadas para formar objetos. Esse estágio não é automático – ele requer o emprego da atenção. Devido a isso, só são colocadas juntas regiões selecionadas dos mapas de características. 
	Existem sistemas perceptuais distintos para processar diferentes características visuais. Problema de ligação é quando um observador normal recebe deixas demais às quais prestar atenção. Consequentemente, as características dos objetos se recombinam para formar um objeto que não existe. O sistema de reconhecimento automático de características entra em colapso.
 	Por causa da atenção, é difícil fazer duas tarefas ao mesmo tempo, especialmente se elas dependem dos mesmos mecanismos. 
	O fenômeno da festa de coquetel (Cherry, 1953) refere-se à capacidade de focar uma única conversa em meio a uma caótica festa de coquetel. Embora a proximidade e a altura do som contribuam, a sua atenção seletiva também pode determinar qual conversa você vai escutar. 
	Cherry desenvolveu estudos sobre a audição seletiva para examinar esse aspecto da atenção. Ele usou a técnica chamada sombreamento, em que um sujeito escuta duas mensagens simultaneamente através de fones de ouvido, uma em cada ouvido. A pessoa é solicitada a prestar atenção a uma mensagem e “fazer sua sombra”, isto é, repeti-la em voz alta. Nessa situação, o sujeito geralmente nota o som o qual não está prestando atenção, mas não terá ideia do seu conteúdo. 
	O teórico Donald Broadbent (1958) desenvolveu a teoria do filtro para explicar os achados de audição seletiva. Para ele, nós temos uma capacidade limitada de informações sensoriais e, portanto, esquadrinhamos as informações que chegam, só deixando entrar as mais importantes. Nesse modelo, a atenção é como um portão que abrimos para informações importantes e fechamos para as informações que desejamos ignorar.
	A teoria do filtro de Beoadbent é um exemplo da seleção inicial, que é a teoria de que podemos escolher os estímulos aos quais prestaremos atenção antes mesmo de processar suas características básicas. No processamento visual, nós podemos escolher ignorar características como cor e forma e só processar aquelas que escolhemos como importantes para a tarefa em questão. Correspondentemente, a atenção filtra de modo efetivo certas características em um estágio inicial, de modo que elas não chegam a ser processadas.
	As teorias da seleção tardia supõem que nós absorvemos informações sensoriais, as processamos e depois selecionamos os aspectos dos estímulos aos quais devemos prestar atenção. O estágio da atenção ocorre quando ficamos conscientes do que estamos percebemos.
	A maioria das teorias modernas da atenção sugerem que a atenção seletiva pode operar em múltiplos estágios de processamento perceptual. Vários estudos mostraram que o processamento dos estímulos aos quais prestamos atenção é maior se comparado ao dos estímulos “não-atendidos”, mas que os estímulos não-atendidos também são processados. Treisman propôs que as informações não atendidas não são completamente “barradas” no portão, mas simplesmente reduzidas. Broadbent, o mais importante proponente da teoria do filtro, concordou e corrigiu sua opinião.

Outros materiais