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projeto de ENSINO:
SONHO E MOVIMENTO NO MUNDO DA LITERATURA
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof. Okçana Baltini 
COUTO, Maria Rocha. Projeto de ensino: SONHO E MOVIMENTO NO MUNDO DA LITERATURA. 2014. 35 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Mercês, 2014.
RESUMO
O presente Projeto: “SONHO E MOVIMENTO NO MUNDO DA LEITURA”, será oferecido para os alunos do ensino das series iniciais da Escola Municipal “Branca de Neve” do Município de Mercês, Estado de Minas Gerais.Como projeto pedagógico de ensino, destina-se a atender os alunos da referida escola. E têm como proposta fundamental incentivar os participantes a valorizar, sistematizar e organizar. Sabe-se que Educação vem se realizando no conjunto dos Movimentos sociais, das lutas e organizações do povo. Nota se que essa educação só é possível se o público alvo for mantido na escola. Essa clientela precisa ser incentivada a pensar e agir por si próprios, assumindo sua condição de sujeitos da aprendizagem, do trabalho e da cultura do meio onde vivem. Eles são os focos principais dessa educação de qualidade. Pensando nisso é que este projeto, como projeto pedagógico, destina-se a atender a alunos do ensino series iniciais, tem a proposta inicial incentivar os participantes a superarem as dificuldades na leitura e na produção de texto, sem ter que sair do seu ambiente social para a superação dessas dificuldades e trabalhando em conjunto com a linguagem corporal.
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Palavras-chave: Series iniciais. Literatura infantil. Teoria e pratica. A criança e linguagem.
SUMÁRIO
1 Introdução....................................................................................................03
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................05
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................17
3.1 Tema e linha de pesquisa..........................................................................17
3.2 Justificativa.................................................................................................18
3.3 Problematização.........................................................................................19
3.4 Objetivos....................................................................................................20
3.5 Conteúdos.................................................................................................20
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................21
3.7 Tempo para a realização do projeto..........................................................24
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................25
3.9 Avaliação....................................................................................................27
4 Considerações Finais...................................................................................29
5 Referências..................................................................................................30
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INTRODUÇÃO
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento que começamos a “compreender” o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sobre diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos os casos estamos de certa forma, lendo – embora, muitas vezes, não nos demos conta. Desse modo, a leitura se configura com um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem. 
Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. A leitura não pode se tornar uma obrigação, porque quando ela se transforma em obrigação, a leitura se resume em simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, daremos aos nossos alunos o direito de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados estes direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor na qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se colocando também em evidencia a linguagem corporal e sua importância no desenvolvimento e conhecimento de si mesmo e do outro. 
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Acredita-se também que o hábito da leitura é fundamental para a prática de produção de texto, pois o fracasso na produção de texto deve-se justamente ao fato de haver pouca leitura. Sendo assim, o propósito deste trabalho é acima de tudo incentivar o aluno a leitura e a escrita em todos os seus aspectos e criar condições para que tais atividades se desenvolvam de modo eficiente e produtivo.
        A leitura tem lugar cada vez menos no nosso cotidiano, segundo Maruny Curto (2000), muito crianças não se interessam pela leitura, pois não recebem estímulos, se esse não ocorrer  por parte dos pais fora da escola, é dever do professor suprir essa deficiência dentro da escola, tentando despertar nos alunos esse gosto pela leitura. Ler não é apenas decodificar os signos. Ler é atravessar o texto, interagindo com o autor na busca e na produção de sentidos; é ser competente para compreender e decifrar a realidade; é saber interpretar símbolos, imagens, gestos, etc..., promovendo petições, interferências e a comunicação das várias formas do texto entre si (intertextualidade).
  Tendo como objetivo geral fomentar o gosto pela leitura desde o início das etapas de escolaridade, onde o professor seja mediador entre a criança e o livro, fazendo com que a leitura tenha sentido, e esteja contextualizada, interpretando-o e atribuindo-lhe algum significado. Portanto, torna-se importante a criação de situações para que o exercício da leitura e escrita produzam reações, interação e conhecimento, não servindo apenas como uma atividade meramente de cópia ou de decodificação dos sinais gráficos, alienando os alunos do contexto em que estão inseridos. 
E também objetivos específicos como:  Promover um maior índice de leitura pelos alunos; Conhecer o autor e contexto histórico de suas obras;  Proporcionar aos alunos o hábito e o prazer da leitura;   Levar o aluno a desenvolver atividade oral; Desenvolver as habilidades de artes dos alunos;  Favorecer as relações sociais por meio de apresentações culturais;  Reconhecer a leitura como algo imprescindível em sua relação com o outro e com o mundo;  Identificar as diferentes formas de linguagem corporal; Utilizar diferentes linguagens como meio para produzir, expressar; Permitir a construção de pontos de vista de uma visão de mundo, e atribuição de sentido; Oportunizar aos estudantes o acervo de inúmeras obras literárias de variados autores, buscando sempre, ampliar seus conhecimentos e suas capacidades criativas. 
Revisão Bibliográfica
No Brasil, a Literatura Infantil e a escola sempre estiveram mutuamente atreladas. Os livros infantis encontram na escola, o espaço ideal para garantir atenção de seus leitores, mesmo que estes sejam utilizados como leitura obrigatória e usados como pretextos utilitários, informativos e pedagógicos.
Lajolo, (2008) garante que se ler é essencial, a leitura literária também é fundamental.
