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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA ENGENHARIA MECÂNICA ANDRÉ AGNER DA LUZ SIBEN ANDRÉ MATHEUS AGNER MAURO JUNIOR MARAIA MAPA DE RISCOS DO LABORATÓRIO DE SOLDAGEM DA UTFPR CAMPUS CURITIBA – SEDE ECOVILLE CURITIBA 2017 ANDRÉ AGNER DA LUZ SIBEN ANDRÉ MATHEUS AGNER MAURO JUNIOR MARAIA MAPA DE RISCOS DO LABORATÓRIO DE SOLDAGEM DA UTFPR CAMPUS CURITIBA – SEDE ECOVILLE Trabalho apresentado como requisito parcial à nota da disciplina de Fundamentos da Engenharia de Segurança do Trabalho, do curso de Engenharia Mecânica, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Prof. Adriano Araújo de Lima CURITIBA 2017 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………… 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………………………………………... 5 3 METODOLOGIA…………………………………………………………………………..6 3.1 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE………………………………………………………...6 4 RISCOS IDENTIFICADOS……………………………………………………………..10 5 ANÁLISE DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL………………...13 6 ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCO……………………………………………….13 7 PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO DE RISCO…………………………………………..14 7.1 ERGONOMIA NAS BANCADAS……………………………………………………14 7.2 EXAUSTOR……………………………………………………………………………14 8 CONCLUSÃO……………………………………………………………………………15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………….16 1. INTRODUÇÃO Este trabalho foi desenvolvido por alunos de Engenharia Mecânica da UTFPR - Campus Curitiba, os conhecimentos adquiridos sobre Segurança do Trabalho foram aplicados para a elaboração do Mapa de Risco do laboratório de Soldagem situado na sede Ecoville do referido Campus. A avaliação do risco em cada atividade foi feita diretamente pelos membros da equipe, verificando todas as áreas e tipos de riscos existentes no laboratório. Foram feitos registros fotográficos das atividades executadas bem como da disposição dos componentes e máquinas no ambiente. O mapa elaborado pode ser utilizado como referência e auxílio aos utilizadores do laboratório em relação às atividades exercidas e seus respectivos riscos. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um mapa de risco é constituído basicamente de uma representação gráfica de determinados fatores os quais podem levar o acontecimento de prejuízos à saúde dos trabalhadores ou quem frequenta determinado ambiente, tais fatores possuem origem desde os elementos do processo de trabalho ou a forma de organização do trabalho. Deve-se sempre tomar o cuidado com relação a exposição de um mapa de risco, ela deve estar acessível e sob a visão de todos os trabalhadores, para que estes estejam a parte e possam se conscientizar sobre os riscos de acidente com o intuito de diminuir a ocorrência dos mesmos. A construção de um mapa de risco se baseia na planta baixa de um determinado ambiente o qual deseja-se orientar os frequentadores com relação ao risco existente, estes riscos podem ser elencados por diferentes cores, cada cor indica um diferente tipo de risco, como apresentado abaixo pela tabela: 3. METODOLOGIA O estudo foi realizado presencialmente, onde os próprios integrantes do grupo tiraram as fotos e testaram os EPIs. Como soldagem é uma matéria obrigatória para o curso de Engenharia Mecânica na UTFPR, todos os avaliadores e responsáveis por este estudo, tiveram vivência no laboratório em questão. 3.1.DESCRIÇÃO DO AMBIENTE O ambiente escolhido para análise e confecção do mapa de risco foi o laboratório de soldagem, situado no piso térreo do bloco L da sede UTFPR Ecoville. Este ambiente é composto por uma grande sala com pé direito alto e uma pequena sala separada por uma porta. Nesta sala maior, estão localizados os armários com ferramental, EPIs, forno para secagem dos eletrodos, bancadas para manuseio de equipamentos,pia com torneiras, cilindros de gás, máquinas de soldagem e seis cabines com cortinas de proteção a luz, onde são realizados os processos de solda. A sala menor é destinada apenas ao uso do esmeril. Figura 1 - Armário onde são guardados os EPIs Figura 2 - Bancada para manuseio de ferramentas Figura 3 - Forno para secagem de eletrodos Figura 5 - Cabines de soldagem Figura 6 - Sala menor - Equipamentos para esmerilhar Figura 7 - Parte interna das cabines de solda - Equipamento de solda (eletrodo revestido) e cilindros de gás. 3.2. ATIVIDADES REALIZADAS Neste laboratório são realizados procedimentos de soldagem , tanto a arco elétrico como a gas, esmerilhamento de amostras, limpeza e higienização das mesmas, secagem de eletrodos e manuseio de ferramental em geral . 