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CASO CONCRETO 5 - PRATICA SIMULADA 1

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Discente: Pollyana Oliveira Correia 
Docente: André Ricardo Ferreira Melo 
Disciplina: Pratica Simulada I Turno: Noturno Turma: 3001 
 
CASO CONCRETO – 5 
 
Paulo , 65 anos de idade , brasileiro, viúvo, militar da reserva, residente na Rua 
Bauru, 371, Brusque /SC , era proprietário de um imóvel de veraneio situado na Rua 
Rubi nº 350, Balneário Camboriú/SC , juntamente com sua irmã Judite , brasileira, 
solteira , advogada , residente na Rua dos Diamantes ,123, Brusque/SC. Em 
15/12/2016, Judite, utilizando-se da procuração outorgada por Paulo, em novembro 
de 2011, que continha poderes especiais e expressos para alienação, alienou para 
Jonatas, espanhol, casado , comerciante e sua esposa Juliana, basileira, casada , 
ambos residente na Rua Jirau, 366, Florianópolis , o imóvel do casal pelo valor de 
R$150.000,00 ( cento e cinqüenta mil reais). Ocorre que tal procuração havia sido 
revogada por Paulo em 16/11/2016 sendo certo que o titular do Cartório do 1º Ofício 
de Notas onde foi lavrada a procuração, bem como sua irmã foram devidamente 
notificados da revogação em 05/12/2016, ou seja, dez dias antes da alienação. Paulo 
só teve ciência da alienação no dia 1º de fevereiro de 2017 ao chegar no imóvel e ver 
que o mesmo estava ocupado por Jonatas e sua esposa. Diante dos fatos narrados e 
visando o desfazimento do negócio jurídico promova a ação judicial cabível para a 
defesa dos interesses de Paulo . 
 
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 
PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº DA COMARCA DE BRUSQUE-SC 
 
 
PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, idoso na forma da lei, 
residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Brusque/SC, inscrito no registro 
geral sob o correspondente número: e no cadastro nacional de pessoas físicas 
Nº , vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado, 
PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE 
NEGÓCIO JURÍDICO CUMULADO COM REINTEGRAÇÃO DE POSSE E 
PEDIDO DE LIMINAR, EM FACE DE JUDITE, brasileira, solteira, advogada, 
residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Brusque/SC, e de JONATAS, 
espanhol, casado, comerciante e sua esposa JULIANA, brasileira, casada, 
ambos residentes na Rua Jirau, 366, Florianópolis cujo cadastro nos registros gerais 
de pessoas físicas é ignorado, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR
 
I. DAS PRELIMINARES 
 
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA 
Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950 e do artigo 98 e 
seguintes do CPC, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo 
em vista em que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os 
honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. 
 
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO 
É competente este foro para a propositura da presente ação, haja vista o 
objeto do caso em tela ser o direito de moradia, da dignidade da pessoa humana 
do idoso, previsto em seu estatuto (Lei nº 10.741/03), e com clara disposição no 
código de processo civil, ao teor do artigo 53, inciso III, alínea “e”. Veja-se: 
 
 
Art. 53. É competente o foro: 
III - do lugar: (...) 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre 
direito previsto no respectivo estatuto; (CPC) 
 
I.IV. DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA 
 
O Autor da presente demanda, é pessoa idosa na forma da lei, o mesmo já 
possui 65 (sessenta e cinco) anos de idade, com isso o arrimo da tramitação 
prioritária na prestação jurisdicional se faz necessário, devendo sua causa ter 
prioridade de análise e celeridade em toda a tramitação de atos, diligências e 
procedimentos do feito, Conforme o que aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 
(Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do CPC. Nesse ínterim: 
 
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos 
e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais 
em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade 
igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. 
(Lei nº 10.741/03) 
 
 
Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer 
juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: 
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora 
de doença grave, assim compreendida qualquer das 
enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 
de dezembro de 1988. (CPC) 
I.V. DA NECESSIDADE DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. 
Excelência, como se verá no decorrer do presente feito, tornar-se-á 
explicitamente necessário o estabelecimento do litisconsórcio passivo necessário 
simples, tendo em vista a conexão entre os pedidos e a causa de pedir que o feito 
reclama perante os Réus, e ainda, podendo-se acrescentar o contexto fático e 
jurídico do caso exposto. Nos termos do artigo 113 e 114 e seguintes do CPC: 
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo 
processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de 
obrigações relativamente à lide; 
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela 
causa de pedir; 
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de 
fato ou de direito. (CPC) 
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição 
de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica 
controvertida, a eficácia da sentença depender da citação 
de todos que devam ser litisconsortes. (CPC)
 
I. DOS FATOS 
Ocorre que o Sr. Paulo, já qualificado devidamente em alhures, era 
proprietário de um imóvel de veraneio situado na Rua Rubi nº 350, na cidade 
de Balneário Camboriú/SC, e outorgou procuração com poderes especiais e 
expressos para alienação a sua irmã, Judite, advogada. No seguimento dos 
fatos, em 15/12/2016, Judite, utilizando-se da procuração outorgada por Autor 
desta demanda, em novembro de 2011, alienou o imóvel em questão para 
Jonatas, e sua esposa Juliana. Entretanto, antes da concretização do referido 
negócio jurídico, a procuração especial havia sido revogada pelo Sr. Paulo, em 
16/11/2016, sendo que o titular do Cartório do 1º Ofício de Notas onde foi 
lavrada a procuração, bem como sua irmã foram devidamente notificados da 
revogação em 05/12/2016, exatos dez dias antes da alienação. O Sr. Paulo só 
teve ciência da alienação no dia 1º de fevereiro de 2017 ao chegar no aludido 
imóvel e ver que o mesmo estava ocupado por Jonatas e sua esposa. É o que se 
há de mais importante para se relatar. Passa-se agora a exposição do mérito. 
 