É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a literatura é importante nocurrículo escolar: o cidadão, para exercer, plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária,alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos. (LAJOLO, 2008, p.106)
Emprega-se a expressão Literatura Infantil ao conjunto de publicações que em seu conteúdo tenham formas recreativas ou didáticas, ou ambas, e que sejam destinados ao público infantil. No entanto, especialistas que debruçam nesta área consideram esta conceituação um tanto restrita, haja vista que muito antes da existência de livros e revistas infantis, a Literatura Infantil atuava na tradição oral, transmitindo a expressão da cultura de um povo de geração em geração. Arroyo (1990)
A literatura infantil é arte. E como arte deve ser apreciada e corresponder plenamente à intimidade da criança. A criança tem um apetite voraz pelo belo e encontra na literatura infantil o alimento adequado para os anseios da psique infantil. Alimento, esse,que traduz os movimentos interiores e sacia os próprios interesses da criança. “A literaturanão é, como tantos supõem, um passatempo. É uma nutrição.” (Meireles, 1984, p. 32)
Para Frantz, “a literatura infantil é também ludismo, é fantasia, é questionamento, e dessa forma consegue ajudar a encontrar respostas para as inúmeras indagações do mundo infantil, enriquecendo no leitor a capacidade de percepção das coisas.” (Frantz, 2001, p.16).
No entanto, não podemos esquecer que os livros dirigidos as crianças são escritos por adulto. Adulto esse, que possui a intenção de transmitir através de seus textos, ensinamentos que julga, conforme sua visão adulta, interessante para criança.
De modo que, em suma o “o livro infantil”, se bem que dirigido à criança, é de invenção e intenção do adulto. Transmite os pontos de vista que este considera mais úteis à formação de seus leitores. E transmite-os na linguagem e no estilo que adulto igualmente crê adequados à compreensão e ao gosto do seu público. (MEIRELES, 1984 p. 29)
Alguns escritores escrevem para criança e apresentam uma linguagem simplista ao extremo, considerando-a como ser menor oferecem textos de menor qualidade e que não acrescentam significação ao leitor, subestima, dessa forma, a capacidade intelectual da criança. Ou, em outros casos, não raros, escritores tentam incutir o tom moralizador para marcar sua obra. Contraria assim, a pretensão de agradar o gosto e satisfazer o apetite intelectual infantil, causando, no entanto, o desprezo da criança pela obra.
Por representar a chave de um patrimônio valioso, o livro, objeto de leitura, durante muito tempo foi considerado como um símbolo mágico, pois permitia por meio dele, desvendar segredos. Ao longo da Idade Média, membros da casta de religiosa tinham acesso à leitura, condição esta, que possibilitava o acesso as informações dos conteúdos de caráter sagrado e profano. Sendo assim, o clero gozava de grande poder espiritual e mantinha prestígio perante os mais altos funcionários do poder social. 
O processo de industrialização no século XVIII acelerou a modernização da sociedade, com a migração da população do campo para a cidade, fortalecendo a classe operária e intensificando a vida urbana. O livro ganha, nesse processo, outra conotação, passa ser produto de consumo da sociedade capitalista e atinge, também, a massa popular. O Capitalismo exige da população, além do seu espaço consumidor na sociedade, aptidão aos serviços especializados, adquiridos por uma instrução melhor através dos livros.
No entanto, o livro nunca perdeu sua magia. Por meio do livro o leitor é capaz de projetar-se ao mundo da ficção. A leitura é a passagem do mundo real para o mundo encantado dos livros. “Através do livro e da leitura, a humanidade pode divinizar-se, homens e mulheres podem ser deuses, porque imantados pelas verdades expostas nas escrituras.” (Perrotti, 1990, p. 39)
Encontramos em Cervantes, o exemplo da projeção do leitor ao mundo da ficção. Na obra de Dom Quixote de La Mancha3, seu personagem Alfonso Quejana, não cultivava dos prazeres de sua classe social, pois se entregava a leitura, ocupando seu precioso tempo devorando livros sobre a cavalaria. Passava dias e noites acordado, envolvido com a leitura, tanto que, declarou ser ele mesmo, o Cavaleiro Andante. O leitor fictício morre ao final da obra, quando faltam os livros de que se alimentou durante anos.
A criança busca a mesma emoção que a personagem de Cervantes sentia em relação à leitura. E para que o livro literário infantil atenda as expectativas da criança, Sosa (1978) pontua quatro elementos que servem de base de sustentação da literatura infantil: o caráter imaginoso, o dramatismo, a técnica do desenvolvimento e a linguagem.
O livro interessante para criança deve recorrer ao caráter imaginoso: traduzidos em mitos, aparições da antiguidade, monstros ou realidades dos tempos modernos; exposto numa forma expressiva qualquer: lenda, conto, fábula, quadrinhos, etc.; descrito com beleza poética e ilustrações que mais sugerem do que dizem. (Sosa, 1978, p. 37). As crianças deslumbram com o fabuloso, pois o gosto pelo mistério, fantasia, prazer e emoção são inerentes a criança. Essa característica de primar à imaginação é que afirmará o máximo de interesse da criança.
A criança é criativa e precisa de matéria-prima sadia, e com beleza, para organizar seu “mundo mágico”, seu universo possível, onde ela é dona absoluta: constrói e destrói. Constrói e cria, realizando tudo o que ela deseja. A imaginação bem motivada é uma fonte de libertação, com riqueza. É uma forma de conquista de liberdade, que produzirá bons frutos, como a terra agreste, que se aduba e enriquece, produz frutos sazonados. (CARVALHO, 1989, p.21)
Isso explica o fato dos contos de fadas serem fascinantes até os dias atuais, pois atingem diretamente o imaginário da criança. Pois, a criança possui, ainda, uma sensibilidade estética, muitas vezes mais apurada que o adulto. “A criança mistura-se com as personagens de maneira muito mais íntima do que o adulto.” (Benjamin, 2002. p. 105)
O dramatismo é assim, o segundo traço essencial dessa literatura infantil na visão de Sosa, “o drama é importante para a criança como tradução de seus movimentos interiores e quanto o pequeno leitor, nele, se sente viver. Invenção e drama são, pois, os dois pilares essenciais de toda literatura que serve aos interesses da criança, não importa a idade” (Sosa,1978, p.39).
Os contos infantis possibilitam o despertar de diferentes emoções e a ampliação de visões de mundo do leitor infantil. E nesse encontro com a fantasia, a criança entra em contato com seu mundo interior, dialoga com seus sentimentos mais secretos, confronta seus medos e desejos escondidos, supera seus conflitos e alcança o equilíbrio necessário para seu crescimento. “O espírito da criança precisa do drama, da movimentação das personagens, da soma das experiências populares e tudo isso dito por meio das mais elevadas formas de expressão e com inegável elevação de pensamento”. (Sosa, 1978, p.19)