4. RISCOS IDENTIFICADOS 4.1. FÍSICOS Ao utilizar as máquinas de solda a arco elétrico, existem três tipos de riscos físicos, o primeiro de queimaduras devido às altas temperaturas produzidas pelo arco elétrico, que podem chegar a 18000 kelvin, o segundo de cegueira devido a forte irradiação luminosa que o arco gera e por último os elevados níveis de ruídos que a máquina produz ao ser ligada. Figura 8 - Aluno realizando um processo de solda a arco elétrico Figura 9 - Medição realizada durante a operação de solda 4.2. QUÍMICOS No ambiente são encontrados cilindros de gás que podem apresentar vazamento, porém não são gases tóxicos.Também são encontrados óleos e solventes que, se não utilizados da forma correta, podem causar irritação à pele. Figura 10 - Cilindros de gás 4.3 ERGONÔMICOS Devido a altura das bancadas, a qual são realizados os processos de soldagem e manuseio de ferramentas, não ser ajustável, dependendo da altura do aluno, riscos ergonômicos são encontrados. Figura 11 - Aluno operando a máquina de solda com as costas curvadas devido altura da bancada. 4.4. ACIDENTES MECÂNICOS Nesta sala de soldagem os riscos de acidentes mecânicos já começam na preparação da peça, ao usar o esmeril ou as ferramentas da bancada. Ao iniciar o processo de solda o operador corre risco de choque elétrico e queimaduras. Após a solda, ao escovar a peça, pequenas escórias formadas por óxidos podem voar e geram riscos aos olhos dos alunos. 4.5. BIOLÓGICOS Não foi possível mensurar possíveis riscos biológicos, por exemplo, nos EPIs. Portanto, foram desconsiderados os riscos biológicos para a confecção do Mapa de Riscos 5. ANÁLISE DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Como os riscos já citados são inerentes ao processo, medidas de prevenção a integridade física dos usuários são tomadas, ao disponibilizar e obrigar o uso de EPIs. Como os níveis de decibéis, não ultrapassam os limites tolerados pela NR-15, não são disponibilizados protetores auriculares.Para proteção dos olhos são oferecidos mascaras de solda, que limitam a luminosidade. Outros EPIs também são essenciais, como o jaleco e luvas para proteção contra queimaduras e choques elétricos, assim como óculos transparentes para retirada de escórias. Figura 12 - Armário onde ficam os EPIs 6. ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCO A partir das análises realizadas o mapa de risco foi elaborado e encontra-se anexado ao final do trabalho. 7. PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO DE RISCO Foram encontradasduas possibilidades de melhorias para o laboratório,uma com fácil e barata execução e outra a qual seria necessário um projeto específico. 7.1. ERGONOMIA NAS BANCADAS Conforme foi observado as bancadas não possuem customização de altura, ocasionando riscos ergonômicos, principalmente aos mais altos. Seria necessário que opções de bancadas com diferentes alturas fossem disponibilizadas. 7.2. EXAUSTOR Devido a fuligem e fumaça tóxica que muitas vezes ocorrem ao utilizar algum dos processos de usinagem seria necessário um sistema de ventilação, ou ainda melhor, de exaustão nesta sala. Atualmente existem apenas janelas, que não são suficientes para circular o ar. Figura 13 - Janelas responsáveis por circular o ar 8. CONCLUSÃO Através da elaboração do Mapa de Risco do Laboratório de Soldagem foi possível aplicar os conhecimentos adquiridos sobre segurança do trabalho e assim identificar através da prática cada risco vivenciado por quem trabalha no ambiente escolhido. Foi verificado que nas cabines onde é efetuada a solda, estão presentes mais riscos, onde há risco grande de acidentes e baixos riscos ergonômicos e físicos(ruídos). Quanto ao risco físico, não é utilizado EPI de proteção auditiva pois a exposição é baixa. Foi identificado risco médio de acidentes na utilização do esmeril, baixo risco químico nos cilindros de gases e nas bancadas há baixos riscos ergonômicos e de acidentes mecânicos devido à utilização de ferramental, conforme demonstrado no mapa. Com o desenvolvimento deste trabalho foi possível perceber a importância que um mapa de risco tem quanto à prevenção de acidentes e às informações sobre o ambiente de trabalho, para que os frequentadores do local evitem acidentes e tenham conhecimento dos riscos presentes. Com o mapa de risco pronto, pode-se iniciar uma análise para a redução ou eliminação do risco, trazendo um ambiente mais seguro para quem o frequenta. Espera-se que o Mapa de Risco elaborado neste trabalho sirva para informar, prevenir e se possível reduzir os riscos presentes no ambiente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIMA, A. A. Aula 8 - Riscos Ambientais. Aulas da Disciplina de Fundamentos de Engenharia de Segurança do Trabalho. Curitiba: UTFPR. 2017. LIMA, A. A. Aula 9 - Atividades Insalubres & Atividades Periculosas. Aulas da Disciplina de Fundamentos de Engenharia de Segurança do Trabalho. Curitiba: UTFPR. 2017. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES. Consolidação das Leis do Trabalho. [S.l.]. 2014.