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O Golpe de 1964 e a Influência dos EUA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE)
 CENTRO DE EDUCAÇÃO
 RESENHA DO DOCUMENTÁRIO “O DIA QUE DUROU 21 ANOS”
 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, DIVERSIDADE E CIDADANIA
 PROFESSORA: AIDA MONTEIRO
 ALUNA: JOENE MARIA CRESPO COSTA
 JUNHO, 2013 
 O documentário “O dia que durou 21 anos” relata a influência do governo dos EUA no Golpe de Estado no Brasil em 1964 que durou até 1985. A ação militar que deu início a ditadura contou com a ativa participação de agências como CIA e a Casa Branca . O filme mostra como os presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson se organizaram para tirar o presidente João Goulart do poder e apoiar o governo do marechal Humberto Castelo Branco. No dia 15 de abril, o chefe das forças armadas, marechal Castelo Branco, toma posse da presidência. 
 Castelo Branco tinha relações amistosas com o general Vernon Walters e com o embaixador dos EUA no Brasil, Lincoln Gordon, duas autoridades americanas que foram peças importantes para bloquear as ações de Goulart e apoiar Castelo Branco. O referido embaixador enviava telegramas para os EUA revelando as conversas que tinha com Castelo Branco, essas conversas mostram o passo a passo do golpe. 
 O governo Castelo Branco dá início aos atos institucionais, o ato institucional (AI) de número 2 extingue os partidos políticos e torna as eleições indiretas. Seu mandato é prorrogado. Em 1967, ele é substituído pelo general Costa e Silva, que fazia parte da chamada linha dura do exército. O AI5 é decretado no ano seguinte a sua posse e o Brasil entra no caos, a repressão e a tortura dominavam o país.
 Foi uma das mais longas ditaduras da América Latina na qual mortes, torturas, assassinatos, violação de direitos democráticos, desaparecimentos e prisões arbitrárias fazem parte desse período dramático da história.
 O documentário expõe os interesses econômicos dos EUA no Brasil bem como o investimento financeiro aplicado para comprar parlamentares brasileiros.
 O documentário traz também um aspecto importante, a saber: o interesse financeiro dos governos norte-americanos em apoiar o golpe militar. Em entrevista dada pelo jornalista Flávio Tavares, é relatado que os militares brasileiros fizeram exatamente o que os americanos queriam. Entregaram o mercado para os EUA e adotaram o modelo de desenvolvimento financiado pelas empresas americanas, que hoje são as grandes empresas do Brasil nos setores estratégicos da economia. Relata que a primeira medida do presidente Castelo Branco ao assumir foi acabar com a lei que limitava a remessa de lucros excessivos das empresas americanas aos EUA. 
 O documentário abre uma nova oportunidade de reflexão sobre o passado, dessa forma deveria ser mais divulgado pela mídia. 
 Acredito que grande parte da população brasileira não conhece a dimensão do interesse que os EUA tinha em nosso país, daí a importância da inserção de conteúdos no currículo da educação básica que ampliem, numa perspectiva crítica, o conhecimento da nossa história e possibilitem a transformação da realidade social a partir do desenvolvimento de uma cultura de respeito e ampliação dos direitos humanos. 
 Segundo a autora Maria Monteiro Silva, “a democratização da sociedade exige necessariamente, a informação, pois CONHECIMENTO É PODER, para que a pessoa possa situar-se no mundo, argumentar, reinvidicar e ampliar novos direitos”. 
 Nessa perspectiva, uma das formas de intervir gradativamente nos valores e mentalidades autoritárias é ampliar o debate não só nas escolas, mas também nas famílias, nos movimentos sociais e em todas as áreas da convivência humana visando a formação da consciência crítica como base para reivindicações e formulações de propostas para as políticas públicas.

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