Por meio da projeção da criança nos contos infantis, ela vive intensamente seus conflitos, medos e dúvidas. Referimos à projeção da criança nos contos infantis e ilustrações, considerando o pensamento de Benjamin, quando nos diz que “não são as coisas que saltam das páginas em direção à criança que as vai imaginando - a própria criança penetra nas coisas durante o contemplar, como nuvem que se impregna do esplendor colorido desse mundo pictórico”. (Benjamin, 2002, p.69). É por meio do imaginário que a criança reconhece suas próprias dificuldades e aprende a lidar com elas, podendo assim, se reconhecer melhor e se conhecer como parte integrante do mundo que a cerca.
A natureza e intensidade dessas emoções podem repercutir na vida do pequeno leitor de maneira definitiva. Não apenas ele se lembrará, até a morte, desse primeiro encantamento, [...]; muitas vezes, a repercussão tem resultados práticos: vocações que surgem, rumos devida, determinações futuras. (MEIRELES, 1984, p.128)
A técnica de desenvolvimento é outro elemento importante da literatura infantil. “Na técnica, nos é dado admirar o modo como o autor desenvolve o entrecho dos acontecimentos ante a avidez do leitor.” (Sosa, 1978, p. 39) Alguns livros infantis são desprezados pelas crianças, pois apresenta em seus textos a puerilidade que chegam aparentar a banalização da inteligência infantil, não preenchem as exigências intelectuais e sentimentais da criança. “a criança exige do adulto uma representação clara e compreensível, mas não infantil. Muito menos aquilo que o adulto costuma considerar como tal”. (Benjamin, 2002, p.55).
A linguagem é outro ponto a ser considerado de importância vital para degustação da obra e que resume de certo modo a habilidade do autor. O leitor infantil requer uma linguagem simples, bem cuidada e agradável, para que não se torne um texto medíocre. “Quanto mais depurada a expressão, quanto mais simples e bela a entonação da linguagem, mais a criança apreciará a leitura, para qual se sentirá mais atraída.” (Sosa, 1978, p. 39)
Lajolo (2008) sugere ainda, referindo seu estudo à linguagem dos poemas utilizados na escola, que estes aproximem da cultura da criança, ou seja, para que a criança tenha percepção e reconhecimento da linguagem que o texto utiliza.
Em outras palavras: leitor e texto precisam participar de uma mesma esfera de cultura. O que estou chamando de esfera de cultura inclui a língua e privilegia os vários usos daquela língua que, no correr do tempo, foram constituindo a tradição literária da comunidade (à qual o leitor pertence) falante daquela língua (na qual o poema foi escrito). (LAJOLO, 2008, p.45)
Monteiro Lobato, em sua obra “D. Quixote das crianças”, adaptação do clássico Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, retrata nos diálogos entre seus personagens Dona Benta e Emília, a necessidade em tornar a linguagem familiarizada pela criança:
E Dona Benta começou a ler: -“Num lugar da Mancha, de cujo nome não quero lembrarme, vivia, não há muito, um fidalgo dos de lança em cabido, adarga antiga e galgo corredor.”- Ché! – exclamou Emília. – Se o livro inteiro é nessa perfeição de língua, até logo! Vou brincar de esconder com o Quindim. Lança em cabido, adarga antiga, galgo corredor... Não entendo essas viscondadas, não... [...] –Meus filhos – disse Dona Benta – esta obra está escrita em alto estilo, rico de todas as perfeições e sutilezas de forma, razão pela qual se tornou clássica. Mas como vocês ainda não tem a necessária cultura para compreender as belezas da forma literária, em vez de ler vou contar a história com palavras minhas. [...] E Dona Benta começou, da moda dela: - Em certa aldeia da Mancha (que é um pedaço da Espanha) vivia um fidalgo aí duns cinquenta anos, do que têm lança atrás da porta, adarga antiga, isto é, escudo de ouro, e cachorro magro no quintal – cachorro de caça. (LOBATO, 2004, p.10)
A moralidade é um traço desmotivador para criança, quando esta percebe a ideia artificial estabelecida da virtude como recompensa e o vício como castigo. Acrescentamos ainda, que nesse processo, a escola apresenta uma lógica de dominação, estabelecendo uma relação de poder por meio de um controle disciplinar exercido pelo professor.
Nesta lógica, o professor é considerado a figura dominante e guardião do saber. O aluno é vencido pelo ambiente escolar, sendo peça a ser moldada conforme a visão do adulto. É obrigado seguir o que o professor determina. O uso da literatura infantil restringe ao serviço do processo de manipulação da criança, cumprindo o papel de transmissor de conhecimento conforme o desejo do adulto. O professor, figura dominante, utiliza a literatura infantil para transmitir normas de obediência e bom comportamento.
A etapa do imagismo ocupa uma pequena faixa de tempo na vida da criança, quando a lógica característica da criança é substituída naturalmente pela lógica própria do adulto. Sendo assim, o didatismo moralizante da literatura infantil, que apresenta geralmente nas escolas, do qual tende a antecipar a lógica do adulto, predispõem destruir a capacidade mítica, queimando, de certa forma, etapas de desenvolvimento interior da criança.
Mais tarde, escolar, depara-se com um ambiente, um professor e um livro que não são os que ela ambiciona. Um ambiente coercitivo, áspero e banal, em vez de libertador, amigo e original; um professor que, na maioria dos casos, é carcereiro e déspota, mais ditador do que presidente, mais inimigo do que colega, transmissor e não receptor; um homem que, se lhe dirige uma pergunta, não responde ou que se tem vontade de responder, não é capaz de provocar perguntas; a criança depara com um inimigo; e como necessidade de saber, depara-se com o desencontro formal e a medida inexorável para seus sentidos; um livro que é decalque piorado de obras de outros países, por vezes nem sequer adaptado ao seu meio, à sua realidade e à sua aspiração. Um livro frio, sem interesse para sua imaginação, desprovido de luz e graça para seus olhos. (SOSA, 1978, p. 75)
Um dos recursos literários muito utilizados no trabalho com as séries iniciais do ensino fundamental são as fábulas. Enquanto gênero, as fábulas são narrativas curtas, os personagens são animais, plantas ou objetos animados que ganham características humanas e no desfecho trazem um ensinamento, uma moral. Habitualmente, as fábulas refletem um método pedagógico em que o aluno não precisa questionar ou refletir. Nessa visão tradicionalista, a finalidade de seu uso é que os alunos se identifiquem com a moral imposta pela fábula.
Todavia, poder-se-ia questionar, com base no próprio Rousseau, se o problema não se situa mais no suporte teórico-metodológico tradicionalista que aprisionou este gênero literário do que exclusivamente no conteúdo ou no formato das fábulas. Diz Rosseau:
