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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE BRUSQUE-SC Nº do processo : ????? PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, idoso na f orma da lei, residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Brusque/SC, inscrito no registro geral sob o co rrespondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas Nº___________, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULID ADE DE NEG ÓCIO JURÍDICO CUMULADO COM REINTEGRAÇÃO DE POSSE E P EDIDO DE LIMIN AR, EM FACE DE JUDITE, brasileira, solteira, advogada, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Brusque/SC, e de JONATAS, espanhol, casado, comerciante e sua esposa JULI ANA, br asileira, casada, ambos residentes na Rua Jirau, 366, Florianópolis cujo cadastro n os registros gerais de pessoas f ísicas é ignorado, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR: I. DAS PRELIMINARES I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950 e do artigo 98 e seguintes do CPC, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista em que o mesmo nã o pode arcar com as custas processua is e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. I.III. DA COMPETÊNCI A DO JUÍZO É competente este foro para a propositura da p resente ação, haja vista o objeto do caso em te la ser o direito de moradia, da dignidade da pessoa humana do ido so, previsto em seu estatuto (Lei nº 10.7 41/03), e com clara disposição no código de processo civil, ao teor do artigo 53, inciso III, alínea “e”. Veja-se: Art. 53. É competente o foro: III - do lugar: (...) e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; (CPC) I.IV. DA TRAMIT AÇÃO PRIORITÁRIA O Autor da presente demanda, é pessoa idosa na f orma da lei, o mesmo já possui 65 (sessenta e cinco) anos de idade, com isso o arrimo d a tramitação prioritária na prestação jurisdicional se f az necessário, d evendo sua ca usa ter prioridade de análise e ce lerida de em toda a tram itação de atos, d iligências e procedimentos do f eito, Conform e o que aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do CPC. Nesse ínterim: Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. (Lei nº 10.741/03) Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I - em que figure como parte ou interessado pessoa c om idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6 o , inc iso XIV, da Lei n o 7.713, de 22 de dezembro de 1988. (CPC) I.V. Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I - em que figure como parte ou interessado pessoa c om idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6 o , inc iso XIV, da Lei n o 7.713, de 22 de dezembro de 1988. (CPC) II. DOS FATOS Ocorre que o Sr. Paulo, já qualificado devidamente em alhures, era proprietário de um imóvel de veraneio situado n a Rua Rubi nº 350, na cidade de B alneário Camboriú/SC, e outorgou p rocuração com p oderes espe ciais e expressos para alienação a sua irmã, Ju dite, a dvogada. No seguimento dos fatos, em 15/12/2016, Jud ite, utilizando-se da procuração outorgada por Autor desta demanda, em no vembro de 2011, alienou o imóvel em questão para Jonatas, e sua esposa Juliana. Entretanto, antes da concretização do referido negócio jurídico, a procuração especial havia sido revogada pelo Sr. Paulo, em 16/11/2016, sendo que o titular d o Cartório do 1º Ofício d e Notas onde foi lavrada a procuração, bem como sua irmã foram devidamente notificados da revogação em 05/12/2016, exatos de z dias ante s d a a lienação. O Sr. Paulo só teve ciência da alienação no d ia 1º de f evereir o d e 20 17 ao chegar no aludido imóvel e ver que o m esmo e stava oc upado por Jonatas e sua esposa. É o que se h á de mais importan te para se relatar. Passa -se agora a exposição do mérito. III. DO MÉRITO III. I. DA NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO Registre-se, desde logo, que o negócio jurídico firmado no ca so o ra sob análise, padece de patente nulidade na celebração da avença referida, uma vez que a procuração outrora outorgada já estava revogada à ép oca da venda, eivando a alienação em um nítido negócio jurídico viciado p ela ilegalidad e. Ilegalidade esta expressa pelo ato do mandatário deposto, que exercera mandato sem acatamento aos preceitos obrigatórios que se pode extrair do artigo 6 62 do cód igo civil, quais sejam, ter poderes suficientes para a execução do ato, ind o, dessa maneira, ao encontro do que se dispõe n o artigo 166, inciso V, do mesmo código, ceifando mortalmente de nulidade o negócio jurídico entre as partes. Nesse teor: Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. (CC) Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II - for ilícito, im