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Física Geral e Experimental I 
Aula 02 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 02: Introdução à cinemática: referencial, trajetória, posição e 
deslocamento 
 
 
Objetivo: Nesta aula, o aluno irá conhecer as divisões da Física e terá uma 
introdução à Cinemática Escalar. 
 
Grafia das unidades 
 
A Física pode ser dividida em vários ramos de estudo, sendo um dos mais 
importantes a Mecânica, que é dividida em Estática, Cinemática e Dinâmica: 
 Estática: é o estudo dos objetos que se encontram em repouso quando 
as forças que nele atuam estão em equilíbrio. 
 
 
 
 
 Cinemática: área da Mecânica que se preocupa em descrever os 
movimentos sem qualquer referência às forças presentes. É o objeto de 
estudo dessa disciplina. Ao analisar o tempo de uma viagem, um motorista 
precisa apenas consultar o velocímetro, não é necessário saber nada sobre 
as forças envolvidas no movimento do carro. 
 
 
 
 Dinâmica: é o estudo das causas de um movimento por meio da análise 
das forças que atuam em determinado objeto. A ligação com a Cinemática se 
estabelece por meio do estudo da aceleração. O comportamento do 
brinquedo representado na fotografia a seguir só pode ser entendido com o 
estudo da Dinâmica e de seus conceitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cinemática escalar 
 
A Cinemática Escalar estuda o movimento de uma partícula em uma linha 
reta. Uma partícula é qualquer objeto cujas dimensões são desprezíveis em relação 
ao sistema estudado. Por exemplo: um elefante ao lado de um homem não é uma 
partícula, mas no estudo das migrações eles podem ser considerados partículas em 
movimento. 
 
 
Posição, deslocamento e velocidade 
 
Da experiência diária, percebe-se que o movimento é uma mudança na 
posição de um corpo. Se um motorista viaja de São Paulo a Campinas, ele pode 
perceber que a sua posição altera-se enquanto ele se move. Caso ele se mova com 
uma velocidade de 60 km/h, quanto tempo ele precisará para chegar a Campinas? 
Essa é uma típica questão da cinemática. 
 
 
 
 
 
 
Posição 
 
A definição da posição de uma partícula começa com a escolha de um ponto 
a partir do qual a distância é medida. Esse é o ponto chamado origem. Escolhe-se 
uma direção como sendo positiva (normalmente à direita da origem) e a outra como 
sendo negativa. A posição da partícula é representada por “S” ou “x”. 
Exemplo: uma pessoa mora em uma casa e trabalha em uma indústria (como 
representado no esquema a seguir). A casa situa-se a uma distância de 30 km de 
um ponto definido como origem, e a fábrica está a 40 km desse ponto. 
 
A casa situa-se à esquerda da origem, e assim tem sua posição definida 
como negativa; já a fábrica é positiva. Tem-se então: 
Scasa = -30 km e Sfábrica = 40 km 
 
Deslocamento 
 
O deslocamento de um corpo é definido pela diferença entre suas posições 
final e inicial em um dado movimento. Em Física, sempre que temos uma variação 
de uma grandeza entre os valores inicial e final, ela é representada por meio da letra 
grega delta (∆). O deslocamento então é definido como: 
 
 
 
 
Exemplo: usando a situação anterior (casa e fábrica), podemos calcular 
vários deslocamentos. 
a) pela manhã, o nosso indivíduo vai da sua casa para o trabalho: 
 
 
b) no final do expediente ele retorna à sua casa: 
 
 
 
c) considerando o dia todo, ele sai da sua casa pela manhã e retorna à noite: 
 
 
 
O deslocamento apresenta algumas diferenças importantes dos conceitos que 
são usados cotidianamente: 
 
 O deslocamento pode ser negativo (quando um objeto move-se em 
sentido contrário àquele definido como positivo). 
 O deslocamento pode ser nulo (mesmo que o corpo tenha se movido); no 
item (c) o nosso indivíduo andou 140 km, mas seu deslocamento foi zero. 
 O deslocamento é diferente de distância, nos itens (a) e (b) a distância é 
70 km, e no item (c) 140 km. 
 