Nada é tão vão nem tão mal entendido quanto a moral pela qual se termina a maior parte das fábulas. Como se essa moral não fosse ou não devesse ser compreendida na própria fábula, de modo que a tornasse sensível ao leitor! Por que, então, acrescentando no fim essa moral, retirar-lhe o prazer de encontrá-la por si mesmo? O talento de instruir é fazer com que o discípulo encontre prazer na instrução. Ora, para isso, seu espírito não deve permanecer tão passivo diante de tudo o que lhe disserdes que não tenha absolutamente nada a fazer para vos compreender. É preciso que o amor-próprio do professor deixe sempre algum espaço para o seu; é preciso que ele possa pensar: Eu compreendo, eu entendo, eu ajo, eu me instruo. (ROSSEAU, 2004 p. 345).
Sosa (1978) explica que não é a moral da história que fica registrada como experiências de conhecimento, mas o que fica registrada na alma da criança é o acontecimento dramático da fábula, as espertezas e astucia embutidas nas ações das personagens. É o drama apresentado na fábula que dialogará com seu mundo íntimo e colaborará no conhecimento que necessitará para seu desenvolvimento. Portanto, a educação moral não é aplicada na vida da criança por meio de suas leituras, mas sim, por meio de suas próprias experiências com a vida e ações.
Para Arroyo “a natureza da literatura infantil, o seu peso específico, é sempre o mesmo e invariável. Mudam as formas, o revestimento, o veículo de comunicação que é a linguagem.”(Arroyo, 1990, p. 25) O encantamento que a literatura infantil proporciona ao leitor permanecera sempre e em todos os lugares. No entanto, os problemas ainda não superados pela Literatura Infantil encontram-se nas práticas pedagógicas que ainda insistem apresentar a Literatura Infantil com exercícios intelectuais ou pedagógicos, ensino da moral e bons costumes. Desviando, assim o poder da imaginação que a Literatura Infantil proporciona e que seria o ideal na formação do leitor.
O livro infantil só será considerado literatura infantil legítima mediante a aprovação natural da criança. Para isso o livro precisa atender as necessidades da criança, que seriam:povoar a imaginação, estimular a curiosidade, divertir e por último, sem imposições, educar e instruir. Como afirma Oliveira:
Os livros infantis, além de proporcionarem prazer, contribuem para o enriquecimento intelectual das crianças. Sendo esse gênero objeto da cultura, a criança tem um encontro significativo de suas histórias com o mundo imaginativo dela própria. A criança tem a capacidade de colocar seus próprios significados nos textos que lê, isso quando o adulto permite e não impõe os seus próprios significados, visto estar em constante busca de uma utilidade que o cerca. (OLIVEIRA, 2005, p. 125)
Sendo assim, entendemos que a Literatura Infantil é arte literária, destinada a determinado publico. Serve ao ensino, no entanto, não pode perder a faculdade estética. “Importa que o livro infantil não se limite e nem se determine, mas que sempre extrapole e convide à fruição.” (Oliveira, 2005. p.125)
Atualmente, a crescente circulação dos textos infanto-juvenis nos ambientes escolares. Ainda que essa promoção dos textos literários tenha, quase sempre, a intencionalidade voltada ao exercício didático e transferência de informação. A escola é o espaço de encontro entre criança e livro. Cabe, então, a escola, a responsabilidade de inserir a criança ao mundo da leitura, e principalmente, transformar os neoleitores em leitores permanentemente interessados. Utilizamos o termo neoleitor conforme a definição de Almeida na apresentação de sua obra “práticas de Leituras para neoleitores” (2008). Segundo o autor, o termo refere-se, grosso modo, aos leitores recém-formados, aqueles que acabam de sair de um processo de alfabetização, sejam eles crianças ou adultos.
Os discursos provenientes do meio educacional relacionam a falta do gosto pela leitura, por parte de crianças que não receberam de suas famílias o incentivo a leitura, como uma das causas do fracasso escolar do aluno e futuramente seu fracasso enquanto cidadão.
A partir disso, iniciativas são criadas com o intuito de sanar este problema educacional. Iniciativas estas que se traduzem em projetos de leitura, expansão do mercado editorial de livros didáticos, paradidáticos e livros infanto-juvenis, o incentivo a pesquisas acadêmicas, e as discussões sobre a leitura em encontros, seminários e congressos, dentre outras.
Tornou-se clichê dizer que a leitura é a chave do saber, e com isso, recai sobre ela, o peso de responsabilidade da aprendizagem e, consequentemente, incide sobre a literatura, o papel de agente instrumentalizados da transformação social. Peso este, creditado pela falsa crença que os livros, por si só, resolvem o problema do analfabetismo, repetência e evasão escolar. (Magnani, 2001, p.38).
Para Lahire, a construção do sucesso escolar da criança não se limita na ausência ou presença de livros em casa. Mas estão ligadas as dinâmicas internas de cada família: a afetividade entre os membros da família, a ordem doméstica, formas de autoridade familiar, as formas de investimento pedagógico, as formas familiares da cultura e da escrita. (Lahire,2004, p.20). Portanto, é a transmissão desse capital cultural existente na família que influenciará o sucesso escolar da criança ou não. O autor explicita que,
Quando a criança conhece, ainda que oralmente, histórias escritas lidas por seus pais ela capitaliza- na relação afetiva com seus pais – estruturas textuais que poderá reinvestir em suas leituras ou nos atos de produção escrita. Assim, o texto escrito, o livro, para a criança, faz parte dos instrumentos, das ferramentas cotidianas através dos quais recebe o afeto de seus pais. Isto significa que, para ela, afeto e livros não são duas coisas separadas, mas que são bem associadas. (LAHIRE, 2004, p. 20)
Não é raro encontrarmos em família de pais leitores, livros cuidadosamente guardados, sendo a criança impedida de manuseá-lo ou pais que investem na compra de livros e enciclopédias, mas não acompanham seus filhos em suas descobertas na leitura. Entendemos que o ideal seria a família desempenhar o papel de intermediários no processo de descobertas, o que possibilitaria a apropriação do capital cultural.
Em contrapartida, também não é raro encontrarmos em famílias com pouco acesso a leitura, mas que cultivam hábitos de fazer anotações, lembretes, agendar, racionalizar, prever, planejar, calcular o tempo e gastos. Pais que fazem que os filhos leiam e escrevam histórias, fazem-lhes perguntas sobre o que estão lendo, envolvem seus filhos na organização familiar e mantém com a criança uma relação que permita a transmissão da maneira de ver e sentir o mundo a sua volta, possibilitando assim, o bom encaminhamento escolar. Pois, “o aluno que vive em um universo doméstico material e temporalmente ordenado adquire, portanto, sem o perceber, métodos de organização, estruturas cognitivas ordenadas e predispostas a funcionar como estruturas de ordenação do mundo.” (Lahire,2004, p. 27).
Pelo que vimos, não seria possível, somente por meio dos livros, alcançarem um bom desenvolvimento do pensamento do leitor e assim, garantir condições para mobilidade social do aluno. Para que haja êxito no processo de formação de leitor, o educador deve ter clareza de sua metodologia com a literatura infantil em sala de aula, despertar questionamentos e promover a construção de novos significados.