possível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo det erminante, comum a ambas as part es, for ilí cito; IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preteri da alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua val idade; (CC) II. DOS FATOS Ocorre que o Sr. Paulo, já qualificado devidamente em alhures, era proprietário de um imóvel de veraneio situado n a Rua Rubi nº 350, na cidade de B alneário Camboriú/SC, e outorgou p rocuração com p oderes espe ciais e expressos para alienação a sua irmã, Ju dite, a dvogada. No seguimento dos fatos, em 15/12/2016, Jud ite, utilizando-se da procuração outorgada por Autor desta demanda, em no vembro de 2011, alienou o imóvel em questão para Jonatas, e sua esposa Juliana. Entretanto, antes da concretização do referido negócio jurídico, a procuração especial havia sido revogada pelo Sr. Paulo, em 16/11/2016, sendo que o titular d o Cartório do 1º Ofício d e Notas onde foi lavrada a procuração, bemcomo sua irmã foram devidamente notificados da revogação em 05/12/2016, exatos de z dias ante s d a a lienação. O Sr. Paulo só teve ciência da alienação no d ia 1º de f evereir o d e 20 17 ao chegar no aludido imóvel e ver que o m esmo e stava oc upado por Jonatas e sua esposa. É o que se h á de mais importan te para se relatar. Passa -se agora a exposição do mérito. III. DO MÉRITO III. I. DA NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO Registre-se, desde logo, que o negócio jurídico firmado no ca so o ra sob análise, padece de patente nulidade na celebração da avença referida, uma vez que a procuração outrora outorgada já estava revogada à ép oca da venda, eivando a alienação em um nítido negócio jurídico viciado p ela ilegalidad e. Ilegalidade esta expressa pelo ato do mandatário deposto, que exercera mandato sem acatamento aos preceitos obrigatórios que se pode extrair do artigo 6 62 do cód igo civil, quais sejam, ter poderes suficientes para a execução do ato, ind o, dessa maneira, ao encontro do que se dispõe n o artigo 166, inciso V, do mesmo código, ceifando mortalmente de nulidade o negócio jurídico entre as partes. Nesse teor: Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. (CC) Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II - for ilícito, im possível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo det erminante, comum a ambas as part es, for ilí cito; IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preteri da alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua val idade; (CC) o autor justifique previamente o alegado, ci tando-se o réu para comparecer à audi ência que for designada. (CC) IV. DOS PEDIDOS Por todo o exposto , uma vez con statado a efetiva nulidade do negócio jurídico celebrado, o Autor, desde logo requer: I.A d eclaração de nulidade do negócio jurídico que ocorrera no caso aqui discutido, tendo em vista o claro ato ilegal que se sucedeu na venda sem procuração válida, à vista do que se expressa nos artigos 166, inciso V, e 662, todos do código civil; II.O re conhecimento do esbu lho sofrido pelo legítimo proprietário do imóvel em qu estão, ora Autor, levando em co nta que o Autor resta-se impedido de adentrar na casa que à luz de tod o direito, lhe pertence. Assim sendo, faz-se mister o concessão de liminar, inaudita altera pars, para reintegração de posse em face dos Réus Juliana e Jônatas, visto que os mesmos constituíram residência no local e impedem o retorno do genuíno possuidor. Ressaltando ace rca da possibilidade de uma p ossível ação de regressiva contra o vendedor impróprio, haja vista este o crucial motivo dete rminante que os levaram ao polo passivo desta demanda; III. Protestar em provar o aleg ado por todos os meios de prova s em direito admitidos, estando já em poder da notifica ção sobre a revogação do mandato, enviada em 16/11/2016 pe lo mesmo a autoridade competente e exatamente de z antes da alienação do imóvel, devida mente acostado aos autos do presente feito; IV. Deixar expresso a não possibilidade p ara audiência de mediação e conciliação; V. Honorários advocatícios estabelecidos em 20% sobre o valor da causa. VI. O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobre no sentido jurídico do termo. VII. A tramitação prioritária da presente demanda, em razão d e ser pessoa idosa na forma da lei, devendo, p ois ter a prioridade d e análise e ce leridade em toda a tramitação d os atos, diligências e procedimentos do feito, Conforme o que aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do CPC. Dar-se-á o valor da causa em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Nestes termos, pede e espera deferimento. Fortaleza-Ce, segunda-feira, 20 de março de 2017.
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