I. DO MÉRITO 
III. I. DA NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 
Registre-se, desde logo, que o negócio jurídico firmado no caso ora sob 
análise, padece de patente nulidade na celebração da avença referida, uma vez 
que a procuração outrora outorgada já estava revogada à época da venda, 
eivando a alienação em um nítido negócio jurídico viciado pela ilegalidade. 
Ilegalidade esta expressa pelo ato do mandatário deposto, que exercera 
mandato sem acatamento aos preceitos obrigatórios que se pode extrair do 
artigo 662 do código civil, quais sejam, ter poderes suficientes para a execução 
do ato, indo, dessa maneira, ao encontro do que se dispõe no artigo 166, inciso 
V, do mesmo código, ceifando mortalmente de nulidade o negócio jurídico entre 
as partes. Nesse teor: 
 
Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, 
ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação 
àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os 
ratificar. (CC) 
 
 
 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for 
ilícito; IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere 
essencial para a sua validade; (CC) 
III. II. DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
Seguindo os princípios da economia e celeridade processuais vigentes nonosso código de processo civil, o Autor, desde logo, requer que uma vez 
reconhecida a patente ilegalidade da alienação do imóvel pelo douto 
Magistrado, em ato contínuo, reconheça o esbulho sofrido pelo legítimo 
proprietário do imóvel em questão. Levando em consideração que o Autor 
resta-se impedido de adentrar na casa que à luz de todo direito, lhe pertence. 
Nessa toada, faz-se mister o concessão de liminar, inaudita altera pars, para 
reintegração de posse em face da Senhora Juliana e seu esposo Jônatas, 
também réus no caso exposto, visto que os mesmos constituíram residência no 
local e impedem o retorno do genuíno possuidor. Contudo, não custa 
rememorar acerca da possibilidade de uma possível ação de regressiva contra o 
vendedor impróprio, haja vista o crucial motivo determinante que os levaram 
ao polo passivo desta demanda. Nesse teor: 
 
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em 
caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. (CC) 
 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o 
juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado 
liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, 
determinará que 
 
 
 
o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu 
para comparecer à audiência que for designada. (CC) 
 
IV. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva nulidade do negócio 
jurídico celebrado, o Autor, desde logo requer: 
 
I. A declaração de nulidade do negócio 
jurídico que ocorrera no caso aqui 
discutido, tendo em vista o claro ato ilegal 
que se sucedeu na venda sem procuração 
válida, à vista do que se expressa nos 
artigos 166, inciso V, e 662, todos do 
código civil; 
II. O reconhecimento do esbulho sofrido pelo 
legítimo proprietário do imóvel em 
questão, ora Autor, levando em conta que 
o Autor resta-se impedido de adentrar na 
casa que à luz de todo direito, lhe pertence. 
Assim sendo, faz-se mister o 
concessão de 
liminar, inaudita altera pars, para 
reintegração de posse em face dos Réus 
Juliana e Jônatas, visto que os mesmos 
constituíram residência no local e impedem 
o retorno do genuíno possuidor. 
Ressaltando acerca da possibilidade de 
uma possível ação de regressiva contra o 
vendedor impróprio, haja vista este o 
crucial motivo determinante que os levaram 
ao polo passivo desta demanda; 
 
III. Protestar em provar o alegado por todos os 
meios de provas em direito admitidos, 
estando já em poder da notificação sobre a 
revogação do mandato, enviada em 
16/11/2016 pelo mesmo a autoridade 
competente e exatamente dez antes da 
alienação do imóvel, 
devidamente acostado aos autos do 
presente feito; 
IV. Deixar expresso a não possibilidade para 
audiência de mediação e conciliação; 
V. Honorários advocatícios estabelecidos em 
20% sobre o valor da causa. 
VI. O deferimento do pedido de justiça gratuita, 
visto que o mesmo é pobre no sentido 
jurídico do termo. 
VII. A Tramitação prioritária da presente 
demanda, em razão de ser pessoa idosa na 
forma da lei, devendo, pois ter a prioridade 
de análise e celeridade em toda a 
tramitação dos atos, diligências e 
procedimentos do feito, Conforme o que 
aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 
(Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do 
CPC. 
Dar-se-á o valor da causa em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). 
Nestes termos, pede e espera deferimento. Fortaleza-Ce, segunda-feira, 20 de março 
de 2017. 
 
ADVOGADO XX 
OAB/CE XXXX

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