A leitura se faz a partir um espectro múltiplo: homem, ação social e o conhecimento. Se a leitura for individual, solitária, ela se torna inócua. Quando pensamos e refletimos, pensamos a partir de uma realidade específica. (ALMEIDA, 2008, p.22)
No entanto, é preciso rever a postura do educador que se preocupa em formar leitores sem analisar profundamente para quê quer formar leitores. Essa revisão implicará, sem dúvida, na construção e uso de uma metodologia mais adequada para a formação do leitor literário, promovendo como práticas literárias na escola a leitura efetiva dos textos, rompendo com atividades estéreis de literatura, ou seja, que exigem o domínio das informações sobre a literatura ou impera a idéia que o importante é que o aluno leia, não importando o que, pois o que o importa é prazer de ler. “Ao contrário, é fundamental que seja organizada segundo os objetivos da formação do aluno, compreendendo que a literatura tem um papel a cumprir no âmbito escolar.” (Cosson, 2007, p. 23). Papel este, que permita que a leitura literária seja exercida com prazer, mas, também, com o compromisso construção do conhecimento, já que na escola, a literatura é um lócus de conhecimento e deve ser desenvolvida de maneira correta com o objetivo de formar o sujeito intelectualmente e eticamente mais humanizado.
O insucesso na formação do bom leitor ocorre quando a escola denota a importância ao aluno que lê, não importando com o que se lê, pois a escola concebe a literatura como mera fruição. Magnani alerta-nos sobre a liberdade de escolha da leitura dos alunos:
Se propomos ao aluno que ele deve ler apenas o que gosta, não podemos nos esquecer de que esse gosto não é tão natural assim. Pelo contrário, é profundamente marcado pelas condições sociais e culturais de acesso aos códigos de leitura e escrita. (MAGNANI, 2001, p. 63)
Desta forma, entendemos que o simples fato de saber ler não transforma o indivíduo em leitor competente, mas sim, na medida em que são desafiados por leituras progressivamente mais complexas e que compartilham suas visões de mundo, é que se tornam leitores literários.
Cosson define o bom leitor como “aquele que agencia com os textos os sentidos do mundo, compreendendo que a leitura é um concerto de muitas vozes e nunca um monólogo. Por isso, o ato físico de ler pode até ser solitário, mas nunca deixa de ser solidário.” (Cosson, 2007, p.27)
Sendo assim, torna-se imprescindível ressaltar que os educadores precisam ver o aluno como parte essencial deste processo, promovendo a interação texto-leitor, não podendo fazer do processo educativo uma corrente de mão única. Como afirma Cosson “Ler implica troca de sentidos não sóentre o escritor e leitor, mas também com a sociedade onde ambos estão localizados, pois os sentidos são resultado de compartilhamentos de visões do mundo entre os homens no tempo e no espaço.”(Cosson, 2007, p. 27).
Assim, percebemos que a escola nem sempre está preparada e atenta para formar bons leitores, pois não proporciona possibilidades de encontro significativos da criança com a obra quando limita a criança ao contato apenas com textos didáticos. Pois, o leitor quando envolvido numa relação de interação com a obra literária, encontra significado quando lê, procura compreender o texto e relaciona com o mundo à sua volta, construindo e elaborando novos significados do que foi lido. Só assim, a leitura pode contribuir de forma significativa numa sociedade letrada, no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual.
Podemos pensar sobre o letramento literário no sentido que a literatura nos letra e nos liberta, apresentando-nos diferentes modos de vida social, socializando-nos e politizando-nos de várias maneiras, porque nos textos literários pulsam forças que mostram a grandeza e a fragilidade do ser humano; a história e a singularidade, entre outros contrastes, indicando-nos que podemos ser diferentes, que nossos espaços e relações podem ser outros. O outro nos diz a respeito de nós mesmos – é na relação com o outro que temos oportunidade de saber de nós mesmos de uma forma diversa daquela que nos é apresentada apenas pelo viés do nosso olhar. (GOULART 2007 p.64-65):
Portanto, entendemos que a escola que objetiva a formação do leitor literário, deve ter como princípios o ensino da literatura “sem o abandono do prazer, mas com o compromisso de conhecimento que todo saber exige.” (Cosson, 2007, pg.23). Para isso, torna-se inevitável pensar a qualidade do material literário oferecido aos alunos e a formação dos professores mediadores da leitura literária.
A pesquisa investiga a existência de uma proposta para o letramento literário nas séries iniciais do ensino fundamental, para isso, busca a compreensão da concepção dos professores e o desenvolvimento da prática da literatura infantil. No entanto, neste momento, que é o momento inicial da pesquisa, alguns elementos devem ser considerados dentro da perspectiva de um primeiro olhar. A coleta de dados, durante esse período, se restringiu ao registro de observações em sala de aula.
Podemos perceber, logo nos primeiros acompanhamentos dos professores nas aulas de literatura infantil, a grande dificuldade dos professores, na escolha adequada do material literário para o desenvolvimento da formação do leitor literário. Isso porque, a relação entre literatura e educação é contraditória, ou seja, a literatura é um espaço de liberdade, que prima pela imaginação e prazer, enquanto a educação traz, ainda, resquícios de uma educação reprodutivista dos comportamentos tradicionais, que valoriza mais a lógica e racionalista que a imaginação. Gouvea diz que:
A imaginação permite-nos desenvolver o pensamento criativo, fundamental para nossa inserção no mundo. Contudo, a escola pouco valoriza e trabalha a imaginação, como se ela fosse apenas resultado de uma racionalidade pouco desenvolvida na criança, como se, ao longo do processo de desenvolvimento, a imaginação fosse substituída pela razão, característica do pensamento adulto. (GOUVEA, 2007, p.125)
Como mencionamos anteriormente, a leitura prazerosa não exclui a aquisição de conhecimentos, ao contrário disso, por meio de textos abertos e variados, o leitor é estimulado à curiosidade, assimila novas informações e experimentam diferentes emoções, construindo, desta forma, novos conhecimentos.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
A Escola Municipal Branca de Neve, preocupada em formar bons leitores apresenta o Projeto “Sonho e Movimento no Mundo da Literatura”, com intuito de tornar a leitura um momento de prazer para seus alunos. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) a formação de um aluno leitor crítico se faz a partir do momento em que o professor mostra aos alunos o prazer da leitura, isso ocorre quando seu trabalho usa de textos diversificados e que vão de encontro com a realidade do aluno. O papel da escola não é só fazer com que os alunos leiam e produzam textos, mas sim, que leiam e produzam de modo que cada criança seja capaz de gerir sozinha sua tarefa de leitura e escrita. 
