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DDS Consumo Consciente na Moda

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Consumismo na Moda
Luanne Stephannie de Souza Santos
Moda x Vaidade
Atire a primeira pedra, quem nunca se sentiu o máximo, mesmo enganada por uma vendedora de loja de roupas, que disse que você estava linda, em um “modelito” de gosto duvidoso? E mesmo assim você comprou a roupa ficando na dúvida, e na dúvida resolveu achar que ela estava certa. O que nos move a tomar atitudes como esta?
Provavelmente deve ser a nossa vaidade momentânea que nos clama por alguma audiência. Se procurar em um dicionário você vai ver que o significado de vaidade é: “excesso de valor dado à própria aparência, caracterizado pela esperança de reconhecimento e admiração de outras pessoas”. Ou seja, não precisamos simplesmente nos achar lindas, precisamos escutar de outra pessoa que estamos lindas.
Neste espaço que existe entre achar e acreditar é que se encontra o marketing da indústria da moda, e se baseia toda a nossa indústria do consumo atual. Atingir um lado vazio que precisa ser preenchido em cima da nossa insegurança emocional.
Consumo Compulsivo ou Oniomania
Para a psicóloga Marta Lorentz, na matéria do Jornal Semanal, o diagnóstico de uma pessoa compulsiva por compras é considerado um transtorno do impulso. Segundo alguns estudiosos, os fatores que contribuem para a ocorrência da compra compulsiva se agrupam em três segmentos:
O primeiro refere-se às influências psicológicas como a baixa auto-estima e fantasias em relação ao status social.
O segundo está ligado as influências familiares, pois a compulsão a compras é mais comum em famílias que já apresentam esse transtorno.
O terceiro segmento diz respeito às influências sociológicas, envolvendo a pressão dos pares, a mídia, a frequência das compras e a acessibilidade a um cartão de crédito. 
Fast Fashion
Fast Fashion (moda rápida) significa um padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados – literalmente – rápido. Este modelo de negócios depende da eficiência em fornecimento e produção em termos de custo e tempo de comercialização dos produtos ao mercado, que são a essência para orientar e atender a demanda de consumo por novos estilos a baixo custo.
Um movimento importado de marcas da Europa, como a Zara, Benetton, H&M, Forever 21, GAP, entre outras, são exemplos de lojas que aderiram ao Fast-Fashion. 
No Brasil, grandes redes de varejo como C&A, Renner, Riachuelo, Marisa e Hering, aderiram à tendência. Para dar certo, o sistema requer coleções compactas, modelos novos o tempo todo e retirar das araras o que não vende e repor o que vende.
Esta tendência tem gerado polêmicas, pois estimula o aumento do consumo e estimular o trabalho escravo em países como Camboja, Bangladesh e outros países do sudeste asiático.
Trabalho Escravo
Quando se fala em trabalho escravo, muitas pessoas ainda se questionam se isso existe. Infelizmente, esse tipo de trabalho ainda é uma realidade no mundo todo. Por isso, vale a pena esclarecer o que caracteriza essa prática.
Segundo o artigo 149 do Código Penal brasileiro, o trabalho análogo ao de escravo é caracterizado por condições de trabalho degradantes (que afetem a saúde ou a vida do trabalhador), jornadas exaustivas, trabalho forçado e servidão por dívida. Privação de direitos como descanso ou ir ao banheiro e remuneração desleal também caracterizam a prática.
Shima Akhter, com apenas 12 anos saiu de seu vilarejo para morar em Daca, capital de Bangladesh. Com um salário inferior a US$ 3 por dia, Shima, então com 23 anos, e outros colegas uniram-se para pedir melhores condições de trabalho e entregaram uma lista de propostas aos supervisores da fábrica. A negociação terminou quando os gerentes reuniram quase 40 pessoas, fecharam as portas da confecção e atacaram Shima e seus colegas utilizando cadeiras, pedaços de pau e tesouras.
Em janeiro de 2014, protestavam pelo aumento do salário mínimo em Phnom Pehn, capital do Camboja. Os funcionários do setor têxtil do país asiático pediam uma remuneração de pelo menos US$ 160 mensais, enquanto o governo oferecia US$ 95. A polícia disparou munição real contra os trabalhadores, ocasionando em três mortes.
Trabalho Escravo
Trabalho Escravo e Fast Fashion
Em abril de 2013, por exemplo, um prédio de oito andares desabou na periferia da capital de Bangladesh, matando 1.133 pessoas. Conhecido como Rana Plaza, o edifício abrigava cinco fábricas de confecção de roupas e empregava mais de 2 mil trabalhadores, que produziam itens para empresas como Walmart e Primark — o salário mensal era de aproximadamente R$ 360, com jornadas de trabalho de 10 horas durante seis dias da semana.
Pouco antes do desabamento, os funcionários relataram o aparecimento de rachaduras nas paredes do prédio aos gerentes, mas eles decidiram seguir trabalhando normalmente. Meses após o desastre no Rana Plaza, um incêndio em outra confecção de Bangladesh causou a morte de nove trabalhadores.
De acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria Têxtil(Abit), quase 85% do vestuário consumido no país é produzido por fábricas instaladas aqui mesmo. Com faturamento de US$ 55,4 bilhões em 2014, o Brasil é o quarto maior produtor de roupas do mundo, gerando 1,6 milhão de empregos — 75% da mão de obra é composta de mulheres.
Porém, apesar da importância para a economia nacional, o setor também sofre do mal da equação “produção rápida + preço baixo”. Em janeiro e 2016, o Tribunal Superior do Trabalho condenou uma confecção ligada ao grupo Riachuelo a pagar uma indenização no valor de R$ 10 mil a uma funcionária que ganhava um salário de R$ 550 e cumpria metas diárias como a colocação de 500 elásticos em calças por hora ou a costura de 300 bolsos no mesmo período.
Casos mais graves envolvendo grandes marcas também foram registrados quando, em 2011, uma inspeção conduzida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) encontrou imigrantes bolivianos e peruanos expostos a condições análogas à escravidão trabalhando em uma oficina de roupas que produzia peças para a Zara na cidade de São Paulo. Além das longas jornadas de trabalho, que chegavam a até 16 horas por dia, os trabalhadores precisavam pedir autorização para sair de casa.
No Brasil
O consumo consciente também está ligado a administração financeira, ou vice-versa. Quando se controla melhor o próprio dinheiro, têm-se autonomia para gastar em menos coisas, mas de maior qualidade, pensando sempre a longo prazo.
Pensar em consumo consciente exige que você abra os olhos para todas essas questões e enxergue que não só está ajudando essas coisas a acontecerem, como também tem o poder de mudar essa situação, ainda que de forma limitada. Comprar de um produtor local é um dos primeiros passos para reverter essa lógica e auxiliar no desenvolvimento da economia regional.
Dá pra mudar?

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