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Universidade de Santa Catarina
Formação Econômica Brasileira II
Karine Caron 15201091
 Resumo da tese Marcelo Arend- 50 anos de industrialização
A partir do acordo de Bretton Woods, pós Segunda Guerra Mundial, que garantia certo grau de liberdade para as políticas nacionais, taxas fixas de câmbio, porém ajustáveis, e, assim tinha aceitavam controles para limitar os fluxos de capital internacional. 
Desde a década de 50, os países europeus começaram com um comportamento de restringir importações devido a “escassez de dólares incentivou o processo de internacionalização do capital. Dessa forma, as empresas americanas não conseguiram penetrar no mercado europeu por meio de exportações, e assim realizou-se por meio de investimentos direitos. Por outro lado, as empresas europeias iniciaram um movimento de fusões e associações de escala continental. As resposta das empresas europeias foi rápida diante do movimento já iniciado pelas empresas americano pós-guerra. 
Dessa forma, o primeiro surto de liquidez internacional no pós-guerra foi na década de 1950. Após a reconstrução europeia, a economia mundial obteve um acirramento de concorrência entre capitais oligopólios das principais economias desenvolvidas.
	De outro lado, tem os países centrais, que podemos destacar o Brasil neste artigo. Assim, o autor apresenta a estratégia de desenvolvimento industrial brasileira que consistia no Plano de Metas do governo JK. O plano buscava, por meio da maior setor público, promover insumos básicos e criar infraestrutura adequada para o engajamento maior do setor privado em setores mais avançados no processo de industrialização. A estratégia do plano era políticas de incentivo e atração de recurso externos que iriam promover o investimento externo direto. 
	Pode-se citar, como investimento externo direto importante, o setor automobilístico que através de um conjunto de incentivos específicos deu inicio na década de 50. Segundo Guimarães (1981), o sucesso da política decorreu da convergência com a dinâmica do processo de acumulação das industrias potencialmente exportadoras de capital. A concretização do plano de JK ocorreu devido ao crescimento do capital estrangeiro direito no país, além do país conseguir ingressar no círculo internacional. 
	A Instituição 113, caracterizava-se pela volta aos princípios liberais e por um aumento do alinhamento com capitais estrangeiros. As importações de bens de capital eram computadas no BP como ingresso de IED na forma “mercadoria” e assim não pressionavam a disponibilidade de divisas. A principal contribuição da 113 foi facilitar a entrada de capital diminuindo a burocracia no país e com isso iria atrair mais capital estrangeiro. 
	 A partir de 1955, houve uma quebra com o mecanismo de controle aos capitais estrangeiros que ingressaram, pois o governo JK não modificou a Instrução 113. JK utilizou-se de capitais compensatórios junto ao FMI e de empréstimos junto do ExIm Bank. 
	A operação Pan-Americana lançada por JK, em 1958, apesar de esboçar uma multilateralização da política exterior, buscando laços econômicos com a Europa, países socialistas e América Latina, retomando a barganha nacionalista do governo Vargas. Outros dois mecanismos institucionais feitos por JK foram a Lei dos Similares e Lei das Tarifas. A intervenção decisiva do Estado se deu por meio de um amplo programa de investimentos públicos integrados e complementares, em setores estratégicos, funcionando como apoio e complemento dos investimentos estrangeiros. 
A “Restauração Kubitscheck” teria retransferindo, para fora do país, o estímulo interno ao desenvolvimento do setor de produtor de bens de capital nacional. Entretanto colocou à frente da construção deste setor a prioridade pela construção do setor de bens de consumo duráveis. 
Dessa forma, sugere-se que a estratégia desenvolvimentista instituída na segunda metade da década de 1950 exercia influência destacada sobre as decisões de política econômica na década de 1960. Especialmente, argumenta-se que as mudanças institucionais dos anos 1960 tendiam para o aprofundamento da estratégia desenvolvimentista-internacinalista.
Segundo Abreu (1990) atesta que as dificuldades econômicas herdadas pelo governo Jânio Quadros, em 1961, referiam-se à aceleração inflacionária, à indisciplina fiscal e à deterioração do balanço de pagamentos. 
Enquanto no governo do João Goulart, as políticas econômicas foram diferentes dos antigos governos em que tinha-se uma maior abertura. Dessa forma, diminuiu os fluxos de capitais internacionais, provocando uma tensão entre os interesses nacionais e os do capital estrangeiro. O que gerou consequência: retração da entrada de capitais estrangeiros no país. O governo Goulart acreditava na possibilidade de um desenvolvimento econômico e social mais autônomo perante os interesses externos no atual quadro de industrialização.

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