A proposta de elaboração este projeto vem com a finalidade de levar o conhecimento útil e prático, e seu único mérito é o de colocar o aluno em contato direto com a leitura e a produção de texto tornando assim, a aprendizagem mais eficaz e agradável.
O projeto tem por desígnio auxiliar o trabalho dos professores em sala de aula de maneira lúdica e prazerosa, no sentido de despertá-los para novas técnicas em relação ao processo de desenvolvimento cognitivo do educando, levando – os a uma prática produtiva para a vida cotidiana, provocando produção de conhecimento e conceitos consolidados como conhecimento novo e a identificação da linguagem do corpo.
3.2 Justificativa
Percebemos que a realidade atual vem afastando cada vez mais nossos alunos do ato de ler. Aspectos como computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e por consequência, dificuldades marcantes que sentimos na escola: vocabulário precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares.
Faz-se entanto necessário que a escola busque resgatar o valor da leitura, como ato de prazer e requisito para emancipação social e promoção da cidadania.
A leitura nunca se fez tão necessária nos bancos escolares. De um lado há o aumento nas fontes de pesquisa e uma crescente preferência pelo construtivismo. De outro lado, vemos a grande dificuldade de nossos alunos em compreender questões eliminatórias no vestibular onde só se obtêm êxito quem tiver por hábito se atualizar através de jornais, revistas e livros.
Através da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem.
Neste sentido pensamos ser dever, de nossa instituição de ensino, juntamente com professores e equipe pedagógica propiciar aos nossos educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura, o amor ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno deve perceber que a leitura é o instrumento chave para alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização.
Sabemos que, do hábito de leitura dependem outros elos no processo de educação. Sem ler, o aluno não sabe pesquisar, resumir, resgatar a ideia principal do texto, analisar, criticar, julgar, posicionar-se. Daí a nossa certeza que este projeto contará com o apoio de todos os professores, independente da disciplina que lecionam, pois a equipe docente tem plena consciência de que o aluno deve ter o domínio sobre a língua oral e escrita, tendo em vista sua autonomia e participação social.
Assim estimulando a leitura, faremos com que nossos alunos, compreendam melhor o que estão aprendendo na escola, e o que acontece no mundo em geral, entregando a eles um horizonte totalmente novo. 
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3.3 Problematização
É através da linguagem que o homem se reconhece como humano, pois pode se comunicar com os outros homens e trocar experiências.
Existe, portanto, uma condição prévia para a manifestação da linguagem: é preciso haver um grupo no qual o sujeito se confronte como conjunto e se perceba como indivíduo.
A linguagem verbal é dentre as formas de expressão e comunicação a mais utilizada pelo homem.Pode-se afirmar que todas as linguagens humanas são repassadas pela palavra.
Sendo assim, a leitura é um dos elementos mais significativos da formação cultural de uma nação, pois somos o que lemos. Infelizmente não há uma cultura de leitura, pois alguns têm dificuldade ao acesso, ou simplesmente não têm o hábito de ler.
E a desvalorização daqueles que não conseguem utilizar o código escrito através da leitura, implica em desprestígio de todas as outras formas de leitura. Assim a linguagem escrita, limita-se ao texto escrito, mesmo sendo o cinema, a televisão, o jornal, as placas, os símbolos, a arte também qualidades de texto.
A leitura é uma habilidade que proporciona inclusão nas informações, nos acontecimentos, na interpretação, na imaginação e na ficção arquitetada pelo autor. Há inúmeras possibilidades de mergulhar no mundo da fantasia e da realidade encontradas nas palavras.
A leitura vai além de dados decodificados que precisam ser compreendidos, e com isso criar um significado, ampliando os horizontes do leitor.
Frequentemente o trabalho em sala de aula lança mão de trechos de obras. Isto favorece uma visão fragmentada da leitura de textos mais longos.
Conferindo à escola a função de formar o leitor, destruiu-se a noção de texto como representação simbólica de todas as linguagens, restando ao LIVRO, a tarefa de mediador do conhecimento.
Muitas vezes nos deparamos nas salas de aula com alguns alunos que não leem e nem escrevem, outros conhecem as letras, mas não montam palavras nem frases em função das hipóteses que ainda estão desenvolvendo. Como problematização do projeto, buscamos ajudar os alunos a estabelecerem relações entre o escrito e o oral para que avancem nas habilidades de leitura e escrita.
Escrever não é algo como deixar as ideias caírem no papel, não é dom que nasce com a pessoa. Não basta ter muito a dizer. Deve-se saber como dizer. Também não é algo mecânico, que se aprende depois de ler um manual. Não basta seguir regras fixas, pois não há regras fixas. Escrever é saber expressar ideias, opiniões, dentro de uma estrutura textual adequada, de acordo com as intenções do escritor. Portanto, exige técnicas, conhecimento de assunto, paciência, determinação e, principalmente, paixão.
O ato de ler e escrever implica esforço, disposição, aprendizagem, o que nem sempre é muito fácil. São experiências conquistadas pelo trabalho e podem ser compensadoras, tornando-se um prazer por nos situar no mundo.
3.4 Objetivos
Intensificar, na comunidade escolar, o gosto pela leitura, tornando-a uma prática prazerosa e constante nas atividades cotidianas, contextualizando o mundo em que vive;
Identificar a leitura como parte integrante de seu desenvolvimento pessoal e social;
Despertar o senso crítico e analítico, através de reflexões, análises e comparações a partir das atividades realizadas;
3.5 Conteúdos
•Linguagem oral e escrita;
• Leitura oral e silenciosa de diferentes gêneros textuais;
• Interpretação;
• Produção escrita;
• Estudo do vocabulário;
• Sequencia lógica: Início, meio e fim;
• Jogos lúdicos;
• Valores básicos a uma boa convivência em grupo.
3.6 Processo de desenvolvimento
No processo de desenvolvimento, a Escola Municipal Branca de Neve Desenvolverá durante o ano 2015 o Projeto já citado. Ficando assim dividido:
A professora do 1° ano das séries iniciais selecionou para desenvolver no projeto “Sonho e Movimento no Mundo da Literatura “algumas fábulas pois as mesmas apresentam claras e boas lições para nossas vidas, trazendo sempre uma moral no final de cada história. A professora trabalhará de forma dinâmica informações sobre alguns autores e leitura de diversas fábulas e também a interpretação oral. Em seguida serão levados alguns livros para sala de aula para que os alunos façam a leitura oral através das imagens. Na sala de TV da escola a professora junto com os alunos assistirão algumas fábulas e a mesma pedirá aos alunos que reproduzam o texto oralmente, individual ou coletivamente, mantendo a sequência dos fatos. Logo em seguida os alunos serão levados a produzir desenhos em que contem suas próprias histórias. A educadora com uso de fantoches recontará várias fábulas aguçando no aluno o interesse pela leitura, também serão desenvolvidas atividades tais como: caça–palavras, cruzadinhas e produção de paródias com os personagens da fábula, serão trabalhadas também ilustrações de algumas fábulas. Ao término do projeto os alunos apresentarão no pátio escolar uma fábula escolhida por eles em forma de peça teatral.
 A professora do 2° ano das séries iniciais começará o projeto com um estudo sobre a vida e obra do autor Mauricio de Souza. Após conhecer um pouco da biografia do autor, a professora disponibilizará gibis da Turma da Mônica para os alunos para que os mesmos possam folhear e ler, e assim desenvolverão uma interpretação oral em forma de conversa com os alunos sobre os personagens criados por ele. Perguntar se conhecem os personagens da Turma da Mônica. Quais são eles? Fazer perguntas levando em consideração as características de cada personagem: está certo a Mônica bater nos meninos? Porque o Cebolinha fala errado? É saudável não tomar banho, como faz o Cascão? Assim poderá ser trabalhado a importância da higiene e falar dos animais que vivem no lixo, as doenças que podem transmitir que precisamos tomar banho todos os dias e lavar as mãos antes das refeições, depois de usar o banheiro ou brincar. Questionará como é a vida da Mônica, “Com quem ela mora?”, “Como é sua família?”, “Qual é o seu brinquedo favorito?”. Quais as brincadeiras de que Mônica mais gosta? A educadora Conversará com a turma sobre a importância da família e sobre o carinho que a Mônica tem pelo Sansão, seu coelhinho de pelúcia. Aproveitando o personagem Chico Bento, que mora no campo, valorizará muito a natureza, com isso explicará para a turma sobre as diferenças entre a Zona rural e urbana e a importância de se cuidar do meio ambiente.
Logo após todos os trabalhos feitos em sala de aula a educadora pedirá para as crianças desenharem a personagem ou modelar com massinha, também produzirão cartazes da Turma da Mônica. A professora irá levar para a turma caça palavras, cruzadinhas, para os alunos observarem os personagens principais da história. A mesma explorando a escrita trabalhará com produções de histórias em quadrinhos, que serão expostas no encerramento do projeto, onde os alunos deverão vir para a escola neste dia fantasiados do personagem da Turma da Mônica com o qual mais se identificaram, ou o que mais goste.
Os 3° anos A e B das séries iniciais desenvolverá o projeto “Sonho e Movimento no Mundo da Literatura” e a professora escolheu o autor Monteiro Lobato levou os alunos ao laboratório de informática para pesquisarem a biografia e seus principais personagem“ no caso do sitio do Pica pau amarelo “ do autor citado.Em seguida fará leitura de vários textos sobre os principais personagens do Sitio do Pica Pau Amarelo e comentará as características de cada um ressaltando a diferença entre eles .A professora assistirá juntamente com os alunos um filme sobre a obra comentada , depois os mesmos falarão a parte que gostaram e farão uma ilustração da mesma que logo após produzirão textos relacionados ao filme e com isso possa incentivar cada vez mais as produções textuais, aproveitando o material lúdico produzido por eles mesmos, baseados no autor estudado, produzirão também jogo de sete erros, palavras cruzadas , caça palavras e etc. Desenvolverão com material pesquisado, cartazes e painéis para sala ou mural da escola. No encerramento do projeto os alunos farão exposições de todos os trabalhos desenvolvidos durante o ano e também apresentarão uma peça teatral em que os educandos estarão caracterizados dos personagens do Sitio do Pica pau Amarelo.
No 4 ° ano das séries iniciais a professora selecionou a autora Ruth Rocha para desenvolver com seus alunos o projeto “Sonho e Movimento no Mundo da Literatura”,primeiramente os alunos serão levados a pesquisarem sobre a biografia da autora e algumas de suas obras. Em seguida a professora fará a leitura de algumas obras da autora já mencionada. Em um bate papo com os alunos a professora perguntará o que lembram das histórias lidas, e com isso trabalhará o reconto das mesmas, interpretação, ilustrações. A educadora proporcionará aos alunos preparação de materiais lúdicos baseados na obra da autora estudada, será desenvolvida com a turma palavras cruzada e caça- palavras e também será feita no microfone pelos alunos a leitura de poesias da autora, produções .Em seguida os alunos confeccionarão cartazes e varal de diversos tipos de textos da autora Ruth Rocha.Ao término do projeto os alunos farão uma exposição de todos os trabalhos feitos em sala , declamarão poemas da autora citada acima, em que os mesmos estarão caracterizados com algum personagem da fábula.
A professora do 5° ano das séries iniciais escolheu como autor o Ziraldo, sendo assim iniciará o projeto “Sonho e Movimento Mundo da Literatura” com a pesquisa da biografia do autor citado e em seguida assistirão vídeos sobre o autor. També desenvolverá ao longo do trabalho a leitura de livros, textos, gibis, atividades lúdicas (caça palavras, palavras cruzadas...) do autor, questões como: paisagem rural e urbana; usos e costumes, alimentação e culinária típica, provérbios, trava-línguas, questões ambientais, fauna, flora, floresta e outros, de acordo como forem surgindo. A professora irá junto com os alunos confeccionar cartazes, panfletos na sala de informática, pesquisarão danças, ensaiarão peças teatrais, confeccionarão painéis, e farão edição de um livro pelos alunos com o tema proposto (obras de Ziraldo), ao longo do ano. Simultaneamente, na tentativa de ampliar os conhecimentos dos alunos, tentaremos proporcionar momentos de lazer com a leitura, em seguida visitarão a biblioteca da escola em que poderão ter acesso a obras do escritor. Finalizando o projeto mencionado os alunos farão uma exposição na escola, de todos os trabalhos produzidos pela turma que são: histórias em quadrinhos, livros, painéis (ligados ao tema trabalhado) apresentarão pratos de culinária, típica da terra do autor, para que todos possam apreciar e conhecer cada vez mais a cultura do Ziraldo. Os alunos farão representação do episódio da bomba do Menino Maluquinho na escola e dança da música A festa do menino maluquinho; uma criança se caracterizará de Menino Maluquinho, outro de Ziraldo e as demais participarão da dança todos com panelas na cabeça.
No final do projeto “Sonho e Movimento no mundo da Literatura” recitarão poesias e uma exposição de todos os trabalhos também serão feitas algumas dramatizações e terá a culinária típica de cada autor na própria escola, cuidando que cada um tenha o registro do processo, portanto serão feitos Portfólios com atividades desenvolvidas durante a execução do projeto.
3.7 Tempo para a realização do projeto
	                                     