Velocidade 
 
O conceito de velocidade está intimamente ligado ao deslocamento efetuado 
por um corpo. Como a velocidade de um corpo pode mudar durante seu percurso, 
define-se a velocidade média (saiba mais sobre o assunto ao final da aula): 
tΔ
SΔ
=vm
 
Onde ∆t é o tempo em que se realizou o deslocamento. 
 
Pelo Sistema Internacional de Unidades, a unidade para a velocidade é o m/s, 
mas, nos movimentos cotidianos costuma-se utilizar o km/h. A conversão pode ser 
feita facilmente: 
 
Para transformar de km/h para m/s, deve-se dividir por 3,6, e de m/s para 
km/h, multiplicar. 
 
 
 
De um modo sintético: 
 
E o exemplo do item anterior pode ser retomado para o cálculo das 
velocidades. Para isso, os tempos devem ser definidos. 
 
Exemplo: 
 a) para ir da sua casa ao trabalho o nosso já citado indivíduo gastou um 
tempo de 1,5 h: 
 
 b) na volta para sua residência, ele demorou 2 h: 
 
 
 c) e em todo o seu dia (ida e volta): 
 
As velocidades podem ser positivas ou negativas; quando uma velocidade é 
positiva, o móvel desloca-se no mesmo sentido que se considera positivo (no caso 
para a direita) e o negativo retrata um movimento para a esquerda. 
 
Antigamente, usavam-se os sinais das velocidades para classificar os 
movimentos: 
 
i. Movimento progressivo: aquele que tem velocidade positiva (v > 0), 
retrata um movimento no mesmo sentido que o definido como positivo. 
ii. Movimento retrógrado: apresenta uma velocidade negativa (v < 0) e 
retrata um objeto movendo-se em sentido contrário ao positivo. 
 
Essa divisão é comum apenas em publicações voltadas ao Ensino Médio. 
 
O exemplo (c) costuma gerar dúvidas; apesar de o indivíduo ter trafegado por 
140 km, a sua velocidade é zero. Fisicamente, sempre que um objeto inicia e 
termina o seu movimento no mesmo ponto, a sua velocidade média é definida como 
zero. 
 
Saiba Mais: 
 
Velocidade média: É a velocidade constante que um corpo deveria ter para 
percorrer determinado deslocamento no tempo considerado. 
Velocidade é zero: Algumas vezes, é conveniente utilizar a Velocidade 
Média Trivial, ou Velocidade Média de Percurso, que é a distância percorrida 
dividida pelo tempo: 
 
 
No caso do item (c), do exemplo 
 
t
d
v 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Informação e 
documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
BUREAU INTERNATIONAL DES POIDS ET MESURES. The Internacional System 
of Units. 8. ed. Paris, 2006. 
CUTNELL, J.; JOHNSON, K. Física. v. 1. 6. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e 
Científicos Editora, 2006. 
INMETRO. Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de 
metrologia. 4. ed. Rio de Janeiro, 2005. 
INMETRO. Vocabulário internacional de termos de metrologia legal. 4. ed. Rio de 
Janeiro, 2005. 
KELLER, F.; GETTYS, E.; SKOVE, M. Física, volume 1. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 1997. 
RESNICK, R.; HALLIDAY, D.; KRANE, K. Física 1. 5. ed. Rio de Janeiro: Livros 
Técnicos e Científicos Editora, 2003. 
SERWAY, R.; JEWETT, J. Princípios de física. Mecânica Clássicav.1. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learning, 2004. 
TIPLER, P.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros. 5. ed. Mecânica, 
Oscilações e Ondas. v.1. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 2006. 
VUOLO, J. Fundamentos da Teoria de Erros. 2. ed. São Paulo: Edgard Blüchner, 
1996. 
YOUNG, H.; FREEDMAN, R. Sears & Zemansky Física I. 10. ed. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2003.

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