	   Maio                      
	Junho 
	Julho 
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro    
	Elaboração do Projeto
	
   X
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa sobre o autor escolhido pelo professor
	
 X
	
  X
	
	
	
	
	
	Leitura de algumas obras do autor escolhido
	
	
 X
	  
   X
	  
   X
	  
    X
	   
 X
	
	Produção de textos
	
	   X
	   X
	   X
	    X
	  X
	
	Recontos das histórias dos autores escolhidos
	
	
   X
	
    X
	
	
	
	
	Dramatização das histórias lidas
	
	
	
	   X
	     X
	    X
	
	Confecções de cartazes
	
	
	
	
	    X
	     X
	
	Exposições de cartazes
	
	
	
	
	
	
	    X
	Ilustrações de trechos das obras
	
	
	
	
	  X
	     X
	
	Roda de leitura
	
	
	
	   X
	
	
	
	Apresentações de slides referentes a cada autor  estudado
	
	
	
	
    X
	
     X
	
    
	
	Leitura de diversos poemas 
	
	   X
	   X
	    X
	    X
	
	
	Produção de poemas
	
	
	
	
	    X
	   X
	
	Confecção de varal de poemas
	
	
	
	    X
	
	
	
	Montagem de portifólio: histórias em quadrinho
	
	
	
    X
	
    X
	
     X
	
	
	Leitura de crônicas
	
	    X
	    X
	    X
	     X
	    X
	
	Produção de crônicas 
	
	
	    X
	    X
	     X
	     X
	
	Dramatizações de crônicas
	
	
	
	
	
	     X
	     X
	Organizações das atividades para a exposição do projeto
	
	
	
	
	
     X
	
     X
	
     X
	Ensaios para as apresentações do projeto
	
	
	
	
	
     X
	
      X
	
      X
	Apresentações finalizando o projeto “Sonho e Movimento no mundo da Literatura”
	
	
	
	
	
	
	
      X
3.8 Recursos humanos e materiais
HUMANOS:
• Coordenadora da Sala de leitura.
• Coordenadoras do projeto;
• Coordenação pedagógica;
• Corpo técnico e administrativo;
• Grupo gestor.
• Professores e alunos.
 MATERIAIS:
• Sala de leitura e telessala; Sala de apoio; DVDs pertinentes ao tema; Arquivos da internet pertinentes ao tema; Computador e impressora; Livros; Revistas; Cartolinas; Tesouras; CDs de histórias infantis;Literatura infantil e Infanto-juvenil ,Papel pardo, Papel laminado, Papel camurça ,Cola ,Barbante ,TNT ,Fita adesiva, Cadernos , Lápis ,Borracha ,Lápis de cor ,Literatura brasileira  ,Tinta para impressora Papel A4,Pincéis Atômico ,Cadernos ,DVDs (vídeo) TV,  aparelho de DVD; ,Papel crepom,Papel cartão Revistas em quadrinho, Revistas: Veja, horóscopo, fofocas, e outras. Pincel para quadro branco, Grampeador, Grampos, Jogos educativos, Xérox, Quebra-cabeça. 
3.9 Avaliação
Ao longo dos anos percebe-se a evolução do conceito de avaliação da aprendizagem, uma concepção tecnicista em que avaliar significava medir, atribuir nota, classificar, para uma concepção de avaliação crítica vista em um contexto sociopolítico-cultural. 
A prática da avaliação se explicita por uma relação autoritária, conservadora, que coloca os alunos como objetos, apassivados. Esse exercício autoritário provém do poder que tem a avaliação e que permite ao professor manter a disciplina, o silêncio, a atenção dos alunos etc. 
Acredito em uma avaliação que parta de uma concepção de apreensão de conhecimento nem estática, nem cumulativa, mas dinâmica, contraditória e criativa. O aluno é visto como sujeito do processo, ativo, que não só memoriza e reproduz conhecimentos, mas também os constrói. 
De acordo com os PCNs (1998), a avaliação é parte importantíssima no processo educacional, que vai muito além da realidade tradicional, focalizando o próprio controle externo do aluno por meio de notas e também os conceitos que não poderíamos deixar de abordá-los. 
“A avaliação, assim entendida, reforça sua natureza de ser inerente à ação, à ação intencional característica exclusiva do ser humano que deverá conduzi-lo progressivamente a constituir-se num sujeito autônomo, liberto para o conhecimento, um pensador livre, crítico, criativo e responsável perante o contexto sócio, econômico, político e cultural em que está inserido”. (2000: 179) 
Portanto e de acordo com os PCNs (p.79): 
“a função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e não apenas constatar um certo nível de conhecimento do aluno... torna- se deste modo uma atividade iluminada e alimentadora do processo do ensino, aprendizagem, uma vez que dá retorno ao professor sobre como melhorar a qualidade do ensino, possibilitando correções no percurso, e retorno ao aluno sobre seu próprio desenvolvimento”. 
Após essa breve afirmação inserida nos PCNs, a avaliação ocorrerá através da efetuação do processo gradativo e contínuo, em que estaremos analisaremos possíveis falhas e oportunizando as correções necessárias, dessa forma, o aluno é participante ativo do processo de avaliação, em todos os seus momentos, também se auto-avaliando. Participação na avaliação é sinônimo de avaliação permanente. Aprender a avaliar-se e a criticar-se para melhorar é a contribuição central daparticipação para a avaliação. 
No encerramento do projeto será feito um portfólio contendo o registro das atividades desenvolvidas por cada turma durante o projeto.
4 Considerações finais
O projeto de ensino aqui apresentado procurou mostrar a importância da leitura para o desenvolvimento da escrita, e que a forma de como está organizado o sistema de ensino, é que leva em muitos casos o desestímulo do aluno, pois o que se ensina, muitas vezes não condiz com sua realidade. E o que é mais preocupante é que esse aluno venha a fracassar em sua aprendizagem. Nesse sentido, o que os alunos trazem de conhecimento deve ser aproveitado e valorizado para o aperfeiçoamento deste conhecimento e o que o aluno possui deverá ser valorizado, consequentemente sua produção e aprendizagem em sala melhorarão e por consequência este aluno não irá fracassar, pois, valorizar o que o aluno sabe é olhar para esta criança como um sujeito de direito construído historicamente. A leitura possibilita a inserção no meio social em que vivemos, uma vez que quando praticamos a leitura, passamos a ter argumentos para falar com propriedade e conhecimento de causa sobre o assunto que poderá ser abordado dentro do meio social. Por meio desse trabalho ficou evidente aos professores da escola pesquisada o quanto a leitura é um instrumento útil e necessário para o resgate de uma boa aprendizagem, levando o aluno a perceber o quanto a escola é um ambiente agradável e significativo, desde que desenvolva as leituras variadas de acordo com o cotidiano do aluno, abrindo espaço para que o mesmo busque a construção de novos conhecimentos e torne-se sujeito transformador, críticos e capaz de enfrentar os desafios que a vida lhe oferece.
Podemos afirmar que o tratamento da Literatura Infantil nas escolas que visam somente à habilidade de leitura ou como veículo para instrução moral ou cívica, torna-se inadequada para a formação de leitor literário. Ressaltamos que a Literatura Infantil contribui para a formação do leitor literário quando a obra-literária propõe indagações ao leitor, estimulando a curiosidade e, instigando assim, a produção de novos conhecimentos, podemos afirmar também que existem equívocos na escolha do material e nas metodologias utilizadas pelos educadores no desenvolvimento das aulas. E que estas constatações problemáticas exigem a ampliação da compreensão da natureza específica da literatura na escola por parte dos educadores.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
márcia rocha couto
projeto de ENSINO:
SONHO E MOVIMENTO NO MUNDO DA LITERATURA
Cidade
Ano
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do 
Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof. Okçana Baltini
Mercês/MG
2014

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